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ESTUDO DIRIGIDO História da Ciência Política no Brasil

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tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (R. 
1 
 
 
 
 
Histo ria da Cie ncia Polí tica no Brasil – estudo dirigido 
 
 
Material de disciplina 
LEITE, Fernando. Ciência Política: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: Intersaberes, 2016 
Videoaulas 1 a 6 
Rotas de Aprendizagem 1 a 6 
Neste breve resumo, destacamos a importa ncia para seus estudos de alguns temas diretamente relacionados ao 
contexto trabalhado nesta disciplina. Os temas sugeridos abrangem o conteu do programa tico da sua disciplina 
nesta fase e lhe proporcionara o maior fixaça o de tais assuntos, consequentemente, melhor preparo para o sistema 
avaliativo adotado pelo Grupo Uninter. Esse e apenas um material complementar, que juntamente com a Rota de 
Aprendizagem completa (livro-base, videoaulas e material vinculado) das aulas compo em o referencial teo rico que 
ira embasar o seu aprendizado. Utilize-os da melhor maneira possí vel. 
 
Bons estudos! 
 
 
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Sumário 
 
 
Tema: Contando a histo ria de uma disciplina ................................................................................................................. 3 
Tema: O pensamento antigo: Plata o e Aristo teles .......................................................................................................... 4 
Tema: O realismo polí tico e o contratualismo ................................................................................................................. 6 
Tema: Abordagens na histo ria da Cie ncia Polí tica americana ....................................................................................... 7 
Tema: Tradiço es intelectuais .......................................................................................................................................... 11 
Tema: A influe ncia do modelo humaní stico: intelectuais e inte rpretes do Brasil ...................................................... 13 
Tema: O papel da FLACSO e a po s-graduaça o nos Estados Unidos.............................................................................. 14 
 
 
 
 
 
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Tema: Contando a história de uma disciplina 
“Ale m de estudar Matema tica, Sociologia e Cie ncia Polí tica; podemos estudar a Matema tica, a 
Sociologia e a Cie ncia Polí tica, ou seja, as cie ncias que compreendem essas disciplinas. Ora, cada 
disciplina tem sua histo ria, suas fo rmulas e suas abordagens e o local onde seus estudos 
ocorrem mudam com o passar do tempo”. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos 
dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016. “Podemos abordar a cie ncia por tra s dessa disciplina 
e focar nas ideias ou teorias que a embasam – e pode haver inu meras delas, produzidas ha muito 
tempo, quando ainda na o eram claramente definidas como pertencentes a uma a rea especí fica” 
p. 23. “Contudo, ale m de podermos definir uma disciplina por suas teorias e por suas ideias, 
podemos defini-la sob um ponto de vista institucional: uma disciplina existe quando sa o 
fundadas instituiço es acade micas dedicadas a ela” p. 25. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da 
antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016 p. 23 e 25. 
 
--- 
 
“A pro pria disciplina da Cie ncia Polí tica, se apresenta com esse nome ha pouco mais de 100 
anos, o que torna uma a rea de estudo relativamente recente. Contudo, estudos sobre a polí tica 
sa o milenares e tratam de uma questa o de vital importa ncia: a forma como somos governados”. 
Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016. 
A Cie ncia Polí tica, afinal, trata de polí tica. Para sermos gene ricos, precisamos entender polí tica 
em sentido amplo. Dessa forma, e melhor pensarmos em feno menos polí ticos, que tambe m 
podem ser considerados simplesmente feno menos que envolvam o poder” p. 26. “Assim, 
podemos utilizar definiço es mais estritas do feno meno polí tico, como o comportamento dos 
polí ticos, os poderes Legislativo e Executivo, o Estado, ou seja, o que ordinariamente 
entendemos como polí tica, ate estudos que tratam das relaço es de força, de formas de 
dominaça o, de feno menos de poder mais amplos” (Adaptado) p. 26. Dessa forma, “A Cie ncia 
Polí tica, portanto, (7) trata das relaço es de força, do exercí cio do poder polí tico, ale m de 
debruçar-se sobre instituiço es polí ticas” Rota de aprendizagem 1, tema: Contando a histo ria de 
uma disciplina. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: 
InterSaberes, 2016 p. 26. Rota de aprendizagem 1, tema: Contando a histo ria de uma disciplina. 
 
--- 
 
“Outro fator importante que decorre da institucionalizaça o da Cie ncia Polí tica e a 
profissionalizaça o de seus quadros. Depois de 1880, em particular no começo do se culo XX, 
passaria a existir um novo grupo de profissionais: os cientistas polí ticos” (Adaptado). Fonte: 
LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016. A 
Cie ncia Polí tica institucionalizada se formou a partir do se culo XIX nos Estados Unidos. Mais 
especificamente, em 1980, quando criou-se o primeiro departamento da a rea na Universidade 
de Columbia. De acordo com o livro base da disciplina, “O primeiro departamento de Cie ncia 
Polí tica foi fundado na Universidade de Columbia, em 1980, por John Burgesse William Dunning 
(Lipset, 1969). Foi a partir de enta o que os cientistas polí ticos passaram a ser formados e a 
trabalhar reconhecidamente com tal. Evidentemente, ja se faziam trabalhos de cie ncia polí tica 
antes disso, pore m, antes de 1980, na o havia uma disciplina auto noma, institucionalizada, com 
 
 
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o nome de Cie ncia Polí tica” p. 81. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de 
hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016 p. 81. 
 
