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ILICITUDE E CULPABILIDADE Tucho Unip

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ILICITUDE E CULPABILIDADE
AULA 1 
Direito Civil – Indeniza 
Direito Penal – Castiga 
Crime 
É aquilo que a lei impõe castigo, e que é de interesse criminal.
Quem faz a lei penal é o poder legislativo federal (congresso nacional)
Lei Penal = 1940(a ideia nasceu, e foi reformulada em 1984) -> Segunda metade é a parte especial, Primeira parte é a parte geral.
LEI ADMINISTRATIVAS = NÃO TEM CASTIGO 
LEI PENAL = TEM CASTIGO 
Culposo = Sem intenção
Doloso = Com intenção 
Analogia não pode prejudicar, só beneficiar 
Analogia = semelhante 
Tipicidade = Tipo penal, é o juízo (Bom Senso) de adequação entre um fato e a norma penal incriminadora.
Crime= É o fato: Típico, Antijurídico, e culpável.
TIPICA: Significa que a ação ou omissão praticada pelo sujeito deve ser tipificada, isto é descrita em lei como delito.
ANTIJURIDICA: Significa que a conduta positiva ou negativa além de típica deve ser antijurídica Contraria do direito. É a oposição ou contrariedade entre o fato e o direito, será antijurídica a conduta que não encontrar uma causa que venha a justificá-la.
CULPAVEL: A culpabilidade é o elemento subjetivo do autor do crime. É aquilo que passa na mente daquela pessoa que praticou um delito.
A culpabilidade portanto é a culpa em sentido amplo que abrange o dolo, e a culpa em sentido amplo.
Ele poderia ter desejado um resultado criminoso qualquer (agiu com dolo direto).
Ele poderia ter assumido o risco de produzir um resultado criminoso (agiu com dolo indireto eventual).
Ou não desejava aquele resultado criminoso, mas deu causa a ele por imprudência, negligencia, ou imperícia 
O dolo direto ou determinado configura-se quando o agente prevê um resultado, dirigindo sua conduta na busca de realizá-lo. Já no dolo indireto ou indeterminado, o agente, com a sua conduta, não busca resultado certo e determinado. 
O dolo indireto possui suas formas, quais sejam, dolo alternativo e dolo eventual. Alternativo ocorre quando o agente prevê e quer um ou outro dos resultados possíveis da sua conduta, e o eventual, quando a intenção do agente se dirige a um resultado, aceitando, porém, outro também previsto e consequente possível da sua conduta.
A culpa consciente ocorre quando o agente prevê o resultado, mas espera que ele não ocorra, supondo poder evitá-lo com a sua habilidade. Na culpa inconsciente, o agente não prevê o resultado, que, entretanto, era objetiva e subjetivamente previsível.
	
	Consciência
	Vontade
	Dolo direto
	Prevê o resultado
	Quer o resultado
	Dolo eventual
	Prevê o resultado
	Não quer, mas assume o risco
	Culpa consciente
	Prevê o resultado
	Não quer, não assume risco e pensa poder evitar
	Culpa inconsciente
	Não prevê o resultado (que era previsível)
	Não quer e não aceita o resultado
AULA 2
Lei penal, esta no código penal e nas leis extravagantes
Lei extravagantes:
Crime é necessariamente um fato Típico , antijurídico e culpável.
Fato típico , é gerado por uma ação humana, que se amolda perfeitamente ao modelo constantes na lei penal
Elementos do fato típico: Conduta humana, culposa ou dolosa, tipicidade, resultado, e um nexo causal.
Art. 18 código penal 
Dolo direto quer o resultado
Dolo indireto assume o risco do resultado
Tipicidade é a adequação ao modelo legal.
Resultado é a modificação provocada no mundo exterior pela conduta humana .(não existe crime se não houver um resultado ).
Resultado pode ser: crime material, crime formal e crime de merda conduta
Crime material: depende de um resultado.
