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Pergunta 1 0 em 1 pontos O porco passado a limpo A humanidade adora bacon e linguiça, mas deposita tudo o que é de ruim e nojento na reputação dos suínos. Será que esses espertos animais merecem ser tratados tão mal? por Marcos Nogueira A sociedade suína “Em The Whole Hog, Lyall Watson propõe uma definição bastante ampla de porco. Ela inclui os porcos domésticos, suínos selvagens como o javali e até mesmo a queixada e o cateto, animais das Américas que têm cara e focinho de porco, mas apresentam peculiaridades anatômicas que os colocam em outra família, os taiassuídeos. Em comum, todas essas espécies desenvolveram estruturas sociais complexas e sistemas de comunicação engenhosos. O porco carrega a fama de ser sujo e fedorento. Não é bem assim. ‘Eles usam a lama para reduzir a temperatura corporal’, diz a engenheira agrônoma Jacinta Ferrugem Gomes, da USP, especialista em suínos. Descendente do javali eurásico, o porco doméstico se sente à vontade em temperaturas entre 16 e 20 graus Celsius. Acima dos 25 graus, o calor fica insuportável para o bicho, que, para piorar, não tem glândulas de suor. Nessa situação, qualquer um mergulharia de trampolim em uma piscina de lama – embora os suínos deem preferência a tocas cavadas no solo quando estão em condições selvagens. Até para usar o banheiro, o porco tem suas inibições. ‘Eles defecam somente em alguns lugares, estabelecem ‘latrinas’ em pontos consensuais, mesmo em ambientes severamente limitados’, diz Lyall. Isso pode ser verificado em criações comerciais. ‘Construímos as baias respeitando o comportamento do animal: o comedouro fica sempre do lado oposto ao do local de defecar e urinar’, afirma Jacinta. Se alguns chiqueiros são imundos, é porque os homens os mantêm assim. E os cheiros? Eles são essenciais na comunicação entre os suínos, que os produzem aos montes. Cada animal possui, espalhadas pelo corpo, nove glândulas que secretam substâncias odoríferas fundamentais para a coesão do grupo. ‘Membros do mesmo bando, que compartilham muitos dos mesmos genes, acabam por ter um tipo de ‘odor de colmeia’, algo que permite a membros de uma vara reconhecer uns aos outros em um nível inconsciente’, afirma Watson. São códigos que nós não temos a capacidade de decifrar – talvez porcos achem repulsivo o aroma do Chanel n° 5. Uma vara de porcos – domésticos ou selvagens – deixa suas marcas cheirosas por onde quer que passe. Além do mais, suínos não são particularmente silenciosos. Tudo isso, em tese, ajuda os predadores, pois faz da localização dos animais uma tarefa fácil. Mas o benefício de manter o grupo unido acaba por ser maior que o custo. Estar no meio da multidão sempre aumenta as chances de sobrevivência. Há também aqueles que contra-atacam, como as queixadas da América do Sul. Essas criaturas vivem em bandos de até 200 indivíduos equipados com dentes fortes o bastante para quebrar castanhas-do-pará. Quando acuadas por jaguatiricas, onças ou humanos, as queixadas põem-se em formação circular e fazem um ‘arrastão’ contra o predador -– que pode se dar muito mal caso não consiga fugir. Porcos domésticos não costumam ser tão agressivos, mas têm lá seus rompantes de delinquência. Como conseguem delimitar um círculo social de até 30 animais, entram em parafuso em grupos grandes demais. ‘Eles começam a formar subgrupos e adotar um comportamento de gangues, em que um bando hostiliza o outro’, diz Jacinta. A hierarquia da sociedade suína é linear: há um indivíduo dominante, um segundo mais poderoso e assim até chegar àquele que não apita nada. No topo da sociedade, alguns machos constituem haréns com dez ‘esposas’, em média. Os outros aguardam a vez de desafiar os machões do pedaço e conquistar seu próprio mulherio. Ou não: ‘Machos subjugados por todos os outros podem passar a agir como fêmeas’, diz Jacinta. ‘Mas o homossexualismo é mais comum em fêmeas com tendência dominante’.” (NOGUEIRA, Marcos. O porco passado a limpo. Superinteressante. n. 210, fev. 2005. Adap.) O texto jornalístico de Marcos Nogueira baseia-se em determinadas fontes: I. A definição de porco e determinadas características deste advêm das informações colhidas da obra The Whole Hog, cuja autoria é de Lyall Watson. II. A necessidade do porco de molhar o corpo o tempo todo e o ciclo social dos porcos são informações confirmadas pela engenheira agrônoma Jacinta Ferrugem Gomes, da USP. III. Os dados sobre os porcos são resultado da pesquisa realizada pelo autor do texto Marcos Nogueira. IV. As vozes de autoridade, ou seja, os especialistas no assunto tratado no texto são Lyal Watson e Jacinta Ferrugem Gomes. Resposta Selecionada: a. Apenas I e II estão corretas. Pergunta 