--- 
 
“A concepça o favora vel a criaça o e a autonomizaça o da Cie ncia Polí tica privilegia a polí tica 
institucional como objeto de estudo e as abordagens necessa rias para a criaça o de uma 
disciplina que fosse especializada em polí tica”. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade 
aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016. As duas primeiras instituiço es de ensino a 
institucionalizar a Cie ncia Polí tica no Brasil foram a Universidade Federal de Minas Gerais 
(UFMG) e o Instituto Universita rio de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ). “A concepça o 
positivista foi forjada na trajeto ria dos cientistas polí ticos que criaram os primeiros cursos de 
po s-graduaça o em Cie ncia Polí tica na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e no antigo 
Instituto Universita rio de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ). Com base na iniciativa desses 
pesquisadores, a Cie ncia Polí tica estendeu-se a outros centros importantes, como a USP e a 
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), disseminando-se a outras universidades a partir 
dos anos de 1990” (Adaptado) p. 145 e 146. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos 
dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016 p. 145 e 146. 
 
--- 
 
“Para alguns desses historiadores, como Riker (1983), so passou a existir uma cie ncia da polí tica 
a partir de 1920, com a chamada behavioral Revolution (Revoluça o comportamental).Outros, 
mais radicais, afirmam que ainda na o ha uma interpretaça o suficientemente cientí fica da 
polí tica, porque as abordagens da cie ncia da polí tica, ate agora, sa o fundamentalmente 
normativas: elas te m uma se rie de pressupostos valorativos, apesar de observarem fatos e 
aplicarem me todos cientí ficos, como ana lise estatí stica”. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da 
antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016. “O que significa ser rigorosamente 
cientí fico? Ora, trata-se de um tipo de conhecimento puramente objetivo, sem cara ter 
normativo, destituí do de valores, dedicado exclusivamente aos fatos como eles sa o. Esse 
conjunto de pressuposto e chamado de neutralidade axiolo gica”. Fonte: LEITE, F. Cie ncia 
Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016 p. 25. 
 
--- 
 
 
 
Tema: O pensamento antigo: Platão e Aristóteles 
“Vimos que, em Plata o, a polí tica e um mal necessa rio, o terreno em que governantes virtuosos 
poderiam nos aproximar do esclarecimento, o qual Plata o identifica com a felicidade. 
Aristo teles segue em linhas semelhantes, afirmando que o propo sito da polí tica e a realizaça o 
da boa vida, da felicidade (eudaimonia)”. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos 
dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016. Para “Aristo teles, a principal tarefa dos polí ticos e 
 
 
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desenhar uma constituiça o apropriada para a cidade-Estado (hoje, paí s ou Estado), com o 
objetivo u ltimo da realizaça o da boa vida. Essa e a funça o do legislador, considerado pelo 
filo sofo um polí tico especializado na elaboraça o de leis. Mas tal tarefa na o acaba aí . Logo que a 
constituiça o for estabelecida, os demais polí ticos devem tomar medidas apropriadas para 
mante -la e para garantir que ela seja realizada (Miller, 2012). Eles precisam, portanto, evitar 
que ela seja subvertida, o que colocaria em risco a estabilidade da cidade-estado” p. 39. Fonte: 
LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016 p. 39). 
 
--- 
 
“A boa vida, nesse sentido, depende da realizaça o do bem. Aristo teles define o bem como a 
finalidade natural de um organismo, ou seja, aquilo que seria bene fico para ele. Por exemplo, 
dormir e bene fico, portanto e bom. Em certa medida, o que e necessa rio para no s, e bom” Fonte: 
Rota de Aprendizagem 1, tema: O alvorecer de uma disciplina. “Em resumo, o pensamento 
greco-romano abordou certos temas que esta o entre os principais eixos da cie ncia polí tica 
contempora nea. Entre os estudos de teoria polí tica, ressaltam-se: E tica: o que e o bem? Como 
realiza -lo? Cidadania e participaça o polí tica; e Classificaça o das formas de governos” p. 47. 
Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016 p. 
47. 
 
--- 
 
“Quando Aristo teles fala em politikós, ele se refere a uma gama de fatos polí ticos que va o ale m 
das pessoas envolvidas nesses fatos – mas tambe m envolvem essas pessoas e outras que 
participam da vida polí tica da cidade. Assim, politikós se refere ao exercí cio de tarefas 
pertinentes a polis – executadas, em larga medida, pelos polí ticos, mas que podem (e devem) 
ser de interesse dos outros cidada os”. Fonte: Rota de Aprendizagem 1, tema: O alvorecer de uma 
disciplina. “Em resumo, o pensamento greco-romano abordou certos temas que esta o entre os 
principais eixos da cie ncia polí tica contempora nea. Entre os estudos empí ricos, destacam-se: 
Quais sa o as instituiço es que constituem um determinado regime polí tico? E quais os 
referenciais usados para avaliar as instituiço es polí ticas?” p. 47). Fonte: LEITE, F. Cie ncia 
Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016 p. 47. 
 
