Buscar

Catalogo Brasfond estacas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A BRASFOND FUNDAÇÕES ESPECIAIS S/A é uma empresa brasileira, 
especializada nas mais modernas tecnologias de fundações.
Foi constituída em outubro de 1976, porém acumula experiência de mais 
de 50 anos em decorrência de acordo tecnológico com a FONDEDILE 
S.p.A. (Napoli - Itália). Tal acordo compreende assistência técnica em 
projetos, novas tecnologias e treinamento de pessoal, bem como o 
oferecimento de equipamentos especializados. 
Durante estes anos de ativa atuação no mercado de engenharia de 
fundações, tivemos a oportunidade de participar de mais de 1000 
empreendimentos através de uma equipe altamente especializada e com 
equipamentos de última geração.
A partir de agosto de 2000, a BRASFOND passou a oferecer excelência na 
execução de fundações de obras portuárias, marítimas e fluviais, através 
da constituição da BRASFIX, empresa da qual é uma das associadas.
Em agosto de 2002, a BRASFOND foi recomendada para a certificação 
pela empresa BVQI, para o padrão normativo ISO9001:2000 - Prestação 
de serviços de Fundações Especiais e Geotecnía para Construção Civil.
A partir de dezembro de 2004 a BRASFOND constituiu a empresa SPFE - 
Sociedade Portuguesa de Fundações Especiais, com sede em Portugal, 
com o objetivo de incrementar sua atuação também na Europa.
Em março de 2006 a BRASFOND incorporou ao seu sistema de gestão a 
norma OHSAS 18001 : 1999 com objetivo de aumentar a postura 
preventiva em relação as questões de segurança e saúde. 
A Brasfond concretiza seu desenvolvimento na 
execução de Fundações Especiais e Geotecnia 
empregando modernas tecnologias, buscando 
melhoria contínua através de seus processos, com o 
compromisso de:
Atender aos requisitos de seus clientes;
Buscar e utilizar novas tecnologias;
Elevar a qualificação de seus colaboradores;
Melhorar sua posição concorrencial;
Reduzir falhas que comprometam a qualidade 
de seus produtos;
Empregar a segurança para preservação da 
saúde dos seus funcionários;
Redução dos riscos ocupacionais.
POLÍTICA DA QUALIDADE
BRASFOND
 
ÍNDICE
Capítulo 1
Sede e Oficina de Manutenção
Capítulo 2
Estaca Escavada de Grande Diâmetro
Capítulo 3
Parede Diafragma
- Moldada “in loco”
- Pré-moldada
- Plástica
Capítulo 4
Estaca Barrete
Capítulo 5
Estaca Hélice Contínua com
Monitoração Eletrônica
Capítulo 6
Estaca-Raiz
Capítulo 7
Jet Grouting
Capítulo 9
Tirantes
Capítulo 10
Drenos Fibroquímicos
Capítulo 11
Prova de Carga Estática sobre Estacas
Capítulo 8
Tratamento de Maciços para
Execução de Túneis
4
6
15
16
18
21
24
26
31
37
45
48
51
55
Capítulo 12
Brasfix Fundações de Obras Marítimas
e Fluviais 57
Capítulo 13
Sociedade Portuguesa de Fundações 
Especiais LDA 59
 
SEDE E OFICINA
DE MANUTENÇÃO
INSTALAÇÕES
A
Brasfond possui instalações próprias de “Oficina 
e Manutenção”, em função da preocupação 
constante com a qualidade, procurando cada 
vez mais estar apta a participar das grandes obras com 
tecnologia de ponta.
Situada em Guarulhos, em uma área de cerca de 
20.500m2, é capaz de manter, reformar e construir a 
quase totalidade dos equipamentos de sua propriedade, 
pois dispõe de uma equipe técnica permanente, 
altamente especializada e experiente. 
Manutenção de equipamentos levesManutenção de equipamentos leves
Seção de usinagem
4
CAPÍTULO 1
5Sede e Oficina de Manutenção
Sede própria - Vila Olímpia - São Paulo / SP
Vista aérea - Oficina de manutenção - Guarulhos / SP
ESTACA ESCAVADA
DE GRANDE DIÂMETRO
SERVIÇOS
Introdução
a ocorrência de cargas elevadas, em obras de 
vulto tal que justifique a mobilização do N equipamento, o tipo de estaqueamento 
correntemente mais adequado é o de estacas de 
grande diâmetro moldadas "in loco", com perfuração 
mecânica a rotação, com eventual emprego de lama 
bentonítica.
O emprego desse tipo de estacas tem se difundido 
largamente pela facilidade e rapidez de execução e pela 
adaptabilidade a diversos tipos de terreno, bem como o 
seu imediato conhecimento visual recolhendo material. 
As estacas de grande diâmetro executadas por 
perfuração a rotação, podem ser executadas junto a 
construções existentes, devido a total ausência de 
vibração, podendo atingir profundidades de até 70 
metros.
Convém ainda lembrar que as estacas escavadas 
de grande diâmetro podem ser executadas em presença 
de lâmina d'água, o que ocorre em obras marítimas e em 
construção de pontes. Nesse caso, a escavação 
mecânica e a concretagem submersa são precedidas da 
cravação de camisa metálica por intermédio, em geral, 
de martelo vibratório. Os equipamentos, quando 
necessário, serão montados em plataforma flutuante 
(barcaças de convés chato). As camisas metálicas 
poderão ser perdidas ou recuperadas.
Em geral costuma-se aplicar às estacas escavadas 
cargas de trabalho que induzem no concreto do fuste 
solicitações à compressão simples da ordem de 
Diâmetro
(mm)
Área 
da Secção
2(m )
Perímetro
(m)
Cargas
(KN)
3,5MPa 4,0MPa 5,0MPa 
700
800
900
1000
1100
1200
1300
1400
1500
1600
1700
1800
1900
2000
0,385
0,502
0,636
0,785
0,950
1,131
1,326
1,538
1,767
2,010
2,269
2,544
2,834
3,142
2,20
2,51
2,83
3,14
3,45
3,77
4,08
4,40
4,71
5,02
5,34
5,65
5,974
6,28
1350
1760
2220
2750
3320
3960
4640
5380
6180
7030
7940
8900
9920
11100
1540
2006
2540
3140
3800
4520
5300
6150
7070
8040
9070
10170
11330
12570
1930
2500
3180
3920
4750
5650
6630
7690
8830
10050
11340
12720
14170
15710
3,5 a 5,0 MPa. As capacidades de carga típicas podem 
ser aproximadamente as indicadas na tabela abaixo. 
Naturalmente, a capacidade de carga de uma 
estaca é sobretudo função das características do 
terreno, pelo que torna-se indispensável um estudo 
geotécnico preciso e correto para se definir, caso por 
caso, a capacidade de carga máxima permissível.
Estaca escavada - Santos / SP
6
CAPÍTULO 2
7Estaca Escavada de Grande Diâmetro
Metodologia Executiva
O sistema de perfuração é a rotação com 
eventual emprego de lama bentonítica. O equipamento 
consta essencialmente de uma Perfuratriz Hidráulica, 
que aciona uma haste telescópica com comprimento 
necessário para atingir as cotas do projeto, que 
tem em sua extremidade inferior uma ferramenta de 
escavação.
A perfuratriz, que deverá ter torque adequado ao 
diâmetro, ao tipo de terreno e a cota exigida, inclui uma 
central hidráulica que comanda o “pull-down” da haste 
telescópica para dar maior penetração à ferramenta de 
escavação.
Desde o início da perfuração adiciona-se lama 
bentonítica ao furo, mantendo-a sempre cerca de 1,50m 
acima do nível do lençol freático.
a) Colocação de guia
Como, em geral, o terreno superficial é menos 
coerente, é colocado no terreno um segmento de camisa 
metálica-guia com comprimento a 2,0 a 3,5 metros e 
diâmetro interno no mínimo 10 centímetros maior que o 
diâmetro da estaca especificada no projeto e que servirá 
de guia para a escavação da mesma. Logo após o 
término da concretagem da estaca, o segmento de 
camisa metálica deverá ser retirado. 
b) Posicionamento da Perfuratriz
Depois de locada, a perfuratriz é nivelada a fim de 
garantir a verticalidade da haste e, conseqüentemente, 
do furo.
c) Perfuração
Instalada a guia e posicionado o equipamento, 
inicia-se a perfuração adicionando lama bentonítica 
mantendo-asempre, de preferência, 1,5 metro acima da 
cota do lençol para contenção das paredes de 
escavação. Durante a perfuração é sempre necessário 
controlar a verticalidade. Especial cuidado deve ser 
dispensado na escolha do tipo e da secção da 
ferramenta para uma perfuração correta e uniforme.
Ao se atingir a cota de assentamento da estaca, 
prevista no projeto, a fiscalização deverá verificar se as 
características do solo naquela cota são compatíveis 
com as previstas no projeto, sendo em seguida feita a 
desarenação ou troca da lama. 
Posicionamento do 
guindaste e colocação
de camisa-guia
Perfuração 
da estaca
Desarenação ou
 troca da lama
Colocação 
de armadura
Concretagem 
da estaca
 Estaca Escavada de Grande Diâmetro
Estaca escavada - Santos / SP
Estaca escavada - Santos / SPEscavação com caçamba - Telesp Celular - São Paulo / SP
Estaca escavada - Santos / SP
8
constante e regular a fim de obter uma concretagem 
adequada, com o concreto preenchendo o furo de baixo 
para cima, garantindo a perfeita aderência do fuste da 
estaca ao terreno. O concreto deve satisfazer as 
seguintes exigências:
Fator água/ cimento [ 0.6.h
f / 20MPa.ckh
Pedra 1 (dimensão máxima característica 19 mm).h
Slump 220 ± 30 mm.h
Consumo de cimento: 400 kg/m³.h
% de Argamassa em massa /55 % [massa do h
cimento + massa dos agregados miudos ] *100/[massa 
cimento + massa dos agregados miudos + massa dos 
agregados graúdos].
Podem ser usados aditivos plastificantes. h
Diâmetro máximo do agregado não superior a 10% do h
diâmetro do tubo de concretagem.
