Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Materiais de Construção Mecânica � Introdução � Classificação dos materiais � Propriedades dos materiais � Estruturas � Diagramas de Fases 2 Considerações Iniciais � Apresentações � Critério de Avaliação � Avaliação 1 � Avaliação 2 Média = (Avaliação 1 + Avaliação 2) / 2 3 Considerações Iniciais � Conteúdo � Introdução � Classificação dos materiais � Propriedades dos materiais � Estrutura cristalina dos metais,Solidificação,Solução Sólida, Ligas metálicas, Solubilidade. � Diagrama de Equilíbrio � Diagrama F-C � Classificação dos aços 4 Propriedades Mecânicas Propriedades Composição Química Microestrutura Processamentos 5 Estrutura � Estrutura de um material está relacionada ao arranjo de seus componentes internos. � O termo estrutura é de certa forma genérico, e compreende desde aspectos grosseiros, com dimensões superiores a 0,1 mm (macroestrutura) até detalhes na organização interna dos átomos (estrutura eletrônica). 6 Escalas - Estruturas Estruturas 7 Classificação dos níveis de estrutura segundo a ordem de grandeza Nível Estrutural Dimensões Aproximadas Detalhes Identificados Macroestrutura > 100µµµµm Segregação, trincas, porosidades Microestrutura 100 µµµµm a 0,1 µµµµm Tamanho de grão, microconstituintes, microtrincas. 0,1 µµµµm a 1 Angström Precipitados submicroscópicos Estrutura Cristalina 10 Angströns a 1 Angströns Células unitárias, parâmetros de rede, defeitos cristalinos Estrutura Eletrônica < 1 Angström Níveis atômicos, defeitos eletrônicos 8 Exemplos Fissura ocorrida devido a concentração de impurezas. Aspecto da secção transversal de um trilho. Tamanho natural. 9 Exemplos Trincas de têmpera. 10 � Exemplo: Inclusões de óxido de cobre (Cu2O) em cobre de alta pureza (99,26%), laminado a frio e recozido a 800 oC. Exemplo 11 � Micro-estrutura composta por veios de grafita sobre uma matriz perlítica. � Grão de perlita: é constituído por lamelas alternadas de duas fases: ferrita (ou ferro-α) e cementita (ou carboneto de ferro). Exemplo 12 Propriedade � Todos os materiais estão expostos a estímulos externos que provocam algum tipo de resposta. �Uma amostra sujeita a uma força irá sofrer uma deformação; �Uma superfície metálica polida irá repletir a luz; � Propriedade é uma peculiariedade do material em termos do tipo e da intensidade da resposta a um estímulo específico que lhe é imposto. 13 Propriedades � Tipos de propriedades relevantes de materiais sólidos: �Mecânica; � Elétrica; �Térmica; �Magnética; �Óptica; �Deteriorativa. 14 15 Classificação dos Materiais 16 Introdução � A produção e transformação de materiais em bens acabados, constitui uma das mais importantes atividades de uma economia moderna; � Um produto, para ser manufaturado, requer uma etapa de planejamento de seu processo de produção; � Nesta etapa são selecionados diversos materiais, de acordo com custos e, principalmente, com as necessidades técnicas exigidas. 17 Introdução Os materiais são analisados e desenvolvidos dentro do ramo do conhecimento denominado de "Ciência e Engenharia de Materiais“. Ciência dos Materiais: envolve a investigação das relações que existem entre estruturas e propriedades dos materiais. Engenharia de Materiais: com base na relação estrutura- propriedade, consiste no projeto ou engenharia da estrutura de um material para produzir um conjunto pré- determinado de propriedades dos materiais. 18 Introdução � Por conveniência, a maioria dos materiais de engenharia é classificada em três classes principais: materiais metálicos, materiais poliméricos (plásticos) e materiais cerâmicos. � Em adição a estes três tipos, um estudo mais abrangente deve incluir um outro tipo, que exibe, atualmente, grande importância tecnológica: os materiais compósitos ou conjugados. 19 Classificação dos materiais Recipiente de bebidas fabricado a partir de três tipos de materiais diferentes: lata de alumínio (metal), garrafas de vidro (cerâmico) e garrafas pláticas (polímeros). 