Buscar

ED VIII

Prévia do material em texto

Licenciatura em História 
Estudos Disciplinares VIII 
POSTAGEM 
POSTAGEM 1 
Projeto apresentado à Universidade Paulista 
– UNIP, do curso de História, como um dos
requisitos para a obtenção da nota na
disciplina Estudos Disciplinares (TG):
‘Questão proposta’: a questão do
desenvolvimento nacional. Prof.º: Maurício
Manzalli.
Questão proposta 
a) Do ponto de vista do estudo da economia, de quais assuntos tratam
os textos e cada charge?
O primeiro texto, de Fernando Luiz Corsi, aborda o estudo econômico dos 
países paralelamente à preservação ambiental e a necessidade da superação da 
miséria. Já o segundo, da autoria da ‘ex-presidenta’, versa sobre propostas do 
crescimento do Brasil no ano de 2012, à pedido de uma estudante numa entrevista, 
na qual ainda se aventura a justificar os dados que apresentam a carência do 
desenvolvimento no dito ano e procura fazer prospecções otimistas para, no então, 
vindouro 2013. 
A primeira charge diz respeito à situação de miséria em que as populações 
enfrentam face ao desenvolvimento, mesmo entre as nações desenvolvidas. A 
segunda trata sobre a carência do acesso às tecnologias e à educação que a 
população menos favorecida está exposta nos dias de hoje. Ambas expõem uma 
questão latente em nosso país e em todo o mundo. Nota-se que também apontam 
uma falta de organização governamental, sobretudo na segunda, no que diz 
respeito ao desenvolvimento da globalização onde realmente se faz sentir, ou seja 
nas margens da sociedade desenvolvida. 
b) Há relação de causa-efeito entre a mensagem dos textos e as
charges? Justifique sua resposta.
Sim, existe uma inteira correlação entre as mensagens das charges e dos 
textos. Comecemos pelos textos. A mensagem transmitida pelo primeiro texto é 
sobre a problemática do desenvolvimento. A exposição do autor, Fernado Luiz 
Corsi, deixa nítida a verdade de que no panorama internacional, a estagnação para 
se resolver a questão do desenvolvimento se arrasta cada vez mais, e quanto mais 
ela é protelada mais a situação piora, e a divergência entre as classes se torna ainda 
mais antagônica. As classes desenvolvidas tendem a ficar mais desenvolvidas, 
enquanto que as classes carentes, tendem a se tornarem miseráveis. 
Isso é notável com o passar dos anos onde aparece cada vez a “constatação 
do esgotamento da maioria dos chamados projetos nacionais de desenvolvimento 
no contexto de mundialização da economia capitalista. ”1 Os números que surgem 
com as posteriores pesquisas apenas demonstraram essa realidade. O Capitalismo 
enquanto um regime de economia possui essa deficiência, levar a essa dicotomia 
social, isso é irremediável. Os blocos econômicos se desenvolvem cada vez mais 
com as tecnologias, e buscam eliminar a mão de obra, e com isso têm mais capital 
em suas mãos com menos esforço e menos custos. Nisso não há “novidade 
alguma. André Gunder Frank (1980), entre outros, já nos anos 1960 defendia que 
dentro do capitalismo os países pobres estariam condenados ao 
subdesenvolvimento. ”2 
O texto que segue, de Dilma, pode-se dizer perfeitamente, e sem muito 
esforço de assimilação, que é a exemplificação prática dessa questão. A então 
‘presidenta’ ao ser indagada a respeito do baixo índice de crescimento nacional 
no ano de 2012, e de quais seriam as perspectivas do crescimento nacional para o 
próximo ano, apresenta vários posicionamentos que buscam justificar o baixo 
desenvolvimento e crescimento do país, 0,9% nesse ano. Num país que não possui 
em suas mãos grandes empresas, ou multinacionais, acaba por servir de suporte 
para o desenvolvimento alheio, sob a ilusão de que ter trabalho para seus cidadãos 
resolverá a questão de subdesenvolvimento. O discurso de Dilma não passa de 
uma declaração de assentimento ao que foi dito acima.3 Por não ter investido nas 
esferas primárias a falência das esferas posteriores é fatal. 
Nas charges nos deparamos justamente com a ineficácia das propostas 
governamentais de crescimento e desenvolvimento. Com o dissabor de uma 
gestão que não se preocupa seriamente com todos os cidadãos, mas que se ocupa 
sim com problemas menores e particulares. Por mais que as propostas gestoras 
encham as páginas. A realidade é clara: a gestão popular operada pelo governo é 
ineficaz. Se não o é como um todo, como boa parte. A atual situação nacional dos 
dias em que vivemos hoje sublinha toda essa questão tão bem com talvez em 
nenhuma outra circunstância histórica de nossa nação. 
1 CORSI, Fernando Luiz. REVISTA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA, Nº 19: 11-29 NOV. 2002 
2 Idem 
3 Apud citação 1. 
c) Há como mapear as quatro esferas da globalização correlacionando
os estudos de globalização com as duas charges? Justifique e aponte as
principais características.
O mapeamento é inteiramente possível. As quatro esferas da globalização 
são: comercial, produtiva, financeira e tecnológica. A correlação é a seguinte: 
Quanto à esfera comercial: percebe-se perfeitamente nos personagens 
como as necessidades mais básicas para a subsistência estão em falta; não são as 
necessidades de poder querer ou não querer alguma coisa, mais sim de que eles 
precisam do imprescindível para sobreviver: as pessoas que estão em cena nem 
mesmo possuem moradia, não tem um teto, carecem de alimento, até mesmo do 
asseio básico, como o banho. A educação também é um bem a ser oferecido pelo 
governo que não consta aqui. Nessa esfera é que começam todos os problemas... 
Quanto à esfera produtiva: a cena é o efeito da deficiência da esfera 
anterior, por falta de instrução surge o desemprego e a exclusão social. Para que 
um indivíduo possa produzir algo ele precisa conhecer o que vai produzir e não 
foi estimulado em suas capacidades não conseguirá produzir nada. 
Quanto à esfera financeira: uma vez que as esferas que precedem a esta se 
evolaram, a situação populacional dessa parcela da sociedade incorre na miséria 
e na carência, sobretudo quanto o investimento governamental fomenta a última 
das esferas e não dá suporte para que a opinião pública, quanto a um todo, possa 
‘caminhar’ pelas esferas e angariar uma situação financeira favorável, par o 
progresso nacional como um todo. Dado que nem mesmo a circunstância para um 
progresso financeiro é criada, a indigência é certa. 
Quanto à esfera tecnológica: a gerência governamental investe 
pesadamente, ao menos pelo que se vê na receita, enquanto a população não tem 
acesso às demandas básicas para a vida, como saúde e saneamento. São instituídos 
planos gestores que visam abranger que toda a população seja inserida num 
mundo tecnológico, sendo que lhe faltam as esferas anteriores, como vimos. 
Resultado: a maior parte da população acaba por não ter acesso a essas 
tecnologias, e quanto tem muitas vezes não tem a devida instrução para utilizadas 
de modo a gerar realmente bons frutos. 
 
