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Sociedade do Conhecimento e Economia

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EDUCAÇÃO E ECONOMIA POLÍTICA
A SOCIEDADE DO “CONHECIMENTO” 
CURSO DE PEDAGOGIA – professora BEATRIZ PINHEIRO
Rio de Janeiro, 06 de outubro de 2011
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OBJETIVO
Conceituar Sociedade do Conhecimento, problematizando através de referencial crítico, os novos significados da informação e do conhecimento nos dias atuais para determinados setores.
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SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
Na atual etapa do processo de acumulação capitalista ganha corpo uma nova leitura da sociedade contemporânea. De acordo com essa leitura, a evolução das sociedades se deu da seguinte forma: primeiro passou-se de uma economia agrícola para uma economia industrial e, atualmente, vive-se a passagem dessa economia industrial para a “economia do conhecimento”. 
O ponto central dessa nova forma de ver a sociedade é o conhecimento, compreendido como fator que vitaliza a sociedade do ponto de vista econômico, social e político. Conceitos como posse de terra, posse de capital e exploração dos trabalhadores perdem sentido nessa visão.
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SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
Para alguns de seus defensores, a sociedade do conhecimento é o momento em que o sistema capitalista é superado. A sociedade do conhecimento é também denominada de sociedade pós-industrial.
Acreditam que nessa sociedade, a mercadoria não é mais predominante, nem a força de trabalho é fundamental para estabelecer o valor de troca das mercadorias e gerar lucros para o capital. Para essa corrente de pensamento, o conhecimento é a nova maneira de possibilitar a acumulação de capital. É o saber que é visto como a força da produção e o elemento capaz de gerar riqueza para quem o possui. 
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SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
Para esses autores, a economia da nossa sociedade é baseada em conhecimento. Isso significa que o eixo da riqueza e do desenvolvimento passa a se deslocar de setores industriais tradicionais (intensivos em mão-de-obra, matéria-prima e capital) para setores cujos produtos, processos e serviços são intensivos em tecnologia e conhecimento. Mesmo na agricultura e na indústria de bens de consumo e de capital, a competição é cada vez mais baseada na capacidade de transformar informação em conhecimento e conhecimento em decisões e ações de negócio. O valor dos produtos depende cada vez mais do percentual de inovação, tecnologia e inteligência, a eles incorporadas 
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ECONOMIA BASEADA NO CONHECIMENTO
Afirmar que a economia da sociedade atual é baseada em conhecimento significa defini-la como sendo “uma economia onde a criação e uso do conhecimento são os aspectos centrais das decisões e do crescimento econômico” (DRUCKER, 1993). Acredita-se que a capacidade de criar novos mercados, criar novos produtos e, principalmente, inovar é competência indispensável para essa nova economia. Vale ressaltar, que isto é aplicado a todas as indústrias, independente do produto que produzam.
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OS ARGUMENTOS DOS DEFENSORES DA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
A COMPARAÇÃO COM A SOCIEDADE INDUSTRIAL
Os defensores da sociedade do conhecimento partem da realização de uma comparação entre o modelo de sociedade industrial e o modelo de sociedade do conhecimento, marcando suas diferenças. Para estes autores, o modelo de produção no paradigma industrial tinha como característica a produção em grandes quantidades para baratear o custo da produção e do produto. Já no paradigma do conhecimento a produção é customizada, os produtos e serviços devem atender as necessidades e preferências do consumidor e não ao contrário, por isso a palavra-chave desse paradigma é a flexibilidade. As empresas com grandes espaços físicos e grandes estoques são substituídas por empresas com sedes pequenas, localizadas em locais desconhecidos, mas que tem grande visibilidade e negócios na internet. As mercadorias produzidas podem não ser mais tangíveis, como máquinas ou mesas, mas intangíveis, tais como livros virtuais, softwares, patentes. 
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OS ARGUMENTOS DOS DEFENSORES 
DA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Na nova sociedade do conhecimento, entendida como sociedade pós-capitalista, afirma-se que o trabalho nas empresas se organiza em grupos liderados por trabalhadores do conhecimento, pessoas altamente qualificadas, dedicadas e conhecedoras. Espera-se desses trabalhadores a capacidade de manter, reconhecer e motivar seus trabalhadores. Os trabalhadores são recompensados pelo seu desempenho, não são supervisionados diretamente, cada membro do grupo é responsável por supervisionar o colega. 
Nesse sistema, segundo seus teóricos, o trabalhador deixa de se submeter à máquina, agora é a máquina que se submete ao trabalhador. O foco é na missão do trabalho e as atividades que não são consideradas nucleares são delegadas às pessoas terceirizadas.