 Crime material é aquele cuja descrição legal se refere ao resultado e exige que o mesmo se produza para a consumação do delito
Crime formal:é aquele que existe o resultado, mas não exige que aconteça
ocorre quando a intenção do agente é presumida de seu próprio ato, que se considera consumado independentemente do resultado, como por exemplo, a falsidade de moeda, ainda que o objeto do delito (a moeda falsa) não venha a circular. Considera-se consumado independente do resultado naturalístico, 
Crime mera conduta: tem um resultado mas é muito tênue
não há resultado material, mas tão somente a conduta (violação de domicílio e desobediência, em que a prática da conduta constitui o crime, não havendo resultado efetivo no mundo exterior)
Exemplo: chuva forte, a pessoa passa na estrada, pula o muro de uma casa e se abriga da chuva debaixo de uma cobertura (garagem descoberta, por exemplo, ou hall de entrada) sem entrar no recinto do lar propriamente dito (sala, varanda, cozinha, quartos, etc) até ela passar, sem permissão do dono.
De maneira simplificada, teríamos:
Crime material: produz resultado e exige-se a ocorrência resultado para sua consumação. Quando este não é atingido, estaremos diante da tentativa.
Crime formal: produz resultado, mas independentemente do resultado há crime. Não há o que se falar em tentativa.
Crime de mera conduta: não produz resultado algum (exemplos: invasão de domicílio, desobediência)
Nexo causal:a qual verifica-se o vínculo entre a conduta do agente e o resultado ilícito.
Causalidade é a relação entre um evento A (a causa) e um segundo evento B (o efeito)
Superveniente Que vem depois; posterior.
ConcomitanteAo mesmo tempo; simultâneo
Causas (do resultado)
Absolutamente independentes da conduta do agente: (Absolutamente independentes, independente da ação da outra pessoa iria ocorrer de toda forma.)
Pré existentes: não há causalidade, não há fato típico. (a causa já existia antes da conduta do agente)
Concorrência de causas 
Concomitante: não há causalidade, não há nexo causal (acontece ao mesmo tempo) 
Superveniente: não há causalidade (causa vem depois)
Causas relativamente Independentes da conduta do agente
Pré existente: sim nexo causal.
Concomitante: sim, nexo causal.
Superveniente: não nexo causal (aparentemente) 
AULA 3
Crime é fato Tipico, antijurídico e culpável 
Antijuricidade também chamada de ilicitude 
A conduta Típica é a primeira vista, antijurídica ( ilícita) 
Mas o ordenamento jurídico contem normas permissivas 
Como reconhecer o que é ilícito então ?
Procurando normas permissivas (que excluem a ilicitude, tornando o ato Licito
Devemos ainda, ao encontrar a norma permissiva, considerar que o agente deve querer e saber o que esta fazendo. Ou seja, o agente deve dirigir sua conduta com consciência do que faz. É a presença do elemento subjetivo da antijuricidade 
Falta de dolo exclui a tipicidade 
Art. 23. - Não há crime quando o agente pratica o fato: 
 I - em estado de necessidade; 
II - em legítima defesa; 
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. (PREVISTO EM LEI)
Excesso punível Parágrafo único. 
O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo. Estado de necessidade
AULA 4
Causas que excluem a antijuricidade
Excluem o crime 
São elas: estado de necessidade , legitima defesa , estrito cumprimento do dever legal, exercício regular do direito.