--- 
 
“Plata o enfrenta a delicada questa o de como garantir o bem, ja que o poder e de cima a baixo 
permeado por interesses mesquinhos, pelo impe rio da busca do prazer individual e pela 
corrupça o”. Fonte: Rota de Aprendizagem 1, tema: Antiguidade: Plata o. Para saber por que as 
leis sa o necessa rias para Plata o ha que se ter em mente que “Mesmo os mais racionais dos 
governantes esta o a todo instante, sendo impelidos, pelas seduço es do poder, a usarem-no para 
seu benefí cio pessoal, isto e , para satisfaça o de seus desejos e para enriquecimento pessoal. 
Ale m disso, sa o pressionados por constrangimentos externos, pela ameaça do estrangeiro, pelos 
interesses mesquinhos da maioria, entre outros fatores. E por esses motivos apresentados que 
as leis sa o necessa rias. Primeiramente, para evitar o despotismo dos governantes. Em um 
segundo momento, para evitar que a raza o degenere e caiamos na anarquia” p. 32 e 33. Fonte: 
 
 
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LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016 p. 32 e 
33. 
 
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“Como sabemos qual e a melhor ou a pior forma de governo? Em primeiro lugar, Aristo teles 
parte de uma noça o de justiça. Justiça e governar em benefí cio do governado. Dito isso, 
retomamos o propo sito u ltimo da polí tica: a realizaça o da perfeiça o, isto e , da conduta racional”. 
Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016. 
Para Aristo teles, Monarquia, Aristocracia e Politeia sa o formas de governos consideradas 
positivas ou justas. Essa afirmativa pode ser confirmada no quadro “1.1 – Classificaça o das 
formas de governo segundo Aristo teles” disponí vel na pa gina 40 do livro base da disciplina. 
Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016 p. 
40. 
 
--- 
 
“Plata o desenvolveu muitas ideias caras a cie ncia da polí tica e que influenciaram mais tarde a 
definiça o da disciplina de Cie ncia Polí tica. Pore m foi Aristo teles quem deu contornos mais 
ní tidos ao tema, ao definir mais claramente seu objeto de estudo”. Fonte: LEITE, F. Cie ncia 
Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016. Para Aristo teles, Tirania, 
Oligarquia e Democracia sa o formas de governos consideradas negativas ou desviantes. Essa 
afirmativa pode ser confirmada no quadro “1.1 – Classificaça o das formas de governo segundo 
Aristo teles” disponí vel na pa gina 40 do livro base da disciplina. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: 
da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016 p. 40. 
 
Tema: O realismo político e o contratualismo 
“Caso na o seja um pouco mal, o monarca na o conseguira fazer o bem. Se entrar na polí tica com 
idealismos, como os dos filo sofos, ele sera esmagado por tiranos e, assim, podera ocorrer algo 
ainda pior”. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: 
InterSaberes, 2016. O pro ximo grande legado para a Cie ncia Polí tica contempora nea viria com 
a obra de Nicolau Maquiavel (1469-1527), em particular nos trabalhos O Prí ncipe e Discursos. 
A principal novidade estava em uma abordagem mais realista da polí tica. De acordo com o livro 
base da disciplina “Maquiavel defendia que a polí tica real na o deveria se prender a ideias. Assim, 
os estudos acerca da polí tica precisavam analisar a polí tica como ela e , em vez de imaginar como 
ela deveria ser. Ele percebeu que a polí tica real lida com a necessidade de sobrevive ncia e 
manutença o do poder e esta enredada em conflitos de interesses em que a e tica, em particular 
a crista , raramente tem vez” p. 59. Segundo a rota de aprendizagem 2“E por isso que muitos 
cientistas polí ticos atuais consideram Maquiavel como um dos fundadores da Cie ncia Polí tica: 
ele aborda a polí tica de uma forma livre de valores, objetiva e realista”, tema: Maquiavel e o 
realismo polí tico. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: 
InterSaberes, 2016 p. 59. Rota de aprendizagem 2, tema: Maquiavel e o realismo polí tico. 
 
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“Os autores contratualistas prestaram atença o especial aos fatores que determinam a paz entre 
os homens. Hobbes e Locke imaginaram o contrato como uma forma de atenuar o egoí smo 
humano, enquanto Rousseau identificou instituiço es que contribuem para corromper os seres 
humanos, como a propriedade privada”. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias 
de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016.O contratualismo baseia-se na suposiça o de que a vida em 
sociedade exige um arranjo de normas reconhecidas e respeitadas por todos, sem as quais a 
vida social seria gerida por forças ana rquicas e tenderia ao caos. Essa definiça o pode ser 
verificada na pa gina 60 e 61 do livro base da disciplina bem como na Rota de aprendizagem 2, 
tema: O contrato social: transformando ví cios em virtudes. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da 
antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016 p. 60 e 61. Rota de aprendizagem 2, 
tema: O contrato social: transformando ví cios em virtudes. 
 
--- 
 
“Para sair do estado de natureza, e necessa rio que cada um ceda sua liberdade a uma entidade 
maior do que todos. Essa entidade e o Estado, e somente ele e capaz de garantir a paz, pois 
dete m o monopo lio da viole ncia, que deixa de ser praticada pelos cidada os”. Fonte: LEITE, F. 
Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016. Para Hobbes o 
estado de natureza e um estado hipote tico em que cada um e completamente livre para fazer o 
que quer. E um estado sem normas reconhecidas por todos, sem contrato, em que aflora a 
natureza humana. Essa definiça o pode ser verificada na pa gina 61 do livro base da disciplina 
bem como na rota de aprendizagem 2, tema: O contrato social: transformando ví cios em 
virtudes. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: 
InterSaberes, 2016 p. 61. Rota de aprendizagem 2, tema: O contrato social: transformando 
ví cios em virtudes. 
 
