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Resumo, Web Aula 1 e 2 METODOLOGIA CIENTIFICA

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METODOLOGIA CIENTÍFICA 
Unidade 1 - WEB AULA 1 
Levantamento Bibliográfico 
 Queridos alunos, nas nossas teleaulas, vamos 
discutir toda a parte da disciplina referente a tipos de 
conhecimentos, métodos e pesquisa. Vamos também 
discutir os métodos e as técnicas de pesquisa. Na 
webaula 1 comentaremos sobre o levantamento 
bibliográfico, a elaboração do resumo e da resenha. 
São ferramentas de trabalho que auxiliam o pesquisador 
na elaboração e desenvolvimento do projeto de pesquisa. 
Vamos começar? 
Você sabe por que o LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 
é uma fase obrigatória em todas as pesquisas? 
 Como você vai verificar no desenvolvimento desta 
webaula, o levantamento bibliográfico é a atividade de 
busca dos trabalhos, sobre diversos formatos (livros, 
periódicos, CDs, arquivos digitais etc.), sobre determinado 
assunto, possibilitando ao pesquisador conhecimento 
sobre o estado da arte do tema a ser pesquisado. 
 Bem, já que você sabe qual é a finalidade do 
levantamento bibliográfico, podemos avançar e discutir 
como ele deve ser realizado. 
 O levantamento bibliográfico, ou o levantamento 
das fontes de informação sobre o assunto, consiste em 
um procedimento técnico que compreende duas fases: 
fase preparatória e fase de execução. 
• A fase preparatória é dividida nas seguintes etapas: 
• Estudo do assunto - consiste principalmente na 
conceituação do assunto, definindo-se nesse momento os 
termos que o identificam. Para este estudo, deve-se 
recorrer aos dicionários, enciclopédias especializadas, 
compêndios e outras fontes de informação que se fizerem 
necessárias, bem como a pesquisadores da área. 
• Delimitações - podem ser de assunto, do período de 
tempo a ser levantado, da área geográfica, de idiomas e 
outras delimitações necessárias, para evitar o acesso a 
publicações que fujam ao âmbito da pesquisa. 
Dependendo do tipo de pesquisa que se pretende 
desenvolver, o período da busca pode ser limitado aos 
últimos cinco anos ou, no máximo, aos últimos dez anos. 
Isto porque informações mais antigas constam de 
compêndios e tratados, de assuntos já consagrados. 
 
• Estabelecimento das palavras-chave - são termos 
pelos quais o assunto pode ser procurado, devendo o 
pesquisador ter cuidado especial com a terminologia e a 
sinonímia envolvidas no trabalho, para encontrar 
facilmente as informações, tanto em vernáculo como em 
idiomas estrangeiros. 
• Tradução dos termos - para a linguagem documentária 
e/ou para outros idiomas, de acordo com as fontes de 
busca utilizadas. É necessário estabelecer a 
correspondência exata das palavras para a linguagem 
documentária bem como para outros idiomas, utilizando-
se de lista de termos controlados (cabeçalho de assunto); 
dicionários bilíngues, tratados, compêndios etc. 
• Estudo das fontes - manuais e/ou automatizadas. As 
fontes arrolam referências bibliográficas do que já foi 
produzido e publicado sobre determinado assunto. O 
levantamento das fontes de informação deve ser 
precedido de um estudo destas fontes, sejam elas 
manuais ou automatizadas. 
Elas estão disponíveis nos formatos impressos, em CD-
ROM, ou ainda em bancos e bases de dados de acesso 
via Internet. A disponibilização das bases de dados on-line 
revolucionou e popularizou o acesso à informação contida 
nos repertórios bibliográficos. As bases de dados estão 
sempre atualizadas com as últimas publicações, 
possibilitando que o pesquisador tenha acesso aos artigos 
científicos, mesmo antes das revistas impressas estarem 
publicadas. A busca pode ser feita utilizando-se diferentes 
estratégias: por palavras-chave, frases, autores, 
instituições, títulos. 
 Estratégia de busca - deve ser construída quando 
o levantamento das publicações é feito, utilizando-se de 
fontes de informação automatizadas, pois, no entender de 
Hawkim citado por Kremer (1985, p. 196), a estratégia de 
busca é "[...] o meio pelo qual o pesquisador se comunica 
com o sistema, e é muitas vezes a chave para uma busca 
bem-sucedida". Envolve basicamente os seguintes 
passos: 
• Definição clara da necessidade de informação 
do usuário (Qual é a questão?). 
• Estabelecimento dos parâmetros de busca, 
considerando as necessidades de informação. 
• Tradução da questão de busca para a linguagem do 
sistema. 
• Execução da busca. 
• Obtenção da resposta. 
 Nos sistemas manuais, à medida que se 
manuseia a fonte para uma análise sobre sua 
apresentação e arranjo, o pesquisador praticamente 
constrói sua estratégia de busca, e corrigi-la no decorrer 
do levantamento, visando adequá-la às suas reais 
necessidades, é bastante simples. Nos sistemas on-
line ela deve ser mais bem estudada e elaborada à luz de 
cada sistema a ser consultado, pois uma mesma base de 
dados pode variar quanto ao suporte, seja em CD-ROM, 
seja na Internet, por exemplo. 
Ao finalizar essa fase preparatória, o pesquisador pode ter 
completo conhecimento das publicações que abordam o 
tema escolhido. Então é nesse momento que o 
pesquisador começa de fato a reunir os documentos de 
seu interesse. Inicia-se assim a fase de execução, a qual 
compreende três etapas básicas, a saber: 
Identificação 
 Considera-se como fase de identificação aquela 
em que o pesquisador encontra nas fontes manuais e 
automatizadas referências de documentos, 
acompanhadas ou não de resumos ou de textos 
completos. Cada referência deve ser individual e 
cuidadosamente registrada em fichas contendo todos os 
seus elementos identificadores, com a indicação da fonte 
onde foi capturada. 
Localização 
 Após a identificação dos documentos nas 
respectivas fontes, o pesquisador procederá à sua 
localização. Para facilitar a localização de livros, as fichas 
devem ser ordenadas pelo sobrenome do autor e, para 
localização de artigos de periódicos, a ordenação das 
fichas deve ser por ordem alfabética de título de 
periódicos. A localização física dos documentos poderá 
ser feita através de dois instrumentos tradicionais básicos: 
a) Catálogos da biblioteca da própria instituição ou de 
outras bibliotecas locais. 
b) Catálogos coletivos, os quais reúnem informações das 
coleções de outras bibliotecas, independente da 
localização geográfica dessas instituições. Exemplos: 
CCN (Catálogo Coletivo Nacional) - engloba as 
publicações seriadas das bibliotecas brasileiras. Este 
catálogo está disponível em microficha e na Internet. 
• DEDALUS - Banco de dados bibliográfico das coleções 
das bibliotecas da USP - disponível na INTERNET. 
 Nos casos de busca on-line, a etapa de 
localização é simultânea à de obtenção, uma vez que nas 
bases de dados e portais que disponibilizam texto 
completo de artigos de periódicos, o download, quando 
permitido, é imediato, dependendo apenas do interesse 
do pesquisador. 
Obtenção 
 Na última etapa de execução do levantamento 
bibliográfico, após proceder à localização das publicações, 
o pesquisador irá obtê-las na própria instituição ou através 
de outros meios, tais como: o COMUT (Programa de 
Comutação Bibliográfica), BLDSC (British Library 
Document Supply Center), empréstimo entre bibliotecas 
ou solicitação do documento diretamente ao autor. Em se 
tratando de busca on-line em portais de acesso aos textos 
completos dos artigos, a obtenção se dá por meio 
de download, uma vez que nesses portais, em sua 
maioria, os documentos disponibilizados são de acesso 
livre. De posse do material identificado e selecionado no 
levantamento bibliográfico, o pesquisador vai proceder a 
Leitura dos documentos recuperados. 
 Alguns autores consideram a etapa da leitura e 
documentação1como parte da pesquisa bibliográfica, 
mas, na verdade, ela deve fazer parte de toda pesquisa 
científica, quaisquer que sejam as abordagens 
metodológicas adotadas, se considerarmos a 
necessidade da revisão de literatura que se constitui em 
um capítulo à parte, de pesquisa bibliográfica. 
 Essa documentação servirá de suporte, ainda, à 
análise de dados de uma pesquisa, no referencial teórico 
ou no estado da arte da literatura da área, como já 
enfatizado. Na pesquisa bibliográfica, propriamente dita, a 
leitura e documentação deverão ocorrer após a obtenção 
do documento, na ocasião em que o pesquisador deverá 
proceder à leitura, seleção e documentação do seu 
conteúdo, com vistas à retenção do conhecimento obtido 
e a sua utilização futura. 
 Esta documentação1, também denominada 
FICHAMENTO, poderá ser manual ou automatizada, mas 
basicamente deverá conter: 
• Assunto: expresso através de palavras-chave que 
identifiquem o conteúdo do documento. 
• Referência: A Unopar adota as Normas da ABNT 
(Associação Brasileira de Normas Técnicas). 
 • Conteúdo: Para descrição do conteúdo, o pesquisador 
poderá utilizar-se de resumos, de citações ou de outras 
formas de anotações. Os resumos poderão ser livres ou 
de acordo com tipos de resumos existentes na literatura. 
Por exemplo: indicativos, informativos ou críticos, segundo 
a ABNT; resumos estruturados, segundo modelo proposto 
por Moraes (1990, p. 92), e constante deste livro, entre 
outros. Outra forma de descrever o conteúdo do texto lido 
é citar, podendo as citações ser: textuais ou diretas, 
copiadas exatamente como aparecem no documento, 
entre aspas ou em itálico; citações conceituais - indiretas, 
pois neste caso as ideias do autor são traduzidas pelo 
pesquisador. Outra forma de anotações do conteúdo é a 
apresentação dos comentários ou críticas pessoais do 
pesquisador com relação ao documento lido. 
• Local: anotar o nome da instituição e/ou site onde se 
obteve o documento, evitando-se o trabalho de localizá-lo 
novamente, caso necessário. 
Exercício - Escolha um dos artigos identificados no 
exercício anterior e faça o fichamento, seguindo os itens 
sugeridos acima. 
 