20 Materiais Metálicos � Os materiais metálicos são substâncias inorgânicas compostas por um ou mais elementos metálicos e podem, também, conter elementos não-metálicos. � Exemplos de materiais metálicos: aço, cobre, alumínio, níquel e titânio. � Elementos não-metálicos como carbono, nitrogênio e oxigênio podem estar contidos em materiais metálicos. 21 Materiais Metálicos � Os metais tem uma estrutura cristalina, na qual os átomos estão arranjados de maneira ordenada; � Eles, em geral, são bons condutores térmicos e elétricos; � Quase todos os metais são mecanicamente resistentes, dúcteis e muitos mantém esta resistência mesmo em altas temperaturas. Prótese femural de titânioPrótese femural de titânio 22 Materiais poliméricos � Materiais poliméricos são geralmente compostos orgânicos baseados em carbono, hidrogênio e outros elementos não-metálicos. � São constituídos de moléculas muito grandes (macro-moléculas) � Tipicamente, esses materiais apresentam baixa densidade e podem ser extremamente flexíveis � Materiais poliméricos incluem plásticos e borrachas. 23 Materiais Cerâmicos � Materiais cerâmicos são geralmente uma combinação de elementos metálicos e não-metálicos. �São geralmente isolantes de calor e eletricidade. � São mais resistentes à altas temperaturas e à ambientes severos que metais e polímeros. � Com relação às propriedades mecânicas as cerâmicas são duras, porém frágeis. 24 Materiais Cerâmicos � A esse grupo de materiais pertencem os: � Vidros � Produtos a base de argila � Refratários � Cimentos 25 Classificação dos Materiais 26 Materiais Compósitos � Materiais compósitos são constituídos de mais de um tipo de material insolúveis entre si. � Os compósitos são “desenhados” para apresentarem a combinação das melhores características de cada material constituinte. � Muitos dos recentes desenvolvimento em materiais envolvem materiais Compósitos. � Um exemplo clássico é o compósito de matriz polimérica com fibra de vidro. O material compósito apresenta a resistência da fibra de vidro associado a flexibilidade do Polímero. 27 Propriedades dos Materiais 28 PROPRIEDADES MECÂNICAS � Exemplos: � Elasticidade: Capacidade que um material tem de retornar à sua forma e dimensões originais, quando cessa o esforço que o deformava. � Plasticidade: Capacidade que um material tem de apresentar deformação permanente apreciável, antes de se romper. � Resiliência: Capaciade que um material tem de absorver e devolver energia, ao deformar-se elasticamente. � Tenacidade: Capacidade que um material tem de absorver energia, durante sua deformação plástica. � Resistência Mecânica: Capacidade que um material tem de suportar esforços externos (tração, compressão, flexão, etc.), até se romper. 29 Especificação de Propriedades Mecânicas � As propriedades mecânicas devem ser analisadas de acordo com o tipo de solicitação e, dessa forma, podem ser �Propriedades Mecânicas estáticas; �Propriedades Mecânicas dinâmicas. 30 Ensaios � Tipos de Ensaios: � Destrutivos e Não-Destrutivo � Corpos de Prova: amostras do material que se deseja testar com dimensões e formas especificadas em normas técnicas. 31 Normas Técnicas � A normalização descreve as condições em que um material deve ser ensaiado, para que não ocorram resultados duvidosos. Ela é conseguida através de uma série de recomendações já testadas em laboratórios confiáveis e reunidas em normas técnicas estabelecidas por entidades. � Entidades: � ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas � ASTM - American Society for Testing and Materials � DIN - Deutsches Institut für Normung � AFNOR - Association Française de Normalisation � JIS - Japanese Industrial Standards � BSI - British Standard Institution � ANSI - American National Standards Institute � ISO - International Organization for Standardization � ASME - American Society of Mechanical Engineers � SAE - Society of Automotive Engineers � IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers � API - American Petroleum Institute � NACE - National Association of Corrosion Engineers 32 Especificação de propriedades mecânicas � As propriedades mecânicas estáticas são obtidas comumente do ensaio de tração. � Contudo, outros ensaios estáticos são aplicados para condições particulares, como o ensaio de compressão ou flexão. O ensaio de dureza também é comumente utilizado, visto a facilidade de execução. 