--- 
 
“Na e poca de Montesquieu, os temas polí ticos na o variaram muito: as formas de governo e os 
referenciais para avalia -los continuaram na ordem do dia. As principais mudanças foram na 
abordagem desses temas, ou seja, na forma como eles foram analisados”. Fonte: LEITE, F. Cie ncia 
Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016. “Com base em seus 
estudos comparativos, Montesquieu propo s uma teoria mais so lida sobre a separaça o dos 
poderes, refinando a ideia aristote lica de constituiça o mista, ou seja, de balanceamento entre as 
instituiço es democra ticas, aristocra ticas e mona rquicas. Seu maior exemplo real fora a 
Inglaterra e seu misto entre monarquia e democracia (monarquia constitucional). Mais tarde, 
essa visa o influenciou a elaboraça o da Constituiça o Americana pelos federalistas, Hamilton e 
Madison, chamados os pais fundadores dos Estados Unidos” p. 67. 
 
Tema: Abordagens na história da Ciência Política americana 
“A Cie ncia Polí tica estadunidense se inscreveu em um projeto polí tico para educar os cidada os 
a desenhar melhores instituiço es polí ticas”. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos 
dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016. “A Cie ncia Polí tica estadunidense ja nasceu 
 
 
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preocupada com a polí tica institucional, tendo uma forte vocaça o politolo gica. Isso teve, 
sobretudo, uma causa polí tica. A Cie ncia Polí tica estadunidenses e inscreveu em um projeto 
polí tico para educar os cidada os a desenhar melhores instituiço es polí ticas. Ela foi estabelecida 
visando a melhorar a democracia estadunidense. Assim, centrada em torno do governo, ela 
nasceu ligada a polí tica institucional e a s instituiço es estatais, como a Constituiça o. Com esse 
propo sito, fundou-se a disciplina chamada Cie ncia Polí tica. Assim, buscou-se conciliar um 
propo sito polí tico com um propo sito intelectual” p. 86 e 87.O propo sito polí tico era melhorar a 
democracia. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: 
InterSaberes, 2016 p. 86 e 87. 
 
--- 
 
“A independe ncia entre os a mbitos justifica a independe ncia das disciplinas. Assim, quando 
entendemos que um a mbito e auto nomo, isso contribui para a autonomizaça o intelectual (a 
criaça o de teorias, ideias e me todos pro prios) e institucional (a criaça o de cursos, associaço es 
profissionais etc.) da disciplina. Em outras palavras, contribui para a criaça o de uma nova 
disciplina”. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: 
InterSaberes, 2016. “A Cie ncia Polí tica estadunidense ja nasceu preocupada com a polí tica 
institucional, tendo uma forte vocaça o politolo gica. Isso teve, sobretudo, uma causa polí tica. A 
Cie ncia Polí tica estadunidense se inscreveu em um projeto polí tico para educar os cidada os a 
desenhar melhores instituiço es polí ticas. Ela foi estabelecida visando a melhorar a democracia 
estadunidense. Assim, centrada em torno do governo, ela nasceu ligada a polí tica institucional 
e a s instituiço es estatais, como a Constituiça o. Com esse propo sito, fundou-se a disciplina 
chamada Cie ncia Polí tica. Assim, buscou-se conciliar um propo sito polí tico com um propo sito 
intelectual” p. 86 e 87.O propo sito intelectual era estudar as instituiço es polí ticas. Fonte: LEITE, 
F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016 p. 86 e 87. 
 
--- 
 
“Outra caracterí stica marcante da Cie ncia Polí tica estadunidense e seu apreço pela democracia. 
Apesar de abordagens, como o comportamentalismo, terem se afirmado como neutras do ponto 
de vista dos valores , a maior parte dos cientistas polí ticos continuam comprometidos, de certa 
forma, com a democracia”. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. 
Curitiba: InterSaberes, 2016 (Adaptado). As fases da Cie ncia Polí tica estadunidense sa o as 
seguintes: Fase institucionalista da Cie ncia Polí tica (1880 – 1920), responsa vel pela justificaça o 
da fundaça o da disciplina: melhorar a democracia e educar os cidada os. Sem esse suporte 
polí tico, provavelmente a disciplina demoraria um pouco mais para surgir nos Estados Unidos. 
Fase comportamentalista (1920 - 1950). Nessa fase, tal e qual o mundo liberal ideal, 
considerava-se que o governo era um reflexo das prefere ncias individuais dos eleitores (Ricci, 
1984). Ha um comprometimento ta cito como o liberalismo por parte dos comportamentalistas, 
ja que a esfera pu blica esta subalterna a s prefere ncias de indiví duos que esta o fora do Estado. 
Fase siste mica (a preocupaça o com a modernizaça o em raza o dos valores das democracias 
ocidentais avançadas. Fase culturalista (preocupaça o com valores cí vicos. E fase 
neoinstitucionalista (preocupaça o com o desempenho das instituiço es democra ticas). As duas 
 
 
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primeiras predominaram entre as de cadas de 1960e 1970, enquanto a u ltima gozou de 
hegemonia a partir de 1990, estendendo-se ate hoje” p. 91 e 92. 
 
