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Inserção e contribuições da LDB (Lei de Diretrizes e Bases na Educação Brasileira

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Prévia do material em texto

Responsável pelo Conteúdo: 
Profa. Ms. Jane Garcia de Carvalho 
 
Revisão Técnica: 
Profª. Ms. Maria Stella Aoki Cerri 
 
Revisão Textual: 
Profª. Dra. Patrícia Leite Di Iório 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inserção e as Contribuições da Lei 
de Diretrizes e Bases no Processo 
Histórico da Educação Brasileira 
Atenção 
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar 
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma. 
 
• Excertos da Educação Básica contidas 
na atual LDB 
• Introdução 
O tema de nossa aula é a Inserção e contribuições da LDB (Lei de 
Diretrizes e Bases no Processo Histórico da Educação Brasileira 
Na primeira parte, começaremos com uma pequena retrospectiva 
histórica da educação Brasileira e a leitura de alguns artigos da LDB 
que se encontram a disposição para consulta na página do Ministério 
da Educação e Cultura (MEC). 
Faremos também a análise das propostas educacionais para Educação 
Básica, contidas na atual LDB. Nessa aula aprenderemos que o 
entendimento da legislação que rege a educação brasileira e dá 
subsídios para a criação de projetos pedagógicos, que atendam as 
especificidades de cada localidade do país, é essencial para que você, 
futuro professor, possa construir um entendimento sobre sua profissão. 
 
 
 
 
 
Nas grandes cidades locomover-se tem sido um dos desafios cotidianos, agora imagine 
uma cidade como São Paulo sem sinalização e regras de trânsito. Assistindo ao vídeo que se 
encontra no endereço abaixo você terá uma dimensão mais concreta do que podemos 
chamar de “inexistência de regras no trânsito”: Acesse 
http://www.youtube.com/watch?v=ExMASLZgcxc 
O desenvolvimento da sociedade trouxe muitos benefícios a todos nós e fortaleceu a 
necessidade de estabelecimentos de regras que possam favorecer nosso convívio social. A 
necessidade de estabelecimento de regras para que possamos desfrutar de direitos e cumprir 
deveres se tornou algo imprescindível no mundo contemporâneo. 
Assim como em outros setores sociais, na educação as regras foram criadas através de 
leis, na página do Ministério da Educação e Cultura, http://portal.mec.gov.br/seb/ii, você terá 
acesso à legislação que rege a educação Brasileira, caso tenha interesse em saber sobre o que 
é educação básica, poderá também visitar o endereço 
http://portal.mec.gov.br/seb/index.php?option=content&task=view&id=715&Itemid=864. 
 
 
 
 
 
Contextualização 
 
 
 
 
 
Azanha (2004) destaca que a educação brasileira começa sua trajetória com a chegada 
dos jesuítas em 1549. Os jesuítas exerceram o trabalho de catequese dos nativos e de 
educação dos brancos que vieram morar no Brasil e daqueles que aqui nasceram. Tratava-se 
de uma educação que favorecia as classes mais abastadas. 
Em 1759, os jesuítas foram expulsos do Brasil pelo Marquês de Pombal, as mudanças 
educacionais estabelecidas pela reforma Pombalina não chegaram a acontecer efetivamente 
na educação do Brasil Colônia, assim o país ficou praticamente abandonado, 
educacionalmente, por vários anos. 
Com a chegada da família real, o ensino superior foi enriquecido, porém a situação da 
educação básica continuou inalterada, pois ela não era prioridade durante o império. Sobre as 
ações efetivadas após a Proclamação da República, Azanha afirma que 
 
Foi preciso esperar até a década de 20 para que, realmente, o debate 
ganhasse espaço mais amplo. Foi nesse período que a questão educacional 
deixou apenas tema de reflexões isoladas e de discussões parlamentares para 
ser percebida como problema nacional, isto é, como problema afeto ao 
próprio destino da nacionalidade (AZANHA, 2004, p 105) 
 
 
Apesar da ideia da necessidade de um Plano de Educação 
surgir na década de 20, foi somente na década de 30 que foi 
lançado o “Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova”. Para 
conhecer um pouco mais sobre este Manifesto, vá à página 
http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/22e/doc1_22e.pdf e leia 
sobre ele. 
 