Permitido o uso de agregados miudos artificiais h
conforme a NBR 7211. 
Obs.: A metodologia descrita anteriormente aplica-se 
também para as estacas barrete e paredes diafragma 
moldadas “in-loco”.
d) Colocação da Armadura
Terminada a perfuração, procede-se à colocação 
da armadura em gaiolas pré-fabricadas, por meio de 
guindaste auxiliar ou com a própria perfuratriz, sendo a 
armadura dotada de espirais, anéis de rigidez, e 
espaçadores que possam garantir um recobrimento 
conveniente da ferragem principal.
e) Concretagem
A concretagem das estacas escavadas é 
submersa, ou seja, executada de baixo para cima de 
modo contínuo e uniforme.
Tal processo consiste no lançamento do concreto 
por gravidade, através de um tubo (tremonha) central ao 
furo, cuja extremidade inferior durante a concretagem 
deve estar sempre imersa no concreto.
A fim de evitar que a lama se misture com o concreto 
lançado, coloca-se um obturador no interior do tubo no 
início da concretagem.
Após esta operação prossegue-se com o 
lançamento do concreto, devendo-se manter um fluxo 
Estaca Escavada de Grande Diâmetro 9
viscosidade, densidade, conteúdo percentual de areia e 
a presença de eventuais substâncias contaminantes.
 Importante na preparação de uma boa lama 
bentonítica é o controle da qualidade da água. De fato, 
água com excesso de cloretos provoca a floculação da 
lama com conseqüente ausência de “gel” e precipitação 
da bentonita.
Especial atenção deve ser dispensada ao controle 
da densidade durante a perfuração e principalmente 
antes da concretagem pois, quando superior aos valores 
desejados, denota a presença de elevada quantidade de 
material em suspensão. Esse material deve ser 
eliminado através de um desarenador.
 Outra precaução indispensável é a de manter 
constante o nível da lama e cerca de 1,50m acima do 
lençol freático durante toda a escavação, inclusive no 
caso da suspensão permanecer muito tempo na 
escavação, durante interrupções do trabalho.
A lama bentonítica pronta para ser utilizada deve ter 
as características resultantes da tabela abaixo.
Terminada a perfuração do elemento de fundação e 
antes de iniciar a concretagem, deve-se novamente 
controlar as características da lama.
A concretagem pode ser procedida quando a lama 
retirada tenha os parâmetros conforme tabela anterior.
Método de ensaio
Método de ensaio
Características
Características
Intervalos dos
Valores a 20ºC
Intervalos dos
Valores a 20ºC
Densidade
Viscosidade
PH
Espessura do cake
Teor de areia
Densidade
Viscosidade
PH
31,02 a 1,10 g/cm
30 a 90 Seg
7 a 11
1,0 a 2,0 mm
Até 3%
31,03 a 1,07 g/cm
45 a 48 Seg
7 a 10
Balança de lama
Método de Funil Marsh
Papel de PH
Filter Press
Baroid Sand Content
Balança de lama
Método de Funil Marsh
Papel de PH
Lama Bentonítica
O emprego da lama bentonítica, de uso 
difundido na tecnologia de perfurações petrolíferas, é de 
aplicação relativamente recente na contenção de 
paredes de uma escavação, datando mais ou menos de 
1952, época a partir da qual passou a ser aceito sem 
qualquer restrição, sendo em alguns casos 
insubstituível. Com tecnologia análoga à utilizada nas 
paredes diafragma e posteriormente nas estacas tipo 
barrete, verificou-se ser possível executar estacas 
escavadas de grande diâmetro sem aplicação de 
revestimento, utilizando exclusivamente a lama 
bentonítica que é a mistura em proporções convenientes 
de bentonita e água.
A bentonita é, pois, um mineral argílico, mont-
morilonita, (silicato hidratado de alumínio) que absorve 
água até 6 a 7 vezes o próprio peso, aumentando de 15 a 
20 vezes o próprio volume, formando uma suspensão 
coloidal cuja propriedade fundamental é a tixotropia, ou 
seja, a característica de sofrer transformação isotérmica 
e reversível, apresentando-se como gel quando em 
repouso e como solução em agitação. Face a essa 
propriedade, junto às paredes de uma perfuração e em 
suas reentrâncias forma-se uma película (cake) de 
partículas de bentonita hidratada, que se constitui em 
barreira à passagem da água, além de apresentar:
viscosidade superior à da água;h
tixotropia;h
habilidade de formação de película (cake);h
Propriedades, estas, essenciais que tornam 
possível o emprego da bentonita na estabilização de 
escavações, mantendo-as íntegras, até que se processe 
a concretagem.
 No decurso da perfuração devem ser controlados 
alguns parâmetros característicos da lama, quais sejam: 
Polímero para utilização 
como fluido de escavação
O polímero que é utilizado como base para fluido de 
escavação de solo é uma poliacrilamida em emulsão de 
alto peso molecular e cadeias longas, sendo 
biodegradável. Quando em contato com a água, ocorre 
seu inchamento e o aumento da viscosidade da água. 
Sua aparência é viscosa e fosca, com as seguintes 
características:
Como aditivo, é utilizado outro polímero que tem a 
função de acelerar a floculação das partículas sólidas em 
suspensão.
Após o processo de dosagem para a obtenção da 
lama polimérica, de acordo com as características do 
solo, a mesma é bombeada para os silos de 
armazenagem para posterior utilização nas escavações.
Antes da utilização da lama polimérica, deve-se 
fazer o ensaio de viscosidade utilizando o cone Marsh.
Durante o processo de escavação com a lama 
polimérica, deve-se sistematicamente controlar a 
viscosidade da mesma, corrigindo sempre que a 
viscosidade se tornar inferior a 45 segundos, a fim de se 
manter a integridade da escavação.
Estaca Escavada de Grande Diâmetro10
ConcretagemDesarenação da estaca
Descida de armadura - Telesp Celular - São Paulo / SP Trado dotado de bits especiais para rocha - Telesp Celular - São Paulo /SP
Capacidade de carga
O cálculo da capacidade de carga de um elemento 
de fundação é função das características do sub-solo e 
deriva da aplicação dos princípios da Mecânica dos 
Solos. Para as estacas concretadas“in loco”, surgiu uma 
série de fórmulas estáticas, composta de duas partes: 
uma que exprime a capacidade de carga devida a 
resistência por atrito lateral e a outra pela resistência da 
ponta. Para obter soluções utilizáveis para fins 
práticos estabelecem-se hipóteses simplificadas e 
fixam-se limites ao sistema estaca/terreno, na realidade, 
extremamente complexo.
Admite-se, eventualmente, que a capacidade limite 
de uma estaca (ultimate bearing capacity) seja a soma da
parte da resistência de ponta (end bearing capacity) e da 
aderência lateral (shaft bearing capacity).
No entanto, somente em casos particulares a 
capacidade limite da estaca será igual somente a 
resistência de ponta ou somente ao atrito lateral; em 
geral será a soma dos dois termos, cada um dos quais, 
porém, não alcançará seu valor máximo.
O problema se reduz na avaliação teórica 
experimental dos “coeficientes de capacidade de 
carga” que fornecem os valores do atrito e da resistência 
de base e permitem a determinação de seus valores 
em função da característica do terreno e da 
profundidade.
Quando o projeto exige que as estacas sejam 
engastadas em solo de altíssima resistência ou em 
rocha, pode-se adotar, como procedimento executivo, 
uma das alternativas abaixo:
a) Perfuração com trado: neste caso a escavação do 
trecho em solo se fará normalmente com utilização de 
caçamba e lama bentonítca ou em função de condições 
especiais, com camisa metálica recuperada ou perdida, 
ao invés da lama. Atingindo o limite de escavabilidade 
Estacas Engastadas em Rocha
11Estaca Escavada de Grande Diâmetro
b) Perfuração com martelo de fundo: neste caso é 
instalada, no trecho em solo, camisa metálica 
recuperável ou perdida e feita a limpeza interna com 
caçamba. Atingida a rocha, coloca-se um gabarito para 
permitir a execução de furos tangentes, com martelo de 
com a caçamba, é feita a substituição por trado especial 
com "bits" de carboneto de tungstênio prosseguindo-se 
a escavação até a cota de projeto ou até material com 
resistência à compressão simples de até 30 MPa. A 
limpeza do furo é feita com o auxílio do "air-lift" antes da 
colocação de armação e concretagem submersa. A 
recuperação da camisa, quando prevista, dar-se-á 
simultaneamente à concretagem garantindo-se sempre 
o concreto cerca de 2,0m acima da extremidade inferior 
da camisa.
fundo de diâmetro até 40cm e profundidade conforme 
projeto. Estando os furos prontos, um trépano será 
usado para quebrar os pedaços de rocha restantes e 
regularizar o furo. A limpeza, concretagem e retirada da 
camisa dar-se-á conforme item anterior.
Colocação de
camisa-guia
Escavação com 
caçamba
Perfuração com
trado com 
bits especiais
Limpeza de 
fundo com
air-lift
Colocação da
armadura
Concretagem
Colocação de
camisa-guia
Escavação com 
caçamba
Perfuração 
com martelo 
de fundo
Limpeza de 
fundo com
air-lift
Colocação da
armadura
Concretagem
c) Perfuração com circulação reversa: neste caso, a 
escavação é totalmente revestida com camisa metálica 
recuperável ou perdida, o material escavado por rotação, 
com utilização de "rock-bit" e circulação reversa, de água 
d) Com estaca-raiz incorporada: neste caso, procura-
se prolongar, em profundidade, as estacas de grande 
diâmetro, quando as características do terreno tornam 
muito oneroso ou, às vezes, impossível o engastamento 
das mesmas além de certos limites.
O "estacão com estacas-raiz" é constituído de um 
fuste (estaca de grande diâmetro) escavado no terreno 
até uma certa profundidade e prolongado por um certo 
número de estacas-raiz. O número, diâmetro e 
características dessas estacas-raiz variam conforme o 
caso, de modo a alcançar a capacidade de carga 
desejada nas diversas situações de terreno que venham 
a ser encontradas.
ou lama bentonítica. É possível, com equipamentos 
especiais, escavar-se até diâmetro 300cm.