33 Especificação de Propriedades Mecânicas � As propriedades dinâmicas são determinadas a partir de ensaios de fadiga, impacto; no entanto os valores obtidos para as propriedades são muito dependentes das condições de realização dos ensaios, o que conduz a um certo grau de incerteza quanto ao comportamento em serviço do material ensaiado. 34 Especificações de propriedades mecânicas: � Dentre os parâmetros determinados nos diferentes ensaios, os principais são os seguintes: � - limite de resistência à tração � - limite de escoamento � - ductilidade � - módulo de elasticidade � - resiliência e tenacidade � - dureza 35 Ensaio de Tração � Especificação do ensaio: Consiste em submeter um corpo de prova a um esforço de tração, na direção axial, até a ruptura. � Normas Técnicas para ensaio de Tração � ABNT MB-4 – Ensaio de Tração de Materiais Metálicos � ABNT NBR-6152 - Materiais Metálicos – Determinação das Propriedades Mecânicas à Tração � ASTM E 8 – Standard Test Method for Tension Testing of Metallic Materials � DIN 50125 – Corpos de Prova para Ensaio de Tração – Diretrizes para Execução � DIN 50145 – Ensaio de Tração 36 Corpos de Prova comprimento útil pega L0 d0 A0 r D cilíndrico chapa 37 Equipamento: Máquina de ensaio de Tração garra garra força força comprimento inicial 38 Curvas Tensão-Deformação A máquina de ensaio de tração fornece a carga a que está sujeito um cdp tracionado, como também, um gráfico F x ∆∆∆∆L (força por deformação). Dividindo os valores da força F pela área da seção transversal A, e o alongamento ∆∆∆∆L pelo valor do comprimento inicial Lo, obtém-se respectivamente, as tensões e as deformações relativas, com as quais constrói-se o diagrama tensão-deformação. (alongamento)(alongamento) 39 Definição de Tensão Tensão (σσσσ) é definida como a resistência interna de um corpo a uma força externa aplicada sobre ele, por unidade de área. (kgf ou N) = (Pa ou MPa). (mm2) Transformações de unidades A F =σ 1 N 0,102 kgf 1 kgf 0,454 lb 9,807 N 1 MPa 1 N/mm2 0,102 kgf/mm2 1 kgf/mm2 1422,27 psi 9,807 MPa 9,807 N/mm2 40 Deformação (εεεε) é a variação de uma dimensão qualquer de um corpo, por unidade da mesma dimensão, quando esse corpo é submetido a um esforço qualquer. Onde: Lo = comprimento inicial L = comprimento final A deformação relativa pode ser expressa nas unidades: cm/cm; mm/mm; pol/pol..., ou em porcentagem, quando o resultado é multiplicado por 100%. Lo L Lo LoL ∆ = − =ε Definição de Deformação 41 Diagrama Esquemático Tensão x Deformação 42 42 Estricção É a redução percentual da área da seção transversal do corpo de prova na região onde vai se localizar a ruptura. Quanto mais intensa a estricção, mais dúctil é o material. q A A A d d d f f = − = −0 0 2 0 2 0 2 Alongamento É o aumento longitudinal do corpo de prova. fL L− 0∆L = 43 43 Limite elástico O ponto A no final da parte reta do gráfico, representa o limite elástico. Se o ensaio for interrompido antes deste ponto e a força de tração for retirada, o corpo volta à sua forma original. Na fase elástica os metais obedecem à lei de Hooke. Suas deformações são diretamente proporcionais às tensões aplicadas. 44 44 Módulo de elasticidade Na fase elástica, se dividirmos a tensão pela deformação, em qualquer ponto, obteremos sempre um valor constante. Este valor constante é chamado módulo de elasticidade E. O módulo de elasticidade indica a rigidez do material. Quanto maior o módulo, menor será a deformação elástica resultante da aplicação de tensão e mais rígido será o material. Esta propriedade é muito importante na seleção de materiais para fabricação de molas. σmáx E σ εεmáxεA εB σB σA E B A B A = − − σ σ ε ε 45 45 Limite de proporcionalidade Porém, a lei de Hooke só vale até um determinado valor de tensão, denominado limite de proporcionalidade, representado no gráfico por A’, a partir do qual a deformação deixa de ser proporcional à carga aplicada. Na prática, considera-se que o limite de proporcionalidade e o limite de elasticidade são coincidentes. 