A primeira tentativa de um Plano Nacional de Educação, em 1937, estabelece rígidos 
regulamentos de currículo e avaliação da pré-escola ao ensino superior. Esse plano, no 
entanto, não seguiu as concepções de educação propostas pelo “Manifesto”. Azanha (2004) 
aponta para três pontos que persistiram em iniciativas posteriores: o Plano de educação deve 
identificar-se com diretrizes nacionais da educação, ele deve ser fixado por lei e ele só deve ser 
revisto após um longo período de vigência. 
No anteprojeto da lei nº 4.024 de 1961, Lei de Diretrizes e Bases (LDB), apresenta-se 
uma concepção de lei como “orientação” e “apoio”. Por meio desses princípios, permitiriam a 
elaboração em níveis estaduais e municipais de políticas públicas, com características 
regionais. 
Material Teórico 
 
 
Porém, se a LDB afinal aprovada (Lei nº 4.024/61) distanciou-se muito da 
clareza e da sensatez do anteprojeto original, a lei que a sucedeu e substitui em 
parte (Lei nº 5.692/71) agravou sobremodo a situação eliminando qualquer 
possibilidade de instituição de políticas e planos de educação como 
instrumentos efetivos de um desenvolvimento desejável da educação 
brasileira. (AZANHA, 1997, p.111) 
 
 
A Lei 5540/68 estabeleceu a Reforma Universitária que fixou normas para sua 
organização, funcionamento e articulação. 
A Lei 5.692/71, que reformou Ensino Primário e Médio i, foi elaborada em 60 dias e 
não sofreu nenhum veto. Muito diferente da lei nº 4.024 de 1961, que tramitou durante treze 
anos no Congresso. 
Um dos pontos a se destacar da reforma educacional de 1971 foi a busca de 
organização do núcleo comum dos currículos para todos os estabelecimentos escolares do 
país. Paralelamente a essa uniformização curricular, previa-se que as escolas também 
estivessem ligadas às características específicas da comunidade/região em que estava inserida. 
Outro destaque foi a implementação do ensino profissionalizante no antigo segundo grau. 
O ano de 1996 destaca-se pela aprovação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) – 
sancionada em dezembro (lei 9.394, de 20/12/1996, publicada no Diário Oficial da União em 
23/12/1996). Ao referir-se a LDB, Pedro Demo (1998) exalta a influência de Darcy Ribeiro, 
reconhecido como um educador de ideias inovadoras e participante ativo no Senado na 
elaboração da Lei de Diretrizes e Bases. Desde 1988, a lei já tramitava no Congresso Federal, 
em 1994, Darcy Ribeiro apresentou um substitutivo da lei que estava sendo analisada. Ela 
passou de 298 artigos para os 91 artigos aprovados pelo Congresso Federal em 1996. 
 
 
 
 
 
 
 
As mudanças políticas que ocorreram no Brasil com o final da ditadura militar (1985), 
refletiram na criação da lei 9.394/96, ao analisarmos a lei em questão verificamos que, em sua 
elaboração, a aprendizagem é um fator de elevada importância, tendo em vista que o objetivo 
maior da educação é o processo de aprendizagem do educando. 
Caso você queira conhecer mais sobre Darcy Ribeiro 
visite a página: http://www.fundar.org.br/. 
 
 
A lei maior de nosso país, a Constituição Federal de 1988 estabelece que a educação 
brasileira visa ao pleno desenvolvimento da pessoa, o seu preparo para o exercício da 
cidadania e a sua qualificação para o trabalho.1Em se tratando da educação, a lei soberana é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. 
A LDB de 1996, lei nº 9394/96 em seu título V, dedica-se a regulamentar a educação 
proposta na Constituição Federal, onde, embora com uma visão ampliada de educação, 
dedique-se à educação escolar. 
 
Níveis de ensino 
O sistema de ensino no Brasil, de acordo com a LDB, é composta de dois níveis: 
Educação Básica e Educação Superior. 
 Educação Básica2: Tem por finalidade desenvolver o educando assegurando-lhe a 
formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecendo-lhe meios 
de progredir no trabalho e em estudos posteriores. 
 