A concretagem e recuperação da camisa far-se-ão 
como nas opções anteriores.
O fuste é executado pelos sistemas usuais e 
armado com armadura perimetral em gaiola. 
Na maioria dos casos, devem ser colocados tubos 
guias, antes da concretagem do fuste, para evitar a 
perfuração do concreto.
Pelos tubos guias, então, serão executadas 
as estacas-raiz. É importante observar que, por se 
tratar de perfuração em rocha, é recomendável 
que a perfuração seja executada através da 
utilização de um "martelo fundo de furo". O tubo 
guia, após a execução da estaca-raiz, deverá ser 
preenchido com argamassa até a cota de arrasamento 
da estaca.
Estaca escavada incorporada com estaca-raiz
Estaca Escavada de Grande Diâmetro12
Cravação de
camisa metálica 
com vibrador
Escavação com
benoto
Perfuração com 
perfuratriz hidráulica 
e sistema de 
circulação reversa
Colocação da
armadura
Concretagem
Execução de estaca escavada de grande diâmetro - São Paulo / SP Execução de estaca escavada em rocha - Rodovia dos 
Imigrantes - São Paulo / SP
Esquema do sistema de circulação reversa
Concretagem de estaca escavada - Santos / SP
Estaca Escavada de Grande Diâmetro 13
Central de armazenamento de lama bentonítica - Metrô Linha 2 
Estação Klabin - São Paulo / SP
Estacas sem uso de lama 
bentonítica 
Por razões ambientais tem sido cada vez mais 
problemático o uso de lama bentonítica para 
estabilização das paredes das escavações das estacas 
escavadas. Apesar de já ter-se desenvolvido bastante o 
uso de polímeros, ainda não pode ser solução para todas 
as situações, função do tipo e grau de agressividade do 
solo e da água contida em seus vazios. 
Em função disso, a SPFE, empresa do grupo 
Brasfond, desenvolveu para sua obra em Portugal as 
estacas escavadas totalmente encamisadas e 
recuperadas sem uso de lama bentonítica ou polímero. 
A metodologia de execução foi assim definida: 
a) posicionamento da camisa-guia e de perfuratriz.
b) cravação da camisa metálica com uso de vibrador de 
alta potência até a cota de projeto. Em função do 
comprimento da estaca esta camisa poderá ser cravada 
em diversos segmentos soldados e, antes da solda do 
elemento seguinte, é feita limpeza interna com a 
perfuratriz, mantendo-se o revestimento sempre cheio 
de água. 
c) atingida a cota de projeto é feita a troca da água “suja” 
por água limpa e uma limpeza do fundo com “air -lift”.
d) colocação da armadura, em módulos, em função do 
seu comprimento.
e) concretagem submersa com a simultânea retirada da 
camisa metálica, também em segmentos.
Cumpre observar que a metodologia acima pode 
apresentar uma variante com a escavação parcialmente 
revestida (por exemplo, em um trecho inicial com 
expessa camada de argila mole) e neste caso o uso da 
lama bentonítica ou polímero será necessário para 
estabilizar o trecho da escavação sem revestimento.
14 Estaca Escavada de Grande Diâmetro
Limpeza da estaca - Ponte sobre o Rio Tejo no Carregado - PortugalCravação de camisa - Ponte sobre o Rio Tejo no Carregado - Portugal
Colocação 
de camisa-
guia
Cravação de 
camisa metálica 
com vibrador
Limpeza de 
fundo com
air-lift
Colocação da
armadura
ConcretagemLimpeza 
interna com 
caçamba
Retirada 
simultânea 
da camisa 
metálica
PAREDE DIAFRAGMA
SERVIÇOS
Introdução
A
 parede diafragma consiste em se realizar, no 
subsolo um muro vertical de profundidades e 
espessuras variáveis, constituídos de painéis 
elementares, quer alternados, quer sucessivos, e aptos a 
absorver cargasaxiais, empuxos horizontais e 
momentos fletores.
A parede poderá ter função estática ou de 
interceptação hidráulica, podendo ser constituída de 
concreto simples ou armado, pré-moldada ou de coulis, 
conforme o escopo a se destinar.
Utilizada inicialmente na construção de "cut-off" de 
barragens para interceptação de fluxos de infiltração, 
passou a ser aplicada na solução de grande número de 
problemas quais sejam:
parede de contenção para escavações na construção h
de subsolos, inclusive nas proximidades de edifícios 
existentes;
na construção de galerias de metrô e passagens h
subterrâneas;
em forma poligonal para execução de reservatórios h
subterrâneos e shafts;
portantes com função de fundações profundas;h
estruturas de contenção para prevenção de h
deslizamentos;
paredes para isolar terrenos contaminados;h
proteção de fundações de pilares de pontes;h
 para estruturas portuárias (cais);h
 execução de garagens subterrâneas; h
Além destas, uma das aplicações mais difundidas 
tem sido na canalização de rios e córregos, pois 
tem permitido com segurança, economia, rapidez e 
sem maior perturbação do tráfego urbano, solucionar 
o problema de enchentes pelo alargamento do 
canal, rebaixamento do leito e conseqüente aumento 
de vazão.
A parede diafragma pode ser:
 moldada "in loco”h
 pré-moldadah
 de "coulis" (diafragma plástico)h
Metrô Linha 2 Estação Klabin - São Paulo / SP
CAPÍTULO 3
15
Parede Diafragma Moldada “in loco”
Metodologia Executiva
 A metodologia executiva da parede diafragma
moldada no solo obedece ao seguinte roteiro:
a) execução de mureta-guia ao longo do perímetro;
b) escavação de terreno ou trincheiras com 
comprimento de 2,50m ou 3,20m e seus múltiplos, até a 
profundidade de projeto substituindo o material 
escavado por lama bentonítica, simultaneamente;
c) execução da desarenação ou troca da lama 
bentonítica, se necessário;
d) colocação das chapas-junta;
e) instalação de armadura em gaiolas;
f) colocação do tubo tremonha com funil;
g) concretagem submersa que deverá ser contínua até 
cerca de 50cm acima da cota de arrasamento;
h) retirada lenta das chapas-junta após o início de pega 
do concreto.
PAREDE DIAFRAGMA MOLDADA “IN LOCO”
Tipos de Clam Shell
30 x 250
30 x 320
40 x 150
40 x 250
40 x 320
50 x 150
50 x 250
60 x 150
7.500
9.600
6.000
7.500
12.000
10.000
12.500
9.000
60 x 250 
70 x 250
80 x 250
90 x 250
100 x 250
110 x 250
120 x 250
-
 
15.000
17.500
20.000
22.500
25.000
27.500
30.000
- 
Seção (cm) 2Área (cm ) Seção (cm) 2Área (cm )
Clam shell hidráulico
vista lateral
3316
Execução de 
mureta-guia
Escavação do 
terreno até a 
cota de projeto
Colocação de 
chapas-junta e 
instalação da 
armadura
Colocação do 
tubo tremonha 
e concretagem 
submersa
Retirada das 
chapas-junta
Parede Diafragma Moldada “in loco”
Parede diafragma moldada "in loco" com tirantes - R. Gomes de Carvalho - São Paulo / SP
Metrô Linha 2 Estação Klabin - São Paulo / SP Metrô Linha 2 Estação Klabin - São Paulo / SP
Metrô Linha 2 Estação Klabin - São Paulo / SP Metrô Copacabana - Rio de Janeiro / RJ 
17
PAREDE DIAFRAGMA PRÉ-MOLDADA
Introdução
As paredes diafragma pré-moldadas são 
constituídas por uma série de elementos em concreto 
armado, preparados em usina ou no prório canteiro 
e aplicados em trincheiras escavadas em presença 
de lama bentonítica, e posterior preenchimento parcial 
do fundo com concreto ou argamassa.
Esses painéis são dimensionados e armados 
para responder às solicitações a que serão submetidos.
Algumas das vantagens de paredes pré-moldadas:
 acabamento perfeito da parte visível;
Vantagens
h
podem ser utilizados painéis de espessura menor que h
no caso de painéis concretados "in situ";
possibilidade de protensão, o que permite reduzir o h
peso dos painéis;
eliminação dos problemas ligados ao "over break", em h
particular dos "bolsões", que se formam na argila mole, e 
que acarretam perdas de concreto e custos adicionais 
de correção da parede;
eliminação de concreto na obra e, consequente-h
mente, dos eventuais problemas técnico-executivos 
causados por atrasos do fornecimento durante a 
concretagem;
possibilidade da utilização de juntas especiais que h
garantam boas condições de estanqueidade.
Parede diafragma pré-moldada - Metrô Brasília / DF
Parede Diafragma Pré-moldada3318
Fase I Fase II Fase III
Lançamento de coulis e argamassa
Metodologia Executiva
 A execução da parede diafragma pré-moldada 
obedece à mesma metodologia de parede moldada “in 
loco", no que se refere a escavação. Para a colocação 
das placas pré-moldadas, dependendo das condições 
de projeto e das características do terreno, pode-se 
adotar as seguintes alternativas:
 a) parede parcialmente pré-moldada
Nesta alternativa será concretada, "in situ", uma 
"ficha", cujos objetivos são: limitar o comprimento das 
placas pré-moldadas e, assim, o seu peso; reduzir os 
recalques das placas quando sujeitas a cargas verticais 
(em função também do terreno de apoio), bem como 
permitir que eventuais variações na profundidade da 
escavação sejam compensadas pelo trecho moldado "in 
situ". A "ficha" pode ser armada (mediante ferragem 
colocada na parte inferior das placas).
b) parede totalmente pré-moldada
Neste caso não há nenhuma concretagem "in situ", e 
sim, apenas esgastamento da parede pré-moldada 
dentro do "coulis" (ver matéria parede diafragma 
plástica). Três alternativas podem ser adotadas:
escavação do painel já com o "coulis", uma vez que a h
mistura cimento-bentonita tem características 
adequadas para garantir a estabilidade das paredes de 
escavação;
escavação do painel com lama bentonítica e troca da h
mesma pelo "coulis", antes ou após a colocação do 
elemento pré-moldado;
troca parcial da bentonita pelo "coulis" antes da h
colocação das placas, de maneira a compensar o volume 
deslocado pelas mesmas, caso contrário faria 
transbordar o "coulis" fora da mureta-guia.