46 46 Escoamento Terminada a fase elástica, tem início a fase plástica, na qual ocorre uma deformação permanente no material, mesmo que se retire a força de tração. No início da fase plástica ocorre um fenômeno chamado escoamento, que caracteriza-se por uma deformação permanente do material sem aumento de carga, mas com aumento da velocidade de deformação. Durante o escoamento a carga oscila entre valores muito próximos uns dos outros. ENSAIO DE TRAÇÃOENSAIO DE TRAÇÃO 47 47 Limite de resistência Após o escoamento ocorre o encruamento, um endurecimento causado pela quebra dos grãos do material quando deformados a frio. O material resiste cada vez mais à tração externa, exigindo uma tensão cada vez maior para se deformar. Nesta fase, a tensão recomeça a subir, até atingir um valor máximo num ponto chamado de limite de resistência (B). Para calcular o valor do limite de resistência (LR), basta aplicar a fórmula: LR = Fmáx So 48 48 Limite de ruptura Continuando a tração, chega-se à ruptura do material, que ocorre num ponto chamado limite de ruptura (C). Agora, a tensão no limite de ruptura é menor que no limite de resistência. Isto ocorre devido a uma diminuição na secção do corpo de prova devido à estricção. 49 Conceitos Resiliência: é a capacidade de um metal absorver energia quando deformado elasticamente. No gráfico s x e, corresponde a área sob a curva até o limite de proporcionalidade (~limite elástico). 50 Conceitos Tenacidade: é a capacidade de um metal absorver energia quando deformado plasticamente. No gráfico σσσσ x εεεε, corresponde a área sob toda a curva do diagrama. 51 Conceitos Ductilidade: representa uma medida do grau de deformação plástica suportado pelo material. A ductilidade pode ser expressa tanto como alongamento percentual como estricção percentual. Os materiais frágeis são aqueles que apresentam uma deformação de fratura inferior a aproximadamente 5%. 52 Curva tensão – deformação de alguns materiais. a) aços de alta resistência, b) aços de baixo / médio carbono, c) ferro fundido cinzento, d) materiais bastante maleáveis como cobre. 53 Típicos Diagramas Tensão x Deformação para Aço 54 Especificações de propriedades mecânicas: � Dentre os parâmetros determinados nos diferentes ensaios, os principais são os seguintes: � - limite de resistência à tração � - limite de escoamento � - ductilidade � - módulo de elasticidade � - resiliência e tenacidade � - dureza 55 Dureza � A propriedade dureza expressaapenas uma propriedade superficial do corpo-de-prova, pois na realidade é uma medida de resistência à penetração de uma ponta ( esférica, cônica ou piramidal constituída de material duro) oferecida pelo material do corpo-de-prova. � Essa propriedade é de particular interesse para avaliar a resistência ao desgaste ( que é uma propriedade dependente da superfície do material); medir o grau de endurecimento superficial por tratamentos térmicos e estimar aproximadamente a resistência mecânica em geral do material. 56 Dureza � Dureza – Definição: A dureza é a resistência da superfície de uma material à deformação permanente (quando pressionado por outro material ou por marcadores padronizados). � A dureza não é uma propriedade absoluta. Só tem sentido falar em dureza quando se comparam materiais, isto é, só existe um material duro se houver outro mole. � Pode ser determinada por diferentes métodos de ensaios: � Dureza Brinell; � Dureza Rockwell; � Dureza Vickers. 