Apresenta três etapas: a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio. 
Educação Infantil3 – correspondente à primeira etapa da educação básica, tem por 
finalidade o desenvolvimento integral da criança até os 5 anos de idade4, no que diz respeito 
aos aspectos físico, psicológico, intelectual e social, em complemento à ação familiar e 
comunitária. Deve ser oferecida em creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até 3 
anos de idade, e em pré-escolas, para crianças de 4 a 5 anos de idade. 
Ensino Fundamental5 – É etapa obrigatória da educação básica. com duração 
mínima de 9 anos6, obrigatório, a partir dos 6 anos, e gratuito na escola pública, tem por 
objetivo a formação básica do cidadão7. Pode ser organizado em séries anuais, períodos 
semestrais, ciclos, em regime de progressão continuada ou qualquer outra forma requerida 
pelo processo de aprendizagem. 
Compete aos municípios atuar prioritariamente no ensino fundamental e na educação 
infantil. 
Cabe, portanto ao poder público garantir essa oferta a todos, inclusive aos que a ele 
não tiveram acesso na idade própria. Segundo a LDB8, é dever dos pais ou responsáveis 
efetuar a matrícula dos menores neste nível de ensino, a partir dos sete anos. 
 
1 Art. 205 e 206 da CF/88. Disponível em http://www.portalmec.gov.br 
2 TÍTULO V, CAPÍTULO II, da Lei nº. 9.394/96 Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm 
3 TÍTULO V, CAPÍTULO II, Seção II, da Lei nº. 9.394/96 idem 
4 Lei nº. 11.274, de 7 de fevereiro de 2006, estabelece a idade de seis anos para matrícula e amplia a duração do ensino fundamentalpara 
nove anos.Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11274.htm#art3 
5 TÍTULO V, CAPÍTULO II, Seção III, da Lei nº. 9.394/96 Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm 
6 Lei nº. que altera de 8 para 9 anos a duração do Ensino Fundamental Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-
2006/2006/Lei/L11274.htm#art3 
7 Art. 32 da LDB - Lei 9.394/96 Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm 
8 Art. 6º Lei 9.394/96 idem 
 
 
Ensino Médio9 – É a etapa final da educação básica. Com duração mínima de 3 
anos, tem por objetivos a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no 
Ensino Fundamental e a preparação básica para o trabalho e para a cidadania. A 
Constituição, no inciso II do art.208, determina a progressiva universalização do ensino médio 
gratuito. 
Com a nova LDB, a obrigatoriedade de habilitar para o trabalho e formar profissionais 
toma caráter facultativo. As finalidades deste nível de ensino encontram-se expressas no art. 
35 da Lei 9.394/96: 
I – a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no 
ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; 
II – a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para 
continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a 
novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; 
III – o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a 
formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do 
pensamento crítico; 
IV – a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos 
produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina. 
 
Cabe aos Estados e ao Distrito Federal atuar nos ensinos fundamental e médio. O 
Governo Federal exerce função supletiva, prestando assistência técnica e financeira aos 
estados, ao Distrito Federal e aos municípios. 
Em termos educacionais sua função é redistributiva e supletiva, cabendo-lhe prestar 
assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. 
 Educação Superior10: A educação superior abrange os cursos de graduação nas 
diferentes áreas profissionais, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino 
médio ou equivalente e tenham sido classificados em processos seletivos. 
 
A Secretaria de Educação Superior - SESU é responsável por planejar, orientar, 
coordenar e supervisionar o processo de formulação e implantação de políticas e programas 
educacionais destinados à educação superior. 
Também faz parte desse nível de ensino a pós-graduação, que compreende cursos de 
especialização assim como os programas de mestrado e doutorado. 
A finalidade da educação superior é formar profissionais de diferentes áreas do saber; 
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos. 
 
