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Aula 5 (A..

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APLICAÇÃO DA ÉTICA PROFISSIONAL
 Profª Esp. Maria Aparecida Patto Graciano Chaves 
FUNORTE
ENGENHARIA CIVIL
2012
Objetivo:
Apresentar os conceitos de:
 Imperícia;
 Imprudência;
 Negligência.
- Apresentar o conceito de responsabilidade e suas relações com o Código de Ética Profissional.
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Responsabilidade da Lei:
 “A toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade, ou, as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas a partes opostas.”
 O CÓDIGO DE HAMURABI
 (sexto rei da primeira dinastia babilônica)
Mandou compilar o mais antigo código de leis escritas.
 
O Codigo de Hamurabi e a responsabilidade profissional:
Um construtor que construir uma casa que desmorone, causando a morte de seus ocupantes, é condenado à pena de morte.
Se uma casa mal-construída causa a morte de um filho do dono da casa, então o filho do construtor será condenado à morte.
Elementos necessários para configurar uma
responsabilidade:
1) Um fato ilícito;
2) Um dano causado a outrem;
3) Um nexo (vínculo) causal entre o fato ilícito
 e o prejuízo.
 A Conduta humana é:
 Obediente(conduta correta) ou Contraviniente(conduta incorreta:
“A responsabilidade nasce, fundamentalmente, da culpa.”
Culpa jurídica: violação de um dever jurídico 
Culpa jurídica(decide na justiça) x culpa moral(decide no meio social):Fóruns diferentes
 Juridicamente / objetivamente:
O Profissional está sujeito - Responsabilidade civil e Responsabilidade penal
 Corporativamente ( no meio profissional):
 O profissional está sujeito a Responsabilidade ética ( julgado pelo conselho de ÉTICA)
Crime (infração): fato antijurídico, tipificado na lei como tal, que prescreve uma pena para quem violar o preceito da lei.
Negligência: Deixar de tomar as cautelas necessárias para evitar o dano, falta de cuidado ou de aplicação numa determinada situação, tarefa ou ocorrência, falta de atenção, não tomando as devidas precauções. “É quando sabemos como se faz, temos segurança para fazer mas nos negamos a fazer.”
Ex: não colocar guarda-corpo no andaime.
Imprudência: Quando se infringem os cuidados normais que deveriam ser observados. É o ato de agir perigosamente, com falta de moderação ou precaução, consiste na violação da regras ou leis, um comportamento de precipitação. “É quando fazemos algo que sabemos que não se deve fazer.”
Ex: Encostar-se, forçadamente, no guarda-corpo.
Imperícia: Quando se descumprem as regras disciplinares de uma arte ou ofício. Agir com inaptidão, sem qualificação técnica, teórica ou prática, ou ausência de conhecimentos elementares e básicos da profissão. “É quando fazemos algo sem sabermos como se faz.”
Ex: Não observar as normas próprias.
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 RESPONSABILIDADE ÉTICA
• Ética: “Em Filosofia, estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal”;
“Conjunto dos princípios pelos quais o indivíduo deve orientar o seu procedimento na profissão que exerce”.
A maioria das profissões têm o seu código de ética profissional;
 
