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2017322 151044 questões+OAB 2016 1

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PROVA OAB
Questões de Direito Administrativo
Alana Locatelli Lazzari, Fabrício Madrid, Mariel Seewald, Matheus Charão e Pablo Schabarum.
(OAB– 2015) O Município C está elaborando edital de licitação para a contratação de serviço de limpeza predial. A respeito do prazo de duração desse contrato, assinale a afirmativa correta.
	A) O prazo de duração do contrato está adstrito à vigência do respectivo crédito 	orçamentário, sem possibilidade de prorrogação.
	B) O contrato de prestação de serviços pode ser celebrado pelo prazo de até 48 	meses.
	C) O contrato pode ser celebrado por prazo indeterminado, mantendo-se vigente 	enquanto não houver melhor preço do que o da proposta vencedora da licitação.
	D) O contrato poderá ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos 	períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a 	administração, limitada a sessenta meses.
Comentários:
	A) ERRADA. O serviço de limpeza predial é um serviço de prestação continuada. Segundo o art. 57, II da Lei 8.666/93, os contratos de prestação de serviços a serem executados de forma contínua poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a 60 meses.
	B) ERRADA. Como afirmado acima, o contrato poderá ser prorrogado por até 60 meses, em regra. Esse prazo, em caráter excepcional, poderá ser prorrogado por mais 12 meses (quando atinge o total de 72 meses), devendo essa prorrogação adicional ser devidamente justificada, sendo exigida, ainda, autorização da autoridade superior (Lei 8.666/93, art. 57, §4º).
	C) ERRADA. A Lei 8.666/93 veda a celebração de contratos por prazo indeterminado (art.57, §3º).
	D) CERTA. Nos termos do art. 57, II da Lei 8.666/93.
LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993
	Art. 57.  A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:
(...)
II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
(...)
§ 3o É vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado. 
§ 4o Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da autoridade superior, o prazo de que trata o inciso II do caput deste artigo poderá ser prorrogado por até doze meses. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998).
	(OAB – 2010) Uma das características dos contratos administrativos é a “instabilidade” quanto ao seu objeto que decorre:
	A) do poder conferido à Administração Pública de alterar, unilateralmente, algumas cláusulas do 	contrato, no curso de sua execução, na forma do artigo 58, inciso I da Lei n. 8.666/93, a fim de 	adequar o objeto do contrato às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do 	contratado. 
	B) da possibilidade do contratado (particular) alterar, unilateralmente, a qualquer tempo, algumas 	cláusulas do contrato, no curso de sua execução, de forma a atender aos seus próprios interesses em 	face das prerrogativas da Administração Pública. 
	C) do poder conferido à Administração Pública de alterar, unilateralmente, algumas cláusulas do 	contrato, no curso de sua execução, na forma do artigo 58, inciso I da Lei n. 8.666/93, a fim de 	adequar o objeto do contrato aos interesses do contratado (particular) em face das prerrogativas da 	Administração Pública. 
	D) de não haver qualquer possibilidade de alteração do objeto do contrato administrativo, quer pela 	Administração Pública, quer pelo contratado (particular), tendo em vista o princípio da vinculação 	ao 	edital licitatório, do qual o contrato e seu objeto fazem parte integrante; e o princípio da 	juridicidade, do qual aquele primeiro decorre. 
Comentários: 
	A) CERTA. Conforme o disposto no art. 58, lei 8.112/90, “o regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de: I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado.	§ 2o  Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do contrato deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual."
 
B) ERRADA. O particular não altera o contrato unilateralmente de forma a atender seus próprios interesses.
C) ERRADA. O correto seria: (...) a fim de adequar o objeto do contrato às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado.
D) ERRADA. A Administração Pública pode alterar, unilateralmente, algumas cláusulas do contrato, no curso de sua execução, na forma do artigo 58, inciso I da Lei 8.666/93, a fim de adequar o objeto do contrato às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado.
	Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
	I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado;
	II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei; 
	III - fiscalizar-lhes a execução;
	IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;
	V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo.
	§ 1o As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.
	§ 2o Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do contrato deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual.
LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993
	(OAB-2014) Diante das chuvas torrenciais que destruíram o telhado do prédio de uma Secretaria de Estado, o administrador entende presentes as condições para a dispensa de licitação com fundamento no art. 24, IV, da Lei nº 8.666/1993 (contratação direta quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares). Submete, então, à Assessoria Jurídica a indagação sobre a possibilidade de contratação de empresa de construção civil de renome nacional para a reconstrução da estrutura afetada do edifício. Sobre as hipóteses de contratação direta, assinale a afirmativa correta. 