57 Dureza Brinell - Especificação do Ensaio � O Ensaio de Dureza Brinell consiste em comprimir lentamente uma esfera de aço temperado, de diâmetro D, sobre a superfície plana, limpa e polida de um metal através da carga F, durante um tempo t. � Essa compressão provocará uma impressão permanente na superfície do material ensaiado, gerando uma calota esférica com diâmetro d, o qual é medido por intermédio de um micrômetro óptico (microscópio ou lupa graduados). 58 Normas Técnicas � Norma brasileira (ABNT) para a realização do ensaio: � NBR 6394 – Determinação da Dureza Brinell em Materiais Metálicos � NBR 6442 – Tabelas de Valores da Dureza Brinell (HB) para Materiais Metálicos � Outras normas: � ASTM E10 � DIN 50351 � ISO/R79 ENSAIO DE DUREZA BRINELLENSAIO DE DUREZA BRINELL 59 Definições: � A dureza Brinell (HB) é a relação entre a carga aplicada (F) e a área da calota esférica impressa no material ensaiado (Ac). Ac F HB ==== ENSAIO DE DUREZA BRINELLENSAIO DE DUREZA BRINELL 60 � Na prática existem tabelas preparadas para fornecer o valor da dureza Brinell a partir dos diâmetros da impressão formada. ENSAIO DE DUREZA BRINELLENSAIO DE DUREZA BRINELL 61 Considerações Gerais: � Correlação entre o ensaio de dureza Brinell e o limite de resistência à tração (σσσσ ). σσσσ = αααα x HB Material αααα Aço carbono 3,60 Aço carbono TT 3,40 Aços liga TT 3,30 Latão encruado 3,45 alumínio 4,00 ENSAIO DE DUREZA BRINELLENSAIO DE DUREZA BRINELL 62 Especificação do Ensaio: Dureza Rockwell � A dureza Rockwell baseia-se na medida da profundidade da impressão produzida por um penetrador padronizado, esférico ou cônico, com uma carga padrão aplicada na direção axial. � Ao contrário da dureza Brinell, a dureza Rockwell não depende da área da impressão produzida. DUREZA ROCKWELLDUREZA ROCKWELL 63 Normas Técnicas � Norma Brasileira (ABNT) para a realização do ensaio: � NBR 6671 – Determinação da Dureza Rockwell � Outras Normas: � ASTM E-19 � DIN 50103 � ISO/R 80 DUREZA ROCKWELLDUREZA ROCKWELL 64 Dureza Rockwell – Profundidade da impressão � A escala do mostrador é construída de tal modo que uma impressão profunda corresponde a um valor baixo na escala e uma impressão rasa corresponde a um valor alto na escala. DUREZA ROCKWELLDUREZA ROCKWELL 65 Dureza Rockwell � A leitura do grau de dureza é feita diretamente num MOSTRADOR ACOPLADO À MÁQUINA de ensaio, de acordo com uma escala pré- determinada, adequada à faixa de dureza do material. � Quando se utiliza o PENETRADOR CÔNICO DE DIAMANTE, deve-se fazer a leitura do resultado na escala externa do mostrador, ESCALA PRETA. Ao se usar o PENETRADOR ESFÉRICO, faz-se a leitura do resultado na ESCALA VERMELHA. 66 Tabela: Escala de Dureza Rockwell Normal DUREZA ROCKWELLDUREZA ROCKWELL 67 Cuidados especiais: � As escalas de dureza Rockwell não tem relação entre si. Não faz sentido comparar a dureza de materiais submetidos a ensaio de dureza Rockwell utilizando escalas diferentes ( A, B, C…). 68 Dureza Vickers - Especificação do Ensaio � A dureza Vickers se baseia na resistência que o material oferece à penetração de uma pirâmide de base quadrada e ângulo entre faces de 136o, sob uma determinada carga. DUREZA VICKERSDUREZA VICKERS 69 Definições: � “d” corresponde à diagonal média e deve ser expresso em milímetro (mm) DUREZA VICKERSDUREZA VICKERS 70 Definições: � O valor da dureza Vickers (HV) é o quociente da carga aplicada (F) pela área de impressão (A) deixada no corpo de prova. DUREZA VICKERSDUREZA VICKERS 71 Especificações de propriedades mecânicas: � Dentre os parâmetros determinados nos diferentes ensaios, os principais são os seguintes: � - limite de resistência à tração � - limite de escoamento � - ductilidade � - módulo de elasticidade � - resiliência e tenacidade � - dureza 72 Estruturas Cristalinas 73 Estrutura Atômica � As propriedades “cotidianas” dos materiais dependem: � da estrutura em escala atômica e � da microestrutura - estrutura em escala intermediária 74 Estrutura Cristalina � A estrutura cristalina de um sólido é a designação dada ao conjunto de propriedades que resultam da forma como os átomos ou moléculas estão espacialmente ordenados; � Apenas os sólidos cristalinos exibem esta característica, já que ela é o resultado macroscópico da existência de uma estrutura ordenada ao nível atômico, replicada no espaço ao longo de distâncias atômicas ou moleculares, o que é exclusivo dos cristais. 