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CCJ0014-WL-A-PP-Aula 10-Direito Civil 2 - Guido Cavalcanti

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Aula 10
	Roteiro de aula:
FORMAS ESPECIAIS DE PAGAMENTO
Sempre lembrar que o pagamento normal é forma de extinção de obrigação, mas existem modalidades alternativas. São os chamados pagamentos especiais. 
O pagamento geralmente se dá de forma voluntária, com o pagamento sendo oferecido pelo devedor. Se ele não cumpre no tempo, local e forma devidos, ele está em mora. 
Todavia, o pagamento precisa ser aceito pelo credor. Pode acontecer que por diversas razões, o credor se recuse a receber. 
Sempre lembrar: só porque o credor se recusou a receber, isso não quer dizer que o devedor está exonerado da obrigação. Portanto, disso podemos entender que o devedor tem o direitode se ver livre de uma dívida, portanto, podendo judicial coagir o credor a receber.
O pagamento em consignação consiste no depósito, pelo devedor, da coisa devida, com o objetivo de libertar-se da obrigação. É um meio indireto de pagamento. 
Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais.
A consignação é um instituto que é parte direito material e parte direito processual. Sua disciplina está melhor regulamentada no código de processo civil, inclusive, com a importante reforma que ele passou em 1994, que permitiu que o depósito tanto seja judicial quanto extrajudicial.
Importante: para haver interesse jurídico em consignar, deve haver uma recusa injusta do pagamento por parte do credor. Se o devedor oferece um pagamento errado e o credor se recusa a receber, a ação de consiganção não é cabida e se intentada vai ser extinta. 
Pode haver consignação tanto de dinheiro, quanto de bens móveis quanto de bens imóveis. 
O imóvel pode ser consignado simbolicamente com o depósito das chaves. Isso é muito útil principalmente em casos de locações, onde o dono se recusa a receber nas condições ofertadas pelo devedor. 
É óbvio que só pode haver consigação em uma obrigação que envolva algum “dar”, pois não seria possível em alguma obrigação de fazer ou não fazer.
A consiganção só deve ser intentada nessas hipóteses:
Art. 335. A consignação tem lugar:
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma;
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
LEVANTAMENTO DO DEPÓSITO
Em primeiro lugar, pode o devedor levantar o depósito a qualquer momento, enquanto o credor não declarar que o aceita ou o não impugnar, devendo pagar as despesas do depósito.
Se o credor, se recusa a levantar o depósito, então quem vai julgar o caso será o juiz. Se ele considerar que o credor está se recusando de maneira injusta a receber, dará plena quitação ao devedor. 
Art. 343. As despesas com o depósito, quando julgado procedente, correrão à conta do credor, e, no caso contrário, à conta do devedor.
PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO
Quando em Direito vemos a palavra sub-rogação, sempre devedor entender que uma coisa está sendo ‘substituida’por outra. 
A obrigação normalmente deve ser realizada pelo devedor, mas é possível que um terceiro interessado a cumpra, como sucede p.ex., com o fiador. 
Art. 831. O fiador que pagar integralmente a dívida fica sub-rogado nos direitos do credor;
Já outro que fica sub-rogado é o devedor de coisa indivisível que paga sozinho a dívida. 
O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados.
Pagamento com sub-rogação tem acentuada afinidade com a cessão de crédito. 
Apesar de parecidos, os institutos não se confundem: cessão de crédito é um negócio, que visa especulação e circulação de riquezas. Já o pagamento com sub-rogação, é o caso de um terceiro que se vê obrigado a pagar alguma dívida, para garantir seu patrimônio e sua condição jurídica. Aqui não há espectativa de lucro.
Temos dois tipos. A legal e a convencional:
A Legal tem suas hipóteses no 346.
Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor:
I - do credor que paga a dívida do devedor comum;
II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel;
III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.
O mais importante nela é que ela opera de pleno direito. Automaticamente. 
E a convencional está no 347. 
Aqui estamos de um instituto muito parecido com a cessão de crédito, mas com ela não se confunde: cessão visa tranferir,com lucro, direito a crédito. A cessão não opera a extinção do crédito. Nesse caso abaixo, não estamos diante de uma tentativa de exoneração do devedor original. 
Art. 347. A sub-rogação é convencional:
I - quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos;
II - quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito.
A prova que as duas não se confundem, está no artigo subsequente: 
Art. 348. Na hipótese do inciso I do artigo antecedente, vigorará o disposto quanto à cessão do crédito.
Prova: FUNDEP - 2011 - MPE-MG - Promotor de Justiça
Disciplina: Direito Civil | Assuntos: Direito das Obrigações; Fatos Jurídicos - Da Prova; 
É INCORRETO afirmar quanto ao objeto do pagamento e sua prova no Código Civil: 
a) O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa.
b) Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou.
c) É ilícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas.
d) Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação.
Prova: CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 1 - Primeira Fase (Mai/2009)
Disciplina: Direito Civil | Assuntos: Direito das Obrigações - Contratos ; 
De acordo com o que dispõe o Código Civil a respeito dos contratos, assinale a opção correta.
a) A onerosidade excessiva, oriunda de acontecimento extraordinário e imprevisível, ainda que dificulte extremamente o adimplemento da obrigação de uma das partes em contrato de execução continuada, não enseja a revisão contratual, visto que as partes ficam vinculadas ao que foi originariamente pactuado.
b) Considere que um indivíduo ofereça ao seu credor, com o consenso deste, um terreno em substituição à dívida no valor de R$ 30 mil, a título de dação em pagamento. Nessa situação, se o credor for evicto do terreno recebido, será restabelecida a obrigação primitiva com o devedor, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros.
c) O evicto pode demandar pela evicção, por meio de ação contra o transmitente, mesmo sabendo que a coisa adquirida era alheia ou litigiosa.
d) A resilição bilateral não se submete à forma exigida para o contrato.
Prova: FUNDEP - 2011 - MPE-MG - Promotor de Justiça
Disciplina: Direito Civil | Assuntos: Direito das Obrigações; Fatos Jurídicos - Da Prova; 
É INCORRETO afirmar quanto ao objeto do pagamento e sua prova no Código Civil: 
a) O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa.
b) Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou.
c) É ilícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas.
d) Quando,por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação.
Prova: FCC - 2010 - MPE-SE - Analista - Direito
Disciplina: Direito Civil | Assuntos: Direito das Obrigações; 
A respeito do pagamento, como forma de adimplemento e extinção das obrigações, é correto afirmar:
a) O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo não é válido, provado ou não posteriormente que não era credor.
b) Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor não provar que, em benefício dele, efetivamente reverteu.
c) Quanto ao lugar do pagamento, designados dois ou mais lugares, cabe ao devedor escolher entre eles.
d) O pagamento reiteradamente feito em outro local, não faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato.
e) O credor é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, se houver prova de que é mais valiosa.

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