	A) As hipóteses de dispensa e inexigibilidade de licitação não exigem justificativa de preço, porque são 	casos em que a própria legislação entende inconveniente ou inviável a competição pelas melhores 	condições de contratação. 
	B) A dispensa de licitação, assim como a de inexigibilidade, não prescinde de justificativa de preço, uma 	vez que a autorização legal para não licitar não significa possibilidade de contratação por preços 	superiores aos praticados no mercado. 
	C) Apenas as hipóteses de dispensa de licitação (e não as situações de inexigibilidade) exigem justificativa 	de preço até porque a inexigibilidade significa que somente uma pessoa pode ser contratada, o que afasta 	possibilidade de discussão quanto ao preço. 
	D) A dispensa de licitação não exige justificativa de preço, pois a própria lei prevê, taxativamente, que 	não se faça licitação nas hipóteses elencadas; na inexigibilidade, a justificativa de preço é inafastável, 	diante do caráter exemplificativo do Art. 25 da Lei. 
Comentários:
	A) ERRADA. A legislação exige a justificativa de preço todas as vezes que a contratação direta for realizada. (art.26, Parágrafo
Único, III, da Lei 8666/93). 
	B) CERTA. A questão informa a impossibilidade de se contratar diretamente obras e serviços pelo preço acima ao do mercado, mesmo diante das exceções ao dever de licitar. (art.26, Parágrafo Único, III, da Lei 8666/93). 
	C) ERRADA. Mesmo as situações que justificam a inexigibilidade exigem a justificativa do preço, uma vez que o fato configura contratação direta (sem a realização de licitação). (art.26, Parágrafo Único, III, da Lei 8666/93). 
	D) ERRADA. Não apresenta ligação alguma com o Art. 25. (Art. 25, da Lei 8666/93 “É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial”).
LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993
Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do parágrafo único do art. 8o desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos. (Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005)
Parágrafo único.  O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que couber, com os seguintes elementos:
I - caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, quando for o caso;
II - razão da escolha do fornecedor ou executante;
III - justificativa do preço.
IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão alocados.  (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
(OAB – 2012) A desapropriação é um procedimento administrativo que possui duas fases: a primeira, denominada declaratória e a segunda, denominada executória. Quanto à fase declaratória, assinale a afirmativa correta. 
	A) Acarreta a aquisição da propriedade pela Administração, gerando o dever de 	justa indenização ao expropriado.
	B) Importa no início do prazo para a ocorrência da caducidade do ato declaratório 	e gera, para a Administração, o direito de penetrar no bem objeto da 	desapropriação.
	C) Implica a geração de efeitos, com o titular mantendo o direito de propriedade 	plena, não tendo a Administração direitos ou deveres.
	D) Gera o direito à imissão provisória na posse e o impedimento à desistência da 	desapropriação.
Comentários:
A) ERRADA. A primeira fase somente declara o interesse da Administração, estabelecendo marcos históricos para o imóvel, cientificando o proprietário do interesse público. Temos casos em que a Administração desistiu da desapropriação, o que não culminou com o pagamento do imóvel e sua consequente transferência de propriedade. 
B) CERTA. O decreto expropriatório dá início sim ao prazo de contagem para caducidade do mesmo, pois segundo o Art. 10 do Decreto-Lei n. 3.365: “Art. 10 - A desapropriação deverá efetivar-se mediante acordo ou intentar-se judicialmente, dentro de cinco anos, contados da data da expedição do respectivo decreto e findos os quais este caducará.”
 
C) ERRADA. Segundo o Art. 7 do Decreto-Lei n. 3.365 a Administração passa sim a ter alguns direitos sobre o bem, mesmo a propriedade ainda não tendo sido transferida. “Art. 7º - Declarada a utilidade pública, ficam as autoridades administrativas autorizadas a penetrar nos prédios compreendidos na declaração, podendo recorrer, em caso de oposição, ao auxílio de força policial.” 
D) ERRADA. Não gera o impedimento à desistência da desapropriação, pois novamente se deve observar o Art. 10 do Decreto-Lei n. 3.365 
(OAB – 2009) Carlos, morador de Ouro Preto/MG, é proprietário de casarão cujo valor
histórico foi reconhecido pelo poder público. Após regular procedimento, o
bem foi tombado pela União, e Carlos, contrariado com o tombamento,
decidiu mudar-se da cidade e alienar o imóvel.