Seções típicas
2,50
4
0
2,50
2
0
1
0
1
0
2,50
Placas pré-moldadasEscavação Colocação da placa Concretagem do “pé”
Parede Diafragma Pré-moldada 19
Detalhe de fixação da placa pré-moldada
Ponta Metálica
Aparelhos para nivelamento
Placa pré-moldada
Parede-guia
Antes da injeção Após a injeção
Junta
“Water stop”
Colocação de placa pré-moldada - Brasília / DF
Parede diafragma pré-moldada - Metrô Fortaleza / CE
Parede diafragma pré-moldada - Travessia da Av. 23 de Maio - Metrô / SP
3320 Parede Diafragma Pré-moldada
Parede Diafragma Plástica 21
PAREDE DIAFRAGMA PLÁSTICA
Injeção de coulis Execução de pré-furo em arenito para escavação de parede plástica
material contaminado
nível d’água rebaixado
parede plástica
Isolamento de áreas contaminadas
parede plástica
escavação
rebaixamento do N.A. por ponteiras
Proteção das escavações
parede plástica
Execução de “cut-off”
Introdução
Características do "coulis"
A parede diafragma é uma barreira vertical 
escavada com a utilização de "coulis" (mistura de 
cimento, bentonita e água), com o objetivo de reduzir a 
percolação horizontal da água. Para melhorar sua 
eficiência, a parede deve penetrar na camada de solo 
impermeável subjacente.
Dentre as diversas aplicações, podemos citar:
execução de "cut-offs" de barragens;
proteção de diques, cais e estruturas sensíveis a 
deformações;
isolamento de áreas contaminadas ou aterros 
sanitáriospara impedir a degradação de lençol freático.
A função do "coulis" na execução de uma parede 
diafragma plástica ou pré -moldada é:
redução da percolação horizontal da água;
preenchimento de todos os vazios entre as placas e o 
terreno, de maneira a garantir interligação e continuidade 
entre os dois;
impermeabilização das juntas, melhorando as h
condições de estanqueidade.
Uma adequada dosagem dos componentes do 
"coulis" permite a obtenção de características finais 
adequadas ao projeto no que diz respeito a resistência, 
estanqueidade e deformabilidade.
Baseando-se em tal know-how e pesquisas bem 
como na prática de execução de obras, é possível definir 
os seguintes princípios básicos:
para substituir a lama bentonítica pelo "coulis" sem h
contaminação entre os dois (o problema é relacionado 
com a diferença de densidade dos dois líquidos), a 
quantidade de cimento aconselhável é mais de 300 
3kg/m de "coulis".
h
h
h
h
h
a resistência do "coulis" é fortemente influenciada pelo h
fator A/C, enquanto é menos influenciada pelo teor de 
bentonita, (nos limites de dosagem normalmente 
utilizados). Com uma dosagem de 300kg de cimento 
3para cada m de "coulis" atinge-se normalmente uma 
resistência a 28 dias superior a 0,5 MPa. Vale salientar 
que a resistência final do "coulis" é alcançada depois de 
vários meses, chegando a ser mais que o dobro da 
resistência a 28 dias.
retração do "coulis" durante a pega e cura do mesmo. h
Dependendo do grau de absorção do terreno, das 
características do tipo de cimento e bentonita usadas e 
de outros fatores, o abaixamento do nível do "coulis" em 
relação ao das muretas-guia nas horas seguintes ao seu 
lançamento é, normalmente, da ordem de 5%, podendo 
chegar a mais de 10% da altura tratada. É boa norma 
adicionar "coulis" imediatamente quando o nível do 
mesmo for baixado além do normal, para evitar 
problemas de descontinuidade nas juntas e formação de 
vazios atrás das paredes.
impermeabilidade do "coulis". O "coulis" normalmente h
utilizado apresenta um coeficiente de permeabilidade (k) 
-7da ordem de 10 cm/seg., entretanto sabe-se que o valor 
de k tende a diminuir com o tempo.
A figura abaixo indica as variações de permeabilidade, 
deformabilidade e resistência em função de maior ou 
menor quantidade de água, bentonita ou cimento.
Maior
Deformabilidade
Maior
Resistência
Cimento
Maior
Permeabilidade
Água
Bentonita
Parte do diagrama
normalmente utilizado
para diafragma plástico
ou pré-moldado
Dosagem da mistura cimento-bentonita - F.A. Jefferis (1981) 
Clam shell com guia especial Vista aérea PCH Garganta da Jararaca - Campo Novo de Parecis / MT
Metrô Linha 4 Estação da Luz - São Paulo / SP Metrô Linha 4 Estação da Luz - São Paulo / SP
Parede Diafragma Plástica3322
Metrô Linha 4 Estação da Luz - São Paulo / SP Metrô Linha 4 Estação da Luz - São Paulo / SP
Trecho de parede plástica escavada - Metrô Linha 4 Estação da Luz - SP Trecho de parede plástica escavada - Metrô Linha 4 Estação da Luz - SP
Parede diafragma plástica com escavação em arenito - PCH Garganta da
 Jararaca - Campo Novo de Parecis / MT
Em primeiro plano, execução de pré-furo em rocha. Ao fundo 
diafragmadora escavando - Campo Novo de Parecis / MT
23Parede Diafragma Plástica
Introdução
a ocorrência de cargas elevadas em obras de 
vulto, o tipo de estaqueamento que também N pode ser utilizado é o de estacas tipo barrete, 
que são estacas de secção retangular derivadas de um 
ou mais painéis de parede diafragma e utilizados 
como elementos portantes de fundações em 
substituição às estacas de grande diâmetro e suas 
vantagens são:
conhecimento imediato e real de todas as camadas 
atravessadas;
ausência de vibração;
gradual adaptação da estaca às condições físicas do 
terreno, com sensível incremento do atrito lateral;
h
h
h
ESTACA BARRETE
SERVIÇOS
possibilidade de atingir grandes profundidades (até 70 h
metros);
possibilidade de executar a estaca em praticamente h
todos os tipos de terreno, com nível de água ou não, e 
atravessar matações de pequenas dimensões com a 
aplicação de ferramentas especiais (trepano);
redução no volume de concreto nos blocos de h
coroamento.
Em geral costuma-se aplicar às estacas barrete 
cargas de trabalho que induzam no concreto do 
fuste solicitações à compressão simples da ordem de 
3,5 à 5 MPa.
Estaca Barrete de 7,00 x 1,00 x 48,00 m de profundidade (funcionando 
também como pilar) - Metrô Linha 2 Estação Klabin - São Paulo / SP 
Metrô Linha 2 Estação Klabin - São Paulo / SP
CAPÍTULO 4
3324
Metodologia Executiva
É a mesma da estaca escavada de grande 
diâmetro, diferindo no equipamento de perfuração, que é 
um clam-shell no lugar da mesa rotativa ou perfuratriz, e a 
guia, que não será metálica e sim de concreto conforme 
desenho ao lado.
As cargas admissíveis como elemento estrutural 
podem ser aproximadamente as indicadas na tabela 
abaixo:
Naturalmente, a capacidade de carga de uma 
estaca é, sobretudo, função das características do 
terreno, pelo que se torna indispensável um estudo 
geotécnico preciso e correto para se definir, caso a caso, 
a capacidade de carga máxima permissível.
Concretagem de estaca barreteMetrô Linha 2 Estação Klabin - São Paulo / SP
Dimensões
usuais
(cm)
Área 
2(m )
Perímetro
(m)
Cargas
(KN)
3,5MPa 4,0MPa 5,0MPa 
150 x 40
150 x 50
150 x 60
250 x 30
250 x 40
250 x 50
250 x 60
250 x 70
250 x 80
250 x 90
250 x 100
250 x 110
250 x 120
0,60
0,75
0,90
0,75
1,00
1,25
1,50
1,75
2,00
2,25
2,50
2,75
3,00
3,8
4,0
4,2
5,6
5,8
6,0
6,2
6,4
6,6
6,8
7,0
7,2
7,4
2100
2600
3150
2600
3500
4380
5250
6130
7000
7880
8750
9630
10500
2100
2600
3150
2600
3500
4380
5250
6130
7000
7880
8750
9630
10500
2400
3000
3600
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
10000
11000
12000
25Estaca Barrete
CORTE A-A
5
a
Reaterro
Limite da escavação
Estribos
E 6,3mm C/20
Alça C/100
E 10mm C/20
3030
10 10
5
b
a
A
 PLANTA DA ESTACA
ESTACA BARRETE
Alça
Parede-guia
5
5
5
A
5
15 15
Detalhe da
alça E 12,5mm
- aça Ca50
- fck = 15MPa
a = espessura da estaca
b = largura da estaca acrescida de 10cm
Obs.: Quando a largura da estaca for igual ou maior do
que 2,60m, desprezar o acréscimo de 10cm na dimensão b.
Detalhe de mureta-guia
ESTACA HÉLICE CONTÍNUA
COM MONITORAÇÃO ELETRÔNICA
SERVIÇOS
Estaca hélice contínua - Vila Mariana - São Paulo / SP
3326
CAPÍTULO 5
isso é muito usada em centros urbanos e nas áreas que 
que possuem equipamentos sensíveis à vibrações.
Características do concreto utilizado:
 f / 20 MPa.ckh
 Agregado = pedrisco.h
Consumo mínimo de cimento = 400kg/m³.h
Slump = 220630 mm.h
Fator água/ cimento [ 0.60.h
Pedra 0 (dimensão máxima característica 12.5 mm).h
% de argamassa em massa /55% [Massa do cimento h
+ Massa dos agregados miudos]*100/[Massa do 
cimento + Massa dos agregados miudos + Massa dos 
agregados graúdos].