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OS ARGUMENTOS DOS DEFENSORES
DA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
AS COMPETÊNCIAS EXIGIDAS SOS TRABALHADORES
O trabalhador deve ser criativo, flexível e empreendedor. Deve “aprender a aprender” e estar constantemente atualizado. Dos trabalhadores dessa sociedade são esperadas algumas competências que viabilizam a inserção no mundo do trabalho, tais como: flexibilidade para se adaptar ao novo e transformar as dificuldades em oportunidades; capacidade de gerir sua própria aprendizagem; e capacidade de lidar com diferentes problemas, conflitos e contradições; capacidade de lidar com as mudanças e incertezas.
O próprio Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil assim define o perfil do trabalhador: “Hoje o trabalhador tem que estar preparado para ser um profissional competente e útil em qualquer empresa – isso é empregabilidade. O trabalhador precisa estar sempre aprendendo e se atualizando. Precisa ser empreendedor. Ter iniciativas, idéias novas e criativas no trabalho, estar sintonizado com as mudanças no campo profissional. Quem sabe até montar seu próprio negócio!”
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DESCONSTRUINDO OS ARGUMENTOS
Em primeiro lugar é importante considerar que a sociedade em que vivemos não corresponde ao fim da sociedade capitalista. As transformações que os adeptos da sociedade do conhecimento identificam correspondem apenas a uma resposta desse sistema a crise do fordismo. As transformações pelas quais o capitalismo está passando não inauguram nem uma sociedade, nem práticas econômicas novas. Trata-se de uma realidade que, apesar de guardar novos contornos e formas específicas, mantém a essência mesma do capitalismo: a fetichização da mercadoria, o imperativo da acumulação e a apropriação privada dos frutos do trabalho. 
Na atualidade do capitalismo, bem como na sua origem, estão presentes na produção relações sociais que estabelecem a exploração do trabalho pelo capital (extração de mais-valia). Agora como antes, a categoria trabalho (e não o conhecimento) é central para explicar a sociedade produtora de mercadorias e, sobretudo, a vida humana.
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DESCONSTRUINDO OS ARGUMENTOS
Portanto, não se trata do fim do capitalismo, nem das concepções que o explicam. O que acontece é que se convive hoje com uma crise da sociedade do trabalho abstrato, assalariado. Uma crise da forma mercadoria do trabalho que não pode ser confundida nem com o fim do trabalho em sua dimensão abstrata, nem com o fim da centralidade do trabalho concreto na produção da vida. 
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DESCONSTRUINDO OS ARGUMENTOS
TRABALHO ABSTRATO E TRABALHO CONCRETO
A distinção entre trabalho concreto e trabalho abstrato foi estabelecida por Marx (1971). Para este autor, todo o trabalho corresponde a dispêndio de força humana, sob a forma especial para um determinado fim, e nessa qualidade de trabalho útil e concreto, produz valores de uso. Essa é a dimensão qualitativa do trabalho. 
Para além de sua dimensão concreta, o trabalho assume, na sociedade capitalista, uma dimensão abstrata, na qual “desvanecem-se ... as diferentes formas de trabalho concreto”. Essas diferentes formas “não se distinguem umas das outras, mas reduzem-se, todas, a uma única espécie de trabalho, o trabalho humano abstrato”. (Marx, 1980, p.45)O trabalho abstrato independe das especificidades dos diferentes ofícios e diz respeito ao dispêndio de energia humana, sem considerar as múltiplas formas em que é empregada. É nessa qualidade de trabalho humano abstrato que o trabalho cria o valor das mercadorias. 
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O QUE OCORRE?
O que acontece é uma crise da sociedade salarial, mas não o fim do papel da força de trabalho na produção de mercadorias e criação de valor
Com base nesta distinção, quando se fala em crise da sociedade do trabalho, é necessário especificar de que dimensão se está tratando. Trata-se de uma crise da sociedade do trabalho abstrato, da sociedade salarial, mas essa crise não corresponde à supressão total da participação do trabalho abstrato na produção de mercadorias, nem ao fim do papel estruturante que o ser que trabalha desempenha na criação de valores de troca. Não corresponde também à uma crise do trabalho em sua dimensão concreta, à negação da dimensão histórica do trabalho defendida por Marx, segundo a qual é pelo trabalho, entendido como atividade transformadora, que o homem transforma a natureza e a si mesmo. Pelo trabalho, os homens modificam a realidade, a si mesmos e a forma de perceber o real 
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O QUE ESTÁ POR TRÁS DESSE DISCURSO QUE ANUNCIA
O FIM DA RELAÇÃO CAPITAL-TRABALHO? 
As dimensões que os adeptos da sociedade do conhecimento identificam na nossa atual sociedade são apenas os caminhos que o capital vai traçando em seu processo de valorização e acumulação. Já estudamos essas mudanças, sempre no quadro do capitalismo. 
