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Aula 9 - 2017.01

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Aula 9. – Problemas de Escrita.
Erros na escrita:
Personificação do Texto ( “O texto fala que...”, essa construção é inadequada, uma vez que o texto não é uma pessoa. Logo, ele não fala, não comenta, não diz. Ele aponta fatos, sugere ou insinua algo, leva-nos a compreender uma situação, indica posicionamentos, etc.
Uso da expressão “no texto” como sujeito ( Não podemos usar a expressão “no texto” como sujeito da oração, como em: “No texto, aborda o tema da acentuação.”. Essa expressão contem a contração: em + no = no. Sua união com o substantivo “texto” transforma tal elemento lexical em um adjunto adverbial deslocado, que aparece, geralmente, no início da frase e vem precedido de vírgula. Para o texto virar sujeito da frase, devemos utilizar “O texto” e sem a vírgula.
Tão pouco X Tampouco:
Tão pouco ( Significa “muito pouco”. Ex.: “Sabemos tão pouco do que estamos a fazer neste mundo.”
Tampouco ( Significa “também não”, por isso não podemos utilizar outro vocábulo de negação. Ex.: “Quem não compreende um olhar tampouco entenderá uma longa explicação.”.
Registrar X Informar ( Estes dois verbos são muito utilizados na escrita cotidiana, mas a forma “registrar que” não é aceita pela norma culta com o mesmo sentido de “informar que”. No lugar daquela, devemos optar por “avisar”, “comunicar” etc. Estes dois verbos são muito utilizados na escrita cotidiana, mas a forma “registrar que” não é aceita pela norma culta com o mesmo sentido de “informar que”. No lugar daquela, devemos optar por “avisar”, “comunicar” etc.
Cerca de X Acerca de X Há cerca de:
Cerca de ( “Mais ou menos”, “Aproximadamente”. Ex.: “Alagoano de 14 anos cria aplicativo e fatura cerca de R$ 100 mil por mês.”
Acerca de ( “Sobre”, “A respeito de”. Ex.: “Em complementação a nosso último encontro acerca dos novos preços, solicitamos o envio da planilha de custos.”.
Há cerca de ( “Faz mais ou menos”, “Existem”. Ex.: “Em Lisboa, há cerca de 500 alunos em escolas que deixaram de ter telefones.”.
Apelar a X Apelar para ( A preposição correta para o verbo “apelar” é “para”. Não se “apela a alguém”, mas sim “para alguém”. Ex.: “Apelamos para o elenco, e eles responderam bem, como Neto Moura e Régis.”. Entretanto, em linguagem jurídica, podemos “apelar de”, com o sentido de “recorrer por apelação”. Ex.: “O advogado apelou da sentença.”.
Preço caro X Preço alto ( O preço só pode ser “alto” ou “baixo”, nunca “caro” ou “barato” – atribuições relativas ao produto. Ex.: “Os produtos da loja X possuem preços altos.”.
Custei a X Custou-me:
Custei a ( Muito comum na linguagem cotidiana. Ex.: “A garota custou a entender a explicação.”.
Custou-me ( quando possui o sentido de “ser custoso, difícil”, o verbo “custar” só pode ser empregado em 3ª pessoa. Ex.: “Custa-me a entender sua explicação.”.
No momento da escrita, também é possível cometer erros de sintaxe e outros muito comuns que ferem a lógica textual.
Queísmo ( O uso excessivo da partícula “que” prejudica a leitura do texto. A frase fica extensa demais e um tanto confusa. O ideal é utilizar períodos mais curtos, sem a necessidade de muitos conectivos, tais como o “que”. Ex.: “O fato de que a mulher que seja bonita tenha de entender os erros dos outros e perdoá-los não parece que seja correto.”.
Interrupções ( Ex.: “Sustentabilidade, na minha opinião, é preservar o meio ambiente.”. Se você não for uma autoridade no assunto, não é recomendável utilizar expressões como “na minha opinião”, “acho que”, “penso que” etc.
Expressões cristalizadas e clichê ( Na escrita, devemos evitar expressões que, de tão consagradas por seu uso, acabaram se tornando cristalizadas ou, até mesmo, desnecessárias, pois isso contribui para que o texto seja pobre e comum. Mas, às vezes, o clichê pode ser uma estratégia de marketing, tal como ocorre com a expressão “cabe no seu bolso”, presente na propaganda: “Axe compact o aresol que cabe no seu bolso.”.
Truísmo ( São verdades evidentes que tornam nosso texto pobre, pois essas questões já são conhecidas por todos, ou seja, fazem parte do senso comum. Ex.: “Todos os homens são mortais.”.
Gerundismo ( O gerúndio indica uma ação progressiva, um processo prolongado. Entretanto, quando não queremos comunicar a ideia de eventos simultâneos, devemos evitar o gerúndio e o famoso fenômeno que deriva de seu uso inadequado: o gerundismo. Quando enfatiza uma ação específica, pontual, que vai acontecer a partir de agora, do momento de fala, sua duração NÃO é a preocupação dominante, e o uso do infinitivo representa garantia de seu cumprimento.
Neologismo ( Trata-se de palavras novas, criadas pelo falante ou herdadas de outra língua. Um exemplo é o verbo “deletar”,  que vem do inglês “delete”, mas com adaptações ao sistema lexical português, ou seja, às regras gramaticais da Língua Portuguesa.
Jargões ( Trata-se de uma linguagem técnica, própria de determinada área de atuação. Por exemplo, há jargões das áreas jurídica, médica etc. Cada uma possui um vocabulário específico. Temos de evitar o uso de jargões em situações que não sejam exclusivas daquele campo de atividade profissional. Isso também vale para o texto escrito.

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