Na situação hipotética apresentada, Carlos:
	A) Pode alienar o bem, desde que o ofereça, pelo mesmo preço, à União, bem como 	ao Estado de Minas Gerais e ao município de Ouro Preto, a fim de que possam 	exercer o direito de preferência da compra do bem.
	B) Não pode alienar o bem, visto que, a partir do tombamento, o casarão tornou-se 	bem inalienável.
	C) Pode alienar o bem livremente, sem qualquer comunicação prévia ao poder 	público.
	D) Somente pode alienar o bem para a União, instituidora do tombamento.
Comentários:
	A) CERTA. A legitimidade da alienação de bens tomados sempre pressupõe que o alienante 	ofereça, antes, ao Poder Público para que exerça, ou não, eu direito de preempção ou 	preferência. Vide artigo 22 do Decreto-lei 25/37.
	B) ERRADA. Os bens tombados podem ser alienados. Vide artigo 22 do Decreto-lei 25/37.
	C) ERRADA. Vide artigo 22 do Decreto-lei 25/37.
	D) ERRADA. Vide artigo 22 do Decreto-lei 25/37.
Decreto Lei nº 25 de 30 de Novembro de 1937 
Organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. 
Art. 22. Em face da alienação onerosa de bens tombados, pertencentes a pessoas naturais ou a pessoas jurídicas de direito privado, a União, os Estados e os municípios terão, nesta ordem, o direito de preferência.
§ 1º Tal alienação não será permitida, sem que previamente sejam os bens oferecidos, pelo mesmo preço, à União, bem como ao Estado e ao município em que se encontrarem. O proprietário deverá notificar os titulares do direito de preferência a usá-lo, dentro de trinta dias, sob pena de perdê-lo. 
§ 2º É nula alienação realizada com violação do disposto no parágrafo anterior, ficando qualquer dos titulares do direito de preferência habilitado a sequestrar a coisa e a impor a multa de vinte por cento do seu valor ao transmitente e ao adquirente, que serão por ela solidariamente responsáveis. A nulidade será pronunciada, na forma da lei, pelo juiz que conceder o sequestro, o qual só será levantado depois de paga a multa e se qualquer dos titulares do direito de preferência não tiver adquirido a coisa no prazo de trinta dias. 
§ 3º O direito de preferência não inibe o proprietário de gravar livremente a coisa tombada, de penhor, anticrese ou hipoteca. 
§ 4º Nenhuma venda judicial de bens tombados se poderá realizar sem que, previamente, os titulares do direito de preferência sejam disso notificados judicialmente, não podendo os editais de praça ser expedidos, sob pena de nulidade, antes de feita a notificação. 
§ 5º Aos titulares do direito de preferência assistirá o direito de remissão, se dela não lançarem mão, até a assinatura do auto de arrematação ou até a sentença de adjudicação, as pessoas que, na forma da lei, tiverem a faculdade de remir. 
§ 6º O direito de remissão por parte da União, bem como do Estado e do município em que os bens se encontrarem, poderá ser exercido, dentro de cinco dias a partir da assinatura do auto do arrematação ou da sentença de adjudicação, não se podendo extrair a carta, enquanto não se esgotar este prazo, salvo se o arrematante ou o adjudicante for qualquer dos titulares do direito de preferência. 
(OAB – 2006) Assinale a opção correta:
A) Os bens públicos de uso comum do povo são penhoráveis;
B) Os bens públicos de uso especial podem ser alienados enquanto mantiverem essa característica;
C) Os bens públicos dominicais estão sob o domínio público, sendo impenhoráveis, porém podem ser usucapidos;
D) Os bens públicos são imprescritíveis.
Comentários:
	A) ERRADA. Os bens de uso comum do povo e os de uso especial estão fora do comércio jurídico de direito privado; são, portanto, características dos bens das duas modalidades integrantes do domínio público do Estado a inalienabilidade e, como decorrência desta, a imprescritibilidade, a impenhorabilidade e a impossibilidade de oneração.
	B) ERRADA. Pela redação do art. 100, CC, “os bens públicos de uso comum e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar”. Com relação aos bens de uso comum e de uso especial, nenhuma lei estabelece
a possibilidade de alienação; por estarem afetados a fins públicos, estão fora do comércio jurídico de direito privado, não podendo ser objeto de relações jurídicas. Para serem alienados pelos métodos de direito privado, têm de ser previamente desafetados, ou seja, passar para a categoria de bens dominicais, pela perda de sua destinação pública. Vale dizer que a inalienabilidade não é absoluta.
