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ÉTICA E PSICOLOGIA JURÍDICA

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE JUIZ DE FORA
CAROLINA DA SILVA DUQUE
GIULIA BÜRGER
ÉTICA E PSICOLOGIA JURÍDICA
Juiz de Fora
2016
CAROLINA DA SILVA DUQUE
GIULIA BÜRGER
ÉTICA E PSICOLOGIA JURÍDICA
Trabalho acadêmico apresentado no Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora, como requisito parcial para aprovação na Disciplina Ética Geral e Profissional em 08 dez. 2016.
Professor: Paulo Ferreira Bonfatti
 
Juiz de Fora
2016
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3
2 HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA .................................................. 4
3 PSICOLOGIA JURÍDICA ........................................................................... 5
3.1 FUNÇÕES E ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO JURÍDICO ........................... 6
4 RESOLUÇÕES DO CFP ............................................................................ 8
5 ENTREVISTA ............................................................................................. 10
6 CONCLUSÃO ............................................................................................. 13
7 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 14
1 INTRODUÇÃO
	O presente trabalho aborda o tema Psicologia Jurídica e a Ética Profissional e tem como objetivo analisar e comentar a entrevista e o código de ética profissional e as resoluções do CFP, considerando a literatura pesquisada.
A psicologia jurídica se caracteriza como um campo de interseção entre a psicologia e o direito, tem como finalidade aplicar os conhecimentos oriundos da Psicologia no campo jurídico com o intuito de estudar o comportamento humano no âmbito das relações das pessoas com a Justiça.
Esse conhecimento é entendido como uma subárea da ciência psicológica que se utiliza dos princípios e métodos da Psicologia para auxiliar nas decisões judiciais, bem como na avaliação de perfis e conduta humana, no interesse pelos fenômenos psicológicos no que diz respeito ao comportamento do sujeito no contexto jurídico.
2 HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA
A história nos mostra que a primeira aproximação da Psicologia com o Direito foi no final do século XIX e fez surgir o que se denominou “psicologia do testemunho”. Esta tinha como objetivo verificar, através do estudo experimental dos processos psicológicos, a fidedignidade do relato do sujeito envolvido em um processo jurídico.
O reconhecimento da profissão se deu na década de 1960. Os primeiros trabalhos se deram na área criminal com o enfoque em adultos criminosos e em adolescentes infratores. A partir da promulgação da Lei de Execução Penal (Lei Federal nº 7210/84), que o psicólogo passou a ser reconhecido legalmente pela instituição penitenciária.
Inicialmente, a Psicologia era identificada como uma prática voltada para a realização de exames e avaliações, buscando identificações por meio de diagnósticos. Essa época, marcada pela inauguração do uso dos testes psicológicos, fez com que o psicólogo fosse visto como um testólogo, como na verdade o foi na primeira metade do século XX.
Atualmente, o psicólogo utiliza estratégias de avaliação psicológica, com objetivos bem definidos, para encontrar respostas para solução de problemas. A testagem pode ser um passo importante do processo, mas constitui apenas um dos recursos de avaliação.
3 PSICOLOGIA JURÍDICA
A Psicologia Jurídica é uma emergente área de especialidade da ciência psicológica, se comparada às áreas tradicionais de formação e atuação da Psicologia como: a Escolar, a Organizacional e a Clínica. É próprio desta especialidade sua interface com o Direito, com o mundo jurídico, resultando encontros e desencontros epistemológicos e conceituais que permeiam a atuação do psicólogo jurídico. Os setores da Psicologia Jurídica são diversos. Há os mais tradicionais, como a atuação em Fóruns e Prisões, e há também atuações inovadoras como a Mediação e a Autópsia psíquica, uma avaliação retrospectiva mediante informações de terceiros.
A verdade que o psicólogo jurídico intenciona desvendar nunca é inteira, e sim, parcial, subjetiva, idiossincrática. Essa intenção da busca pela verdade parece refletir uma “pressão” para que o psicólogo participe do conflito expresso no “discurso jurídico”.
É necessário que o profissional de Psicologia tenha uma postura coerente com suas funções, uma vez que o discurso da Psicologia é auxiliar o Direito de modo complementar, devendo, portanto, marcar a diferença e assumir responsabilidades somente pela área que lhe compete, em seus aspectos conscientes e inconscientes.