75 Estrutura Cristalina � Um cristal é um sólido no qual os constituintes, sejam eles átomos , moléculas ou íons, estão organizados num padrão tridimensional bem definido, que se repete no espaço, formando uma estrutura com uma geometria específica; O Gálio é um metal que forma grandes cristais. 76 Estrutura Cristalina Porque Estudar? � As propriedades de alguns materiais estão diretamente associadas à sua estrutura cristalina (ex:magnésio e berílio que têm a mesma estrutura (HC) deformam muito menos que ouro e prata que têm outra estrutura cristalina (CFC); � Explica a diferença significativa nas propriedades de materiais cristalinos e não cristalinos de mesma composição. 77 Estrutura Cristalina � Os materiais sólidos podem ser classificados de acordo com a regularidade na qual os átomos se dispõem em relação aos seus vizinhos; � Material cristalino é aquele no qual os átomos encontram-se ordenados sobre longas distâncias atômicas formando uma estrutura tridimensional que se chama de rede cristalina; � Todos os metais, muitas cerâmicas e alguns polímeros formam estruturas cristalinas sob condições normais de solidificação. 78 Estrutura Cristalina � As propriedades dos materiais sólidos cristalinos dependem da estrutura cristalina, ou seja, da maneira na qual os átomos estão espacialmente dispostos. � Há um grande número de diferentes estruturas cristalinas, desde estruturas simples exibidas pelos metais até estruturas mais complexas exibidas pelos cerâmicos e polímeros. 79 80 Sólido Cristalino 81 Rede mais simples � Cúbica simples, ou seja os átomos da matriz são dispostos nos vértices de um cubo; � O cristal é formado por um número infinito de cubos, um ao lado do outro nas três direções; � Essa unidade que se repete no espaço é chama célula unitária, ou seja, é a menor unidade que, quando repetida em uma rede de três dimensões, forma um cristal inteiro; Exemplo de material com estrutura cúbica simples: Fe alpha (puro) 82 Célula Unitária � O deslocamento dessa unidade de uma distância a leva à uma unidade equivalente. O mesmo vale para umadistância b. Posição média do Átomo A Posição média do átomo B a e b são chamados de parâmetros de rede 83 Célula unitária 84 Cristais Compactos � Cristais Cúbicos � � Cúbico simples (CS) � � Cúbico de corpo centrado (CCC) � � Cúbico de face centrada (CFC) � Cristais Hexagonais � � Hexagonal simples (HS) � � Hexagonal compacto (HC) 85 Estrutura Cristalina dos Metais � Maioria dos elementos metálicos (90%) cristaliza-se com estruturas altamente densas: � Cúbico de Corpo Centrado (CCC) � Cúbica de Face Centrada (CFC) � Hexagonal Compacta (HC) 86 Arranjo cristalino CCC Exemplo de metais CCC: Fe-α, cromo, tungstênio, molibdênio. 87 Arranjo cristalino CFC Exemplo de metais CFC: cobre, alumínio, ouro, chumbo. 88 Arranjo cristalino HC 05/09 Exemplo de metais HC: cádmio, cobalto, zinco. 89 90 Materiais Policristalinos: � A maioria dos sólidos cristalinos é composto por uma coleção de muitos cristais pequenos ou grãos, tais materiais são chamados POLICRISTALINOS. � Vários estágios na solidificação de uma amostra cristalina estão representados na figura a seguir: 91 Materiais Policristalinos 92 Materiais Policristalinos � Como a orientação cristalográfica é aleatória, o encontro de dois grãos forma uma superfície na qual existe um desarranjo atômico; � Essa superfície é conhecida com contorno de grão. 93 Exemplo de Contorno de Grão 94 Sólidos não-cristalinos: � Sólidos não-cristalinos são carentes de um arranjo atômico regular e sistemático ao longo de distâncias atômicas relativamente grandes. � Esses materiais também são chamados de amorfos (significando, literalmente, sem forma). 