	C) ERRADA. A CF/88 proibiu qualquer tipo de usucapião de imóvel público (arts. 183, §3º e 191, par. único).
	D) CERTA. 
(OAB – 2010) Com relação à intervenção do Estado na propriedade, assinale a alternativa correta. 
A) A requisição administrativa é uma forma de intervenção supressiva do Estado na propriedade que somente recai em bens imóveis, sendo o Estado obrigado a indenizar eventuais prejuízos, se houver dano. 
 B) A limitação administrativa é uma forma de intervenção restritiva do Estado na propriedade que consubstancia obrigações de caráter específico e individualizados a proprietários determinados, sem afetar o caráter absoluto do direito de propriedade. 
 C) A servidão administrativa é uma forma de intervenção restritiva do Estado na propriedade que afeta as faculdades de uso e gozo sobre o bem objeto da intervenção, em razão de um interesse público. 
 D) O tombamento é uma forma de intervenção do Estado na propriedade privada que possui como característica a conservação dos aspectos históricos, artísticos, paisagísticos e culturais dos bens imóveis, excepcionando-se os bens móveis. 
Comentários:
	A) ERRADA. A requisição não é uma modalidade supressiva, mas sim restritiva e também 	pode recair sobre bens móveis, não apenas imóveis.
	B) ERRADA. A limitação não consubstancia obrigações de caráter específico, mas sim de 	natureza geral, ou seja, incide sobre todos os proprietários e deve ser gratuita, não gera 	indenização. 
	C) CERTA. A restrição realmente só impõe restrições ao uso de natureza específica, apenas a 	determinados proprietários.
	D) ERRADA. O tombamento pode recair também sobre os bens móveis.
(OAB – 2007) Quanto à responsabilidade extracontratual do Estado, assinale a opção correta. 
	A) Prevalece o entendimento de que, nos casos de omissão, a responsabilidade extracontratual do Estado é subjetiva, sendo necessário, por isso, perquirir acerca da culpa e do dolo.
	B) A vítima de dano causado por ato comissivo deve ingressar com ação de indenização por responsabilidade objetiva contra o servidor público que praticou o ato.
	C) Não há responsabilidade civil do Estado por dano causado pelo rompimento de uma adutora ou de um cabo elétrico, mantidos pelo Estado em péssimas condições, já que essa situação se insere no conceito de caso fortuito.
	
	D) Proposta a ação de indenização por danos materiais e morais contra o Estado, sob o fundamento de sua responsabilidade objetiva, é imperioso que este, conforme entendimento prevalecente, denuncie à lide o respectivo servidor alegadamente causador do dano.
Comentários:
	A) CERTA. Casos de omissão se encaixam na responsabilidade subjetiva do Estado, restando à vítima a comprovação da culpa ou dolo do Estado, além dos demais requisitos: ato, dano e nexo causal. Por exemplo: se um carro cai num bueiro aberto e encoberto pelas águas da chuva em dias de alagamento: neste caso temos que tentar comprovar a culpa ou o dolo do Estado sendo omisso. Casos de omissão = responsabilidade subjetiva.
	B) ERRADA. A responsabilidade do servidor público é subjetiva, e a do Estado é objetiva, salvo nos casos de omissão ilícita, quando será subjetiva.
	C) ERRADA. A assertiva não possui fundamento, posto que o rompimento de uma adutora ou cabo elétrico em decorrência da má observação do Estado não é hipótese de caso fortuito. Não se trata de evento extraordinário e imprevisível de força irresistível, mas de NEGLIGÊNCIA.
	
	D) ERRADA. O fato da responsabilidade, nesse caso, ser objetiva, cumulado ao fato de que esse ato implicaria em demasiada demora processual, em prejuízo do administrado, por si só, segundo posicionamento majoritário, veda que o Estado valha-se da denunciação à lide contra seu agente.
(OAB – 2015) O Governador do Estado Y criticou, por meio da imprensa, o Diretor-Presidente da Agência Reguladora de Serviços Delegados de Transportes do Estado, autarquia estadual criada pela Lei nº 1.234, alegando que aquela entidade, ao aplicar multas às empresas concessionárias por supostas falhas na prestação do serviço, “não estimula o empresário a investir no Estado”. Ainda, por essa razão, o Governador ameaçou, também pela imprensa, substituir o Diretor-Presidente da agência antes de expirado o prazo do mandato daquele dirigente. Considerando o exposto, assinale a afirmativa correta.
A) A adoção do mandato fixo para os dirigentes de agências reguladoras contribui para a necessária autonomia da entidade, impedindo a livre exoneração pelo chefe do Poder Executivo.
B) A agência reguladora, como órgão da Administração Direta, submete-se ao poder disciplinar do chefe do Poder Executivo estadual.
C) A agência reguladora possui personalidade jurídica própria, mas está sujeita, obrigatoriamente, ao poder hierárquico do chefe do Poder Executivo.
D) Ainda que os dirigentes da agência reguladora exerçam mandato fixo, pode o chefe do Poder Executivo exonerá-los, por razões políticas não ligadas ao interesse público, caso discorde das decisões tomadas pela entidade.
Comentários:
	A) CERTA. A adoção de mandato fixo para os dirigentes de agências reguladoras contribui para a necessária autonomia da entidade, impedindo a livre exoneração pelo Chefe do Poder Executivo.
	B) ERRADA. A agência reguladora, como órgão da administração INDIRETA, submete-se ao poder disciplinar do Chefe do Poder Executivo Estadual.
	C) ERRADA. Não há relação de hierarquia em relação a duas pessoas jurídicas diferentes, no caso o Estado e a Autarquia.
	D) ERRADA. Ainda que os dirigentes da agência reguladora exerçam mandato fixo, NÃO pode o Chefe do Poder Executivo exonerá-los, por razões políticas não ligadas ao interesse público, caso discorde das decisões tomadas pela entidade.
(OAB - 2012) A União, após regular licitação, realiza concessão de determinado serviço público uma sociedade privada. Entretanto, para a efetiva prestação do serviço, é necessário realizar algumas desapropriações. A respeito desse caso concreto, assinale a alternativa correta.
A) A sociedade concessionária poderá promover desapropriações mediante autorização expressa, constante de lei ou contrato. 
B) As desapropriações necessárias somente poderão ser realizadas pela União, já que a concessionária é pessoa jurídica de direito privado.
C) O ingresso de autoridades administrativas nos bens desapropriados, declarada a utilidade pública, somente será lícito após a obtenção de autorização judicial.
D) Os bens pertencentes ao(s) Município(s) inserido(s) na área de prestação do serviço não poderão ser desapropriados, mesmo que haja autorização legislativa.
Comentários:
	A) CERTA. Está de acordo com a lei 8.787/95, em seus artigos 29, inciso VIII, e 31, e também com o artigo 3º do Decreto 3.365/41, ou seja, as concessionárias podem, em caráter excepcional, realizar desapropriações, desde que supridos os requisitos exigidos nessas legislações.
	B) ERRADA. As concessionárias podem, em caráter excepcional, realizar desapropriações, desde que supridas as exigências legais, mediante autorização expressa constante em lei ou contrato. 
	C) ERRADA. A Administração Pública pode ingressar no imóvel para averiguar seu estado de conservação e realizar medições de forma direta, sem a necessidade de autorização judicial. O fundamento para esta alternativa encontra-se no art. 7º do Decreto 3.365/41.
	D) ERRADA. Com autorização legislativa, a União terá competência de desapropriar bens do Município, de acordo com o art. 2º, § 2º do Decreto 3.365/41.
DECRETO-LEI Nº 3.365, DE 21 DE JUNHO DE 1941.
Art. 2o  Mediante declaração
de utilidade pública, todos os bens poderão ser desapropriados pela União, pelos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios.
	§ 2o  Os bens do domínio dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios poderão ser desapropriados pela União, e os dos Municípios pelos Estados, mas, em qualquer caso, ao ato deverá preceder autorização legislativa. 
Art. 7o  Declarada a utilidade pública, ficam as autoridades administrativas autorizadas a penetrar nos prédios compreendidos na declaração, podendo recorrer, em caso de oposição, ao auxílio de força policial.
        Àquele que for molestado por excesso ou abuso de poder, cabe indenização por perdas e danos, sem prejuízo da ação penal.
Art. 3o  Os concessionários de serviços públicos e os estabelecimentos de caráter público ou que exerçam funções delegadas de poder público poderão promover desapropriações mediante autorização expressa, constante de lei ou contrato.
Art. 29. Incumbe ao poder concedente:
	VIII - declarar de utilidade pública os bens necessários à execução do serviço ou obra pública, promovendo as desapropriações, diretamente ou mediante outorga de poderes à concessionária, caso em que será desta a responsabilidade pelas indenizações cabíveis.
   Art. 31. Incumbe à concessionária:
        VI - promover as desapropriações e constituir servidões autorizadas pelo poder concedente, conforme previsto no edital e no contrato.
      
LEI Nº 8.987, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1995.

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