O Código de Ética tem alta influência em julgamentos nos quais se discutam fatos relativos à conduta profissional;
O não cumprimento pode resultar em sanções
executadas pela sociedade profissional, como censura pública e suspensão temporária ou definitiva do direito de exercer a profissão.
CÓDIGO DE ÉTICA / ÉTICA EMPRESARIAL
Instrumento criado para identificar a empresa em suas ações e na interação com seu diversificado público.
É necessário que a empresa desenvolva o conteúdo do seu código de ética com clareza, facilitando a compreensão dos seus funcionários.
A ética profissional e das organizações, é considerada um fator importante para a sobrevivência.
As organizações estão percebendo a necessidade de utilizar a ética, para que o “público” tenha uma melhor imagem do seu “slogan”.
 Exemplo: Petrobrás.
C O N S E Q U Ê N C I A S
CONFEA – Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia LDR - Leis Decretos, Resoluções 
DECISÃO NORMATIVA N° 69, DE 23 DE MARÇO DE 2001 
Dispõe sobre aplicação de penalidades aos profissionais por imperícia, imprudência e negligência e dá outras providências. 
O Plenário do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - 
CONFEA, no uso das atribuições que lhe confere o inciso I do art. 10 do Regimento do CONFEA, aprovado pela Resolução nº 373, de 16 de dezembro de 1992, 
Art. 1º O profissional que se incumbir de atividades para as quais não possua conhecimento técnico suficiente, mesmo tendo legalmente essas atribuições, quando tal fato for constatado por meio de perícia feita por pessoa física habilitada ou pessoa jurídica, devidamente registrada no CREA, caracterizando imperícia, deverá ser imediatamente autuado pelo CREA respectivo, por infração ao Código de Ética Profissional. 
Art. 2º O profissional que, mesmo podendo prever consequências negativas, é imprevidente e pratica ato ou atos que caracterizem a imprudência, ou seja, não leva em consideração o que acredita ser fonte de erro, deverá ser autuado pelo CREA respectivo por infração ao Código de Ética Profissional, após constatada a falta mediante perícia feita por pessoa física habilitada ou pessoa jurídica devidamente registrada no CREA. 
Art. 3º Os atos negligentes do profissional perante o contratante ou terceiros, principalmente aqueles relativos à não participação efetiva na autoria do projeto e na execução do empreendimento, caracterizando acobertamento, deverão ser objeto de autuação com base no disposto na alínea “c” do art. 6º da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, com possibilidade de aplicação da penalidade de suspensão temporária do exercício profissional, prevista no art. 74 da referida Lei, se constatada e tipificada a ocorrência de qualquer dos casos ali descritos. 
Art. 4º Com o intuito de caracterizar o acobertamento profissional, deve o CREA constituir processo específico, contendo, além de outros documentos julgados cabíveis, o seguinte: 
I - relatório de visita ao local onde se realiza a obra ou serviço, elaborado pelo fiscal do CREA, informando sobre a existência de uma via da ART e do(s) projeto(s) no local do empreendimento, detalhando o estágio atual dos trabalhos e tecendo, mediante consulta ao Livro de Obras ou Livro de Ocorrências, se for o caso, comentários acerca das evidências da não participação efetiva do profissional, anexando também: a) fotografias do empreendimento, com os principais detalhes; e b) declarações prestadas pelo proprietário da obra/serviço ou seu preposto, atestando ou não o acompanhamento técnico devido; 
I – cópia do ofício que deverá ser enviado ao profissional responsável pela autoria e/ou execução, conforme constar da ART, convidando-o a prestar esclarecimentos sobre a sua efetiva participação no empreendimento e a informar detalhes do projeto, inclusive sobre o andamento dos trabalhos, estágio atual, próximas etapas e material empregado; 
I – informações relativas à possível existência de processos transitados em julgado contra o profissional, pelo mesmo tipo de infração; e IV – cópia dos projetos. 
Art. 5º Tanto a negligência quanto a imprudência e a imperícia, quando comprovadas, poderão acarretar ao profissional o cancelamento do seu registro no CREA dentro do CONFEA – Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia LDR - Leis Decretos, Resoluções contexto previsto no art. 75 da Lei nº 5.194, de 1966, se constatada e tipificada a ocorrência de quaisquer dos atos ali mencionados. 
Art. 6º Esta Decisão Normativa entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 7º Ficam revogadas as disposições em contrário, especialmente a Decisão Normativa nº 019, de 21 de junho de 1985, do CONFEA. 
Brasília (DF), 23 de março de 2001. 
Eng. Wilson Lang Presidente 
Publicada no D.O.U. de 05 ABR 2001 - Seção I – Pág. 84. 
Um “código de ética profissional” deve serresultante de um pacto profissional, de um acordo crítico coletivo em torno das condições de convivência e relacionamento que se desenvolve entre as categorias integrantes de um mesmo sistema profissional, visando uma conduta profissional cidadã.
F I M
“Não basta saber, é precisa aplicar.”

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