2 1 em 1 pontos Um texto de divulgação científica consta de determinadas características estruturais, linguísticas, temáticas, entre outras. Dessas, qual NÃO faz parte da divulgação científica? Resposta Selecionada: a. Linguagem informal, com presença de expressões de gíria. Pergunta 3 1 em 1 pontos Quais revistas são conhecidas no Brasil por publicação de divulgação científica? Resposta Selecionada: c. Galileu, Superinteressante, Ciência Hoje. Pergunta 4 1 em 1 pontos A leitura ativa conhecimentos prévios e leva o leitor a hipótese. Assim, antes da leitura propriamente dita, o leitor faz hipótese sobre: I. O título da obra a ser lida. II. A capa e a contracapa. III. Na leitura de trechos do texto. Resposta Selecionada: d. I, II e III estão corretas. Pergunta 5 1 em 1 pontos Leia o texto abaixo e faça o que se pede. “Características: Fortem® é uma associação dos principais aminoácidos na forma levógira e hidroxocobalamina, que visa fornecer ao organismo substâncias biológicas necessárias para a normalização do metabolismo, principalmente do SNC e do sistema muscular. A Argina é um dos aminoácidos participante do ciclo de Krebs-Henseleit e, desta forma constitui um fator de troca tanto dos processos proteoanabólicos, a partir dos carboidratos, quanto dos processos catabólicos, com eliminação dos radicais amoníacos, tóxicos para o organismo. A fosfoserina e a fosfotreonina são dois aminoácidos fosforilados reconhecidos como indispensáveis para a formação da maior parte das fosfoproteínas cerebrais, intervindo ainda na síntese dos ácidos nucleicos.” Do ponto de vista do gênero textual: I. O vocabulário do texto é inadequado ao gênero, pois é muito específico. II. Ao contrário dos textos narrativos, que se apoiam na sucessão temporal, este texto apresenta uma peculiaridade gramatical própria: os verbos estão no presente. III. O texto traz um vocabulário preciso e um campo semântico próprio da área. IV. A clareza e a precisão da descrição técnica não dão margem a interpretações variadas. V. Pela sua correção gramatical, o texto se dirige a todos indiscriminadamente. Está correto o que se afirma em: Resposta Selecionada: c. II, III e IV. Pergunta 6 1 em 1 pontos O leitor proficiente é aquele que consegue interpretar o texto e interferir nele. Assim, entre as características desse tipo de leitor, não faz parte de suas atribuições: Resposta Selecionada: c. Apenas repetir informações contidas no texto. Pergunta 7 1 em 1 pontos Resposta Selecionada: c. A - cartum, B - bula, C - receita culinária. Pergunta 8 1 em 1 pontos (ENADE – 2008) “Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender como alguém lê, é necessáriosaber como são seus olhos e qual é sua visão de mundo.” (BOFF, Leonardo. A águia e a galinha: uma metáfora da condição humana. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997, p. 9) Considerando o fragmento de texto acima apresentado, analise o seguinte enunciado. Na leitura, fazemos mais do que decodificar as palavras porque a imagem impressa envolve atribuição de sentidos a partir do ponto de vista de quem lê. Assinale a opção correta a respeito desse enunciado. Resposta Selecionada: a. As duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda é uma justificativa correta da primeira. Pergunta 9 1 em 1 pontos Resposta Selecionada: a. Possui grau de informação suficiente e necessário para indicar o tipo de transporte válido, a cidade e estado nos quais o cartão pode ser usado e sua nomeação. Pergunta 10 1 em 1 pontos (ENEM 2010) Câncer 21/06 a 21/07 “O eclipse em seu signo vai desencadear mudanças na sua autoestima e no seu modo de agir. O corpo indicará onde você falha – se anda engolindo sapos, a área gástrica se ressentirá. O que ficou guardado virá à tona, pois este novo ciclo exige uma ‘desintoxicação’. Seja comedida em suas ações, já que precisará de energia para se recompor. Há preocupação com a família, e a comunicação entre os irmãos trava. Lembre-se: palavra preciosa é palavra dita na hora certa. Isso ajuda também na vida amorosa, que será testada. Melhor conter as expectativas e ter calma, avaliando as próprias carências de modo maduro. Sentirá vontade de olhar além das questões materiais – sua confiança virá da intimidade com os assuntos da alma.” Revista Cláudia. Nº 7, ano 48, jul. 2009. O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu contexto de uso, sua função específica, seu objetivo comunicativo e seu formato mais comum relacionam-se aos conhecimentos construídos socioculturalmente. A análise dos elementos constitutivos desse texto demonstra que sua função é: Resposta Selecionada: e. Aconselhar sobre amor, família, saúde, trabalho.
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