--- 
 
“A Cie ncia Polí tica passou a defender uma abordagem mais cientí fica da polí tica. Ao mesmo 
tempo, focou a polí tica institucional, em particular a democracia estadunidense. Inicialmente 
focava a constituiça o e comparava o Estado estadunidense com o de outros paí ses”. Fonte: 
LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016. “A 
trajeto ria da Cie ncia Polí tica estadunidense seria marcada por uma busca implaca vel por 
cientificidade. Ela buscara firmar-se como uma cie ncia, a imagem das cie ncias naturais. Essa 
aplicaça o dos princí pios das cie ncias naturais a s cie ncias humanas tem o nome de positivismo. 
O positivismo passaria a predominar na Cie ncia Polí tica a partir da de cada de 1920 e, desde 
enta o, permaneceria hegemo nico ate os dias de hoje. Em particular, a Matema tica e os me todos 
quantitativos se tornariam sino nimo de cientificidade na Cie ncia Polí tica” p. 82 e 83. Fonte: 
LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016 p. 82 e 
83. 
 
--- 
 
“Jensen (1969) descreveu o desprezo, desencadeado pelo comportamentalismo, a s abordagens 
histo ricas, e Richard Laslett (citado por Bellamy, 1993) chegou a falar em morte da teoria 
polí tica. Embora a neutralidade fosse acaloradamente debatida, a orientaça o empí rico-
quantitativa e a aversa o a abordagens de cunho filoso fico e histo rico, isto e , humaní sticas, 
persistiu nas fases e abordagens que se seguiram ao comportamentalismo (Almond, 1990; 
1991; Farr; Seidelman, 1993; Munck, 2006. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos 
dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016. Entre 1920 e 1940, a Cie ncia Polí tica se aproximou 
da Psicologia. Essa aproximaça o ficou conhecida como revoluça o comportamentalista e isso 
resultou em profundas mudanças: “O objeto da disciplina mudou: em vez do Estado, o foco 
passa a ser o comportamento dos eleitores. Estudos eleitorais e as pesquisas de opinia o, os 
chamados surveys, tornam-se o novo foco de ana lise. Me todos histo ricos perdem força e 
abordagens filoso ficas sa o sistematicamente combatidas. Os me todos quantitativos, em 
particular o uso de estatí stica, passam a ser privilegiados, assim como abordagens mais 
empí ricas, ou seja, que se fundamentam na observaça o e mensuraça o de feno menos, em vez de 
privilegiar a abstraça o teo rica. Esse afastamento do Estado correspondeu a uma forte tende ncia 
das cie ncias sociais estadunidense a e poca: privilegiar o indiví duo em vez da coletividade, o que 
ficou conhecido como individualismo metodolo gico” (Adaptado) p. 87 e 88. Fonte: LEITE, F. 
Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016 p. 87 e 88. 
 
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“A cie ncia atual baseia-se no raciocí nio analí tico, que, ao olhar os fatos, fraciona-os em partes 
menores, as quais sa o, enta o, classificadas. Esse procedimento foi postulado pelo filo sofo Rene 
Descartes em seu Discurso sobre o me todo, publicado em 1656”. Fonte: LEITE, F. Cie ncia 
Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016. “A teoria da escolha 
 
 
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racional e uma abordagem oriunda da economia e postula que o comportamento dos indiví duos 
e racional, ou seja,os indiví duos calculam a forma mais eficaz para atingir seus objetivos. Eles 
ponderam os custos e os benefí cios de suas aço es, e fazem isso buscando, em geral, fins egoí stas, 
que lhes beneficiam de alguma forma” p. 89. E ainda, “O neoinstitucionalismo de escolha 
racional foca nas estrate gias individuais dos agentes polí ticos em um contexto de regras 
institucionais” p. 89. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: 
InterSaberes, 2016 p. 89. 
 
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“Esse afastamento do Estado correspondeu a uma forte tende ncia das cie ncias sociais 
estadunidense a e poca: privilegiar o indiví duo em vez da coletividade, o que ficou conhecido 
como individualismo metodolo gico”. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de 
hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016. “Tal aproximaça o com a Psicologia causou mudanças 
profundas na Cie ncia Polí tica, a ponto de isso ser chamado de revoluça o comportamentalista” 
p. 87 e 88. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: 
InterSaberes, 2016 p. 87 e 88. 
 
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“Na o devemos esquecer, no entanto, que as disciplinas na o se constituem apenas de ideias: sua 
histo ria envolve, tambe m, o desenvolvimento das instituiço es acade micas. A primeira 
Universidade do mundo, por exemplo, foi a Universidade de Bologna, fundada por volta de 1088, 
na Ita lia”. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: 
InterSaberes, 2016. O objeto da Cie ncia Polí tica durante o perí odo da revoluça o 
comportamentalista era o comportamento dos eleitores. O objeto da disciplina mudou: em vez 
do Estado, o foco passou a ser o comportamento dos eleitores. Estudos eleitorais e as pesquisas 
de opinia o, os chamados surveys, tornaram-se o novo propo sito de ana lise” p. 87 e 88. Fonte: 
LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016 p. 87 e 
88. 
 
