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Professor: Sebastião Jorge da Cunha Gonçalves UNIVERSIDADE SEVERINO SOMBRA PRÓ-REITORIA DE CIÊNICIAS MÉDICA CURSO MEDICINA Aula: Vigilância Epidemiológica CONCEITO “Um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”. Propósitos e Funções Fornecer orientação técnica permanente para os profissionais de saúde que têm a responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle de doenças ou agravos , bem como dos fatores que a condicionam, numa área geográfica ou população definido: Coleta de dados Processamento de dados coletados Análise e interpretação dos dados coletados Recomendação das medidas de controle Promoção das ações de controle indicadas Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas Divulgação de informações pertinentes Doenças de Notificação Compulsória Nacional PORTARIA Nº 1.271, DE 6 DE JUNHO DE 2014 1) Acidente de trabalho com exposição a material biológico 2) Acidente de trabalho: grave, fatal e em crianças e adolescentes 3) Acidente por animal peçonhento 4) Acidente por animal potencialmente transmissor da raiva 5) Botulismo 6) Cólera 7) Coqueluche 8) Dengue - Casos 9) Dengue - Óbitos 10) Difteria 11) Doença de Chagas Aguda 12 Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) 13) Doença Invasiva por "Haemophilus Influenza" 14) Doença Meningocócica 15) Doenças com suspeita de disseminação intencional: a. Antraz pneumônico b. Tularemia c. Varíola 16) Doenças febris hemorrágicas emergentes/reemergentes: a. Arenavírus b. Ebola c. Marburg d. Lassa e. Febre purpúrica brasileira Esquistossomose 17) Eventos adversos graves ou óbitos pós-vacinação 18) Febre Amarela 19) Febre de Chikungunya 20) Febre do Nilo Ocidental e outras arboviroses de importância em saúde pública 21) Febre Maculosa e outras Riquetisioses 22) Febre Tifoide 23) Hanseníase 24) Hantavirose 25) Hepatites virais 26) HIV/AIDS - Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida 27) Infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou puérpera e Criança exposta ao risco de transmissão vertical do HIV 28) Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) 29 Influenza humana produzida por novo subtipo viral 30) Intoxicação Exógena (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados) 31 Leishmaniose Tegumentar Americana Doenças de Notificação Compulsória Nacional Doenças de Notificação Compulsória Nacional 32) Leptospirose 33) a. Malária na região amazônica b. Malária na região extra Amazônica 34) Óbito: a. Infantil b. Materno 35) Poliomielite por poliovirus selvagem 36) Peste 37) Raiva humana 38) Síndrome da Rubéola Congênita 39) Doenças Exantemáticas: a. Sarampo b. Rubéola Doenças de Notificação Compulsória Nacional 40) Sífilis: a. Adquirida b. Congênita c. Em gestante 41) Síndrome da Paralisia Flácida Aguda 42) Síndrome Respiratória Aguda Grave associada a Coronavírus a. SARS-CoV b. MERS-CoV 43) Tétano: a. Acidental b. Neonatal 44) Tuberculose 45) Varicela - Caso grave internado ou óbito 46) a. Violência: doméstica e/ou outras violência b. Violência: sexual e tentativa de suicídio Competência da Vigilância Epidemiológica 1º Capacidade para monitorar continuamente a tendência de uma doença/ agravo na população, estabelecendo medidas de prevenção e controle. 2º Conhecer o fluxo das informações no Sistema de Vigilância Epidemiológica (SVE). 3º Conhecer o papel e a responsabilidade dos diversos níveis no SVE. 4º Notificar e realizar investigação epidemiológica de um caso Suspeito. Agravos de interesse nacional -Inclusão do Boletim de Inquérito de Tracoma -Acidentes por animais peçonhentos - Atendimento Anti-rábico -Intoxicação exógena Notificação É a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes. Principal instrumento de coleta dos dados de notificação compulsória Sistema Nacional de Agravos Notificáveis (SINAN) Aspectos a serem considerados na notificação: - Notificar a simples suspeita da doença - A notificação tem de ser sigilosa -A notificação deverá ser feita mesmo na ausência de casos (Notificação Negativa) -Número de Semanas epidemiológicas: 53 CASO 01 Deu entrada no P.S. às 15:30 o menor Paulo com 13 anos de idade. Mãe relatou no momento da classificação de risco, que a febre 39.8ºC e vômitos iniciaram +- 6horas, deu dipirona e não melhorou, concluindo que, levou o filho na UESF às 8:30, e não conseguiu a consulta para o menor que chorava muito com cefaléia, dor na nuca. Mãe informou que tem mais 3 filhos menores e estudam na Escola Municipal José Alves. Ao exame Físico constatou presença de duas petéquias em antebraço esquerdo, semelhante a picada de mosquito. O diagnóstico inicial de doença meningocócica é clínico (história + exame físico da pessoa). Realizado punção lomba, líquor turvo. Aconfirmação laboratorial definitiva do diagnóstico é usualmente feita através do isolamento em cultivo da Neisseria meningitidis a partir de amostras de sangue ou de líquido céfalo-raquidiano (obtido por Punção Lombar). A doença meningocócica é uma emergência médica Definição de contactante próximo Exercício 1) Quais condutas o médico deverá ter neste momento em relação aos contactantes? 2) Indivíduos que compartilharam o dormitório com o doente nos últimos sete dias? 3) Contactantes de creche e jardim de infância (professoras e crianças) que dividem a mesma sala? 4) Quanto aos profissionais da área da saúde que realizaram procedimentos (entubação orotraqueal, exame de fundo do olho, passagem de cateter nasogástrico) semutilização de material de proteção adequado (máscara cirúrgica e luvas) Bibliografia Beagleo e, R.; Bonita, R.;Kjellströn, T., 2001. Epidemiologia Básica. São Paulo: Livraria Santos Editora Ltda. Departamento de Informática do SUS – DATASUS. hhp://www.datasus.gov.br[2001]. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. http://www.ibge.gov.br [2001].Pereira, M. G., 2000. Epidemiologia: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan. Perfil Epidemiológico da população de Belo Horizonte -Gerência de Epidemiologia e Informação/SMSA-BH, 2001. Ministério da Saúde, 2001. Portaria No1943/01, de 18 de outubro de 2001. Brasília, DF: Diário Oficial, no204, 24 out. Rouquayrol, M. Z.; Almeida Filho, N., 1999. Epidemiologia e Saúde. Rio de Janeiro: EditoraMedsi. Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais, 2001. Resolução nº 580,24 de outubro de 2001. Vaughan, J. P.;Morrow, H., 1992. Epidemiologia para municípios -Manual de Gerenciamento dos Distritos Sanitários. São Paulo: Editora HUCITEC.
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