d) De que forma as relações internacionais auxiliam/atrapalham a 
solução dos casos apontados pelas charges? 
Pode-se caracterizar o mundo em que vivemos como o mundo do 
progresso virtual, dos avanços da tecnologia e da ciência, como bem vemos nos 
textos, estamos em um mundo globalizado. As multinacionais interligam o mundo 
com o impulcionamento dos bens consumíveis. Entretanto, a fome continua sendo 
a mais antiga e mais nova preocupação em todos os povos, em maior ou menor 
grau nas nações. Com todos os meios de progresso não foi inventada a solução 
para esse problema, e por sua vez o mais antigo que se tem notícia... a 
desigualdade das classes sociais ‘evoluem’, sim realmente evoluem, ficando cada 
vez maiores... Os países mais desenvolvidos emprestam dinheiro para o menos 
desenvolvidos e como é lógico as dívidas externa acabampor crescer. Enfim, uma 
vez que no mais das vezes o dinheiro é empregado em outras coisas que não gerar 
empregos e dar circunstâncias para o progresso, o que seria um auxílio, acaba por 
ser um empecilho, os meios que seriam utilizados dentro das fronteiras saem pela 
‘janela’... resultado tudo continua a estar como demonstram as charges, quando a 
situação não piora... 
 
 
e) Quais os motivos desfilados no texto de Francisco Luiz Corsi para 
afirmar necessidade de revisão nos aspectos de desenvolvimento? 
 
Simplesmente que se constatou o “esgotamento da maioria dos chamados 
projetos nacionais de desenvolvimento” tomando em consideração o contexto da 
economia capitalista mundial na atualidade, a ineficiência do âmbito competitivo 
fracassou. Dado que não houve êxito nesses projetos a distância entre as partes 
abastadas da sociedade e as subdesenvolvidas só cresceram com o passar dos 
anos. Como ponto clímax deste colapso econômico, acrescenta-se a realidade que 
os recurso da natureza, dos quais o capitalismo se utiliza para crescer e progredir, 
são limitados e mesmo assim esse regime busca sistematizadamente o ganho sem 
se importar com a destruição da natureza. 
Como conclusão é necessário conceber um desenvolvimento que leve em 
consideração esses agravantes, e a situação não é fácil. O que Corsi aponta como 
conclusão é “uma política econômica baseada em critérios não-monetários e 
extra-econômicos”4 Dado que a sociedade de hoje se apresenta como monetária 
e essencialmente consumista é necessário que ela mude de caminho sob a pena de 
incorrer em um grande desastre. 
 
Referências Bibliográgicas 
 
TAVARES, M. C. & FIORI, J. L. 1997. Poder e 
dinheiro. Uma economia política da globalização. 
Petrópolis : Vozes. 
HOBSBAWM, E. J. 1991. Estratégia para uma 
esquerda racional. Rio de Janeiro : Paz e Terra. 
VALCIRILO. 2015. Ciências Sociais aplicadas. 
 
4 E. P. Thompson, 1999.

Continue navegando