 
Leitura e Documentação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
METODOLOGIA CIENTÍFICA 
Unidade 1 - WEB AULA 2 
Resumo 
Elaboração de resumos 
 O resumo deve ser redigido pelo autor do 
trabalho, em linguagem clara, concisa e direta. Deve 
conter: objetivos do estudo, procedimentos básicos 
(seleção da amostra ou dos animais de laboratório, 
métodos e técnicas empregados), principais achados 
(dados específicos e até mesmo sua significância 
estatística) e as principais conclusões. O resumo deve, 
ainda, ressaltar os aspectos novos e mais importantes do 
estudo. 
De acordo com França e colaboradores (2004, p. 80) 
Resumo é a apresentação concisa e seletiva de 
um texto, ressaltando de forma clara e sintética a 
natureza do trabalho, seus resultados e 
conclusões mais importantes, seu valor e 
originalidade. É importante para os investigadores, 
sobretudo por auxiliar na seleção de leituras. 
 
Os resumos têm como funções: 
a) comunicar uma informação; 
b) decidir ou não pela leitura do documento original; 
c) substituir a informação do texto completo (no caso de 
resumos informativos); 
d) recuperar informações; 
e) substituir um idioma ao qual não se tem acesso; e 
f) reter informações com vistas a sua utilização futura 
(revisão de literatura, apoio na análise de dados etc.). 
 A última função não requer um resumo de acordo 
com as normas e padrões vigentes, mas sim, uma síntese 
das principais partes da publicação lida em consonância 
com os objetivos da pesquisa que se está realizando. 
Desse modo, o pesquisador poderá utilizar, para 
elaboração de um resumo com esta finalidade, um roteiro 
próprio ou outro, como o proposto por Moraes (1990, 
p.92), 
 
 cujo exemplo adaptado é o que se segue: 
 
 
 
 Para as demais funções, principalmente para a 
disseminação de informação, recomenda-se que os 
resumos sejam elaborados de acordo com as normas do 
canal utilizado (por exemplo: o evento, o artigo, a base de 
dados etc.), uma vez que são utilizados em: 
a) documentação primária específica (artigos de 
periódicos, relatórios, teses, monografias, atas de 
congressos, patentes); 
b) documentação secundária (publicações de indexação e 
análise, prospectos e catálogos de editoras e livrarias); 
c) bases de dados (seleção automática da recuperação de 
informação contida em texto). 
Localização dos resumos 
 Em teses, dissertações e monografias, o resumo 
precede o texto no idioma do documento e em inglês. Em 
artigos de periódicos, é colocado antes do texto no idioma 
do periódico e, no final do artigo, em outros idiomas de 
difusão internacional, geralmente o inglês. 
Extensão dos resumos 
 Como recomendado nas normas de âmbito 
nacional, diferentes extensões para o resumo são 
encontradas, dependendo do tipo de documento 
resumido, como, por exemplo: 
• Até 100 palavras para notas e comunicações breves. 
• Até 250 palavras para monografias e artigos de 
periódicos. 
• Até 500 palavras para livros, teses e relatórios de 
pesquisa. 
• Extensão livre para resenhas ou resumos críticos. 
 
TIPOS DE RESUMOS 
 
Indicativo 
 Indica apenas os pontos principais do texto e não 
apresenta dados qualitativos e quantitativos. É um resumo 
sumário e menos profundo. Não apresenta os resultados 
do trabalho resumido, as suas conclusões, nem tampouco 
dispensa a leitura do original. 
SOUZA, Vera Lucia Trevisan de; PLACCO, Vera Maria 
Nigro de Souza. O autorrespeito na escola. Cad. Pesqui., 
v.38, n.135, p. 729-755, 2010. 
 Estudo com objetivo de identificar os valores 
presentes na escola e verificar quais interações favorecem 
a construção e ou a manutenção dos valores morais em 
particular o autorrespeito. Com enfoque teórico da 
Psicologia socio-histórica, a investigação apoiou-se nos 
estudos sobre moralidade de Jean Piaget e Yves de la 
Taille e constatou que coexistem na escola interações 
favorecedoras e não favorecedoras da construção de 
valores morais sendo que as últimas são mais frequentes. 
Palavras-chave: EDUCAÇÃO; VALORES MORAIS; 
FORMAÇÃO DO CARÁTER; AUTORIDADE. 
Informativo 
 Inclui os objetivos, o processo metodológico 
utilizado, o desenvolvimento da pesquisa, os resultados 
obtidos, as conclusões e as recomendações do texto 
resumido. Pode dispensar a leitura do original. 
Exemplo de resumo informativo 
GARNICA, Antonio Vicente Marafioti. Um ensaio sobre as 
concepções de professores de Matemática: possibilidades 
metodológicas e um exercício de pesquisa. Educ. Pesqui. 
v.34, n.3, p. 495-510, 2008. 
Este artigo tem como tema principal as concepções dos 
professores de Matemática. Considerando o termo 
"concepção" a partir do pragmatismo de Peirce, elabora-
se um conjunto de parâmetros metodológicos - chamado 
de "método indireto" - a ser aplicado no estudo das 
concepções de professores de Matemática. Trata-se, em 
síntese, de investigar as concepções dos professores 
interpelando-os não sobre suas crenças, mas sobre suas 
práticas. Fundamentando essa abordagem indireta e 
explicitando-a em sua natureza qualitativa, o artigo segue 
apresentando, como exemplo, um exercício desse 
"método indireto": um estudo sobre os critérios que os 
professores utilizam quando escolhem livros-textopara 
sua sala de aula, abordando, consequentemente, quais 
concepções de Matemática e de seu ensino e 
aprendizagem tais critérios desvendam. Partindo de 
depoimentos de professores de Matemática, o estudo 
indica que os professores agem com certa independência 
quando escolhem os materiais utilizados em suas 
atividades docentes. Buscam, ao mesmo tempo, apoio em 
uma vasta gama de livros didáticos, desconsiderando as 
particularidades de cada obra e as abordagens e 
perspectivas defendidas por seus autores. Embora 
submetam-se ao livro didático - considerado uma 
referência legítima e segura -, os professores o 
subvertem, buscando adequá-lo ao que consideram 
correto. Dessa constatação, algumas das concepções dos 
professores podem ser realçadas: o aluno, via de regra, é 
avaliado e classificado pelas lacunas que apresenta em 
relação aos conteúdos. Dessa postura, segue a 
valorização da precedência lógica dos conteúdos, de sua 
apresentação linear, e a defesa de "pré-requisitos" que 
viabilizariam o ensino e, consequentemente, implicam a 
legitimidade de aulas predominantemente 
expositivas.Palavras-chave: Concepções; Formação de 
professores; Educação Matemática; Livros didáticos de 
Crítico 
 Formula julgamento sobre o trabalho resumido e, 
em geral, só é elaborado por especialistas no assunto. 
Também denominado resenha crítica ou, simplesmente, 
resenha. Este é, provavelmente, o tipo de resumo que 
você mais terá de fazer a pedido de seus professores ao 
longo do seu curso. O resumo crítico é uma redação 
técnica que avalia de forma sintética a importância de uma 
obra científica ou literária. Quando um resumo crítico é 
escrito para ser publicado em revistas especializadas, é 
chamado de Resenha. Ocorre que, por costume, os 
professores tendem a chamar de resenha o resumo crítico 
elaborado pelos estudantes como exercício didático. A 
rigor, você só escreverá uma resenha no dia em que seu 
resumo crítico for publicado em uma revista. Até lá, o que 
você faz é um resumo crítico. 
 Antes de começar a escrever seu resumo crítico, 
você deve se certificar de ter feito uma boa leitura do 
texto, identificando: Qual o tema tratado pelo autor? 
Qual o problema que ele coloca? 
Qual a posição defendida pelo autor com relação a este 
problema? Quais os argumentos centrais e 
complementares utilizados pelo autor para defender sua 
posição? 
 