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“A depende ncia entre a mbitos tende a inibir o desenvolvimento de novas disciplinas. Para que 
ter uma Cie ncia Polí tica se a polí tica depende da sociedade ou da economia? Fosse esse o caso, 
bastaria que a Sociologia ou a Economia estudassem a polí tica”. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: 
da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016. “Dizemos que um a mbito e 
auto nomo quando ele determina a si mesmo, ou seja, quando as forças que o animam, que fazem 
ele ser como e , esta o dentro dele e na o fora. Em outras palavras, ele na o depende de forças 
externas. No caso da polí tica, muitas vezes se tenta explica -la recorrendo-se a forças 
psicolo gicas, econo micas, culturais ou sociais. Assim, diz-se que a polí tica e auto noma quando 
forças exclusivamente polí ticas a determinam” p. 84. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da 
antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016 p. 84. 
 
 
 
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Tema: Tradições intelectuais 
“A identidade de uma disciplina acade mica, assim como a de um povo ou a de uma famí lia, 
depende de tradiço es, de formas tradicionais de pensar”. Fonte: Rota de Aprendizagem 4, tema 
Tradiço es Intelectuais. A tradiça o politolo gica e especí fica da Cie ncia Polí tica. Ela favorece a 
autonomia da Cie ncia Polí tica diante de outras disciplinas das demais cie ncias sociais, em 
particular da Sociologia” p. 101.Essa tradiça o se destaca por estudar a polí tica institucional. 
Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016 p. 
101. 
 
--- 
 
“Mas o que seria uma tradiça o? Trata-se, de maneira geral, de um arranjo mais ou menos coeso 
de ideias e ha bitos de pensamentos que persistem ao longo do tempo. Sa o como lentes, ou seja, 
formas de ver e interpretar a realidade, de entender o mundo, que perpassam as de cadas e, por 
vezes, os se culos”. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: 
InterSaberes, 2016 p. 89. “A tradiça o societal e constituí da sob a influe ncia de disciplinas 
externas: Filosofia, Histo ria, e, sobretudo, Sociologia” p.101.“A tradiça o societalfica entre o 
modelo humaní stico e um modelo cientí fico mais ortodoxo, pois lida com feno menos polí ticos 
entendidos em sentido amplo, como as relaço es de poder e as formas de dominaça o, que te m 
lugar fora da polí tica institucional” p. 130. 
 
--- 
 
“As tradiço es disciplinares e intelectuais que hoje estruturam a Cie ncia Polí tica compo em 
formas concorrentes de definiça o do objeto de investigaça o, ou seja, de definiça o do que e a 
polí tica e quais sa o as teorias e os me todos mais adequados para estuda -la”. Fonte: LEITE, F. 
Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016 p. 89.O foco da 
tradiça o humaní stica e o significado que os eventos te m para os seres humanos. Ela tem uma 
forte orientaça o litera ria. Busca interpretar eventos, na o focando em explicar o que causou as 
coisas, mas qual o significado que essas coisas possuem para quem vivencia o evento. Ela 
valoriza o ponto de vista pessoal do analista. Por isso tudo, diz-se que ela e mais “espiritual”, 
destacando-se a singularidade da conscie ncia do homem, que seria irredutí vel a matema tica ou 
aos me todos cientí ficos das cie ncias naturais”. Fonte: Rota de aprendizagem 4, tema II “Tradiça o 
humaní stica”. 
 
--- 
 
“As tradiço es concorrem para definir o objeto de uma disciplina, como se pudessem afirmar: 
“este objeto e legí timo, e digno de ser estudado”. Cada disciplina acade mica tem um objeto 
legí timo de investigaça o e, como vimos, ele confere identidade e justifica a autonomia dessa 
disciplina”. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: 
InterSaberes, 2016 p. 89.A tradiça o cientí fica opo e-se ao modelo humaní stico. Por um lado, ela 
 
 
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privilegia a pesquisa empí rica em vez dos estudos puramente teo ricos. Ela valoriza os dados, as 
evide ncias, e as usa para testar suas suposiço es a respeito do que se esta pesquisando. O 
cientista observa feno menos para testar hipo teses. Seus argumentos geralmente sa o de causa e 
efeito: o cientista busca descobrir o que esta causando o feno meno que ele observa. A tradiça o 
cientí fica se baseia na noça o de objetividade, ou seja, de que e possí vel produzir um 
conhecimento que independa dos nossos desejos e vontades, da nossa “subjetividade”. Por isso 
afirma-se que os achados cientí ficos sa o va lidos independentemente da pessoa, podendo ser 
replicados”. (Adaptado). Fonte: Rota de aprendizagem 4, tema III “Tradiça o cientí fica”. 
 