9 TÍTULO V, CAPÍTULO II, Seção IV, da Lei nº. 9.394/96 Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm 
10 TÍTULO V, CAPÍTULO IV, da Lei nº. 9.394/96 Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm 
 
 
Seus objetivos são a criação cultural, desenvolvimento do espírito científico e do 
pensamento reflexivo; incentivando a pesquisa e investigação científica e promovendo a 
extensão.11 
Uma novidade prevista na nova LDB de 1996 é a criação de cursos sequenciais12 por 
campo do saber, de diferentes níveis de abrangência, abertos a candidatos que atendam aos 
requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino superior. Compete ao governo federal 
organizar o sistema de educação superior. 
Quanto aos níveis de ensino propostos LDB – Lei nº. 9.394/96, para nosso sistema 
educacional, analise o esquema abaixo para melhor entender como se organiza nossa 
educação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NASCIMENTO, Julia C.P. 2010 
 
 
11 Art. 43 da Lei 9.394/96. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm 
12 Art. 44, inciso I da Lei 9.394/96. idem 
 
 
Modalidades de Ensino 
A Lei nº. 9.394/96 ao destacar as diretrizes e bases da educação nacional, apresenta 
cinco modalidades de educação: educação de jovens e adultos, educação profissional e 
educação especial, educação à distância e educação indígena13. 
A divisão em modalidades visa atender às diferentes necessidades educacionais nos 
níveis de ensino, uma vez que o ensino brasileiro tem praticamente uma única modalidade até 
o final do ensino médio, vindo a se diversificar no ensino superior, daí ser chamado de 
"sistema regular". 
Educação de Jovens e Adultos14 – Esta modalidade da educação destina-se a 
jovens e adultos que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e 
médio na idade própria. 
É realizada através de cursos ou exames supletivos, respeitando as características e 
necessidades dos alunos e garantindo as condições para acesso e permanência na escola. 
A educação de jovens e adultos prevê a oferta de cursos e exames gratuitos nas escolas 
públicas para os jovens maiores de 15 anos no ensino fundamental e para os maiores de 18 
anos no ensino médio. 
Os programas de EJA – Educação de Jovens e Adultossão vinculados à Secretaria de 
Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – SECAD15. 
Educação Especial16 – Modalidade destinada aos alunos portadores de necessidades 
especiais. Deve ser desenvolvida de forma inclusiva e oferecida, preferencialmente, na rede 
regular de ensino, com apoio complementar específico, quando necessário. 
O conceito de necessidades especiais se refere a “todas as crianças e jovens cujas 
necessidades decorrem de sua capacidade ou de suas dificuldades de aprendizagem”. 
(Declaração de Salamanca, 1994) 
Ofertar a educação especial é dever do Estado, estando expressa no art. 205 e 208 da 
Constituição Federal de 1988, assim como no art. 58, § 3º da LDB de 1996. 
Esta modalidade de ensino requer currículos, métodos e técnicas específicos; 
terminalidade específica conforme condições do educando; - professores especializados; 
oferecimento de formação para o trabalho e acesso aos benefícios dos programas sociais. 
 
13 TÍTULO V, CAPÍTULO da Lei nº. 9.394/96. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm 
14 TÍTULO V, CAPÍTULO II, Seção V, da Lei nº. 9.394/96. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm 
15 Visite o portal SECAD em http://portal.mec.gov.br/secad/index.php?option=com_content&view=article&id=290&Itemid=816 
16 TÍTULO V, CAPÍTULO V, da Lei nº. 9.394/96. Idem nota 14 
 
 
Esta modalidade de ensino está ligada à Secretaria de Educação Especial – SEESP17, 
que é responsável pelo desenvolvimento de programas, projetos e ações a fim de implementar 
no país a Política Nacional de Educação Especial. 
Nesta nova dimensão educacional, os alunos considerados público-alvo da educação 
especial são aqueles com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e com altas 
habilidades/superdotação. 
Educação Profissional18 – Modalidade destinada ao desenvolvimento de aptidões 
laborais, podendo ser articulada com o ensino regular. Tem por finalidade o permanente 
desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva, proporcionando qualificação ou 
habilitação profissional aos egressos do Ensino Fundamental e Médio ou aos alunos do Ensino 
Médio. 
Segundo Libâneo (2007), “deve estar integrada às diferentes formas de educação, ao 
trabalho, à ciência e à tecnologia e visa ao permanente desenvolvimento de aptidões para a 
vida produtiva”. 
Desenvolvida em articulação com o ensino regular, ou por diferentes estratégias de 
educação continuada, pode ser realizada em escolas de ensino regular, em instituições 
especializadas ou no ambiente de trabalho, compreendendo os seguintes níveis: 
 Básico: refere-se à educação não-formal, independente de escolaridade anterior, 
destinada à qualificação e requalificação de trabalhadores; 
 Técnico: educação formal destinada a proporcionar habilitação profissional a alunos 
matriculados ou egressos do Ensino Médio; 
 Tecnológico: correspondente a curso de nível superior, destinado a alunos egressos 
do Ensino Médio e técnico. 
 