Exemplo de Resumo Crítico 
(Extraído e adaptado de: Saldanha PH. Lições de 
Biologia, com poesia e humor. Cienc Hoje. 1988; 7(39): 
64. Resenha da obra de: Carvalho HC. Fundamentos de 
genética e evolução. 3a. edição. Rio de Janeiro: Atheneu, 
1987. 574p.). 
 Trata-se de um manual sem destinação certa, 
podendo ser útil tanto para universitários de Biologia, em 
virtude de sua apresentação didática e atualizada, como 
para consulta em geral, graças à abrangência disciplinar 
de seus 30 capítulos. Já no sumário podem ser feitas 
algumas pequenas correções, tais como: o termo "gen" no 
lugar de "gene", indicado pela grafia oficial; o título 
"Genética de Populações I", quando não existe o capítulo 
Genética de Populações II; no capítulo 26, talvez a 
expressão clássica "oscilação genética" fosse mais 
correta do que "deriva genética", que já inclui o efeito, o 
tamanho ou tamanho efetivo da população. A introdução, 
apesar de breve, consegue levar ao leigo de modo 
simples, acessível e didático o objetivo da genética em 
todos os seus níveis de integração metodológica, 
enfatizando antes as diferenças hereditárias do que as 
semelhanças inatas, isto é, a diversidade biológica. Cada 
capítulo vem precedido de epígrafe, muitas delas de 
natureza filosófico-teórica que sintetizam ou introduzem o 
tema em questão com propriedade, refletindo a erudição 
do autor e não impedindo, por outro lado, que citações 
colhidas na cultura popular sejam também introduzidas 
com pertinência, por exemplo, uma citação de Caetano 
Veloso e um poema de Carlos Drummond de Andrade. 
Outro aspecto positivo é a inserção de questões e 
problemas para que o leitor possa testar seu grau de 
aprendizagem. Merece também destaque a preocupação 
em valorizar o trabalho de pesquisadores brasileiros, 
amplamente citados, e cuja bibliografia é comentada no 
final dos capítulos. O livro pode ser situado entre os 
melhores manuais escritos em português já editados 
sobre o tema, competindo com traduções de reconhecido 
valor. 
TÉCNICA DE ELABORAÇÃO DE RESUMOS 
Algumas recomendações que facilitam a elaboração do 
resumo são: redigir numa sequência de frases concisas e 
objetivas, sem o uso de parágrafos. Utilizar verbos na 
terceira pessoa do singular, na voz ativa, de modo a 
permitir um discurso impessoal e estabelecer uma relação 
com o texto de forma narrativa. Exemplos: Elaborou-se, 
constatou-se, avaliou-se etc. Não incluir no resumo: 
referências bibliográficas (citações), fórmulas, equações, 
símbolos, a menos que sejam essenciais para a 
compreensão do texto. Devem ser evitados ainda: 
palavras supérfluas, repetições, adjetivos e ideias alheias 
ao texto. Para a elaboração de um resumo devem ser 
feitas quantas leituras do texto forem necessárias, 
procurando responder às seguintes questões: 
- Qual o plano geral da obra? Como está estruturada? 
- Do que trata o texto? O que o autor pretende 
demonstrar? 
- Quais as ideias, provas, explicações, exemplos que o 
autor utiliza para sustentar a sua tese? 
- Quais as suas conclusões? 
 Tendo respondido a essas questões, o autor 
deverá redigir o resumo, utilizando redação própria, 
destacando: 
- objetivos, casuística, métodos, resultados e conclusões 
(no caso de trabalhos científicos); 
- objetivos, ideias principais e conclusões (no caso de 
outros trabalhos). 
 
Dicas para elaboração do resumo 
• Leitura atenta inicial para entender o assunto em 
questão. 
• Leitura subsequente para selecionar as ideias principais 
do texto, pontuando o que for mais relevante. 
• Grifar as palavras-chave que envolvem as ideias 
fundamentais. 
• Resumir cada parágrafo. 
• Verificar se está havendo coerência e sequência lógica 
entre os parágrafos resumidos, para fazer os ajustes 
necessários. 
RESENHA 
 Resenha é um tipo de trabalho que exige 
conhecimento do assunto, para estabelecer comparação 
com outras obras da mesma área e maturidade intelectual 
para fazer avaliação e emitir juízo de valor. Para Andrade 
(1995, p.60), resenha é um tipo de trabalho que "exige 
conhecimento do assunto, para estabelecer comparação 
com outras obras da mesma área e maturidade intelectual 
para fazer avaliação e emitir juízo de valor". A mesma 
autora (1995, p.61) define resenha como "tipo de resumo 
crítico, contudo mais abrangente: permite comentários e 
opiniões, inclui julgamentos de valor, comparações com 
outras obras da mesma área e avaliação da relevância da 
obra com relação às outras do mesmo gênero". 
Por isso, afirma ser resenha a tarefa de professores e 
especialistas no assunto da obra que costuma ser pedida 
em cursos de pós-graduação, como exercício para a 
realização de trabalhos complexos (monografia). 
 Resenha é, portanto, um relato minucioso das 
propriedades de um objetivo, ou de suas partes 
constitutivas; é um tipo de redação técnica que inclui 
variadas modalidades de texto: descrição, narração e 
dissertação. Estruturalmente, descreve as propriedades 
da obra (descrição física da obra), relata as credenciais do 
autor, resume a obra, apresenta suas conclusões e 
metodologia empregada, bem como expõe um quadro de 
referências em que o autor se apoiou (narração) e, 
finalmente, apresenta uma avaliaçãoda obra e diz a quem 
a obra se destina (dissertação). 
Fundamentos para a prática de resenhas científicas: 
Referência Bibliográfica: 
• Autor. 
• Título da Obra. 
• Elementos de imprensa (local de edição, editora, data). 
• Número de Páginas. 
• Formato. 
Credenciais do Autor: 
• Informações sobre o autor, nacionalidade, formação 
universitária, títulos, livro ou artigo publicado. 
Resumo da Obra (digesto): 
• Resumo das ideias principais da obra. De que trata o 
texto? Qual sua característica principal? Exige algum 
conhecimento prévio para entendê-lo? Descrição do 
conteúdo dos capítulos ou partes da obra. 
Conclusões da Autoria: 
• Quais as conclusões a que o autor chegou? 
Metodologia da Autoria: 
• Que métodos utilizou? Dedutivo? Indutivo? Histórico? 
Comparativo? Estatístico? 
Quadro de referência do autor: 
• Que teoria serve de apoio ao estudo apresentado? Qual 
o modelo teórico utilizado? 
Crítica do Resenhista (apreciação): 
• Julgamento da Obra. Qual a contribuição da obra? As 
ideias são originais? Como é o estilo do autor: conciso, 
objetivo, simples? Idealista? Realista? 
Indicações do resenhista: 
• A quem é dirigida a obra? A obra é endereçada a que 
disciplina? Pode ser adotada em algum curso? Qual? 
 A resenha não é, pois, um resumo. Este é apenas 
um elemento da estrutura da resenha. Além disso, 
acrescente-se: se, por um lado, o resumo não admite o 
juízo valorativo, o comentário, a crítica; a resenha, por 
outro, exige tais elementos. 
 Em alguns casos, não é possível dar resposta a 
todas as interrogações feitas; outras vezes, se publicada 
em jornais ou revistas não especializados, pode-se omitir 
um ou outro elemento da estrutura da resenha. Numa 
publicação científica, porém, observar com rigor os pontos 
salientados. 
 Acrescente-se: se bem redigida, a resenha é um 
valioso instrumento de pesquisa; se, no entanto, a crítica 
apresentada é impressionista (gosto/ não gosto), a 
resenha deixa de ter interesse para o pesquisador. 
 As resenhas não têm limite de palavras. 
O exemplo abaixo comprova isso. 
Pedagogia como ciência da educação 
 