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“Os rudimentos da tradiça o societal desenvolveram nas ca tedras de Polí tica e de Sociologia, 
ambas ocupadas por socio logos franceses ou que seguiam a sociologia francesa, que pouco se 
voltava a polí tica institucional”. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. 
Curitiba: InterSaberes, 2016. A universidade brasileira que contribuiu de maneira decisiva para 
a formaça o da tradiça o societal no Brasil foi a Universidade de Sa o Paulo (USP) “A tradiça o 
societal se estabeleceu entre as de cadas de 1940 e 1960.O primeiro expoente dessa tradiça o foi 
a Universidade de Sa o Paulo (USP).O modelo uspiano opo s-se aos intelectuais precursores do 
modelo humaní stico ao defender uma cultura intelectual mais acade mica, institucionalizando 
as cie ncias sociais e estimulando a autonomia da produça o, que passa a responder a s exige ncias 
de outros acade micos, em vez de comprometimentos polí ticos. Nesse modelo, a academia esta 
separada de campos externos e e mais autossuficiente” p. 130 e 131. Fonte: LEITE, F. Cie ncia 
Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016 p. 130 e 131. 
 
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“Ao mesmo tempo, esse campo acade mico tambe m favoreceu o florescimento de cie ncias sociais 
mais cientí ficas, embora aque m dos crite rios de cientificidade instituí dos no eixo UFMG-Iuperj 
e sempre convivendo com grupos mais alinhados a uma cie ncia social de cara ter 
predominantemente litera rio e filoso fico”. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos 
dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016 “O efeito principal da tradiça o societal foi inibir o 
estudo da polí tica institucional e a institucionalizaça o da Cie ncia Polí tica, retomando a questa o 
das relaço es disciplinares e da autonomia dessa disciplina. A depende ncia em relaça o a 
Sociologia, em particular, inibiu os estudos sobre a polí tica institucional e a autonomia da 
Cie ncia Polí tica brasileira” p. 137. “Outro efeito importante foi introduzir os estudos societais 
na Cie ncia Polí tica depois que ela se institucionalizou. Talvez voce esteja se perguntando: Mas 
como isso ocorreu, ja que esses estudos dificultaram sua autonomia? Bem, a Cie ncia Polí tica e a 
Sociologia permaneceram vinculadas, pois: as disciplinas continuaram condensadas na 
graduaça o, nos cursos de cie ncias sociais; e a Cie ncia Polí tica e dependente da Associaça o 
Nacional de Po s-Graduaça o em Pesquisa em Cie ncias Sociais (ANPOCS) – somente em meados 
da de cada de 1990 a Associaça o Brasileira de Cie ncia Polí tica (ABCP) passou a organizar 
congressos especí ficos de Cie ncia Polí tica, estimulando a reas e abordagens especí ficas, mais 
politolo gicas” p. 137 e 138. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. 
Curitiba: InterSaberes, 2016 p. 137 e 138. 
 
 
 
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“A Cie ncia Polí tica ainda na o e uma disciplina ta o coesa e definida como a Fí sica ou mesmo a 
Economia. Cientistas polí ticos ainda te m viso es muito diferentes do que a Cie ncia Polí tica 
deveria estudar e de como deveria faze -lo”. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos 
dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016 p. 89. “Uma das maiores oposiço es atuais na Cie ncia 
Polí tica brasileira sa o trabalhos que usam estatí stica para entender os feno menos polí ticos e 
trabalhos que empregam me todos histo ricos. Essa oposiça o expressa o conflito entre 
conhecimento humaní stico e cientí fico na histo ria do conhecimento ocidental, algo que se aplica 
a Cie ncia Polí tica” p. 109. 
 
Tema: A influência do modelo humanístico: intelectuais e intérpretes do Brasil 
“Autonomia, nesse caso, implicava apenas o reconhecimento de um domí nio de objetos a 
considerar, mas na o a adesa o a um saber distinto e independente das demais narrativas sobre 
a experie ncia histo rica, cultural e social”. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos 
dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016. “A expressa o pre -cientí fico indica, sobretudo, duas 
coisas: que e normativo e propositivo em vez de objetivo, mais apegado a consideraço es de valor 
do que a consideraço es de fato; na o emprega me todos rigorosos de ana lise empí rica e validaça o 
de hipo teses” p. 120. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: 
InterSaberes, 2016 p. 120. 
 
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“Luitgarde e Hiro – E como o senhor encara uma afirmaça o que tem sido feita, geralmente pelo 
pessoal intelectual do Rio, de que era um intelectual so com intença o de influenciar deciso es, 
mas na o preocupado com a institucionalizaça o da pra tica cientí fica? He lio Jaguaribe – Isso 
depende [...] O ISEB teve de tudo. Eu, pessoalmente, inclusive, sou extremamente interessado 
em filosofia, tenho uma parcela da minha obra dedicada exclusivamente a filosofia. Tenho um 
grande interesse em teoria social, em teoria do desenvolvimento. Meu livro “Desenvolvimento 
polí tico e desenvolvimento econo mico” e um livrototalmente teo rico. Meu estudo “Introduça o 
a sociedade na o repressiva” e um livro teo rico. Minha produça o teo rica e grande, na o sou de 
nenhuma maneira infenso a teoria. Mas, por outro lado, essa minha angu stia de contribuir para 
a modificaça o da sociedade me leva a achar que tem tantas pessoas que esta o na vida teo rica 
pura, que ha suficiente espaço para aqueles que pensam a realidade contempora nea e a 
problema tica teo rica com uma certa vista a transformaça o social”. (Jaguaribe, 1988, p. 5)”. 
Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016. 
“Herdeiros do modelo humaní stico renascentista, os autores desse perí odo sa o melhor 
definidos como eruditos ou polí matas, ou seja, indiví duos que dedicam suas vidas ao estudo de 
va rias a reas do conhecimento, sobretudo a Filosofia, as Letras e a Histo ria, ale m de, com certa 
freque ncia, engajarem-se diretamente na polí tica. Na o sa o, portanto, especialistas ou 
profissionais, como a maior parte dos acade micos e cientistas polí ticos atuais” p. 122. 
 