Nesse contexto, o psicólogo, muitas vezes, vai interpretar para os operadores do Direito a situação que está sendo analisada, ou ainda recontar o fato, a partir de um outro referencial. Cabe ressaltar, entretanto, que interpretar não significa descobrir, desvendar, como por vezes anseiam os que aguardam um relatório.
3.1 FUNÇÕES E ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO JURÍDICO
	O Psicólogo atua no âmbito da justiça, colaborando no planejamento e execução de políticas de cidadania, direitos humanos e prevenção da violência, centrando sua atuação na orientação do dado psicológico repassado não só para os juristas como também aos indivíduos que carecem de tal intervenção, para possibilitar a avaliação das características de personalidade e fornecer subsídios ao processo judicial, além de contribuir para a formulação, revisão e interpretação das leis.
Avalia as condições emocionais e intelectuais das crianças, adolescentes e adultos em conexão com os processos jurídicos, seja por deficiência mental ou insanidade, testamentos contestados, aceitação em lares adotivos, posse e guarda de crianças, aplicando métodos e técnicas psicológicas e/ou psicometria, para determinar a responsabilidade legal por atos criminosos.
Atua como perito judicial nas varas cíveis, criminais, Justiça do Trabalho, da família, da criança e do adolescente, elaborando laudos, pareceres e perícia, para serem anexados aos processos, a fim de realizar atendimento e orientação a crianças, adolescentes, detentos e seus familiares.
Realiza atendimento psicológico a indivíduos que buscam a Vara da Família, fazendo diagnósticos e utilizando terapêuticas próprias, para organizar e resolver questões levantadas.
Participa de audiências, prestando informações, para esclarecer aspectos técnicos, em psicologia a leigos ou leitores do trabalho pericial psicológico.
Elabora petições sempre que solicitar alguma providência haja necessidade de comunicar-se com o juiz durante a execução de perícias, para serem juntadas aos processos.
Realiza pesquisas visando à construção e a ampliação do conhecimento psicológico aplicado ao campo do Direito.
Realiza orientação psicológica a casais antes da entrada da petição nupcial, assim como, das audiências de conciliação.
Realiza atendimento a crianças envolvidas em situações que chegam às instituições do direito, visando à preservação de sua saúde mental.
Auxilia juizados na avaliação e assistência psicológica de menores e seus familiares, bem como, assessorá-los no encaminhamento a terapias psicológicas quando necessário.
4 RESOLUÇÕES DO CFP
Regulamenta a atuação do psicólogo no sistema prisional
Art. 1º. Em todas as práticas no sistema prisional, o psicólogo deverá respeitar e promover:
Os direitos humanos dos sujeitos em privação de liberdade, atuando em âmbito institucional e interdisciplinar; 
Processos de construção da cidadania, em contraposição à cultura de primazia da segurança, de vingança social e de disciplinarização do indivíduo;
Desconstrução do conceito de que o crime está relacionado unicamente à patologia ou à história individual, enfatizando os dispositivos sociais que promovem oprocesso de criminalização;
A construção de estratégias que visem ao fortalecimento dos laços sociais e uma participação maior dos sujeitos por meio de projetos interdisciplinares que tenham por objetivo o resgate da cidadania e a inserção na sociedade extramuros.
Art. 4º. Em relação à elaboração de documentos escritos:
Conforme indicado nos Art. 6º e 112º da Lei n° 10.792/2003 (que alterou a Lei n° 7.210/1984), é vedado ao psicólogo que atua nos estabelecimentos prisionais realizar exame criminológico e participar de ações e/ou decisões que envolvam práticas de caráter punitivo e disciplinar, bem como documento escrito oriundo da avaliação psicológica com fins de subsidiar decisão judicial durante a execução da pena do sentenciado;
O psicólogo, respaldado pela Lei n° 10792/2003, em sua atividade no sistema prisional somente deverá realizar atividades avaliativas com vistas à individualização da pena quando do ingresso do apenado no sistema prisional. Quando houver determinação judicial, o psicólogo deve explicitar os limites éticos de sua atuação ao juízo e poderá elaborar uma declaração conforme o Parágrafo Único.
Parágrafo Único. A declaração é um documento objetivo, informativo e resumido, com foco na análise contextual da situação vivenciada pelo sujeito na instituição e nos projetos terapêuticos por ele experienciados durante a execução da pena.
