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RESENHA CRITICA FILME JUIZO

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FILME JUIZO: PRÁTICA INQUISITÓRIA X DEVIDO PROCESSO LEGAL 
 Jose Benedito Dias De Oliveira 
 Belo Horizonte 31 de Marco de 2017
JUÍZO. Direção de Maria Augusta Ramos. Brasil, 2007. Produção Diler Trindade 2007. 
Introdução 
O presente trabalho busca analisar os aspectos e elementos que cercam o documentário Juízo (2007) da cineasta Maria Augusta Ramos. Este filme pretende mostrar ao espectador todo o processo envolvendo a detenção de um menor, desde a sua prisão, passando pelo julgamento e sua permanência como interno. Podemos notar, que de maneira intencional o documentário traz à tona a triste realidade de um sistema falido, que por sua vez tem “circuncidado” os sonhos e perspectivas de vida de muitos adolescentes (menores infratores), que só precisam de uma oportunidade para se tornarem verdadeiros cidadãos do bem. A princípio o filme parece um “lixo”, mal elaborado, com atores amadores e com um roteiro de péssimo gosto. Más, não; O documentário foi elaborado propositalmente com a intenção de impactar e de chamar a atenção da sociedade para uma triste realidade.
 A seguir estarei abordando duas questões básicas, que são elas: O Devido Processo Legal e a Prática Inquisitória aplicada nos mais variados casos de apreensão de menores infratores, submetidos ao processo de ressocialização por meio de medidas adotadas pelo nosso sistema judicial e carcerário. 
Filme Juízo: Prática Inquisitória X Devido processo legal 
Na Prática inquisitória: o documentário JUIZO retrata muito bem, as condições desumanas às quais os jovens infratores são submetidos. Na sala de audiências podemos perceber as presenças dos sujeitos do processo, conforme previsto em lei; Más, ali se predomina um verdadeiro desrespeito ao princípio da legalidade, uma vez que o Ministério Público e a defesa se comportam de maneira totalmente imparcial, raramente se manifestando em favor ou contra o menor infrator mencionado no documentário; uma vez que a imparcialidade é um dever do juiz.
 Nota-se que em vários momentos os adolescentes são tratados com desrespeito e tem a sua dignidade afetada pelas pessoas que tem obrigação de tratá-los com zelo e carinho. São menores que não tem acesso aos objetos necessários à higiene e asseio pessoal, e muito menos recebem escola e profissionalização, como determina o ECA, em seu Art. 124,Lei 8069/90: São direitos do adolescente privado de liberdade, entre outros, os seguintes:
I-                   entrevistar-se pessoalmente com o representante do Ministério Público;
II-                 peticionar diretamente a qualquer autoridade;
III-              avistar-se reservadamente com seu defensor;
IV-              ser informado de sua situação processual, sempre que solicitada;
V-                ser tratado com respeito e dignidade;
VI-              permanecer internado na mesma localidade ou naquela mais próxima ao domicilio de seus pais ou responsável;
VII-           receber visitas, ao menos semanalmente;
VIII-         corresponder-se com seus familiares e amigos;
IX-              ter acesso aos objetos necessários à higiene e asseio pessoal;
X-                receber escola e profissionalização;
XI-              realizar atividades culturais, esportivas e de lazer. Também o disposto no Art. 17: O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais. Isso, nos remete à uma breve incursão na História do Direito, onde há um juiz inquisidor, não há contraditório nem ampla defesa, o que nos leva a fazer um trocadilho com processo inquisitivo do Século XV, cujas características era a concentração das funções de acusação, defesa e julgamento exclusivamente nas mãos de um único sujeito; Nesse caso, nas mão mãos da juíza representada no documentário em questão.
No Devido Processo Legal: Via de regra, o tratamento dado a qualquer cidadão deve ser embasado em Princípios, nos quais há separação das funções de acusação defesa e julgamento, nas mãos mão de sujeitos distintos; são os chamados Sujeitos do processo. Os direitos fundamentais estão previstos na Constituição da República de 1988, mais precisamente em seu ART 5º, incisos e parágrafos decorrentes, tendo em vista o cumprimento e o devido respeito aos princípios fundamentais, bem como o Devido processo legal: É um princípio constitucional que assegura a todos o direito a um processo justo, que respeite todas as fases previstas em lei; visando a garantia da Ampla defesa, do Contraditório, da Proporcionalidade, do Juiz natural e da Imparcialidade do juiz.
Considerações finais
 Este documentário ( JUIZO), me proporcionou um entendimento jurídico entre a norma e prática do Processo Penal em suas mais variadas formas, sobretudo no entendimento de que há limites e limitações numa relação processual; e que o devido processo legal se dá com base em fatos concretos, na ética, na imparcialidade e com a devida e imprescindível presença dos sujeitos do processo; Sujeitos sem os quais, não poderíamos mencionar a frase: DEVIDO PROCESSO LEGAL.
Bibliografia:
Constituição da República/88
Estatuto da criança e do adolescente 7ª edição/2010
VALADARES - Caderno de exercícios da professora Heloisa Valadares (Teoria Geral do Processo Penal) Ibhes/2017 – IBHES( Instituto Belo Horizonte De Ensino Superior)
JUÍZO. Direção de Maria Augusta Ramos. Brasil, 2007. Produção Diler Trindade 2007.

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