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1º SIMULADO DE DIREITO ADMINISTRATIVO 21/04 a 23/04 ENUNCIADO DA PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL O Ministério da Defesa deu início a um procedimento licitatório para aquisição de material de escritório necessário à atividade do órgão, na modalidade pregão, do tipo técnica e preço, orçado no valor de R$ 120.000,00. A empresa Zuzu, microempresa do ramo de vendas de materiais de escritório e papelaria em geral, foi selecionada, juntamente com mais 3 empresas para a fase de lances verbais. Ocorre que, ao final desta fase, a Empresa Biroca S.A. se sagrou vencedora, haja vista ter ofertado todos os itens do edital pelo valor de 100.000,00, enquanto a Empresa Zuzu havia oferecido os mesmos itens pelo valor de 103.000,00. Nos atos que se seguiram, a empresa Biroca S.A. adjudicou o objeto do contrato e, mesmo após a interposição de recurso interposto pela empresa Zuzu, sagrou-se vencedora, a empresa Biroca S.A. A decisão final de homologação do procedimento ocorreu em 25 de julho de 2013 pelo Ministro da Defesa e, em 10 de dezembro de 2013, Sr. Chateado da Silva, administrador da empresa Zuzu, te procurou para propor a ação cabível, em nome da empresa para anular o procedimento. Informou que tem urgência na suspensão do procedimento, uma vez que o contrato ainda não foi celebrado. Na qualidade de advogado contratado, elabore a peça judicial cabível à espécie. QUESTÃO 1 Determinado ente federativo, no exercício de atividade fiscalizatória, tendo constatado a presença de construção irregular de imóvel em área pública a ele pertencente, emitiu notificação demolitória ao ocupante. O particular apresentou requerimento administrativo, com a finalidade de impedir a concretização da demolição, no qual, alegou que: (i) o ato seria nulo, ante a ausência da indispensável autorização judicial prévia; (ii) a ocupação seria de boa-fé, embora não houvesse título expresso e válido autorizando a ocupação do imóvel; (iii) como decorrência da boa-fé, teria posse do imóvel e o direito de retenção, de acordo com os institutos civilistas aplicáveis à matéria; e (iv) teria direito à indenização por benfeitorias úteis e necessárias, caso fosse implementada a medida. Em face dessa situação hipotética, responda: Épossível que o Poder Público determine a demolição sem autorização judicial prévia? a. Existe direito de retenção e de indenização pela realização de benfeitorias úteis e necessárias no imóvel? a. QUESTÃO 2 Um servidor público civil da União, após responder a processo administrativo disciplinar, foi absolvido das acusações que lhe eram imputadas. Após essa absolvição, foi proposta ação penal que foi acolhida pela autoridade judicial. O servidor ingressou, então, com habeas corpus, no qual pleiteava a anulação do ato do juiz, alegando que as provas oferecidas na ação penal já haviam sido julgadas e consideradas inconsistentes na instância administrativa. Na situação descrita, estão corretas as razões apresentadas pelo servidor? Justifique a sua resposta. QUESTÃO 3 Extinto o prazo de contrato administrativo de prestação de serviços, foi o mesmo prorrogado tacitamente enquanto não concluído o processo licitatório para a efetivação de novo contrato visando idêntico objeto. O atraso na licitação decorreu de suspensão deferida em julgamento de liminar judicial argüindo ilicitude em seu procedimento. Estará correto o pagamento ao contratado pelos serviços realizados no período não coberto pelo prazo contratual inicial? Fundamente a resposta. QUESTÃO 4 O Sr. Joaquim Nabuco, dono de um prédio antigo, decide consultá-lo como advogado. Joaquim relata que o seu prédio está sob ameaça de ruir e que o poder público já iniciou os trabalhos para realizar sua demolição. Joaquim está inconformado com a ação do poder público, justamente por saber que não existe ordem judicial determinando tal demolição. Diante do caso em tela, discorra fundamentadamente sobre a correção ou ilegalidade da medida.
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