4 ENTREVISTA
Qual a sua formação?
R: Sou graduada em psicologia, fiz pós-graduação, mestrado e estou terminado o doutorado.
Em que área da psicologia atua e quanto tempo atua nessa área?
R: Jurídica, atuo desde de 2003.
Motivo de ter escolhido essa área?
R: tinha um interesse e houve a oportunidade de fazer o concurso quando estava terminando a faculdade, e consegui passar.
O que entende como ética? O que entende por moral?
R: ética diz respeito ao cuidado com o ser humano, independente de julgamento. Algo mais amplo. Moral envolve julgamento de valor, juízo. São regras que indicam o que é certo e errado. 
Dos diversos tópicos, cite aqueles que mais chamam sua atenção no código de ética.
R: É a questão do sigilo. Na área jurídica trabalhamos com sigilo, mas é diferente da clínica, por exemplo, tenho que transcrever para o juiz, procurando relatar de uma forma que não exponha a pessoa, considerando quem vai ler o relatório. O que escrevo vai ser utilizado como base para uma decisão. Existe o sigilo, mas dentro da variação ética. 
6- Quais os aspectos éticos do código diretamente ligados a sua área de atuação?
Art. 10 – [...] o psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.
Art. 11 – Quando requisitado a depor em juízo, o psicólogo poderá prestar informações, considerando o previsto neste código.
Art. 14 – A utilização de quaisquer meios de registro e observação da prática psicológica obedecerá às normas deste Código e a legislação profissional vigente, devendo o usuário ou beneficiário, desde o início, ser informado.
Art. 12 – [...] as atividades em equipe multiprofissional, o psicólogo registrará apenas as informações necessárias para o cumprimento dos objetivos do trabalho. 
7- E fora do código de ética?
R: É necessário o conhecimento do Estatuto da Criança e do Adolescente e do Código Processual Civil.
8- Saberia explicar o que seriam as resoluções do Conselho Federal de Psicologia?
R: Sim, são normas que temos que seguir.
9- Há alguma(s) resolução(ões) do Conselho Federal de Psicologia relacionada especificamente á sua área? Qual(is)?
Resolução nº 009/2010: Regulamenta a atuação do psicólogo no sistema prisional
Resolução nº 007/2003: Institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes de avaliação psicológica 
Resolução nº 008/2010: Dispõe sobre a atuação do psicólogo como perito e assistente técnico no Poder Judiciário.
10-Considerando que o código de ética profissional foi construído democraticamente pela categoria a ser sempre possível de ser revisto, o que acha que poderia ser modificado no mesmo?
R: Nada, é bem genérico.
5 CONCLUSÃO
Concluímos que a função da Psicologia Jurídica é a de avaliar as condições intelectuais e emocionais dos indivíduos em conexão com os processos jurídicos. Sendo assim, cabe ao Psicólogo Jurídico estudar e investigar comportamentos do indivíduo e fazer a conexão entre a Psicologia e o Direto com o comprimento da lei.
Independente do setor da Psicologia Jurídica, o atuante deve agir de forma ética, cumprindo seu papel de forma a promover a saúde e o cuidado com os indivíduos.
Durante e entrevista, percebemos uma ansiedade por parte da entrevistada para encerrar rápido nossa conversa. Ela estava apressada, e acreditamos que isso tenha prejudicado suas respostas, além de não nos permitir aprofundar nas questões. Percebemos com a entrevista que a questão do sigilo é um ponto diferente em relação às outras áreas, pois as pessoas que vão á consulta já sabem que o(a) psicólogo (a) terá que relatar ao juiz. Nossa entrevistada demonstrou não ter o código decorado, mas tem conhecimento sobre ele e utiliza-o como uma base.
REFERÊNCIAS
LAGO, Vivian de Medeiros. Um breve histórico da psicologia jurídica no Brasil e seus campos de atuação. Estudos de Psicologia, Campinas, v. 26, n. 4, p.483-491, out. 2009. Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/98788/000734707.pdf?sequence=1&locale=pt_BR . Acesso em: 10 nov. 2016
Código de Ética Profissional do Psicólogo. Brasília: CFP, 2005. Disponível em: http://site.cfp.org.br/wpcontent/uploads/2012/07/codigo-de-etica-psicologia.pdf . Acesso em: 10 nov. 2016
______. Resolução nº 007/2003, de 14 de junho de 2003. Brasília, DF, 2003. Disponível em: http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2003/06/resolucao2003_7.pdf . Acesso em: 10 nov. 2016.