Conceito: legitima defesa
É o sacrifício de um interesse juridicamente protegido, para salvar de perigo inevitável o direito próprio ou de terceiros, desde que outra conduta, nas circunstancias não era razoávelexigível
Estado de necessidade pode ser defensivo ou agressivo
Defensivo
Pratica o ato contra a origem do perigo direto(ex mata um cachorro que vem te morder)
O agente pratica o ato contra o perigo
Agressivo
Quando a gente se volta contra a pessoa ou coisa diferente do perigo (ex: subtrair coisa de alguém para salvar outra pessoa
Estado de necessidade
 Pode ser justificante – quando o valor salvo é mais valioso , não pode ser provocado pelo agente 
Requisitos 
Perigo atual
Ameaça a direito próprio ou alheio
Situação não causada voluntariamente pelo agente
Inexistência do dever legal de enfrentar o perigo 
Inevitabilidade do comportamento lesivo
Inegibilidade de sacrifício do interesse ameaçadoConhecimento da situação do fato justificante 
Art 25 legitima defesa
Art 24 estado de necessidade 
Conceito legitima defesa
É a defesa necessária empreendida contra agressão injusta atual ou iminente (esta acontecendo) contra direito próprio ou de terceiro, usando para, tanto, moderadamente de meios necessários , sacrificando interesse juridicamente protegido, para salvar de perigo inevitável o direito próprio ou de terceiro , desde que, outra conduta, nas circunstancias concretas não era razoável exigir-se 
Causas excludentes de antijuricidade
-estado de necessidade
- legitima defesa (art 25 c.p)
PARA SER LEGITIMA DEFESA:
O agressor tem que ser alguém ( gente) 
O agressor age voluntariamente 
Não precisa ser dolosa 
A agressão tem que ser injusta
A agressão pode ser de imputáveis 
A agressão pode ser de imputável menor de 18 e “louco”
a agressão deve ser real ( e não suposta) 
AGRESSAO PODE SER
Sociedade
Honra
Patrimônio
Etc
PROPORCIONALIDADE
Bem agredido E a Agressao
NÃO EXISTE LEGITIMA DEFESA RECIPROCA 
OFENDICULO :
AULA 5
Causas excludente de antijuricidade (ilicitude)
Art 23 
- estado de necessidade
- legitima defesa
- estrito cumprimento do dever legal 
- exercício regular de direito
Estrito cumprimento de um dever legal(Dever, por força da lei)
É a causa de exclusão de ilicitude que consiste na realização de um ato típico por força de um desempenho de uma obrigação imposta por lei, nos exatos limites dessa obrigação (a lei não pode punir quem cumpre um dever que ela própria impõe)
Exercício regular de um direito (Faculdade que provem da lei, faz se quiser)
O exercício regular de direito pressupõe, uma faculdade de agir, atribuída pelo ordenamento jurídico, a alguma pessoa pelo que a pratica de uma ação típica não configura crime ilícito 
AULA 1 
2° BIMESTRE
CULPABILIDADE (CULPA)
A Culpa, consiste na reprovabilidade da conduta (Típica e ilícita) de quem tem a capacidade de entender e querer e podia nas circunstancias em que o fato ocorreu conhecer sua ilicitude, sendo exigível comportamento que se ajuste ao Direito 
A culpabilidade constitui-se de um juízo de reprovação, que recai sobre o autor de
um fato típico e antijurídico, presente sempre que o agente for imputável,puder
compreender o caráter ilícito do fato (art. 21 do CP) e dele se puder exigir conduta diversa (art. 22 do
CP).
Elementos 
■imputabilidade;Contrario é inimputável( art 26 caput)
■ potencial consciência da ilicitude;Contrario é Erro de proibição ( art 20 §1, art 21)
■ exigibilidade de outra conduta.Contrario inexigibilidade de outra conduta (art 22, art 24, art 25 )
Exclui a culpabilidade não há crime 
Inimputável
É a pessoa que será isenta de pena em razão de doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado que, ao tempo da ação ou omissão, não era capaz de entender o caráter ilícito do fato por ele praticado ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. São causas da inimputabilidade: a) doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado; b) menoridade; c) embriaguez completa, decorrente de caso fortuito ou força maior; e d) dependência de substância entorpecente.
Em Direito, chama-se de imputabilidade penal a capacidade que tem a pessoa1 que praticou certo ato, definido como crime, de entender o que está fazendo e de poder determinar se, de acordo com esse entendimento, será ou não legalmente punida.
Fundamentação:
Art. 228 da CF
Arts. 26 a 28 do CP
Art. 397, II do CPP
Art. 492, II, "c" do CPP
Erro de proibição
Normatizado no direito penal brasileiro pelo artigo 21 do Código Penal, o erro de proibição é erro do agente que acredita ser sua conduta admissível no direito, quando, na verdade ela é proibida. Sem discussão, o autor, aqui, sabe o que tipicamente faz, porém, desconhece sua ilegalidade. Concluímos, então, que o erro de proibição recai sobre a consciência de ilicitude do fato. O erro de proibição é um juízo contrário aos preceitos emanados pela sociedade, que chegam ao conhecimento de outrem na forma de usos e costumes, da escolaridade, da tradição, família etc.