Convivemos com uma profunda modificação nas relações de trabalho e de produção. Esse é um momento de reestruturação produtiva e que tem com base o sistema de organização do trabalho toyotista. Está sendo construído um novo padrão de acumulação: o flexível. Assim, o que os defensores da sociedade do conhecimento estão entendendo por nova sociedade pós capitalista na verdade trata-se dos novos arranjos do capital nessa nova etapa do processo de acumulação capitalista.
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DESCONSTRUINDO OS ARGUMENTOS 
O TOYOTISMO NÃO CONSTITUI UMA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PÓS-CAPITALISTA
Como vimos na aula 4, o toyotismo traz novos formatos de produção, tais como: o “trabalho em equipe” (team); o programa de gerenciamento pela qualidade total; just-in-time (produzir somente o necessário, no tempo necessário e na quantidade necessária); kanban (controle visual em todas as etapas de produção como forma de acompanhar e controlar o processo produtivo); a terceirização; a mão-de-obra multifuncional e bem qualificada (os trabalhadores são educados, treinados e qualificados para conhecer todos os processos de produção, podendo atuar em várias áreas do sistema produtivo da empresa); sistema flexível de mecanização; produção ajustada à demanda do mercado; pesquisas de mercado para adaptar os produtos às exigências dos clientes.
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DESCONSTRUINDO OS ARGUMENTOS 
NO TOYOTISMO A SUBJETIVIDADE OPERÁRIA É COLOCADA A SERVIÇO DO PROCESSO DE ACUMULAÇÃO CAPITALISTA 
A ofensiva do capital no mundo do trabalho se evidencia na nova hegemonia que obriga a adaptação do trabalhador, mas, sobretudo, obriga o trabalhador a colocar sua subjetividade a serviço do capital. Os trabalhadores não devem apenas deter a técnica, conhecer novas tecnologias e “domá-las”, mas devem ser qualificados, pró-ativos e propositivos, empreendedores, capazes de ter iniciativa, de resolver problemas diante da prática cotidiana. Devem pensar com a cabeça da empresa. Assim, o que ocorre no toyotismo, de modo diferente do antigo paradigma fordista, é que o processo de valorização do capital não se realiza mais a partir da força física do trabalhador. O que está em jogo agora é a sua subjetividade. É a subjetividade do trabalhador, sua criatividade, que é posta a serviço do processo de valorização do capital. Na sociedade atual, denominada de sociedade do conhecimento, a luta de classe continua presente. A diferença é que agora a subjetividade do trabalhador é capturada buscando sua adesão ao novo sistema
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DESCONSTRUINDO OS ARGUMENTOS 
O TOYOTISMO NÃO TRAZ RELAÇÕES MAIS DEMOCRÁTICAS NA EMPRESA 
Diferentemente do fordismo, no toyotismo, os trabalhadores são chamados a participar, tomar decisões relativas ao processo produtivo, se antecipando aos problemas relacionados ao processo de trabalho. Diluem-se os contornos da separação que vigorava no fordismo entre concepção e execução do processo de trabalho. O trabalhador é chamado a inovar, a controlar a qualidade da produção.
Essa maior participação, entretanto, não significa a existência de relações mais democráticas no interior da fábrica. As relações de poder no interior do processo produtivo não são colocadas em questão. 
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DESCONSTRUINDO OS ARGUMENTOS 
O TOYOTISMO AMPLIA A EXPLORAÇÃO DO TRABALHADOR. 
O fim da esteira rolante e o fim da linha de montagem fordista não significam o fim da exploração operária. Sob o toyotismo o capital persegue os mesmos objetivos que já buscava no fordismo. Ele busca ampliar a produtividade do trabalhador, com a eliminação dos tempos mortos, da porosidade. Enquanto no fordismo isso era obtido por meio da esteira que ditava o ritmo da produção, o aumento da produtividade é obtido no toyotismo pelo fato de que os operários atuam simultaneamente com várias máquinas diversificadas, através do sistema de luzes que possibilitam ao capital intensificar – sem estrangular – o ritmo produtivo do trabalho. Com isso, a porosidade no trabalho é ainda menor que no fordismo.
O sistema toyota supõe na verdade uma intensificação da exploração operária. 
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O QUE A IDEIA DA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO RETIRA DO HORIZONTE DAS POSSIBILIDADES DA LUTA
Entender que a sociedade atual denominada de sociedade do conhecimento é uma sociedade pós capitalista traz conseqüências não só para a compreensão de emancipação humana, como também para a do próprio processo de transformação social. 
Em primeiro lugar essa idéia nega o fato de que a emancipação humana supõe a superação do trabalho abstrato, isto é, o fim da sociedade produtora de mercadorias. Supõe também a negação do reconhecimento “do papel central do trabalho assalariado, da classe que vive do trabalho, como sujeito capaz, objetiva e subjetivamente, de caminhar além do capital”. 