95 Defeitos Cristalinos: � Considerou-se até agora, que em uma escala atômica, existe uma ordem perfeita ao longo da totalidade dos materiais cristalinos. � Contudo, este tipo de sólido idealizado não existe, todos os sólidos contêm grandes números de uma variedade de defeitos ou imperfeições. 96 Defeitos Pontuais: � Vários tipos de defeitos ou imperfeições podem existir em um sólido cristalino. � Neste curso, serão apresentados somente os defeitos pontuais, que são aqueles associados com uma ou duas posições atômicas. 97 Defeitos Pontuais: � LACUNA: O mais simples dos defeitos pontuais é a Lacuna, ou sítio vago da rede cristalina. � Um vazio que normalmente deveria estar ocupado está com um átomo faltando. � Todos os sólidos cristalinos contém lacunas. Na realidade, não é possível criar um material isento desse defeito. 98 Defeitos Pontuais: � Um AUTO-INTERSTICIAL é um átomo do cristal que se encontra comprimido no interior de um sítio intersticial, um pequeno espaço vazio que em condições normais não é ocupado. � Em metais, um auto-intersticial introduz distorções relativamente grandes na rede cristalina vizinha, pois o átomo é maior do que a posição intersticial na qual ele está situado. � Dessa forma, esse defeito não é muito provável, ocorrendo em concentrações muito reduzidas. 99 Lacunas e Auto-Intersticiais: 100 Impurezas em Sólidos: � As ligas são obtidas através da adição de elementos de liga (átomos diferentes do metal-base). Esses átomos adicionados intencionalmente podem ficar em solução sólida e/ou fazer parte de uma segunda fase. � Em uma liga, o elemento presente em menor concentração denomina-se soluto e aquele em maior quantidade, solvente. � Solução sólida: ocorre quando a adição de átomos do soluto não modifica a estrutura cristalina nem provoca a formação de novas estruturas. 101 Defeitos Pontuais: Impurezas em Sólidos � Defeitos pontuais devido a presença de impurezas são encontrados em soluções sólidas e podem ser de dois tipos: � Substitucional; � Intersticial. 102 � Solução sólida substitucional: os átomos de soluto tomam o lugar dos átomos do solvente ou os substituem. � Solução sólida intersticial: os átomos de de impureza (soluto) ocupam espaços vazios ou interstícios que existem entre os átomos de solvente. 103 Especificação da Composição: � A composição ( ou concentração) de uma liga pode ser expressa em termos de seus elementos constituintes 104 Porcentagem em peso: � A forma mais comum de especificar a composição é a porcentagem em peso (ou massa) (%p). � Para uma liga que contém dois átomos hipotéticos identificados por A e B, onde mA e mB representam o peso ou massa dos elementos A e B, a concentração do átomo A em %p, CA, é definida como: 105 Diagrama de Fases � Solubilidade � Estruturas que se formam no resfriamento lento. 106 Conceito: Limite de Solubilidade � Para muitos sistemas de ligas e em uma dada temperatura específica, existe uma concentração máxima de átomos de soluto que pode se dissolver no solvente para formar uma solução sólida, isto é chamado de limite de solubilidade. � A adição do soluto em excesso, além desse limite de solubilidade, resulta na formação de uma outra solução sólida ou de outro composto que possui composição diferente. 107 Considere o sistema água-açúcar: � O limite de solubilidade do açúcar na água depende da temperatura e pode ser representado em forma de gráfico. � Temperatura no eixo das ordenadas. � Composição (% em peso de açúcar) no eixo das abscissas. Solução Líquida (xarope) Limite de Solubilidade Solução Líquida + açúcar sólido Composição (%p) 108 Diagramas de fases binários: � O diagrama de fases binário mais fácil de ser compreendido e interpretado é o sistema cobre- níquel. � O sistema cobre-níquel é chamado de Isomorfo devido a completa solubilidade dos dois componentes nos estados líquido e sólido. 109 Sistema cobre-níquel � O liquído L consiste em uma solução líquida homogênea, composta tanto por cobre quanto por níquel. � A fase “alfa” consiste em uma solução sólida substitutiva que contém átomos de tanto de Cu como de Ni e que possui uma estrutura cristalina CFC. � Abaixo de 1080oC o Cu e o Ni são mutuamente solúveis um no outro no estado sólido, para toda e qualquer composição. 110 Nomenclatura � Soluções sólidas = letras gregas � Curva Liquidus � Curva Solidus 111 112 113 114 São metais puros e/ou compostos que compõem uma liga. Uma parte estruturalmente homogênea do sistema, que possui propriedades físicas e químicas características e uniformes. Exemplo: fases α, β e L da liga ao lado. 115 Alotropia do ferro: � O termo alotropia se refere aos elementos metálicos que se cristalizam em mais de uma forma cristalina, sofrendo mudanças importantes em sua estrutura na medida em que se dá esse fenômeno. � O ferro puro apresenta esse fenômeno que se caracteriza de fundamental importância para muitas da transformações sofridas pelos aços e ferro fundidos. Essa influência iremos ver quando da descrição de seu PROCESSO DE SOLIDIFICAÇÃO E RESFRIAMENTO. 116 FERRO PUROFERRO PURO �� FERRO FERRO αα = FERRITA= FERRITA �� FERRO FERRO γγ = AUSTENITA= AUSTENITA �� FERRO FERRO δδ �� Nas ligas ferrosas as fases Nas ligas ferrosas as fases αα, , γγ e e δδ FORMAM FORMAM soluções sólidas com Carbono intersticialsoluções sólidas com Carbono intersticial CARBONO 117 Ferro Puro - Formas Alotrópicas FERRITA = FERRO αααα Características: Estrutura: CCC Solubilidade máxima do carbono: 0,022%pC a 727 °C Temperatura (“existência”) = até 912 Temperatura (“existência”) = até 912 °°CC 118 AUSTENITA = FERRO γγγγ Estrutura: CFC (tem + posições intersticiais) Forma estável do ferro puro a temperatura (“existência”): entre 912 oC a 1394°C Solubilidade máxima do carbono: 2,14% à 1147oc FerroPuro - Formas Alotrópicas 119 Diagrama de fases Fe-C � Quando observamos no diagrama a faixa compreendida pelos aços, notamos várias linhas que indicam início ou fim de solidificação das estruturas cristalinas e a solubilidade de carbono na liga em função de temperatura. Além dessas linhas existem pontos característicos que determinam as mudanças de fases, todos localizados em função da porcentagem de carbono e da temperatura. 120 121 Diagrama de Fases Fe-C � O campo que determina a região dos aços é constituído por várias fases, as quais serão definidas, uma a uma, nas condições de equilíbrio (composição- temperatura). 122 Aço: definição � O aço é uma liga de ferro-carbono contendo geralmente de 0,008% a 2,14% de carbono. � Ferro Puro= até 0,008% de Carbono � Aço= 0,008 % até 2,14% de Carbono � Ferro Fundido= 2,14% até 6,7% de Carbono � Fe3C (CEMENTITA)= Forma-se quando o limite de solubilidade do carbono é ultrapassado (6,7% de C) 123 γ, Austenita Composição (%p C) Líquido Cementita Fe3C) α, Ferrita Eutetóide Eutético 124 125 126 127 Fotomicrografia de um aço com 0.38%C que possui uma microestrutura composta por perlita e ferrita. Ampliação 635x. 128 129 Diagrama Fe-C – Microestruturas Hipereutetóides Fotomicrografia de um aço com 1,4%p C que possui uma microestrutura composta por uma rede de cementita pró-eutetóide, branca, que envolve as colônias de perlita. Ampliação de 1000x. 130 Exercícios: � Diagrama de Fases; � Resfriamento Aço Eutetóide; � Resfriamento Aço Hipoeutetóide; � Resfriamento Aço Hipereutetíde. 131 γ, Austenita Composição (%p C) Líquido Cementita Fe3C) α, Ferrita Eutetóide Eutético 132 Resfriamento para um Aço Eutetóide: Composição (%p C) 133 Fotomicrografia de uma aço eutetóide mostrando a microestrutura PERLITA 134 Resfriamento para um aço Hipoeutetóide: Perlita α Εutetóde α Proeutetóde Composição (%p C) 135 Fotomicrografia de um aço com 0.38%C que possui uma microestrutura composta por perlita e ferrita. Ampliação 635x. 136 Resfriamento para um aço Hipereutetóide: Perlita Fe3C Proeutetóde Fe3C Eutetóde Composição (%p C) 137 • Fotomicrografia de um aço com 1,4%p C que possui uma microestrutura composta por uma rede de cementita pró- eutetóide, branca, que envolve as colônias de perlita. Ampliação de 1000x.
Compartilhar