A Educação Profissional19, que se desenvolve através de cursos profissionalizantes de 
nível básico e técnico, com duração prevista em normas específicas, destinados à qualificação 
e à habilitação profissional. A Organização curricular é própria, desvinculada do Ensino 
Médio, podendo ser anual, semestral ou modular. A oferta dessa modalidade é disciplinada 
pelo Conselho Nacional de Educação e pelas Secretarias Estaduais de Educação em legislação 
específica. 
Na educação profissional, poderá ser adotada a organização modular, que corresponde 
a uma forma de organização curricular na qual o ensino é estruturado em módulos 
progressivos e integrados. Cada módulo é uma unidade pedagógica autônoma e completa em 
si mesma, possibilitando terminalidade, com direito a certificado de qualificação profissional. 
O conjunto de módulos de determinado curso corresponde a uma habilitação profissional, 
com direito a diploma de técnico, desde que comprovada a conclusão do Ensino Médio. 
 
17 Visite o portal da SEESP - http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=288&Itemid=355 
18 TÍTULO V, CAPÍTULO III, da Lei nº. 9.394/96. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm 
19 Decreto nº. 5154, de 23/07/ 2004. Disponível em www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5154.htm 
 
 
O ensino de nível técnico é ministrado de forma independente do ensino médio. Este, 
entretanto, é requisito para a obtenção do diploma de técnico. 
Educação a Distância20 - A LDB – Lei nº 9.394/96 ressalta em seu art. 80: “O Poder 
Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em 
todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada.” Cabe aqui, portanto, 
uma breve discussão sobre este tipo de ensino que por si já se configura como uma nova 
modalidade de educação e ensino. 
Trata-se de forma de ensino que possibilita ao educando a auto-aprendizagem com a 
mediação de recursos didáticos ou a veiculação por meios de comunicação. Caracteriza-se 
pela flexibilidade de funcionamento, principalmente quanto ao tempo e local de estudo, 
reduzindo ou dispensando a exigência de situações presenciais de ensino. Pode ser 
desenvolvida no Ensino Fundamental, para jovens e adultos, no ensino médio e na educação 
profissional. 
As políticas e programas de EAD do MEC, são formuladas pela Secretaria de Educação 
a Distância – SEED21 , com o desenvolvimento de conteúdos e ferramentas que promovam o 
uso da Tecnologia da Informação na sala de aula. 
A EAD – Educação a Distância, reconhece a escola como espaço de atividade 
educacional, mas tenta expandir as oportunidades de estudo oferecendo um sistema 
tecnológico que visa ampliar o potencial didático-pedagógico. Permite também que os alunos 
entrem em contato com a tecnologia, com chances de atualização profissional permanente e 
contínua. O MEC possui a SEED – Secretaria de Educação a Distância, que procura 
institucionalizar a EAD no país. 
A EAD conta com incentivo, pelo poder público, de veiculação de programas de ensino 
a distância em todos os níveis e modalidades de ensino, com programas de ensino a distância 
e educação continuada. 
As modalidades de ensino previstas na LDB – Lei nº. 9.394/96 atendem às 
necessidades educacionais dos níveis de ensino. 
Educação Indígena22: A Constituição Federal e a LDB consideram que as sociedades 
indígenas têm direto a processos escolares que respeitem sua cultura, propagando 
e mantendo as línguas maternas e respeitando os processos de aprendizagem próprios de 
cada comunidade. 
Esta modalidade é orientada e supervisionada pela Coordenação Geral de Educação 
Escolar Indígena - CGEEI, que planeja, orienta, coordena e acompanha a formulação e a 
implementação de políticas educacionais voltadas para as comunidades indígenas.. 
Analise o esquema a seguir sobre as diferentes modalidades de ensino oferecidas por 
nosso sistema educacional. 
 