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“Trata-se de um modelo muito ecle tico e pouco especializado, e a formaça o versava sobre 
assuntos muito diversos. Essa caracterí stica ecle tica e polivalente foi chamada de conhecimento 
universal, e se aprofundou no perí odo humaní stico”. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da 
antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016. “O modelo humaní stico produziu 
efeitos duradouros sobre a Cie ncia Polí tica no Brasil. Dentre os quais podemos destacar: 
dificultou a institucionalizaça o das cie ncias sociais e, assim, a autonomizaça o da Cie ncia 
Polí tica; ao estudar instituiço es polí ticas, o modelo humaní stico antecedeu a tradiça o 
politolo gica hoje dominante; o modelo humaní stico precedeu as a reas da teoria polí tica e 
histo ria das ideias; o modelo humaní stico criou uma cultura de intervença o polí tica que 
encontrou eco nas tradiço es societais e politolo gicas que se estabeleceram depois de 1960; e o 
modelo humaní stico constituiu a figura do intelectual brasileiro, inserindo-se na tradiça o 
humaní stica do pensamento ocidental” p. 129. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade 
aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016 p. 129. 
 
Tema: O papel da FLACSO e a pós-graduação nos Estados Unidos 
“O contato com me todos tí picos da Cie ncia Polí tica estadunidense, contudo, ocorreu por meio 
da Flacso, quando os cientistas sociais mineiros rece m-formados tiveram contato com me todos, 
sobretudo de cara ter quantitativo, ja estabelecidos nos Estados Unidos”. Fonte: LEITE, F. Cie ncia 
Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016. O modelo do scholar 
estadunidense e um modelo de acade mico especialista e profissionalizado. Esse modelo 
valoriza o trabalho coletivo os perio dicos, a leitura extensiva, a atença o a evide ncia, entre outros 
atributos tí picos do modelo cientí fico. Fonte: Rota de aprendizagem 6, tema: O papel da Flacso 
e a po s-graduaça o nos Estados Unidos. 
 
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“Em paralelo com o exí lio de intelectuais considerados perigosos, seguiu-se um vigoroso 
programa de expansa o da po s-graduaça o, do qual as cie ncias sociais, entre elas a cie ncia da 
polí tica, muito se beneficiaram”. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de 
hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016. “A Cie ncia Polí tica na o foi beneficiada apenas pela reforma 
universita ria. Ta o importante quanto a reforma foi o apoio da Fundaça o Ford. Fundada em 1936 
por Edsel Ford (1893-1943), filho de Henry Ford, a Fundaça o Ford tem um amplo espectro de 
atuaça o, geralmente investindo na criaça o de age ncias que promovam progresso social. O 
diferencial da Ford foi essa estrate gia de institucionalizaça o de suas iniciativas, de modo a 
tornar seus investimentos autossustenta veis. Nesse sentido, a Ford implantaria um grande 
projeto de financiamento a s cie ncias sociais na Ame rica Latina e, em particular, no Brasil. 
Obviamente, esse investimento constituí a uma oportunidade para exportar modelos 
estadunidenses de cie ncia” p. 160. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos dias de 
hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016 p. 160. 
 
--- 
 
“Em 1961, a Revista Brasileira de Cie ncias Sociais foi fundada na UFMG. A revista se tornaria o 
principal veí culo em que os mineiros, enta o docentes rece m-admitidos e po s-graduandos, 
 
 
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emitiam seus posicionamentos intelectuais”. Fonte: LEITE, F. Cie ncia Polí tica: da antiguidade aos 
dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016. Para explicar qual foi o papel da FLACSO na formaça o 
dos cientistas polí ticos brasileiros ha que se ter em mente que “A po s-graduaça o na FLACSO 
consistiu basicamente em um intensivo treinamento metodolo gico, sob um prisma mais 
positivista, ou seja, mais pro ximo das cie ncias naturais, enfatizando estatí stica, teste de 
hipo teses e foco em identificar relaço es de causa e efeito” p. 152. Fonte: LEITE, F. Cie ncia 
Polí tica: da antiguidade aos dias de hoje. Curitiba: InterSaberes, 2016 p. 152. 
 
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“O doutoramento nos Estados Unidos e o prolongamento natural da experie ncia na Flacso. E 
enta o que os cientistas sociais transformam-se, oficialmente, em cientistas polí ticos”. Fonte: 
Rota de Aprendizagem 6, tema: O papel da FLACSO e a po s-graduaça o nos Estados Unidos. “O 
positivismo lo gico foi uma versa o do positivismo elaborado pelo grupo de filo sofos conhecidos 
como o “Cí rculo de Viena” e que rejeitava todas as afirmaço es que na o fossem verifica veis pela 
observaça o, isto e , empiricamente verifica veis. Sa o abordagens mais positivistas, favora veis a 
pesquisa empí rica e a me todos quantitativos” (Adaptado). Fonte: Rota de aprendizagem 6, 
tema: O papel da FLACSO e a po s-graduaça o nos Estados Unidos.

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