Maria Amélia Santoro Franco, Campinas: Papirus, 2003, 
144p. 
 O livro é uma contribuição diferenciada entre os 
estudos epistemológicos da Pedagogia por tratar-se de 
uma pesquisa de base, de fôlego teórico. O objetivo 
sistematicamente reafirmado ao longo do texto é a busca 
de fundamentos para compreender a cientificidade da 
pedagogia no seu caminho para se constituir ciência em 
educação. Seu foco não está na visão positivista de 
ciência, mas na relação entre práxis e epistemologia, uma 
vez que a especificidade epistemológica da pedagogia 
encontra seu suporte na prática educativa, práxis 
considerada em uma dimensão de intencionalidade. 
Precisamente porque a pedagogia viabiliza uma práxis 
educativa, a práxis pedagógica será o exercício do fazer 
científico da pedagogia sobre a prática educativa. 
 A obra, em três capítulos, mostra no primeiro os 
caminhos históricos da Pedagogia, no segundo, apresenta 
as bases teóricas e epistemológicas da pedagogia como 
ciência da educação e, no terceiro, propõe alternativas da 
formação profissional do pedagogo como cientista 
educacional. 
 No capítulo 1, a autora discute o percurso histórico 
da Pedagogia tratada ora como arte, 
ora como ciência e até como ciência da arte educativa, 
mostrando as dificuldades da 
discussão de sua epistemologia. Na sistematização desse 
percurso, são caracterizadas três 
grandes concepções: a Pedagogia filosófica, a Pedagogia 
técnico-científica e a Pedagogia crítico-emancipatória. Na 
Pedagogia filosófica, a ação pedagógica é voltada para a 
educação do homem integral, em todas as suas 
dimensões e assume ora caráter normativo, ora 
compreensivo, envolvendo diferentes influências teóricas 
como o humanismo clássico, o iluminismo, o romantismo 
e o idealismo. A pedagogia técnico-científica, ancorada no 
método experimental de cunho racional empirista, postula 
a normatização e a prescrição para a prática educativa 
voltada para fins de inserção social dos educandos. Com 
suporte na Filosofia, Psicologia e Sociologia, essa 
orientação inclui desde Comênio e Herbart a Durkheim e 
Dewey, mas também as concepções sociocríticas 
sustentadas na teoria marxista. A Pedagogia crítico-
emancipatória propõe uma ação pedagógica para formar 
indivíduos na e pela práxis, com forte sentido de 
transformação da realidade socio-histórica, que toma o 
conhecimento em sua ligação com a vida social. 
Teoricamente associa-se à dialética, à filosofia da práxis, 
incorporando elementos da teoria crítica da Escola de 
Frankfurt. 
 No capítulo 2, "A Pedagogia como ciência da 
educação", o leitor se envolverá com a 
determinação de Franco de enfatizar sua opção por uma 
"ciência pedagógica ou pedagogia 
como ciência", concebida como um instrumento político e 
de emancipação. A autora apresenta 
seu entendimento sobre as bases dessa ciência, seu 
objeto, as relações entre práxis educativa e práxis 
pedagógica. Assinala o desprezo à Pedagogia, 
demonstrado nos planos nacionais, estaduais e 
municipais de educação dos respectivos governos, 
principalmente na década neoliberal dos anos 90, bem 
como nas práticas institucionais, que relegam a 
Pedagogia a aspectos meramente organizativos, o que 
tem provocado a perda de "sentido", de "identidade", da 
"razão de ser" da Pedagogia. Segundo a autora, outras 
ciências como a Psicologia e a Sociologia têm galgado 
espaços educacionais amplos que deveriam estar 
ocupados pela Pedagogia. Contudo, nenhuma delas 
alcançou o posto de ciência da educação que define a 
especificidade do estudo do fenômeno educativo, sem 
relegar a importância das ciências auxiliares na educação, 
entre outras, a Psicologia e a Sociologia. Neste capítulo 
central de seu livro, Franco afirma que a Pedagogia como 
ciência deve ter por finalidade "o esclarecimento reflexivo 
e transformador da práxis educativa, discutindo as 
mediações possíveis entre teoria e práxis". Cabe-lhe o 
papel de ser uma "explícita mediadora da práxis 
educacional", que conduz o sujeito à humanização, à 
emancipação, a apreender e reconstruir a cultura, conditio 
sine qua non da cidadania. 
 Como ciência da educação a Pedagogia precisa 
passar da racionalidade técnica à 
racionalidade prática, reflexiva, formativa e emancipatória. 
A formação de pedagogo deve 
enfatizar o aspecto crítico-reflexivo, que compreenda a 
complexa pluralidade do âmbito 
educacional, a necessidade de mediar um processo de 
aprendizagem voltado para a formação integral de um 
sujeito de pensamento fragmentado, acrítico, alienado das 
questões políticas e socioculturais. Está claro que essa 
tarefa extrapola os muros escolares. Finalmente, no 
capítulo 3, a autora formula sua proposta de formação de 
um pedagogo cientista educacional, e argumenta que, 
para possibilitar a sobrevivência profissional e valorização 
da prática do magistério, urgem "reinterpretações de 
conceitos basilares, ampliando o espaço científico da 
Pedagogia". Conclui, definindo o pedagogo como o 
investigador educacional por excelência, com 
características de profissional crítico e reflexivo, uma vez 
que a Pedagogia é uma ciência que visa o estudo e a 
compreensão da práxis educativa em suas 
intencionalidades. Para isso, a investigação parte da 
práxis, como ação coletiva, pois as teorias educacionais 
não determinam práticas educativas, antes, convivem com 
elas em múltiplas articulações. 
 O livro apresenta-se, assim, como valioso 
instrumento de compreensãoda Pedagogia 
como ciência da educação e também como orientação 
para a formulação do currículo de 
formação de pedagogos especialistas e professores e 
para os fundamentos teóricos da pesquisa pedagógica. 
São contribuições oportunas, significativas e legítimas; 
nenhuma delas oportunista, 
mesquinha ou corporativista, como mostram as perguntas 
da autora: "Se não é a Pedagogia como ciência da 
educação a condutora e operacionadora desse 
movimento de formação de professores reflexivos, qual 
outra ciência pode assumir esse papel? Qual outra 
alternativa, em relação à formação de professores se não 
a racionalidade crítico-reflexiva? É possível transformar 
essas propostas em projeto educacional? Se não os 
pedagogos, quem deve assumir a condução deste 
projeto?" (p. 124) 
 Para além do interesse teórico e investigativo, o 
livro de Maria Amélia Santoro Franco 
contribui para esclarecer aspectos do debate que se tem 
travado na área educacional a 
respeito da formação de educadores, reafirmando a 
tradição teórica em que a Pedagogia, como 
ciência da educação, formula a partir da práxis educativa 
os elementos científicos e técnicos da formação humana, 
constituindo referência para todas as práticas educativas, 
entre elas o trabalho docente. Ou seja, a docência 
fundamenta-se na Pedagogia e não o inverso. 
José Carlos Libâneo 
Programa de Pós-Graduação em Educação 
da Universidade Católica de Goiás 
libaneojc@uol.com.br 
Lelis Dias Parreira 
Mestrando do Programa de Pós-Graduação 
em Educação da Universidade Católica de Goiás 
lelisdp@universiabrasil.net 
METODOLOGIA CIENTÍFICA 
Slide-Vídeo Aula 1- Definição de Conhecimento 
Conhecimento 
• Conjunto de informações que inclui crenças 
e valores que se modificam de acordo com o 
meio. 
• Se dá pela vivência circunstancial e 
estrutural das propriedades necessárias à 
adaptação, interpretação e assimilação do 
meio interior e exterior ao ser. 
Os quatro tipos de conhecimento 
• De acordo com o contexto metodológico e 
também conteúdo, temos quatro tipos de 
conhecimento: 
– Filosófico 
– Religioso 
– Popular 
– Científico 
Slide-Vídeo Aula 2 
Conhecimento popular e o científico 
•O conhecimento popular não se distingue 
do científico nem pela veracidade 
nem pela natureza do objeto 
conhecido, mas sim pela forma, 
modo ou método e pelos 
instrumentos do “conhecer”. 
 
Características do conhecimento popular e 
do científico 
•Suas características podem ser assim 
sistematizadas (TRUJILO, 1974): 
POPULAR CIENTÍFICO 
Valorativo Real 
Reflexivo Contigente 
Assistemático Sistemático 
Verificável Verificável 
Falível Falível 
Inexato Aproximadamente exato 
 