20 TÍTULO VIII, Art. 80, da Lei nº. 9.394/96. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm 
21 Acesse o portal da SEED - http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=289&Itemid=356 
22 Acesse o portal CGEEI - http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12315&Itemid=817 
 
 
 
Fonte: NASCIMENTO, Julia C.P. 2010 
 
As modalidades de ensino previstas na LDB – Lei nº. 9.394/96 atendem às 
necessidades educacionais dos diferentes níveis de ensino e possibilitam educar os cidadãos 
brasileiros de acordo com o que nossasociedade espera da educação e de acordo com as 
finalidades que somos capazes de formular num determinado momento histórico. 
 
Excertos da Educação Básica contidas na atual LDB 
 
Fonte: http://www.servidorpublico.net/noticias/2006 
 
Vamos agora analisar as propostas para educação contidas na LDB, trataremos de 
assuntos como Currículo, Avaliação, Educação, Proposta Pedagógica e Carga Horária. 
 
 
 
Diretrizes presentes na Lei nº 9394/96 
 O conceito de educação é abrangente, a educação acontece em vários locais, 
inclusive na instituição escolar. 
Art. 1º. A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na 
vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e 
pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas 
manifestações culturais. 
 
 A verificação do rendimento escolar do Ensino Básico – identifica-se no texto 
da lei palavras como “promoção”, “progressão continuada”, ou “progressão parcial”, 
que pressupõem que a passagem de uma série para outra possa privilegiar, 
principalmente aspectos, qualitativos do ensino e não quantitativos, buscando maior 
acompanhamento e, por consequência, diminuindo a evasão escolar e a repetência nas 
séries iniciais. A concepção de série poderá ser modificada, de acordo com a LDB, 
podendo ser concebida de diversas formas (ciclos, grupos seriados, com base na idade 
cronológica ou em outros critérios), desde que favoreça o processo de aprendizagem. A 
verificação do rendimento escolar deve ser contínua e a recuperação deve ser oferecida 
durante o período letivo. Há exigência de frequência mínima de 75% dos dias letivos. 
 A educação escolar deve acontecer, segundo a LDB, em instituições próprias 
(escolas), por meio do ensino (professor). 
Art. 3º. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - 
igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade 
de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o 
saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; IV - respeito à 
liberdade e apreço à tolerância; V - coexistência de instituições públicas e 
privadas de ensino; VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos 
oficiais; VII - valorização do profissional da educação escolar; VIII - gestão 
democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos 
sistemas de ensino; IX - garantia de padrão de qualidade; X - valorização da 
experiência extra-escolar; XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho 
e as práticas sociais. 
 
 Ao tratar de Currículo do Ensino Fundamental (art. 26) e Médio (art. 36) da LDB 
instituiu conteúdos obrigatórios, porém deu abertura para que esses conteúdos possam 
ser tratados de acordo com as características regionais. 
Art. 26º. Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base 
nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e 
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas 
características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da 
clientela. 
 
 
 A carga horária mínima é de oitocentas horas, distribuídas no mínimo em duzentos 
dias letivos, excluindo o tempo reservado para exames finais. 
 Está prevista a existência de uma proposta pedagógica para nortear o trabalho nas 
escolas, executada e elaborada de acordo com as necessidades e situações reais de 
cada estabelecimento, visando à autonomia na proposta pedagógica de cada 
instituição. 
 
 
Para conhecermos um pouco mais sobre a Lei de Diretrizes e bases nº 9.394/96, você deve 
acessar a lei no seguinte endereço: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9394.htm ii. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Você poderá ler em 
http://www.direcionalescolas.com.br/edicao-53-nov09/especial-mudancas-na-ldbiii, Texto 
proposto para subsidiar a discussão sobre as propostas de mudanças na atual LDB. 
Integra da LDB nº 9394/96 no endereço abaixo: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htmiv 
 
Visite a biblioteca: 
Caso queira saber mais sobre o assunto, na biblioteca você poderá encontrar o livro abaixo 
indicado. 
Nova Lei da Educação - Trajetória, limites e perspectivas 
Autor: Dermeval, Saviani. 
Coleção: Coleção Educação Contemporânea 
 
 
Material Complementar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AZANHA. José M. P. et al. Estrutura e Funcionamento da Educação Básica. São Paulo: 
Thomson, 2004. 
 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm consulta em janeiro de 2009. 
 
DEMO, Pedro. A nova LDB: ranços e avanços. 7. ed. Campinas, SP : Papirus, 1998. 
 
 
 
Referências 
 
 
 
 
 
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