Concreto bombeado.h
Podem ser usados aditivos platificantes.h
Permitido o uso de agregados miudos artificiais h
conforme a NBR 7211.
Introdução
 uso das estacas hélice contínua existe há vários 
anos e a sua origem foi nos Estados Unidos. O Além da execução da estaca, o equipamento de 
hélice contínua pode ser usado ainda para:
execução de pré-furos para implantação de perfis 
metálicos ou estacas pré-moldadasem terrenos 
resistentes, onde a simples cravação poderia danificar a 
cabeça das estacas;
constituir uma cortina com estacas espaçadas e 
concreto projetado entre elas.
Em função do torque dos equipamentos ter 
aumentado significativamente nos últimos anos, tem 
sido possível executar estacas de maiores diâmetros e 
bem mais profundas, além de se poder perfurar terrenos 
cada vez mais resistentes.
Uma das mais importantes características da 
estaca hélice contínua é que não produz vibrações, por 
h
h
As cargas indicadas acima referem-se as cargas admissíveis como elemento estrutural ficando a cargo do Engenheiro Geotécnico a definição da profundidade 
das estacas para que haja a suficiente interação estaca-solo.
Descrição UN Valores
Diâmetro
Distância mínima entre eixos
Distância eixo-divisa
Área da seção transversal
Perímetro
cm
KN
Tf
cm
cm
2cm
cm
35
600
60
90
100
962
110
40
800
80
100
100
1257
126
50
1300
130
130
100
1964
157
60
1800
180
150
100
2827
188
70
2400
240
175
100
3848
220
80
3200
320
200
100
5027
251
90
4000
400
225
100
6362
283
100
5000
500
250
100
7854
314
110
6000
600
275
100
9498
345
120
7000
700
300
100
1130
376
Características nominais das Estacas Hélice Contínua
27Estaca Hélice Contínua com Monitoração Eletrônica
Metodologia executiva
A metodologia executiva de uma estaca hélice 
contínua obedece ao seguinte roteiro:
a) posicionamento do equipamento e perfuração do 
terreno com o trado até a profundidade definida em 
projeto. Durante essa etapa o solo é bloqueado pelo 
fundo e assim o material preenche as hélices do trado.
b) injeção de concreto bombeado pelo corpo central do 
trado até o topo, sob pressão.
c) retirada contínua e lenta do trado, sendo o espaço 
anteriormente ocupado pelo trado preenchido com 
concreto, que é mantido sob pressão medida no topo do 
trado, até o final de concretagem. Nesta etapa é utilizado 
o “limpador mecânico” que permite retirar o material das 
hélices do trado.
d) posicionamento da armadura imediatamente após o 
término da concretagem, enquanto o concreto ainda 
está em início de cura.
Carga admissível estrutural máxima
Perfuração do terreno com trado Concretagem sob pressão 
com simultânea retirada
do trado
Colocação da armadura
3328 Estaca Hélice Contínua com Monitoração Eletrônica
Estaca hélice contínua - Guarulhos / SP
Execução de estaca hélice contínua - BahiaExecução de estaca hélice contínua
Instrumentação / Controle de qualidade
Sem dúvida um aspecto importante na execução de 
estacas hélice contínua é a possibilidade de se monitorar 
toda a execução garantindo assim o controle da perfeita 
execução e qualidade da estaca.
O advento da instrumentação confiável tem 
aumentado a compreenssão da técnica de execução 
dessas estacas e trazido, assim, mais confiança ao 
método.
Os parâmetros essenciais e que são normalmente 
medidos durante o processo de execução, são:
profundidade;
torque;
velocidade de penetração;
rotação de trado por unidade de penetração;
pressão do concreto;
tempo de concretagem;
velocidade de extração do trado.
Além dessas informações, o sistema de 
monitoração informa ainda todas as características da 
estaca: excesso de concreto, dia e hora de execução; 
informações essas impressas em uma folha, para cada 
estaca, conforme mostrado abaixo:
h
h
h
h
h
h
h
Painel de controle
29Estaca Hélice Contínua com Monitoração Eletrônica
Registro da estaca
Cabine de controle e monitoração
Estacas hélice contínua para contenção - Metrô Linha 2 Estação Klabin - São Paulo / SP
Descida de armadura
3330 Estaca Hélice Contínua com Monitoração Eletrônica
ESTACA-RAIZ
SERVIÇOS
Estaca-raiz com utilização de martelo de fundo - Jurubatuba / SP Execução de estaca-raiz - Rodovia Anchieta / SP
CAPÍTULO 6
Introdução
s “estacas-raiz” (pali radice, root pile) são estacas 
escavadas com injeção, segundo NBR 6122/96, A de pequeno diâmetro concretadas “in situ” e 
estão sendo utilizadas, nos últimos anos, de maneira 
sempre mais freqüente.
As “estacas-raiz” se constituem, de fato, num dos 
processos mais difundidos no campo das obras de 
reforço de fundações, consolidação de taludes e de 
fundações normais ou de tipo especial, em presença 
também, e sobretudo, de terrenos particularmente 
difíceis, por exemplo, com presença de matacões e 
rocha. As principais características típicas de estaca (alta 
capacidade de carga com recalques muito reduzidos, 
possibilidade de execução em área restritas e alturas 
limitadas com perturbação mínima do ambiente 
circunstante, em qualquer tipo de terreno e em direções 
especiais, com utilização quer a compressão, quer 
a tração) permitem de fato resolver com sucesso a maior 
parte dos problemas ligados com reforço de fundações e 
consolidação de terrenos.
A concepção e o aperfeiçoamento dos primeiros 
modelos de “pali Radice” realizados pela Fondedile 
SpA - Napoles - Itália remontam há mais de 50 anos 
quando seu inventor, o Engº. F. Lizzi, diretor técnico 
daquela empresa, requereu as primeiras patentes em 
1952.
31Estaca-Raiz
Aplicações
Dentre as inúmeras aplicações, podemos citar:
reforço de fundações;
fundações de difícil execução pelos métodos 
tradicionais quer pela ocorrência de matações no sub-
solo, quer pela exigüidade de espaço em superfície e pé-
direito reduzido;
reforço de cais de atracação;
fundação de bases de equipamentos em unidades 
industriais em operação;
fundações de pontes;
h
h
h
h
h
Exemplos de aplicação da Estaca-Raiz
paredes de contenção para proteção de escavações h
nas imediatas vizinhanças de construções existentes 
(estacas justapostas);
contenção de taludes;h
proteção para escavação de galerias de metrôs em h
centros habitados;
fundações de máquinas sujeitas a vibração;h
ancoragem de muros de arrimo e paredes diafragma;h
tirante-raiz;h
fundações de cambotas de túneis em fases h
construtivas.
Esquema de estrutura de contenção
Consolidação dos blocos de fundação de ponte
Estrutura reticular tridimensional de estacas-raiz
para sub-fundação de edifício
Sub-fundação de edifício com
reticulado de estacas-raiz para
previnir recalques decorrentes
de escavação de galerias de
metrô
Aplicação de estacas-raiz na
construção de andares em edifícios
existentes.
Reforço de Fundações de Monumentos Históricos
Ex.: Palácio da Liberdade - Belo Horizonte - MG
Consolidação de taludes em terrenos soltosEstrutura reticular em
formação rochosa
Reforço de cais de atracação
3332 Estaca-Raiz
Metodologia executiva
a) Perfuração
a1) Perfuração em solo
A perfuração é executada, normalmente, por 
rotação com revestimento contínuo do furo e com auxílio 
de um fluído em circulação (geralmente água); o 
revestimento de perfuração possui na base uma 
ferramenta (coroa), dotada de pastilhas de metal duro, 
de diâmetro ligeiramente superior ao do revestimento. 
Os detritos resultantes da perfuração são trazidos à 
superfície pelo fluído em circulação através do interstício 
anelar que se forma entre o tubo e o terreno.
Isto determina também, portanto, que o diâmetro 
acabado da estaca seja sempre maior que o diâmetro 
nominal do instrumento de perfuração.
A medida que prossegue a perfuração, o 
revestimento metálico penetra no terreno e os vários 
segmentos são ligados entre si por juntas rosqueadas.
a2) Perfuraçãoem rocha
Ao atingir a rocha, e havendo a necessidade de 
penetrá-la, esta perfuração é feita normalmente 
utilizando martelo de fundo a roto-percussão até a cota 
de projeto.
b) Armadura
Terminada a perfuração, é colocada a armadura
metálica no interior do revestimento. Esta pode ser 
constituída de uma ou mais barras de aço de aderência 
melhorada ou, para as estacas de maior diâmetro, de 
várias barras montadas em gaiolas ou de um tubo.
c) Concretagem
Uma vez armada a estaca é colocado, no interior do 
tubo de perfuração, o tubo de concretagem, que é 
introduzido até o fundo; através deste tubo é lançada a 
argamassa de cimento, dosado com 600kg de cimento 
por metro cúbico de areia peneirada, com uma relação 
média água/cimento de 0,6 dependendo do tipo de areia 
utilizada. Obs.: é indicado o uso de areia média lavada.
A argamassa de cimento, lançada de baixo 
para cima, garante que a água (ou a lama de 
perfuração) seja deslocada para fora e seja substituída 
pela própria argamassa. Durante esta operação o furo 
permanece sempre revestido e, portanto, a operação 
se realiza com o máximo de segurança. Uma vez 
que o tubo de perfuração esteja preenchido de 
argamassa, procede-se a extração da coluna de 
perfuração com ferramenta adequada, ao mesmo 
tempo que se aplica ar comprimido, nos casos em 
que as características do terreno assim o exigirem.
Execução de estaca-raiz em rocha - Obra Ponte Estaiada - São Paulo / SP
33Estaca-Raiz
Estimativa da capacidade de carga
A ordem de grandeza da capacidade de carga Pr 
(carga de rutura) à compressão de uma estaca-raiz pode 
ser estimada em função dos resultados das sondagens 
de reconhecimento à percussão, executadas de acordo 
com a norma NBR-6484 da ABNT, pela fórmula seguinte:
Pr = a Np Ap + b NPL
Onde:
a = coeficiente que depende do tipo de solo onde se 
situa a ponta da estaca.