Vídeo Aula 3 
Definição de Ciência 
O que é ciência? 
“É todo um conjunto de atitudes e 
atividades racionais, dirigidas ao 
conhecimento sistemático com o objeto 
limitado, capaz de ser submetido à verificação” 
(TRUJILO, 1974, p. 8). 
As ciências possuem: 
 Objetivo: preocupação em distinguir a 
característica comum ou as leis que regem 
determinado evento. 
Função: aperfeiçoamento através do crescente 
acervo de conhecimentos. 
 Objeto 
– Material: aquilo que se pretende estudar. 
– Formal: o enfoque que se imprime ao estudo. 
Vídeo Aula 4 
Pesquisa Científica 
•É toda atividade realizada para se descobrir a 
resposta a alguma indagação que temos a 
respeito de um assunto. 
•É um procedimento formal, com método de 
pensamento reflexivo, que requer um tratamento 
científico e se constitui no caminho para conhecer 
a realidade ou para descobrir verdades parciais. 
Por que fazer uma pesquisa? 
•Pelo desejo e pela própria satisfação de 
conhecer (razões intelectuais). 
•Pelo desejo de conhecer com vistas a fazer 
algo de maneira mais eficiente e eficaz (razões 
práticas). 
•Para atender a uma necessidade social. 
Vídeo Aula 5 
Desenvolvimento da pesquisa 
1. Seleção do tópico ou problema para investigação. 
2. Definição e diferenciação do problema. 
3. Levantamento de hipóteses de trabalho. 
4. Coleta, sistematização e classificação dos dados. 
5. Análise e interpretação dos dados. 
6. Relatório do resultado da pesquisa. 
Tipos de Pesquisa 
De acordo com seus objetivos e características 
as pesquisas podem ser classificadas quanto: 
– à natureza; 
– à abordagem; 
– aos objetivos; 
– aos procedimentos. 
Vídeo Aula 6 
Pesquisa – natureza e abordagem 
Quanto à sua natureza 
•Pesquisa Básica: gerar conhecimentos novos, 
úteis para o avanço da ciência sem aplicação 
prática prevista. 
•Pesquisa Aplicada: gerar conhecimentos para 
aplicação prática dirigidos à solução de 
problemas específicos. 
Quanto à abordagem 
•Pesquisa Quantitativa: objetiva quantificar os 
fenômenos sociais, o que significa traduzir em 
números opiniões e informações para 
classificá-los e analisá-los. 
•Pesquisa Qualitativa: ao invés de estatísticas, regras 
e outras generalizações, ela trabalha com descrições, 
comparações, interpretações e atribuição de 
significados. 
As duas abordagens não se excluem 
•A abordagem quantitativa busca indicadores 
e tendências observáveis e a qualitativa 
destaca os valores, crenças e atitudes. 
•Há casos em que a coleta de dados envolve 
informações quantitativos e também 
informações qualitativas, portanto teremos uma 
abordagem mista de dados. 
 
Vídeo Aula 7 
Pesquisa – quanto aos objetivos 
Pesquisa exploratória: 
•Tem como objetivo promover maior 
familiaridade com o problema visando torná-lo 
explícito ou a construir hipóteses. 
•Recomendada quando há pouco conhecimento 
sobre o problema a ser 
estudado. 
Pesquisa explicativa: 
•Esta pesquisa busca identificar e explicar os 
fatores que determinam ou contribuem para a 
ocorrência de um fenômeno. 
•É o tipo de pesquisa que mais aprofunda o 
conhecimento da realidade,pois explica a razão 
ou o porquê das coisas. 
Pesquisa descritiva: 
•Esta pesquisa observa, registra, analisa e 
correlaciona fatos e fenômenos sem manipulá-los. 
•Tem como objetivo a descrição das características 
de uma determinada população, ou busca 
classificar e interpretar a frequência de um 
fenômeno. 
Vídeo Aula 8 
Pesquisa – quanto aos procedimentos 
Pesquisa Bibliográfica 
•Tem como finalidade a busca de explicações 
para os problemas partindo das referências 
teóricas já publicadas. 
Pesquisa documental 
•Diferencia-se do anterior pela natureza da 
fonte. 
Estudo de caso 
•É um estudo profundo e exaustivo de um ou 
de poucos objetivos, possibilita conhecimento 
amplo e detalhado do fenômeno escolhido. 
Pesquisa de campo 
•É desenvolvida no local onde os fenômenos 
ocorrem. 
Vídeo Aula 9 
Métodos científicos 
•Todas as ciências caracterizam-se pela 
utilização de métodos científicos. 
•Método é o conjunto de etapas distribuídas 
ordenadamente de forma racional que, com 
maior segurança e economia, permite alcançar o 
objetivo, traçando o caminho a ser seguido, 
detectando erros e auxiliando as decisões. 
Vídeo Aula 10 
Etapas do método científico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MATEMÁTICA 
 METODOLOGIA CIENTÍFICA 
Unidade 2 - O Processo de Comunicação 
- WEB AULA 2 
 
APRESENTAÇÃO FORMAL 
 Como vocês viram na webaula 1, o pesquisador 
precisa buscar na literatura as informações necessárias 
para desenvolver o conteúdo do trabalho. Mas, além 
dessa etapa, é necessário também que o pesquisador se 
preocupe com a apresentação formal.A classificação de um trabalho científico, no meio 
acadêmico, pode ser expressa através do trabalho de 
conclusão de curso, monografia, dissertação, tese, artigos 
científicos, que podem ser relatos do resultado de 
pesquisa, artigos originais e/ou revisão de literatura, 
resumos, resenhas. 
 No caso específico desta webaula, iremos abordar 
a apresentação formal de um trabalho de conclusão de 
curso. 
1 - Apresentação Formal de um Trabalho Científico 
Os trabalhos científicos seguem normas para 
apresentação. Essas normas são publicadas por 
instituições. Temos as Normas de Vancouver, voltada 
para a área da saúde; a APA, adotada pela área da 
psicologia e a ABNT (Associação Brasileira de Normas 
Técnicas), que publica uma série de normas voltadas para 
a apresentação de trabalhos científicos e acadêmicos. 
1.1 Estrutura do Trabalho 
1.1.1 Apresentação gráfica 
A configuração das margens do trabalho deve obedecer 
ao seguinte padrão: 
Superior - 3,0cm 
Inferior - 2,0cm 
Esquerda - 3,0cm 
Direita - 2,0cm 
1.1.2 Espacejamentos entre linhas 
O espacejamento entre linhas é de 1,5 cm para o texto, e 
espaço simples para o resumo e para as citações longas. 
1.1.3 Escrita 
Utilizar margem justificada para o corpo do trabalho e 
alinhamento esquerdo para as referências. 
A NBR 14724 (2005, p.7) recomenda: 
[...] a utilização de fonte tamanho 12 para todo o texto, 
excetuando-se as citações de mais de três linhas, notas 
de rodapé, paginação e legendas das ilustrações e das 
tabelas que devem ser digitadas em tamanho menor e 
uniforme. 
1.1.4 Numeração das páginas 
A NBR 14724 (2005, p.8) indica que: 
 Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de 
rosto, devem ser contadas sequencialmente, mas não 
numeradas. A numeração é colocada, a partir da primeira 
folha da parte textual, em algarismos arábicos, no canto 
superior direito da página, a 2 cm da borda direita da 
folha. 
1.2 Elementos do Trabalho Acadêmico 
 O TCC, ou qualquer tipo de trabalho acadêmico 
e/ou científico, é composto de elementos pré-textuais, 
textuais e pós-textuais, e esses elementos se classificam 
em obrigatórios e opcionais. 
1.2.1 Elementos pré-textuais 
 São considerados elementos pré-textuais todas as 
partes do trabalho que antecedem à introdução. São elas: 
 
1.2.1.1 Capa 
 
 A capa serve para a proteção externa do trabalho 
e identificação da obra. As informações devem ser 
descritas na seguinte ordem: nome da instituição, nome 
do autor, título, subtítulo, quando houver, o local da 
instituição onde deve ser apresentado e o ano. 
1.2.1.2 Folha de rosto 
 
É a que contém os elementos essenciais à identificação 
da obra. A folha de rosto deve conter os dados da capa, 
mais uma nota explicativa a respeito da natureza do 
trabalho, seu objetivo acadêmico e a orientação do 
mesmo. 
1.2.1.3 Folha de aprovação 
 
 A folha de aprovação deve constar nas Teses, 
Dissertações, Monografias e Trabalhos de Conclusão de 
Curso. A figura 3 é uma sugestão, porém deve ser 
seguida a orientação da coordenação do curso. 
1.2.1.4 Dedicatória 
Apresenta o oferecimento da obra a determinada pessoa 
ou pessoas. 
1.2.1.5 Agradecimentos 
Contém nome de pessoas e instituições que contribuíram 
de modo relevante para o autor. Devem ser expressos de 
maneira simples e sóbria. 
1.2.1.6 Resumo em língua vernácula 
 
O resumo é a síntese dos pontos relevantes do texto. 
Deve apresentar uma visão rápida e clara do conteúdo e 
das conclusões do trabalho. 
1.2.1.7 Resumo em língua estrangeira 
 É um elemento obrigatório, onde figura uma 
versão do resumo, em língua estrangeira, que pode ser 
em: inglês (ABSTRACT); em espanhol (RESUMEN) ou 
em francês (RÉSUMÉ), seguido das palavras-chave. 
1.2.1.8 Listas de tabelas 
 É a relação das tabelas, na mesma ordem em que 
aparecem no texto, devendo figurar em página distinta, 
com apresentação semelhante a do sumário, onde deve 
constar o número da tabela, seguida do título e da página 
onde se encontra. A inclusão deste item se faz 
necessária, desde que se tenha mais do que cinco tabelas 
a serem relacionadas. 
 
