Buscar

NDAT - 03 - Principios Tributarios

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
*
PRINCÍPIOS DA TRIBUTAÇÃO
Os princípios são proposições normativas que fixam diretrizes para o trabalho do legislador e do aplicador do direito (juíz), de forma que as normas devem ser produzidas, interpretadas e aplicadas em sua conformidade.
Os princípios que regem a tributação encontram-se descritos nos arts. 150 a 152 da CF/88, compondo a seção denominada: “Das limitações do poder de tributar”.
*
PRINCÍPIO DA LEGALLIDADE
Art. 150 da CF: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
Exige-se lei para criação, majoração, redução, extinção, perdão, bem como definição de todos os elementos essenciais da incidência tributária (fato gerador, sujeitos, base de cálculo, alíquota), penalidades.
OBSERVAÇÕES:
- a simples atualização monetária da base de cálculo não é majoração.
- As exceções deste princípio: a) Poder Executivo pode, via Decreto, alterar aliquota do II, IE, IPI, IOF.
*
PRINCÍPIO DA IGUALDADE OU ISONOMIA
Art. 150 da CF: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
Não cabe privilégio para determinados profissionais, como juízes, militares.
Pode haver graduação segundo a capacidade econômica, ou seja progressividade.
se pode tratar diferentemente dois contribuintes em situação equivalente
*
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
Art. 150 da CF: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III – cobrar tributos.
a)em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
O tributo não incide sobre o fato gerador antes do início da vigencia da lei que institui ou aumenta o tributo, bem como sobre a exigencia do tributo e de criação das obrigações acessórias.
Exceção: a leis que atenuam penalidades e que esclarece o alcance de uma norma anterior (expressamente interpretativa) retroagem para beneficiar.
*
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ANUAL
Art. 150 da CF: III - cobrar tributos:
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
Não pode ser exigido um tributo no mesmo ano em que foi publicada. A lei que entra em vigor hoje não tem eficácia, pela anterioridade.
Atualmente, basta a publicação da lei para não incidir tributo pela anterioridade, não precisando, necessariamente, estar em vigor.
Este princípio refere-se apenas à criação e majoração de tributos e não para redução ou extinção. 
EXCEÇÕES: 
II, IE, IPI, IOF e os impostos extraordinários (motivo de guerra externa ou sua iminencia ou em caso de calamidade pública), empréstimo compulsório e contribuições sociais.
*
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL
Art. 150 da CF: III - cobrar tributos:
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; 
Este princípio não exclui a anterioridade anual. 
Em regra a norma que institui ou aumenta tributos vale apenas depois de 90 dias de sua publicação, mas não antes que o primeiro dia do exercício seguinte.
Ex: lei com aumento da aliquota do ICMS publicada em 01/02/2011, só valerá a partir de 01/01/2012. Entretanto, se publicada em 01/11/2011, só valerá a partir de 01/02/2012. 
EXCEÇÕES: 
II, IE, IR, IOF e os impostos extraordinários (motivo de guerra externa ou sua iminencia ou em caso de calamidade pública), empréstimo compulsório.
*
PRINCÍPIO DO NÃO CONFISCO
Art. 150 da CF: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
IV – utilizar tributo com efeito de confisco;
 
A tributação há de ser razoável, analisando o caso concreto, não podendo eliminar a propriedade particular.
*
PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
Art. 150 da CF: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
 
O tributo não pode limitar a liberdade da pessoa de ir e vir com seus bens.
*
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
Art. 151 da CF: É vedado à União:
I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;
 
- Direcionado apenas à União.
- Um Estado, Município ou DF não pode ser beneficiado em detrimento de outro.
- Permite-se incentivo fiscal.
- Somente para impostos federais.
*
PRINCÍPIO DA NÃO DIFERENCIAÇÃO TRIBUTÁRIA
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. 
- Direcionado especificamente aos Estados, DF e Municípios.
- Veda a discriminação em razão da procedência e destino dos bens e serviços.
- Ex: Um Estado não pode fixar aliquota maior de ICMS para as mercadorias fabricado em outro Estado.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando