Buscar

Correias planas versus correias em V

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Correias planas versus correias em V
No início da era industrial, as correias planas eram extensivamente usadas. Isso pode ser bem visto, por exemplo, em fotografias de antigas linhas de produção, nas quais um único eixo transmitia movimentos, via correias planas, para vários dispositivos ao longo da linha.
O material dessas primeiras correias era quase sempre o couro, para o qual se considerava um coeficiente de atrito de 0,32 com polias de ferro fundido. Alguns outros dados relacionados são: massa específica do couro ≈ 0,035 lb/in³; tensão da correia em repouso ≈ 172 psi; largura da polia não maior que 150% do diâmetro; velocidade recomendada ≈ 4250 ft/min.
Por volta da década de 1930, as correias trapezoidais (ou V) passaram a substituir as planas na maioria dos acionamentos. A vantagem básica já foi discutida no tópico.
 
O efeito de cunha da correia na polia multiplica o coeficiente de atrito pelo inverso do seno do ângulo de inclinação da face lateral. O resultado é um significativo ganho de capacidade, proporcionando conjuntos mais compactos, com menor nível de ruído e menores cargas nos mancais, se comparado com as correias planas.
Entretanto, as correias trapezoidais não têm só vantagens. Há também, em relação às planas, alguns aspectos negativos que, evidentemente, não chegam a comprometer o uso na maioria dos casos. A seguir, algumas dessas desvantagens.
• Correias trapezoidais são quase sempre fornecidas em comprimentos padronizados. O material das correias planas pode ser fornecido em rolos e elas podem ser fabricadas no local em qualquer comprimento.
• O aumento de comprimento com o uso das correias em V é normalmente maior que o das planas.
• Alinhamento das polias é mais crítico no caso de correias trapezoidais.
• O efeito da força centrífuga (tendência de afastar a correia da polia) é mais pronunciado na trapezoidal devido à maior espessura. É um fator limitante para velocidade.
• Também devido à maior espessura, o efeito da flexão é mais pronunciado nas correias trapezoidais.
Por esses e outros motivos, as correias planas ainda são usadas em alguns casos, em especial para elevadas velocidades de operação.
Polias
As polias sªo peças cilíndricas, movimentadas pela rotaçªo do eixo do motor e pelas correias.
28 AULA
Uma polia Ø constituída de uma coroa ou face, na qual se enrola a correia. A face Ø ligada a um cubo de roda mediante disco ou braços.
Tipos de polia
Os tipos de polia sªo determinados pela forma da superfície na qual a correia se assenta. Elas podem ser planas ou trapezoidais. As polias planas podem apresentar dois formatos na sua superfície de contato. Essa superfície pode ser plana ou abaulada.
A polia plana conserva melhor as correias, e a polia com superfície abaulada guia melhor as correias. As polias apresentam braços a partir de 200 m de diâmetro. Abaixo desse valor, a coroa Ø ligada ao cubo por meio de discos.
A polia trapezoidal recebe esse nome porque a superfície na qual a correia se assenta apresenta a forma de trapØzio. As polias trapezoidais devem ser providas de canaletes (ou canais) e sªo dimensionadas de acordo com o perfil padrªo da correia a ser utilizada.
Os materiais que se empregam para a construçªo das polias sªo ferro fundido (o mais utilizado), aços, ligas leves e materiais sintØticos. A superfície da polia nªo deve apresentar porosidade, pois, do contrÆrio, a correia irÆ se desgastar rapidamente.
Correias
As correias mais usadas sªo planas e as trapezoidais. A correia em V ou trapezoidal Ø inteiriça, fabricada com seçªo transversal em forma de trapØzio. É feita de borracha revestida de lona e Ø formada no seu interior por cordonØis vulcanizados para suportar as forças de traçªo.
O emprego da correia trapezoidal ou em V Ø preferível ao da correia plana porque: •praticamente nªo apresenta deslizamento;
•permite o uso de polias bem próximas;
•elimina os ruídos e os choques, típicos das correias emendadas (planas).
Existem vÆrios perfis padronizados de correias trapezoidais.
AULAOutra correia utilizada Ø a correia dentada, para casos em que nªo se pode ter nenhum deslizamento, como no comando de vÆlvulas do automóvel.
Material das correias
Os materiais empregados para fabricaçªo das correias sªo couro; materiais fibrosos e sintØticos (à base de algodªo, pŒlo de camelo, viscose, perlon e nÆilon) e material combinado (couro e sintØticos).
Transmissªo
Na transmissªo por polias e correias, a polia que transmite movimento e força Ø chamada polia motora ou condutora. A polia que recebe movimento e força Ø a polia movida ou conduzida. A maneira como a correia Ø colocada determina o sentido de rotaçªo das polias. Assim, temos:
•sentido direto de rotaçªo - a correia fica reta e as polias tŒm o mesmo sentido de rotaçªo;
•sentido de rotaçªo inverso - a correia fica cruzada e o sentido de rotaçªo das polias inverte-se;
28 AULA•transmissªo de rotaçªo entre eixos nªo paralelos.
Para ajustar as correias nas polias, mantendo tensªo correta, utiliza-se o esticador de correia.
JÆ vimos que a forma da polia varia em funçªo do tipo de correia.
Relaçªo de transmissªo
Na transmissªo por polias e correias, para que o funcionamento seja perfeito,
Ø necessÆrio obedecer alguns limites em relaçªo ao diâmetro das polias e o nœmero de voltas pela unidade de tempo. Para estabelecer esses limites precisamos estudar as relaçıes de transmissªo.
Costumamos usar a letra i para representar a relaçªo de transmissªo. Ela Ø a relaçªo entre o nœmero de voltas das polias (n) numa unidade de tempo e os seus diâmetros.
A velocidade tangencial (V) Ø a mesma para as duas polias, e Ø calculada pela fórmula: V = p . D . n
	V1 = V2fip . D1 . n1 = p
	D2 . n2 \
AULAComo as duas velocidades sªo iguais, temos:
D1 . n1 = D2 . n2 ou n D D
Portanto i n D D
Onde:D1 = diâmetro da polia menor
D2 = diâmetro da polia maior n1 = nœmero de rotaçıes por minuto (rpm) da polia menor n2 = nœmero de rotaçıes por minuto (rpm) da polia maior
Na transmissªo por correia plana, a relaçªo de transmissªo (i) nªo deve ser maior do que 6 (seis), e na transmissªo por correia trapezoidal esse valor nªo deve ser maior do que 10 (dez).

Continue navegando