O trabalho também pode ter, em páginas 
separadas, listasde 
ilustrações e/ou abreviaturas e/ou siglase/ou símbolos. 
1.2.1.9 Sumário 
 É a numeração das principais divisões, seções e 
outras partes de um trabalho, na mesma ordem e grafia 
em que está no referido trabalho. 
1.3 Elementos Textuais – 
 Constituem-se elementos textuais de um trabalho 
acadêmico a introdução, o desenvolvimento e aconclusão, 
variando as partes, dentro de cada um desses itens, de 
acordo com o tema, com a orientação dada, e mesmo 
com a literatura da área, visto não haver uma 
determinação rigorosa quanto às partes que deverão ser 
tratadas em cada item. A título de sugestão, baseando-se 
em sua experiência cotidiana em sala de aula, sugiro a 
vocês as partes descritas a seguir. Os títulos dessas 
partes devem ser grafados em letra TNR, tamanho 12. Os 
títulos dos itens principais, em primeiro nível, devem ser 
numerados consecutivamente e grafados em caixa alta e 
emnegrito. 
Ex.: 1. Introdução; 2. Justificativa; 3. Revisão de literatura; 
4. Objetivos; 5. Metodologia; 6. Resultados; 7. Discussão 
e 8. Conclusões. 
Os títulos dos itens secundários ou subitens, em segundo 
nível, devem ser grafados com as iniciais em letras 
maiúsculas e em negrito. Ex.: 1.1 Objetivos específicos; 
1.2 Coleta de dados. Se houver um subitem em terceiro 
nível, este será grafado em negrito e com letras 
minúsculas, com exceção da primeira letra do título e dos 
nomes próprios. 
 O texto de quaisquer dos níveis (primeiro, 
segundo, terceiro etc.) deverá ser grafado em igual padrão 
de tipo e tamanho de letra, porém, sem negritar. 
 Quanto ao espaçamento, recomenda-se que, 
entre o item e o texto referente a ele, haja um espaço de 
parágrafo em branco. Esta mesma recomendação aplica-
se também ao espaçamento entre o último parágrafo de 
um item e o(s) seu(s) subitem(ns) subsequente(s), quando 
houver um espaço de parágrafo em branco. Terminado o 
item (e seus subitens, se houver), recomendam-se dois 
parágrafos em branco para separá-lo do item principal 
seguinte. 
1.4 Elementos pós-textuais 
Nesta parte, são colocados os seguintes elementos: 
• Referência (obrigatório) 
• Apêndice (opcional) 
• Anexo (opcional) 
• Glossário (opcional) 
São elementos que, como o nome informa, aparecem 
após o texto propriamente dito, ou seja, após as 
conclusões ou considerações ou recomendações finais. 
São eles: referências; glossário; apêndice (s) e anexo(s). 
1.4.1 Referências 
É a listagem dos documentos efetivamente citados no 
texto, ou seja, consiste em um “conjunto de elementos 
padronizados de elementos descritivos retirados de um 
documento, que permite sua identificação individual” (NBR 
14724, 2005, p.2). 
Por referência, entende-se um conjunto de informações 
completas, precisas e suficientes que, dispostas em uma 
ordem determinada, permitem a identificação da 
publicação no todo ou em parte. A referência correta deve 
levar em conta a ordem convencional dos elementos, de 
acordo com a norma adotada. 
O conjunto de referências citadas no decorrer do texto 
constitui a parte intitulada referências. Portanto, as 
referências são todas as representações de todas as 
publicações citadas durante o trabalho, em qualquer uma 
das partes do texto propriamente dito, e que devem, por 
isso, estar citadas na revisão da literatura. 
1.4.2 Apêndice 
Apêndice refere-se a todo material elaborado pelo próprio 
autor, como tabelas, gráficos, desenhos,mapas e outras 
figuras ilustrativas; técnica de pesquisa utilizada 
(questionário, formulário, entrevista, história de vida e 
semelhantes); organogramas, fluxogramas e 
cronogramas. Os mesmos são identificados por letras 
maiúsculas consecutivas, travessão e pelo título. 
Exemplo: 
APÊNDICE A - Questionário aplicado aos alunos da 
Escola Aki-Se-Estuda 
1.4.3 Anexo 
 Os anexos são também elementos opcionais de 
um trabalho acadêmico; são textos ou documentos não 
elaborados pelo autor e que servirão de complementação 
ou mesmo de ilustração do seu trabalho. São localizados 
ao final do trabalho; são elementos que possuem vida 
própria fora do trabalho e, portanto, podem ter numeração 
própria. Nesse caso, ao se fazer referência a eles no 
sumário, deve-se ter o cuidado especial ao contar o 
número de páginas que eles ocupam e indicá-lo 
corretamente, ainda que a sequência de suas páginas 
seja outra. 
 Anexo engloba todo documento auxiliar não 
elaborado pelo autor, quadro e tabela estatística, 
legislação, estatutos, regimentos, ilustrações etc. 
Exemplo: 
ANEXO A - Formulário de acompanhamento do 
treinamento do funcionário da empresa A. 
1.4.4 Glossário 
 Glossário é um elemento opcional do trabalho 
acadêmico e consiste em uma relação de palavras ou 
expressões técnicas que têm sentido específico no corpo 
do texto e que, portanto, devem ser listadas 
acompanhadas dos respectivos significados utilizados no 
trabalho em questão. 
UNIDADE 2 - WEBAULA 2 
TEXTO – NORMALIZAÇÃO 
 
2 - Normas da ABNT 
2.1 Citações 
 Segundo a ABNT (NBR10520, 2002), citação é a 
menção, no texto, de uma informação colhida em outra 
fonte. 
Citações são informações extraídas das fontes 
consultadas para a realização de trabalhos científicos e 
acadêmicos. Tem por objetivo: 
• Dar sustentação ao texto. 
• Apoiar a análise dos dados. 
• Situar o trabalho na respectiva temática. 
• Situar o problema na perspectiva histórica. 
• Obter credibilidade na defesa de ideias, demonstração 
de fatos etc. 
• Conferir informações, dados, fatos etc. 
• Dar sustentação à análise e discussão dos achados. 
 O uso correto das citações, por parte de 
pesquisador, garante o respeito aos direitos autorais e de 
propriedade intelectual dos autores citados. Esse cuidado 
é muito importante, pois preserva o pesquisador de ser 
acusado de plágio. 
 
 
A citação pode ser: 
a) Direta (literal ou textual) 
 É a transcrição de palavras ou trechos de outro 
autor e podem ser apresentadas de duas formas: 
• Até três linhas - Inseridas entre aspas duplas, no meio 
do texto normal. 
Ex.: Segundo Freire (2004, p.15) "A educação é 
indispensável". ou 
Ex.: "A educação é indispensável" (FREIRE, 2004, p.15). 
• Quando for uma citação longa (acima de três linhas), 
deve estar em um parágrafo independente, recuado a 4 
cm da margem esquerda, grafada com letra menor que a 
do texto (tamanho 10) e com espacejamento simples 
entre as linhas e sem aspas (Fierli et al., 2005). 
Em uma sociedade de organizações, na qual a 
complexidade e a interdependência das organizações 
constituem o aspecto crucial, a Administração é fator-chave 
pra a melhoria da qualidade de vida e solução dos 
problemas mais complexos que afligem a humanidade hoje 
(CHIAVENATO, 2004, p.15). 
 
b) Indireta 
 Consiste na reprodução das ideias de outro autor, 
sem transcrição literal. 
c) Citação de citação 
 Quando se transcreve palavras textuais ou 
conceitos de um autor ditos por um segundo autor, utiliza-
se a expressão latina apud, que significa citado por. 
Ex.: Segundo Nascimento (apud COSTA, 2005, p. 30) "a 
mente tem poder total sobre o comportamento do 
indivíduo". Ou 
Ex.: De acordo com Nascimento "a mente tem poder total 
sobre o comportamento do indivíduo" (apud COSTA, 
2005, p.30). Ou 
Ex.: "A mente tem poder total sobre o comportamento do 
indivíduo." (NASCIMENTO apud COSTA, 2005, p.30). 
2.1.1 Citações com dois autores 
Nas citações onde são mencionados dois autores, separar 
por ponto e vírgula quando estiverem citados dentro dos 
parênteses. 
Ex.: (SAVIANI; SILVA, 2000, p.102). 
Quando os autores estiverem incluídos na sentença, 
utilizar o (e). 
Ex.: Saviane e Silva (2000 p.102). 
 
 
2.1.2 Citações com três autores 
Dentro dos parênteses, separar por ponto e vírgula. 
Ex.: (MENDES; SILVA; CRUZ, 2000, p.2). 
Incluídos na sentença, utilizar vírgula para os dois 
primeiros autores e e para separar o segundo do terceiro. 
Ex.: Mendes, Silva e Cruz (2000, p.2). 
Indicar o primeiro autor, seguido da expressão et al. 
Ex.: (LIBANEO et al., 2006) 
Libaneo et al. (2006) 
Vamos fixar o que aprendemos até aqui? 
Muito bem, então faça o seguinte exercício: 
1) Identifique as citações que estão inseridas no texto 
abaixo e faça a classificação das mesmas. 
 