Assim, acreditar que estamos vivendo em uma sociedade do conhecimento retira do horizonte a noção de que o processo de transformação social envolve uma luta pelas reivindicações clássicas da classe trabalhadora (diminuição da jornada, ampliação dos salários, etc) em articulação com a luta pela conquista de uma sociedade de um novo tipo: uma sociedade que tenha a esfera do trabalho concreto como ponto de partida fundante, uma sociedade que não seja estruturada com base na produção de valores de troca.
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A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
E A ESCOLA
Os adeptos da sociedade do conhecimento defendem a construção de uma nova escola para uma nova sociedade.
É o Banco Mundial que defende essa nova escola, intimamente ligada às exigências da economia. Para o Banco Mundial, os programas de ensino e pesquisa devem responder à evolução das exigências da economia. As instituições a cargo dos programas de ensino e pesquisa deveriam contar com a orientação de representantes dos setores produtivos. 
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A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
E A ESCOLA
A escola passa a ser vista como um espaço onde se deve ensinar ao aluno aprender a aprender, além de desenvolver as competências. De acordo com Banco Mundial/UNESCO, a educação ao longo da vida, na sociedade do conhecimento, deve partir de três pressupostos. 
a) a educação escolar deve ocupar mais espaço na vida das pessoas; 
b) o progresso científico e tecnológico torna a formação inicial obsoleta, exigindo uma formação profissional permanente;
c) cada indivíduo deve conduzir o seu destino e a sua educação. As pessoas devem desenvolver mecanismos que as tornem autônomas na construção do conhecimento. Como o conhecimento é volátil e semodifica rapidamente no mundo atual, não é produtivo que cada pessoa tenha que voltar a escola, cada vez que mudanças significativas atinjam o mundo do conhecimento. Assim, cada um fica responsável pela sua formação permanente.
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A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
E A ESCOLA
Para os que defendem a sociedade do conhecimento a gestão da escola deve ficar focada na busca da eficiência e da redução de custos. Deve-se buscar maior capacidade de produção com o menor custo. Ou seja, formar mais e melhor gastando menos, racionalizando os custos.
Acreditam que os trabalhadores devem abandonar a perspectiva de trabalho seguro e estável, devendo investir no desenvolvimento do seu potencial de adaptabilidade e de empregabilidade. Que os trabalhadores devem se voltar para a maximização das suas competências cognitivas, pois cada um deles irá produzirá mais na razão direta de sua maior capacidade de aprender a aprender. Pensam que, com a redução dos trabalhadores agrícolas e dos operários industriais, os postos de emprego que restam, vão ser mais disputados, e tais postos de trabalho serão conquistados pelos trabalhadores preparados e diferenciados em termos cognitivos
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A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
E A ESCOLA
Outra característica da educação na sociedade do conhecimento é a utilização dos recursos tecnológicos para a disseminação do conhecimento. Para o Banco Mundial entre os aspectos que devem ser levados em consideração na sociedade do conhecimento são as oportunidades criadas pela “revolução nas comunicações que abriu um novo meio de difundir amplo conhecimento e a baixo custo, reduzindo a defasagem de conhecimento dentro de cada país”. O meio encontrado para difundir o conhecimento com utilização da tecnologia e corte de custos foi a educação à distância. 
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FAZENDO A CRÍTICA DA EDUCAÇÃO NA
PERSPECTIVA DA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
Nessa perspectiva, a educação tem como objetivo criar uma unidade moral e intelectual comprometida com a concepção burguesa de sociedade. 
Deseja-se que a classe trabalhadora continue participando dentro dos marcos delimitados pelas classes dominantes, ressignificando as formas de participação e o sentido histórico da política e da luta sociais. 
O objetivo desta pedagogia do aprender a aprender é consolidar as novas bases da hegemonia burguesa, legitimando o consenso e a conformação das classes trabalhadoras. 
Essa necessidade de formação e conformação tem sua origem, de fato, nas mudanças das relações produtivas, na inserção de novas tecnologias e na necessidade de competição intercapitalista, próprias da atual etapa do processo de acumulação capitalista.
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FAZENDO A CRÍTICA DA EDUCAÇÃO NA
PERSPECTIVA DA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
Assim, à escola foi atribuída a função de formar e conformar o novo tipo de homem exigido pelo projeto neoliberal, através de uma “pedagogia do aprender a aprender” Longe de propor uma formação humanística que tenha por objetivo a construção de um ser humano em seu sentido amplo, a classe dominante defende uma pedagogia centrada na “qualidade”, buscando a racionalização e otimização do trabalho. A formação do trabalhador nesta proposta tem uma íntima ligação com o mercado e procura ajustar o trabalhador às suas novas demandas. Essa formação é vista como necessária e urgente, recaindo sobre ela a responsabilidade de desenvolvimento do país e sua competitividade no mundo globalizado. 
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