Np = média dos valores dos índices de resistência à 
penetração (SPT) determinada a um metro acima e a um 
metro abaixo da ponta da estaca. Os valores de SPT 
superiores a 40 devem ser tomados iguais a 40.
Ap = área da ponta da estaca.
b = índice de atrito lateral.
N = média dos valores dos índices de resistência à 
penetração (SPT) medida ao longo do fuste da estaca. 
Os valores de SPT superiores a 40 devem ser tomados 
iguais a 40.
P = perímetro do fuste da estaca.
Solo
a
2(tf/m )
b
2(tf/m )
Argila siltosa
Silte argiloso
Argila arenosa
Silte arenoso
Areia argilosa
Areia siltosa
Areia
Areia com pedregulhos
9
10
11
12
13
16
20
26
0,6
L = comprimento útil da estaca.
A carga admissível Pa da estaca-raiz será estimada por:
Pa =
É necessária a realização de provas de cargas à 
compressão ou tração para comprovação dos 
comprimentos seguidos pela equação acima.
a - tubo de perfuração
b - coroa
c - armadura
d - tubo de concretagem
e - argamassa
f - tampão
g - ar comprimido
Legenda:
1- Perfuração em execução
2- Perfuração terminada
3- Colocação de armadura
4- Introdução de argamassa
5- Introdução de argamassa
terminada
6- Retirada do tubo de perfuração
e aplicação de ar comprimido
7- Estaca-raiz completa
Fases de execução:
Fases de execução da Estaca-raiz
Cortina de estacas-raiz - São Paulo / SPEstaca-raiz em rocha 
Pr
 2
3334 Estaca-Raiz
Carga admissível estrutural
.No caso de uma estrutura reticular, a capacidade 
de carga do conjunto depende do número e da 
disposição dos elementos da estrutura, sendo função 
não só das características do terreno, como também da 
natureza e grandeza dos esforços que o complexo deve 
suportar, variando, portando, caso por caso.
As bases de avaliação, para definição do 
comportamento de um reticulado de estacas-raiz, são a 
resistência individual da estaca (controlável por prova 
direta) acrescida do comportamento do conjunto 
estaca/terreno.
Este comportamento do conjunto pode ser avaliado 
em base as características geotécnicas do terreno 
natural, confirmado por provas experimentais e da 
experiência de aplicações anteriores.
A partir desses elementos é possível estabelecer, 
em caráter muito genérico, as cargas de trabalho 
aproximadas das estacas-raiz em seus diversos 
diâmetros, que seriam as seguintes:
Carga de Trabalho
(KN)
Diâmetro (mm)
Perfuração Acabado
82
101
114
127
140
168
220
275
355
406
100
120
140
150
160
200
250
310
400
500
Até 100
Até 150
Até 200
Até 250
Até 350
Até 500
Até 700
Até 1000
Até 1300
Até 1600
Obra Fura-fila - São Paulo / SP Estaca-raiz em local com pé-direito reduzido - Edifício Núncio Malzoni - 
Santos / SP
Vista Geral - Shopping Praia da Costa - Vila Velha / ESEstaca-raiz com utilização de martelo de fundo - Jurubatuba / SP
35Estaca-Raiz
Estaca-raiz em rocha com utilização de martelo de fundo Estaca-raiz em rocha 
Estaca-raiz em rocha Execução de Estaca-raiz em rocha - Obra Ponte Estaiada - São Paulo / SP
3336 Estaca-Raiz
JET GROUTING
SERVIÇOS
Introdução
s sistemas de consolidação de solos baseados 
em injeções de misturas de cimento que se O inserem nos terrenos, permaneceram sempre 
condicionados a elementos que, em muitos casos, ou 
limitaram seu emprego ou prejudicaram seu resultado. 
Tais como:
impossibilidade de execução de tratamento em zona 
de terreno de conformação geométrica definida;
em presença de terrenos de características de 
permeabilidade e granulometria muito heterogêneas, 
fuga da mistura nas zonas de maior permeabilidade 
e ausência de cimentação nas zonas menos 
permeáveis;
dificuldade de execução nos casos em que é 
necessário limitar a pressão de injeção para evitar 
perigosos deslocamentos de massas de terreno ou de 
edificações.
Por isso foi desenvolvido um método capaz de se 
valer da atuação de um jato da calda de cimento 
introduzido no terreno a alta pressão e elevada 
velocidade através de bicos injetores, num raio bem 
determinado, de tal modo que desagrega o solo 
misturando-se a este formando, assim, as colunas 
de solo-cimento. Chama-se este processo de Jet 
Grouting.
h
h
h
Execução de colunas CCP - Metrô Copacabana - Rio de Janeiro / RJ
Metodologia executiva
a) perfuração por destruição do núcleo até a 
profundidade de projeto e, mesmo nesta fase, utilizando 
bomba de altíssima pressão;
b) na presença de matacões ou a necessidade de um 
perfeito contato solo-rocha, usa-se Martelo de Superfície 
Hidráulico;
c) introdução de uma válvula no monitor (normalmente 
uma esfera de aço) para bloquear a saída do líquido em 
direção axial, desviando-o em direção aos bicos laterais;
d) início da fase de injeção da calda de cimento a 
altíssima pressão através dos bicos laterais;
e) levantamento das hastes de perfuração com rotação, 
pressão de injeção, tempo parado e espaçamento na 
subida (passo), pré-definidos.
CAPÍTULO 7
37Jet Grouting
Perfuração por 
destruição do 
núcleo até a 
cota de projeto
Início da fase de 
injeção de calda 
de cimento
Levantamento 
das hastes de 
perfuração com 
rotação
Execução de colunas CCP - Metrô Copacabana - Rio de Janeiro / RJ
38 Jet Grouting
Execução de colunas CCP com utilização de Martelo de Superfície - 
Metrô Copacabana - Rio de Janeiro / RJ
Execução de colunas CCP com utilização de Martelo de Superfície - 
Metrô Copacabana - Rio de Janeiro / RJ
Tecnologias utilizadas
a) C.C.P. (Chemical Churning Pile)
Como é conhecido, tal tecnologia permite executar 
colunas de jet grouting de diâmetro compreendidoentre 
0,50 e 0,80m.
b) Jumbo Special Grouting (J.S.G)
 A diferença entre este tipo e o anteriormente 
descrito consiste na utilização, além do jato de nata 
de cimento, de um jato de ar comprimido (7 kg/cm²) 
que envolve o jato de nata. As hastes de perfuração 
são formadas por 2 (dois) tubos concêntricos.
Através do tubo interno circula a calda de cimento, 
enquanto no espaço anelar entre os dois circula o ar 
comprimido, que sai junto com a calda de cimento, mas 
sem misturar-se diretamente com este, criando-se um 
cone de ar em torno do jato possibilitando um maior 
alcance.
 O invólucro de ar possibilita um maior alcance de 
jato. Tal procedimento permite a execução de colunas de
diâmetros geralmente superiores a 0,90m, chegando até 
2,00m.
c) Sistema “J.G.3” (3 vias)
O método executivo é similar aquele descrito no 
caso do sistema “J.S.G.”, quanto a confecção das 
colunas.
As diferenças fundamentais podem ser assim 
resumidas:
a função de destruição da estrutura do solo é exercida h
por um jato de água de altíssima pressão envelopado por 
um colete de ar comprimido.
o tratamento do terreno mediante injeção de calda é h
efetuado simultaneamente por meio de bicos 
suplementares que são colocados abaixo dos bicos de 
saída de água/ar comprimido, sendo, portanto, os 
espaços vazios, provocados pelo jato de água, 
preenchidos imediatamente após pela calda.
O sistema J.G.3 permite alcançar diâmetros das 
colunas superiores a 2,00m.
Execução de C.C.P.
1
Cimento
1) Silo de Cimento
2) Misturador
3) Bomba
4) Perfuratriz
2 3 4
Execução de J.S.G.
Execução de J.G.3
39Jet Grouting
Central de mistura de calda de cimento para jet grouting - Santos / SP
1
Cimento
Ar
1) Silo de Cimento
2) Misturador
3) Bomba
4) Perfuratriz
5) Compressor
2 3 4
5
1
Cimento
Ar
Água
1) Silo de Cimento
2) Misturador
3) Bomba
4) Perfuratriz
5) Compressor
2 3 4
5
Aplicações
Conforme as características descritas, o sistema 
“jet grouting” é empregado em todos aqueles casos 
onde, pela heterogeneidade dos terrenos ou pelas 
características anômalas de permeabilidade, se tornem 
de difícil ou duvidosa execução os sistemas tradicionais 
de injeção e de perfuração.
a) Diafragmas com paredes impermeáveis
Com o sistema “jet grouting” torna-se possível a 
execução de paredes impermeáveis em terrenos nos 
quais a escavação das paredes diafragma torna-se difícil 
pela presença de grandes matações ou de obstáculos 
de natureza variada.
b) Blocos de Fundação
Utilizado para a formação de blocos de terreno 
fortemente consolidado em condições de receber 
cargas de fundação.
c) Sistemas Estruturais “Mistos”
Execução de cortina de jet grouting englobando-se 
perfis metálicos (cravados anteriormente), para fins de 
escavação de “PITS”, em estabelecimento industrial.
d) Estabilização preventiva do solo para escavação 
de túneis
Em caso de solos da baixa capacidade portante, o 
tratamento permite a estabilização da abóbada, e inverte 
paredes laterais do túnel, antes da escavação.
O tratamento pode ser executado a partir da 
superfície, ou dentro do túnel, em alternância com a 
escavação (CCPH).