Para Jean Teboul (1991) a definição de qualidade está 
relacionada à capacidade de satisfazer as necessidades 
do cliente, tanto no momento da compra quanto durante a 
utilização do produto ou serviço adquirido por ele. 
Considera ainda que essa qualidade será tanto melhor 
quanto menor for o custo, e melhor do que os 
concorrentes. 
A qualidade também engloba outros aspectos referentes à 
eficácia relacionada com a lucratividade que são 
abordados na definição de Feigenabaum (1994, p.15) 
quando ele afirma que: "Qualidade é a chave para orientar 
com eficácia qualquer empresa em qualquer empresa, em 
qualquer parte do mundo, em crescimento do mercado e 
em lucratividade, por meio de liderança na qualidade," 
No entendimento de Silva (1992, p.20), 
[...] o ideal seria que o entendimento da qualidade do 
agente que fornece o serviço e/ou produto esteja em 
perfeita harmonia com relação ao que o consumidor 
entende por qualidade. Isso significa que uma das 
necessidades explicitadas pelo autor seja promover a 
associação entre qualidade de fato e qualidade de 
percepção. Esse entendimento também é explorado por 
Denton (apud GUALHARDE, 1990). Segundo esse autor, 
existem 2 tipos de conceitos de qualidade, a de fato e a de 
percepção. A de fato é aquela que, a partir do seu padrão 
de referência, e idealizada pela empresa prestadora de 
serviços, enquanto que a de percepção trabalha com a 
visão do cliente para desenvolver o padrão de 
especificações e requisitos do produto ou serviço. 
2.2 Referências 
 Referências, segundo a ABNT (2002, p.2) são: 
"conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados 
de um documento, que permite a sua identificação 
individual" (NBR 6023). 
 
As referências devem aparecer, sempre, alinhadas 
somente à margem esquerda e de forma a se identificar 
individualmente cada documento, em espaço simples e 
separadas entre si por espaço duplo. 
 
A entrada padrão de uma referência, independente do tipo 
de documento, é o AUTOR da publicação, seja ele 
pessoa física ou uma entidade coletiva. Na ausência de 
autor, a entrada deverá ser o título. Exemplo: podem ser 
citados os editoriais de revistas científicas; e os autores 
devem ser listados na ordem em que aparecem na 
publicação. Existem ainda outras publicações, cuja 
responsabilidade editorial pode estar a cargo de um 
organizador, de um compilador, de um coordenador ou de 
um editor. Neste caso, entra-se com os nomes destes 
(igualmente até seis; quando mais de seis, citam-se os 
seis primeiros e o termo latino et al.), seguidos das 
expressões: organizadores, compiladores, coordenadores, 
editores, conforme o caso, na língua da publicação. 
Outra possibilidade de autoria são as coletivas, ou seja, 
entidades, instituições, organismosnacionais e 
internacionais, empresas etc., como responsáveis pelo 
documento, os quais são referidos neste livro, como: 
organização como autor. Quando não há nem autor 
físico nem autoria coletiva deve-se entrar pelo título 
da publicação. 
2.2.1 Localização das referências 
 As referências podem estar localizadas em nota 
de rodapé; em lista de referências, no final do texto ou do 
capítulo; antecedendo resumos, resenhas e recensões. 
2.2.2 Elementos da referência 
2.2.2.1 Autoria 
a) Um Autor 
BEE, Helen. A criança em desenvolvimento. 9. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2003. 
b) Dois Autores 
CARLSSON, Ulla; FEILITZEN, Cecilia Von. A criança e a 
mídia: imagem, educação, participação. São Paulo: 
Cortez, 2002. 
c) Três Autores 
ENGEL, J. F.; BLACKWELL, R. D.; MINIARD, P. W. 
Comportamento do consumidor. 8. ed. Rio de Janeiro: 
LTC, 2000. 
d) Mais de três Autores 
Quando houver mais de três autores, indicar apenas o 
primeiro, acrescentando-se a expressão et al. 
 
BORDENAVE, Juan Díaz et al. Estratégias de ensino-
aprendizagem. 25. ed. Petrópolis: Vozes, 2004. 312p. 
e) Obras com organizador, coordenador etc. 
(Org., Coord., Ed., Comp.) 
Quando houver indicação de responsabilidade por uma 
coletânea de vários autores, a entrada deve ser feita pelo 
nome do responsável, (seguida da abreviatura entre 
parênteses). 
Ex.: MOREIRA, Antonio Flávio Barbosa (Org.). Currículo: 
questões atuais. 9. ed. Campinas: Papirus, 2003. 
h) Sobrenomes acompanhados de palavras que 
indicam parentesco 
Ex.: CARVALHO FILHO, Antonio. 
AMATO NETO, Vicente. 
CARVALHO FILHO, Antônio; Administração de recursos 
humanos. São Paulo: Pioneira Thomson, 2004. 
i) Publicações anônimas ou não assinadas 
Entrar diretamente pelo título, sendo a primeira palavra 
impressa em maiúsculo. 
Ex.: A VIDA como ela é 
2.2.2.2 Título e subtítulo 
O título deve ser reproduzido tal como aparece na obra, 
devendo ser destacado dos demais elementos da 
referência (negrito, itálico ou sublinhado). 
Indica-se o subtítulo após o título, precedido por dois 
pontos (:). O subtítulo não deve ser destacado. 
Ex.: Pedagogia histórico-crítica: primeiras 
aproximações 
2.2.2.3 Edição 
É indicada a partir da segunda edição e deve ser 
transcrita utilizando-se abreviaturas dos numerais 
ordinais, na língua do documento. 
Ex.: 3. ed. 
2.2.2.4 Local 
O local deve figurar na referência, tal como aparece na 
publicação. Quando houver mais de um local, indica-se o 
que estiver em destaque ou que aparecer em primeiro 
lugar. Quando não for mencionado, utilizar-se a expressão 
[S.l.]. 
2.2.2.5 Editora 
Deve ser citada tal como aparece na obra. Quando 
possuir mais de uma editora, indica-se a que aparecer em 
destaque ou a que estiver em primeiro lugar. Suprimir as 
palavras Editora, Ltda, Cia. etc. 
Se a Editora não estiver indicada na obra, utilizar a 
expressão [s.n.]. 
2.2.2.6 Data 
Quando houver dúvidas quanto à data: 
• [2000?] Data provável. 
• [200 -] Para década certa. 
• [19 --] Para século certo. 
• [18 --?] Para século provável. 
2.2.3 Ordem dos elementos na referência 
2.2.3.1 Livros considerados no todo 
AUTOR DA OBRA. Título da obra: subtítulo. Número da 
edição. Local de Publicação: Editor, ano de publicação. 
Número de páginas ou volume. 
Ex.: BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas 
simbólicas. 5.ed. São Paulo: Perspectiva, 2003. 
2.2.3.2 Capítulo de livro 
Com autoria especial (autor do capítulo 
diferente do autor do livro) 
SOBRENOME, Nome. Título do capítulo. In: 
SOBRENOME, Nome. Título do livro. edição. Local: 
Editora, ano. p.inicial-final. 
Ex.: ARCHER, Earnest R. Mito da motivação. In: 
BERGAMINI, Cecília; CODA, Roberto 
(Org.). Psicodinâmica da vida organizacional: 
motivação e liderança. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1997. p.23-
46. 
Sem autoria especial (quando o autor do livro 
for o mesmo do capítulo). 
SOBRENOME, Nome. Título do capítulo. 
In: ______.Título do livro. edição.Local: Editora, 
ano.p.inicial-final. 
Ex.: FOUCAULT, Michel. A prosa do mundo. In: ______. 
As palavras e as coisas. 
São Paulo: Martins Fontes, 2000. p.23-58. 
 
2.2.3.3 Artigo de periódico 
AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título da 
Revista, (abreviado ou não) Local de Publicação, Número 
do Volume, Número do Fascículo, Páginas inicial-final, 
mês e ano. 
BASSO, Leonardo Fernando Cruz; SILVA, Roseli da. O 
valor da educação fundamental. Revista Brasileira de 
Educação, ano 3, n.2, p. 99-116, 2005. 
2.2.3.4 Artigo de jornal 
AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título do Jornal, 
Local de Publicação, dia, mês e ano. Número ou Título do 
Caderno, seção ou suplemento e, páginas inicial e final do 
artigo. 
OLIVEIRA, W. P. de. A ética na educação. Folha de São 
Paulo, São Paulo, 26 maio 2005. Caderno Cotidiano, p. 4. 
MICROCOMPUTADORES populares. Folha de Londrina, 
Londrina, 17 ago. 2006. 2. Caderno de Informática. p. 9. 
 