Potencial consciência da ilicitude
Para se mostrar merecedor de pena, de acordo com o CP, deve o sujeito ter consciência do
caráter ilícito de sua conduta. Trata-se de requisito vinculado à idéia de que a pena se baseia num juízo ético de reprovação pelo ato praticado. Logo, quando o indivíduo carecer por completo da noção de que seu agir se mostrava ilícito, desconhecendo a existência de uma proibição reguladora de sua conduta,não deverá ser apenado.
INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA
Neste sentido, em não sendo possível praticar conduta diversa, pode o agente recair sobre uma excludente de criminalidade ou diminuição de pena, que consiste na inexigibilidade de conduta diversa, que se vale do princípio de que não sendo possível exigir do autor um comportamento diverso (conforme o direito), não se pode puni-lo.
As situações de inexigibilidade de conduta diversa são previstas pela legislação, ou seja, encontram-se autonomia legal perante o Código Penal [10] e supralegais, e, não é reconhecida, principalmente por Zaffaroni e Pierangelli [11], a causa de inculpabilidade. São estas as hipóteses de inexigibilidade de conduta diversa: (a) estado de necessidade exculpante; (b) coação moral irresistível; (c) obediência hierárquica, (d) impossibilidade de dirigir as ações conforme a compreensão da antijuridicidade e (e) outras causas supralegais.
Exigibilidade de outra conduta
Estamos agora diante do último elemento da culpabilidade previsto em nosso Código Penal. Paradizer que alguém praticou uma conduta reprovável, é preciso que se possa exigir dessa pessoa, nasituação em que ela se encontrava, uma conduta diversa.
Para tanto, é necessário que dele se possa exigir conduta diversa, ou seja, que na situação em que o fato foi cometido, seja lícito concluir queo agente possuía uma alternativa válida de conduta. 
AULA 2
CONCURSO DE AGENTE 
Art 29 – Quem, de qualquer modo concorrer para o crime incide nas Penas a este cominada 
§ 1 Se a participação for de menor importância a pena pode ser diminuída de 1/6 a 1/3
DEFINIÇOES
AUTOR 
Quem realiza a conduta típica diretamente ou quem a realiza através de outra pessoa (autoria mediata) 
PARTICIPE
Todo aquele que concorre. O participe não realiza a conduta, mas contribui, assim, a participação é sempre acessória
CO – AUTOR 
É quem executa, juntamente com outros a conduta (ação ou omissão) que configura o delito 
AUTORIA COLATERAL 
Aqui falta a consciência de cooperar, embora os agentes sabem estar praticando o crime 
CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES PROCURAR NA NET 
CIRCUNSTANCIAS INCOMUNICAVEIS 
Art 30 – Não se comunica as circunstancias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime 
AULA 3
João defende um tiro em um boneco, supondo que o mesmo, embora “animado”, assim seja em razão de aparatos eletrônicos. Com o disparo atinge pessoa que o animava, dele transvertida
A conduta é considerada crime :
Não, pois a lei não prevê crime em atirar em um boneco, o agente agiu sobre um erro de elemento do tipo (art 121) ,que exclui o dolo, pois não queria matar alguém
Joãosupõe ter visto Antonio tentando afogar Maria. Para defender Maria golpeia Antonio com forte soco, provocando lesão, posteriormente a saber que Antonio, um pastor batizava Maria.
Há dolo na agressão?
João embora tenha agido com dolo
João errou sobre suas intenções ?
Pensava estar agindo sobre legitima defesa de terceiros (legitima defesa putativa ) 
A conduta é considerada crime de lesoes corporais?
Sim, pois João ofendeu a integridade ou a saúde de outrem, que não estava cometendo ato ilícito
Um homem casado em comunhão parcial de bens separa-se da mulher e leva 50% dos bens que incluindo o que a mulher recebera por herança 
A é conduta é considerada crime ?
Ele supõe estar agindo corretamente 
Trata-sede erro escusável ?
Sim, Ele acha estar no exercício regular de um direito
Art. 30 (C.P)
“não se comunica as circunstâncias de caráter elementar, salvo quando elementares do crime”
Art. 342 “fazer afirmação falsa com testemunha”
Pena de 2 a 4 anos de reclusão
- o advogado que orienta a testemunha a testemunha a mentir é condutor?
- há circunstancias de caráter pessoal que se comunica ? porque ?
Sim ajudou, não se comunicam, pois testemunha é elementar do crime, portanto não se comunicam , o advogado não respondera

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