Jet Grouting40
Tirante-raiz
Colunas
diafragma CCP
l 12”
e) Tampões de fundo de escavações
O sistema permite executar tampão de fundo de 
uma escavação, tratando preliminarmente uma zona de 
terreno em profundidade. Esta solução garante a 
estabilidade durante escavação em presença de lençol 
freático, neutralizando os eventuais efeitos da sub-
pressão (sifonamento).
f) Reforço de pisos industriais
No reforço de pisos industriais, sujeitos a grandes 
cargas que provocam recalques e deformações 
indesejáveis, e que constituem apoio direto para o piso, 
o tratamento de jet grouting produz consolidação do 
terreno entre as colunas.
g) Painel Jetting
Esta tecnologia permite a realização de painéis 
impermeáveis, para isolamento de estruturas, 
escavações e da água do terreno. O método executivo 
consiste em aplicar o jato de calda de cimento 
unidirecionalmente, sem rotação das hastes, regulando 
adequadamente os parâmetros de pressão e subida.
Jet Grouting 41
Execução de jet grouting vertical - Metrô Copacabana / RJ
Monitoração de Colunas de Jet 
Grouting
Procurando manter-se atualizada com as novas 
técnicas de perfuração e controle da execução no 
sentido de melhorar a qualidade e produtividade 
em suas obras, a Brasfond introduziu recentemente 
o sistema jet grouting monitorado, conforme mostrado 
a seguir, cuja finalidade é dar à própria Brasfond, 
como a seus clientes, um melhor controle e qualidade 
do tratamento executado, bem como garantir uma 
rigorosa observância e controle das premissas de 
projeto.
O computador que utilizamos para monitorar as 
colunas de jet grouting é de fabricação francesa, da 
empresa Jean Lutz. O aparelho, denominado LT 3, 
é de última geração, com aplicação para diversas 
monitorações na área de fundações. Basicamente, o 
sistema é constituído de parâmetros que são 
medidos pelos diversos sensores que, eletricamente, 
os transmitem ao computador instalado na própria 
perfuratrtiz. Este computador mostra, em uma tela de 
cristal, os dados necessários para o operador 
executar uma coluna com a máxima qualidade. 
Simultaneamente a execução, o computador grava 
essas informações em cartão magnético de memória. 
O cartão gravado é inserido em um decodificador, que 
possibilita a transferência desses dados para um 
computador tipo PC, onde estes dados são 
trabalhados por um software específico, que permite a 
impressão de relatórios individuais por coluna ou 
resumos diários.
Na monitoração das colunas de jet grouting com o 
LT 3, o própro computador comanda a extração da haste 
de perfuração/injeção, podendo a subida ser contínua 
ou passo a passo.
Os principais parâmetros "medidos" pelo sistema 
são:
a) na perfuração: profundidade, rotação da haste, força 
de penetração e tempo.
b) na injeção: profundidade, pressão de calda, pressão 
de ar, volume de calda, rotação da haste e tempo.
Folha de controle de execução
Legenda:
1- Computador LT3
2- Sensor de profundidade
3- Sensor de pressão de calda
4- Sensor de velocidade de 
rotação
5- Botão/ interruptor de 
comando de injeção
6- Caixa de conexões B2
7- Caixa de conexões B1
8- Alimentação de CC (sistema 
elétrico da perfuratriz)
9- Cabo de ligação principal
10- Botão/ interruptor de 
comando de injeção
11- Memobloc SC, cartão para 
transferência de dados
Jet Grouting42
VA : Velocidade de avanço
VA
m/h
VS J : Velocidade de subida
VC J : Vazão de calda
PI : Presssão de injeção (perf)
VR J : Velocidade de rotação (jet)
Vol : Volume da calda
PA : Presssão de avanço (perf)
Par J : Pressão do ar (jet)
VR : Velocidade de rotação
JET GROUTING
Coluna 1180
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
Par J : Pressão de calda (jet)
Data: 29/01/97
Início: 18h 01
Fim: 19h 58
Contrato C09A9
Volume
Volume por metro
Profundidade
: 7.69 m
: 947 l/m
: 4.02 - 12.14 m
PE
bars
PA
bars
VR
rpm
VS J
Em/min
VR J
rpm
Par J
bars
PC J
bars
DC J
l/mn
Vol
l/m
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
2
34
5
6
7
8
9
10
11
12
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
Painel de controle
Painel de controle do misturador Bomba de jet grouting 
Jet Grouting
Vista geral - Misturador e bomba de alta pressão 
Parâmetros de cálculos aconselhados
Os valores da resistência a compressão simples e 
do módulo elástico de um solo tratado mediante jet 
grouting são influenciados por uma série de fatores,
inclusive pelas características físicas e químicas de cada 
solo encontrado.
Em conseqüência, a tabela abaixo apresenta as 
variações desses valores, em vários tipos de solo.
Os valores das tabelas acima (especialmente os do 
modulo elástico E) apresentam grandes oscilações, 
portanto os limites indicados valem somente como 
referência, e para uma correta definição das 
propriedades mecânicas de um solo tratado é 
necessária a prévia realização de um campo de prova.
Diâmetro alcançado em função 
da tecnologia executada
0.90m a 2.00m0.50m a 0.80m
C.C.P J.S.G J.G.3
1.40m a 2.80m
Diâmetro de colunas executadas
Os diâmetros mínimos e máximos alcançados nos 
vários tipos de terreno, pela nossa firma, em obras e 
testes de campo, são resumidos na tabela ao lado.
 A experiência tem comprovado a tendência da 
diminuição do diâmetro da coluna com o aumento da 
coesão do solo, para os mesmos parâmetros de injeção 
e o mesmo s.p.t., se comparado com solos granulares.
A técnica da pré-ruptura, oportunamente aplicada, 
permite aumentar consideravelmente o diâmetro das 
colunas em solos de alta consistência ou capacidade. 
Obviamente a influência do grau de compactação dos 
solos granulares é também muito significativa. Portanto o 
diâmetro alcançado em solos arenosos muito 
compactos pode ser significativamente menor que no 
caso de solos coesivos moles.
Observa-se que no caso do J.S.G., de maneira 
geral, os resultados tendem a ser mais homogêneos 
para os vários tipos de solo, que no caso do C.C.P.
* Valores referentes a amostras testadas após de 60 dias de cura
Tipo de Terreno 2R (kgf/cm ) 2E (kgf/cm )*
Argiloso
Silto argiloso
Silto arenoso
Arenoso (médio - fino)
Arenoso (grosso-pedr.)
5 - 10
10 - 20
25 - 50
40 - 70
50 - 100
1.000 - 3.000
3.000 - 6.000
6.000 - 14.000
12.000 - 27.000
20.000 - 60.000
43
da coluna, e = distância entre eixos de colunas. O valor 
0.01 corresponde ao desvio tolerado (1%) e o valor 0.75 é 
um coeficiente estatístico que leva em conta a 
probabilidade de que os desvios de duas colunas 
sucessivas não sejam totalmente opostos.
b) Colunas para tratamento de fundo de escavação 
(tampão de fundo)
 D - 1.15 e
H max. = 
 2 x 0.01 x 0.75
Profundidade máxima aconselhada
a) Colunas para realização de cortinas 
impermeáveis
É oportuno limitar a profundidade do tratamento e, 
para tal, sugerimos a seguinte fórmula, para garantir 
suficiente superposição das colunas contra os 
possíveis desvios da verticalidade, onde: D = diâmetro 
 D - e
H max = 
 2 x 0.01 x 0.75
Jet Grouting44
Tampão de fundo de escavação
(esquema “triangular”)
Eventual viga de coroamento
Cortina realizada mediante colunas de jet grouting
D
D
e
e
Execução de colunas CCP - Metrô Linha 4 Praça da República - SP Execução de colunas CCP - Metrô Linha 4 Praça da República - SP
Introdução
 const rução de obras subter râneas, 
principalmente em áreas urbanas, sobretudo em Amédias e grandes cidades, tem sido adotada 
como solução aos problemas de adensamento 
populacional e disputa pelo uso do solo. Túneis 
rodoviários, ferroviários, metroviários entre outros tipos, 
vêm sendo crescentemente utilizados em vários países, 
inclusive no Brasil. A engenharia de túneis brasileira tem 
tido um enorme desenvolvimento nos últimos 10 anos, 
notadamente o método N.A.T.M. (New Austrian 
Tunnelling Method), mediante escavações parcializadas 
e revestimento de concreto projetado associado a 
cambotas e telas metálicas soldadas.
Para que as obras urbanas sejam executadas 
pelo método acima, em condições de estabilidade e 
de deformações satisfatórias dos maciços, foram 
empregados os mais diversos tipos de tratamento, 
para melhoria das suas propriedades mecânicas, 
segundo Teixeira (1995), "Simpósio sobre túneis 
urbanos". 
TRATAMENTO DE MACIÇOS 
PARA EXECUÇÃO DE TÚNEIS
SERVIÇOS
Entende-se por "tratamento dos maciços de solos" 
todo e qualquer serviço que tenha por finalidade 
estabilizar o solo para evitar rupturas, reduzir a valores 
admissíveis as deformações e os recalques do maciço 
durante a escavação ou em função do adensamento do 
solo mole, bem como dar estanqueidade ao maciço, 
reduzir sua permeabi l idade e as pressões 
hidrodinâmicas. Existem váris métodos de tratamento do 
solo, entretanto temos direcionado a atuação no sentido 
de desenvolver e aplicar os seguintes métodos:
a)Colunas de solo-cimento moldadas "in loco" pela 
tecnologia do "jet grouting"
A tecnologia do jet grouting é o método mais 
moderno de consolidação de maciços e que pode ser 
aplicado a qualquer tipo de solo (desde argilas até 
pedregulhos). A consolidação de maciços com o uso da 
tecnologia jet grouting tanto pode ser executado através 
de colunas verticais ou horizontais (CCPH).
Metrô Linha 2 Estação Carlos Petit - São Paulo / SP
CAPÍTULO 8
Metrô Linha 4 Estação Oscar Freire - São Paulo / SP
45
b) Drenos sub-horizontais profundos (DHP's)
Normalmente instalados a partir da frente da 
escavação e com drenagem gravitacional, permitem o 
controle da água em lençóis empoleirados.
c) Estruturação do maciço por inclusões rígidas 
(ENFILAGEM)
 A estruturação localizada dos maciços ao longo da 
periferia da abóbada é feita pela introdução de 
elementos rígidos, conhecidos como enfilagens e são 
instalados a partir da frente de escavação.