2.2.3.5 Documentos extraídos em meio eletrônico 
Páginas da Internet 
AUTOR. Título. Informações complementares 
(Coordenação, desenvolvida por, apresenta..., quando 
houver etc...). Disponível em:.. Acesso em: data. 
Ex.: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA. 
Biblioteca Universitária. Serviço de Referência. Catálogos 
de Universidades. Apresenta endereços de Universidades 
nacionais e estrangeiras. Disponível em: . Acesso em: 19 
maio 1998 
Artigos de periódicos (Internet) 
SOBRENOME, Nome.Título do artigo. Nome da 
Revista, Local, v., n. , mês ano. Disponível em: 
<http:/www.editora.com.br>. Acesso em: 23 maio 2001. 
Ex.: PATRIOTA, Lucia Maria. Assistentes Sociais e Aids: 
um estudo de suas representações sociais. Serviço Social 
em Revista, v.8, n.1, jul./dez. 2005. Disponível em: 
<http://www.ssrevista.uel.br/> Acesso em: 10 dez. 2006. 
E-mail 
SOBRENOME, Nome (autor da mensagem). Título da 
mensagem. [mensagem pessoal] Mensagem recebida por 
data. 
Ex.: CRUZ, Ana. Envio de prova [mensagem pessoal]. 
Mensagem recebida por em 12 maio 1998. 
Cd-rom 
AUTOR. Título. Local: Editora, data. Tipo de suporte. 
Notas. 
Ex.: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E 
ESTATÍSTICA. Bases de dados em estatística 
populacional. Brasília, n. 6, 2003. CD-ROM. 
UNIDADE 2 - WEBAULA 2 
METODOLOGIA CIENTÍFICA 
Slide-Vídeo Aula 1- Elaboração de Trabalhos 
ELABORAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS E 
ACADÊMICOS 
.Objetivos na formação acadêmica: 
.Trabalhar os conhecimentos adquiridos; 
.Capacitar para a resolução e problemas; 
.Desenvolver as habilidades de síntese 
e organização de ideias; 
.Fazer ciência. 
Aspectos que devem ser considerados na 
elaboração de trabalhos científicos e acadêmicos 
. Redação: a linguagem empregada deve 
ser formal, clara e objetiva. 
. Organização: a apresentação das informações 
deve obedecer a uma sequência lógica 
que favoreça a compreensão. 
. Estrutura: o conteúdo de um trabalho desta 
natureza deve atender à normas pré 
estabelecidas. 
Vídeo Aula 2 
Estruturação de Trabalhos científicos e acadêmicos 
De forma geral adotamos as normas 
da Associação Brasileira de Normas Técnicas 
para: 
. Redação de Projetos de pesquisa - NBR 15287 
. Redação de Trabalhos Acadêmicos - NBR 14724 
. Citações em documentos - NBR 10520 
. Elaboração das Referências - NBR 6023 
ELEMENTOS DE UM TRABALHO CIENTÍFICO 
ACADÊMICO 
. Os trabalhos científicos e acadêmicos 
mais comuns são os projetos de pesquisa, 
seus respectivos relatórios e demais trabalhos 
elaborados nas diversas áreas contempladas pelas 
disciplinas. 
. Independente de qual material se deseja produzir 
exige-se basicamente os elementos 
pré-textuais, textuais e pós-textuais.Vídeo Aula 3 
Elementos pré-textuais 
 
 
 
Vídeo Aula 4 
Elementos pós-textuais 
 
RESUMO 
É a síntese das partes relevantes do texto, 
em linguagem clara, concisa e direta, onde 
se expõem objetivos, metodologia e também 
resultados, conclusões e as recomendações 
do texto resumido. 
Vídeo Aula 5 
Introdução e Justificativa 
INTRODUÇÃO 
Apresentação do tema trazendo um panorama geral 
Situando-o no tempo e no espaço 
A introdução deve: 
. Estabelecer o assunto, o tema, o objeto; 
. Delimitar o problema 
. Apresentar a importância e o propósito 
do trabalho 
. Trazer aspectos da metodologia 
JUSTIFICATIVA 
É o momento em que você demonstra 
a importância da sua pesquisa 
Descreve porque a universidade, orientador 
ou instituição financiadora deve apostar 
na sua idéia. Ainda, convence o leitor de que seu trabalho 
deve ser lido 
Vídeo Aula 6 
Objetivos de pesquisa 
Objetivo geral 
. É sinônimo de propósito, portanto 
deve definir o que se pretende alcançar 
com a execução da pesquisa; 
. Fornecem diretrizes para ação 
na pesquisa como um todo. 
Objetivos específicos: 
. Não devem estar distantes do objetivo geral, pois são 
estratégias particulares para se alcançá-lo. 
. Objetivos modestos , mas plausíveis, 
têm maior probabilidade de serem 
alcançados 
. Deve-se estabelecer de três a cinco 
objetivos específicos 
Vídeo Aula 7 
Fundamentação Teórica 
. Tem por finalidade reunir, analisar 
e discutir as informações já publicadas 
sobre o assunto. 
. Fundamentar teoricamente o assunto que será 
pesquisado e embasar a discussão 
dos resultados obtidos. 
. Aplicação da NBR 10520 - Citações 
em documentos 
CITAÇÕES 
. São informações extraídas das fontes 
consultadas para a realização de trabalhos 
científicos e acadêmicos 
. A NBR 10520 apresenta três formas de 
citações: direta, indireta e citação de citação 
Vídeo Aula 8 
Citação direta e indireta 
CITAÇÃO DIRETA 
.Quando há transcrição literal de um trecho 
de uma obra 
.Direta curta: até 3 linhas, deve aparecer 
entre aspas duplas. Exemplo: 
Volpato (2007, p.28) define pesquisa científica “como 
a atividade que utiliza a metodologia e os pressupostos 
científicos”. 
. Direta longa: acima de 3 linhas, deve 
aparecer em outro parágrafo, com recuo de 4 
cm e letra menor que a do texto. Exemplo: 
Em uma sociedade de organizações, na qual 
a complexidade e a interdependência das 
organizações constituem o aspecto crucial, 
a Administração é fator-chave pra a melhoria 
da qualidade de vida e solução dos problemas mais 
complexos que afligem a humanidade hoje 
(CHIAVENATO, 2004, p. 15) 
CITAÇÃO INDIRETA 
. Idéias e informações do texto citado são 
transportadas para o trabalho com palavras 
do seu autor, respeitando-se, porém, as idéias 
originais do autor citado. Exemplo: 
Segundo Martins e Theóphilo (2007), 
o reconhecimento e o prestígio da pesquisa científica, 
na área de Ciências Sociais aplicadas no Brasil, são bem 
recentes. 
CITAÇÃO DE CITAÇÃO 
Refere-se a menção de um trabalho que o autor não 
teve acesso, mas do qual tomou conhecimento apenas 
por estar citado em outra publicação.. Exemplo: 
“A mente tem poder total sobre 
o comportamento do indivíduo.” (NASCIMENTO apud 
COSTA, 2005, p. 30). 
Neste caso será referenciada apenas a obra consultada 
Vídeo Aula 9 
Metodologia, Cronograma e Resultados 
METODOLOGIA 
. É a operacionalização da pesquisa 
Conjunto de métodos e instrumentos utilizados 
para a sua condução. 
. Precisa ser bem definida, detalhando a ordem 
estabelecida para que os diversos processos 
aconteçam e permitam o alcance de um resultado 
CRONOGRAMA 
Tem como objetivo mostrar quando 
será realizada cada etapa da pesquisa. 
 
RESULTADOS 
. Apresentam ao leitor a interpretação realizada pelo 
pesquisador acerca dos dados coletados 
. Compara resultados obtidos com os de outros autores 
. Deve demonstrar as evidências a que se chegou 
através da pesquisa, 
. Lembrando que os resultados podem ser contrários às 
previsões do pesquisador 
Vídeo Aula 10 
Desenvolvimento, Conclusão e Referências 
DESENVOLVIMENTO 
. Empregado em trabalhos acadêmicos de acordo com o 
tipo e objetivo do trabalho o desenvolvimento poderá 
conter um ou mais dos elementos textuais apresentados 
anteriormente, assim poderá ser dividido em seções, 
conforme as recomendações do orientador 
CONCLUSÃO 
. Contém a recapitulação sintética dos resultados e da 
discussão do estudo e da pesquisa. 
. Deve fazer conexão com os objetivos e trazer o ponto de 
vista do pesquisador. 
. Não apresenta nada de novo ou que, de alguma 
forma não esteja presente no trabalho 
REFERÊNCIAS 
.Elemento pós-textual obrigatório que apresenta 
todas as obras citadas no texto 
É um conjunto padronizado de elementos 
descritivos, retirados de um documento 
que permite sua identificação (ABNT, 2002, p.2) 
As normas para sua padronização 
são apresentadas na NBR 6023

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