______. Resolução nº 009/2010, de 29 de junho de 2010. Brasília: DF, 2009. Disponível em: http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2010/07/resolucao2010_009.pdf .Acesso em: 10 nov. 2016.
______. Resolução nº 008/2010, de 30 de junho de 2010. Brasília: DF, 2010. Disponível em: http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2010/07/resolucao2010_008.pdf . Acesso em: 10 nov. 2016.
Código de Ética Profissional do Psicólogo. Brasília: CFP, 1996. Disponível em: http://www.psicomundo.com/brasil/cdigodeetica.html. Acesso em: 10 nov. 2016.
CRISTINA, Fernanda. O Olhar Ético na Psicologia Jurídica. Centro Universitário do Triângulo, 2014. Disponível em: http://aeticadocuidar.blogspot.com.br/2014/04/psicologia-juridica.html. Acesso em: 10 nov. 2016.
CONCEITOS
De acordo com Mira Y López (1967 apud CRUZ 2005).
O testemunho de uma pessoa sobre um acontecimento qualquer depende essencialmente de cinco fatores: do modo como percebeu esse acontecimento; do modo como sua memória o conservou; do modo como é capaz de evocá-lo; do modo como quer expressá-lo; do modo como pode expressá-lo.
A mediação familiar é uma alternativa à justiça estatal para a dissolução do vínculo conjugal e dos conflitos decorrentes desse rompimento. Mediação advém do latim mediatione que significa intercessão, intermédio [...] intervenção com que se busca produzir um acordo. [...] Derivado do verbo latino mediare &– de mediar, intervir, colocar-se no meio A mediação, utilizando técnicas da Psicologia, em especial das Psicoterapias, tais como a sumarização positiva, o resumo e o enquadre, amplia e torna mais compreensíveis as diversas mensagens e mostra a importância da escuta não nervosa, da interpretação do que está por detrás do discurso, da linguagem corporal etc. Ocorre que justamente as variáveis psicológicas do conflito familiar tornam esse tipo de mediação o mais complexo, pois envolve, como mencionado, além de aspectos objetivos, aspectos emocionais e inconscientes.
A autópsia psicológica é um procedimento de coleta de dados que visa esclarecer possíveis dúvidas em relação a mortesocasionadas pelo suicídio. Seu principal objetivo é desvendar fatores que levariam o falecido a cometer o ato destrutivo contra a própria vida, pois busca descartar outras situações que ocasionariam aquela morte, tais como homicídios e acidentes.
Por destituição do poder familiar devemos entender como a situação em que o judiciário por meio da ação de destituição do poder familiar decide em retirar do pai/mãe as prerrogativas referente aos direitos e deveres que esses tinham em relação ao(s) seus(s) filho(s), extinguindo desse modo o vínculo afetivo entre eles. Mas tal situação, apenas poderá ocorrer quando um pai/mãe ou ambos cometerem algum ato no exercício do poder familiar que viole os direitos dos filhos e cause prejuízo a essa criança/adolescente. Desse modo, o juiz verificando a necessidade de proteção e o melhor interesse da criança, poderá por meio da sentença, destituir o(s) pais(s) do exercício do poder familiar, não sendo possível em regra a regeneração e a retomada do exercício por aquele pais/mãe destituído.
A interdição ou curatela é uma medida de amparo criada pela legislação civil; um processo judicial por meio do qual a pessoa é declarada civilmente incapaz, total ou parcialmente, para a prática dos atos da vida civil, tais como: vender, comprar, testar, casar, votar, assinar contratos, etc. Para tanto, essa pessoa declarada civilmente incapaz, deve ser representada ou assistida por uma outra pessoa civilmente capaz, denominada curador. A curatela é dada a todos aqueles considerados incapazes devido a problemas mentais (doentes e deficientes), aos ébrios¹ habituais, aos viciados em drogas e aos pródigos ². A doença ou transtorno mental está ligado ao funcionamento do intelecto e a deficiência mental está ligada ao desenvolvimento do intelecto, ou seja, a pessoa tem um desenvolvimento intelectual incompleto.

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