SEÇÃO LONGITUDINAL DO TÚNEL
A SER TRATADO
TRTATAMENTO DO PÉ EM ESTACAS-RAIZ
COM TUBO SCH MANCHETADO
TRATAMENTO DA CALOTA
PREGAGEM DA FRENTE
Tratamento túnel 03/04 - Rodovia dos Imigrantes - SP
 As enfilagens podem ser:
de barrash
 tubularesh
de bulbo contínuoh
d) Agulhamento da frente de escavação
A estabilização da frente de escavação pode ser 
feita com o emprego da técnica do "solo pregado", ou 
seja, a instalação de tubos distribuídos na face permite a 
escavação de seção plena sem risco de ruptura, 
dependendo, naturalmente, do tipo de solo.
46 Tratamento de Maciços para Execução de Túneis
Enfilagem com CCP para execução de túnel - Guaraú / SP Detalhe de solo tratado com JSG Vertical - Metrô de Brasília / DF
47Tratamento de Maciços para Execução de Túneis
Túnel - Tribunal de Justiça - São Paulo / SP
TRATAMENTO DA CALOTA
Trecho: A
TRATAMENTO DO SIDE DRIFT DO TÚNEL
Trecho: C
ESCAVAÇÃO E REVESTIMENTO DA CALOTA
Trecho: A
Túnel de acesso - Metrô Rio de Janeiro
Tratamento de maciços - Metrô Linha 4 - Oscar Freire - São Paulo / SP
Tratamento túnel 03/04 - Rodovia dos Imigrantes - São Paulo / SP Tratamento de maciços - Metrô Linha 4 - Oscar Freire - São Paulo / SP
Introdução
São elementos de ancoragem que nos permitem 
transferir, por tração, para o interior do maciço, esforços 
de uma superfície, através de cabos ou monobarras 
de aço. 
Os tirantes são agrupados em três tipos: de barra,de fios e de cordoalha.
TIRANTES
SERVIÇOS
Aplicações
contenção de taludes em solo e rocha;h
sustentação de paredes para escavação profunda;h
ancoragem de lajes para combater a subpressão;h
fixação de estruturas especiais, quer em solo ou rocha.h
Parede diafragma atirantada - Av. Faria Lima - São Paulo / SP
Tipo Aço
Armação
(mm)
Seção
(mm²)
Tensão de
escoamento
(kgf/mm²)
Tensão de
ruptura
(kgf/mm²)
Carga máx.
de ensaio
(tf) Provisório Permanente
Carga de trabalho (tf)
Tabela para dimensionamento de Tirantes
BARRA
FIO
Cordoalha
GEWI
ST85/105
1 ø 32
1 ø 32
6 ø 8
10 ø 8
8 ø 8
12 ø 8
4 ø12,5
6 ø 12,5
7 ø 12,5
8 ø 12,5
10 ø 12,5
12 ø 12,5
804
804
302
402
503
604
395
592
691
790
987
1148
50
85
55
105
36
62
37
49
61
73
61
91
106
121
152
182
24
41
24
33
41
49
40
61
71
81
101
121
21
35
21
28
35
42
35
52
61
69
87
104
150
190
135
171
CP 150 RB
CP 190 RB
CAPÍTULO 9
48
Esquema básico dos Tirantes
49Tirantes
Metodologia executiva
a) Perfuração do solo ou rocha com rotação ou roto-
percussão, revestida ou não, usando-se água, bentonita 
ou ar, com diâmetro, inclinações, e comprimento pré-
estabelecidos em projeto.
b) Colocação da barra, fios ou cordoalha acoplados ao 
tubo de injeção com as devidas válvulas manchete, 
espaguetes e espaçadores.
c) Confecção da bainha, que é o preenchimento da
perfuração com nata de cimento.
d) Execução do bulbo de ancoragem, que é a injeção de 
nata de cimento, feita através das válvulas manchete, 
com pressões e absorção controladas. Esta injeção é 
feita quantas vezes forem necessárias.
e) Protensão dos cabos ou monobarra, com macacos 
hidráulicos, num prazo de aproximadamente 7 (sete) 
dias, obedecendo-se os ensaios previstos na NBR 5629.
Placa de apoio
Cabeça da ancoragem
Cunha de apoio
Parede de sustentação
Furo de sondagem
Bainha
Calda
Injeção de proteção
Armadura do tirante Bulbo de ancoragem
e h
r
Tr c o liv e
c
n
Tre ho a corado
Fios de aço, barra ou cordoalha
Tubo de injeção
Válvulas manchete
Nata de cimento
(Bulbo)
Injeção
Nata de cimento
Cabeça de ancoragem
a) Perfuração
b) Montagem d) Execução do bulbo
c) Preenchimento da bainha
Fases de execução
e) Ancoragem
Injeção de tirantes - Rua Olimpíadas - São Paulo / SPPerfuração de tirantes - Rua Olimpíadas - São Paulo / SP
Tirantes
Execução de Tirantes - Rua Olimpíadas - São Paulo / SP
Execução de tirantes - Passagem subterrânea Av. Rebouças - São Paulo / SP
50
DRENOS FIBROQUÍMICOS
SERVIÇOS
Introdução
as últimas décadas, mais e mais projetos de 
engenharia civil são construídos sobre N espessas camadas de solo mole. Em tais 
condições, alguns métodos de melhoramento de solo 
são necessários com o objetivo de aumentar a sua 
capacidade de carga e minimizar os efeitos de recalques 
absolutos e diferenciais após a construção.
Pré-adensamento e pré-carga, freqüentemente 
são utilizadas, associadas a drenos verticais, 
especialmente quando se trata de espessa camada 
de argila mole, onde, sem o uso de drenos verticais, 
o tempo necessário para um pré-adensamento e, 
conseqüentemente, aceleração dos recalques, pode ser 
excessivamente longo e não compatível com o 
cronograma das obras.
O dreno fibroquímico apresenta vantagens em 
relação aos tradicionais drenos de areia, devido as 
seguintes características:
ótima capacidade drenante;h
garantia contra entupimentos;h
minimização do efeito de colmatação de terreno a ser h
drenado (durante a execução dos próprios drenos);
perturbação quase nula das áreas de trabalho;h
grande rapidez de execução (15 vezes mais rápido h
que os drenos de areia).
Dentre as diversas aplicações do dreno, podemos citar:
estabilização de aterros de rodovias e ferrovias;h
consolidação de áreas portuárias (por exemplo: para h
estoque de containers);
consolidação de pistas de aeroporto;h
estabilização de aterros para preencher lagoas ou h
áreas inundadas;
consolidação de áreas industriais para eliminar os h
recalques devidos à sobrecargas.
Execução de drenos - Obra Ultrafertil - Cubatão / SP
CAPÍTULO 10
51Drenos Fibroquímicos
Informações necessárias a 
um projeto de drenos
O sucesso de um projeto de aceleração de recalque 
com utilização de drenos verticais (fibroquímicos ou não) 
depende de uma análise bem feita, de campo e 
laboratório, das propriedades do solo a ser melhorado.
Esta investigação fornecerá os seguintes 
elementos:
estado de tensões no solo;
condições de drenagem;
grau de adensamento desejado;
tempo disponível;
distribuição dos drenos (malha triangular ou 
quadrada);
diâmetro equivalente (no caso do dreno de fita).
A partir do conhecimento dos elementos acima, 
define-se finalmente o “espaçamento entre os drenos” e 
sua “profundidade”,
É, porém, oportuno enfatizar que em um projeto de 
drenos verticais, as variáveis que devem nortear o projeto 
são:
tempo disponível para o tratamento.
espaçamento entre os drenos e profundidade.
altura da sobre junto carga.
Portanto, em cada projeto, deverá ser feita uma 
interação dessas três variáveis até chegar-se a situação 
ótima quer seja sob o aspecto técnico, econômico e 
de tempo.
Metodologia de Instalação
O sistema utilizado pela Brasfond consiste na 
cravação estaticamente de uma guia metálica (de seção 
muito reduzida) que contém no seu interior a fita de dreno 
fibroquímico.
A guia metálica se movimenta ao longo de uma 
lança instalada sobre uma escavadeira hidráulica ou 
guindaste.
Depois de atingir a profundidade requerida, o dreno 
fibroquímico fica ancorado no terreno, por meio de um 
dispositivo especial, e a guia metálica é retirada do 
terreno, pronta para cravação do dreno seguinte (na 
saída, o dreno fibroquímico é cortado um pouco acima 
da superfície do terreno).
O tipo de dreno utilizado consiste de uma fita 
contínua de largura igual a 10cm, cujo revestimento 
externo é constituído por material fibroquímico e cuja 
parte interna é constituída por um “corpo drenante” em 
PVC, na forma de canaletas contínuas longitudinais. O 
filtro externo garante absoluta proteção contra 
entupimento e o “corpo drenante” interno garante a 
permeabilidade vertical necessária. 
h
h
h
h
h
h
h
h
h
Metodologia de instalação
É importante observar também que a cravação do 
dreno protegido pela guia metálica, “mandril” evita 
totalmente a danificação do dreno, garantindo a sua 
eficiência quando em operação. 
Drenos deste t ipo foram executados à 
profundidades de até 24 metros (geralmente a 
profundidade de cravação não excede 20 metros) sem 
apresentar perda de eficiência.
DRENO
MANDRIL
COLCHÃO
DRENANTE
SOBRECARGA
GUINDASTE
ÂNCORA
52 Drenos Fibroquímicos
terreno, graças à flexibilidade dos drenos, fato este não 
garantido nos drenos de areia.
a presença do filtro (ou revestimento externo), do h
dreno fibroquímico, que garante absoluta proteção 
contra entupimentos do dreno no tempo, o que também 
não é garantido pelos drenos de areia.
a utilização deste tipo de dreno elimina totalmente o h
problema de contaminação do colchão superficial 
drenante durante a execução, fato este praticamente 
inevitável no caso dos drenos de areia, que utilizam água 
durante as operações de perfuração e de limpeza.
não é utilizada água, e conseqüentemente, não existe h
nenhum refluxo, eliminando-se assim, também, a

Outros materiais