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1. Todos os seres vivos convivem com micro- organismos que podem ou não trazer prejuizos a eles. 2. Podem ser: bactérias – virus – fungos 1. Simbiose: neste caso tanto o hospedeiro quanto o parasita se beneficiam da relação ( flora normal) 2. Comensalismo: os agentes vivem em associaçào íntima sem que haja evidências de benefícios para qualquer um delesdeles 3. Saprófitas: são organismos que não têm existência parasitária mas que requerem nutrientes orgânicos de outros organismos 4. Parasitismo: neste caso apenas o agente parasita se beneficia. É o mais prejudicial da relação 1. As bactérias são os seres vivos mais simples do ponto de vista estrutural, e de menor tamanho, podendo ser conhecidas também como micróbios. 2. As bactérias são microorganismos unicelulares, procariontes (não possuem núcleo bem definido), e algumas causam doenças.doenças. 3. São abundantes no ar, no solo e na água e na sua maioria inofensivas para o ser humano, sendo algumas até benéficas. 1. As bactérias apresentam uma membrana plasmática recoberta por uma parede celular. Diferente das células eucarióticas, nas bactérias não aparecem organelas delimitadas por membranas 2. Na membrana encontramos uma estrutura típica, uma invaginação da membrana plasmática, denominada de mesossomo. O mesossomo parece ter um papel importante durante a duplicação e divisão bacteriana. 1. A parede celular das bactérias é uma estrutura rígida e é formada por um complexo mucopeptídico, que dá a forma à bactéria. 2. A cápsula, presente principalmente em bactérias patogê- nicas é formada por polissacarídeos e tem uma consistên- cia de um muco. cia de um muco. 3. Tal estrutura mucosa confere resistência às bactérias patogênicas contra o ataque e englobamento por leucócitos e outros fagócitos, protegendo-as de possíveis rupturas enzimáticas ou osmóticas. O periplasma (camada coloidal) 1. Contém enzimas hidrolíticas e ou-tras que direcionam nutrientes essenciais para as proteínas de transporte da membrana plasmática, evitando que se difundam de volta para o meio externo. 2. Contém enzimas inativadouras de 2. Contém enzimas inativadouras de antibióticos, 3. Quimiorreceptores (sensores que auxiliam a célula a detectar mudanças no ambiente) 4. Oligossacarídios que parecem auxiliar a bactéria a resistir à osmolaridade do meio. Abaixo algumas das bactérias mais nocivas ao homem, e as doenças associadas a cada uma dela: Streptococcus pneumoniae - causa septicemia, infecção no ouvido médio, pneumonia e meningite. Haemophilus influenzae - causa pneumonia, infecção do ouvido e meningite principalmente em crianças. Shigella dysenteria - causa disenteria (diarréia sangrenta). Linhagens resistentes podem levar a epidemias e algumas podem ser tratadas apenas com medicamentos muito caros (fluoroquinolonas). Neisseria gonorrhoeae - causa gonorréia, a resistência às drogas limita o seu tratamento principalmente à cefalosporina. Pseudomonas aeruginosa - causa septicemia e pneumonia, principalmente em pessoas com fibrose cística ou com o sistema imune comprometido. Algumas linhagens super resistentes não podem ser cística ou com o sistema imune comprometido. Algumas linhagens super resistentes não podem ser tratadas com drogas. Enterococcus faecalis - causa septicemia e infecção do trato urinário, e infecção das vias respiratórias nos pacientes com o sistema imune comprometido. Algumas linhagens ultra resistentes não podem ser tratadas com drogas. Escherichia coli - causa infecção do trato urinário, infecção do sangue, diarréia e falência dos rins. Algumas linhagens são ultra resistentes. Acinetobacter - causa septicemia em pacientes com o sistema imune comprometido. Mycobacterium tuberculosis - causa tuberculose. Algumas linhagens ultra resistentes não podem ser tratadas com drogas. Staphylococcus aureus - causa septicemia, infecção nas vias respiratórias e pneumonia. Algumas linhagens tem se mostrado muito resistentes a vários antibióticos. NORMALMENTE OCORRE POR: • via aérea, • Ingesta, • Inalação, • Feridas, • Por inoculação e • Raramente pela penetração através da pele íntegra 1. Após o contato o agente agressor pode ficar restrito a área de contato ou poderá penetrar no organismo e ser distribuidos para outras regiões por via: linfática ou hematogênicaou hematogênica 2. Bacteremia: quando detectamos a presença de bactérias no sangue 3. Septicemia se refere a presença de bactérias patogênicas ou de suas toxinas no sangue circulante 1. O termo antibiótico resulta da combinação de 2 termos gregos que significam literalmente “contrários à vida”, e que foi criada por Paul Vuillemin, em 1889 2. Waksman, na década de 1940, definiu antibiótico como substância produzida por microorganismos e que tem a propriedade de destruir outros microor- ganismos ou inibir o crescimento deles . 1. Quando estes agentes são originalmente produzidos por espécies de microorganismos, portanto de origem natural, são denomina- dos antibióticos. 2. Quando são produzidos de forma sintética, denominam-se AGENTES ANTIMICROBIANOS 2. Quando são produzidos de forma sintética, denominam-se quimioterápicos. 1. Após o desenvolvimento da química orgânica começaram os primei- ros estudos no desenvolvimento de substâncias para tratar as infec- ções 2. Pasteur e Joubert (1877) estão entre os primeiros pesquisadores a reconhecerem o potencial dos produtos microbianos como agentes terapêuticos terapêuticos 3. Os primeiros estudos começaram com Paul Erlich (1910) que na época estudava o Prontosil Rubro, ao qual atribuia propriedades quimioterápicas 4. Os resultados de Paul Erlich não foram aceitos pela comunidade científica. Com a mote de Erlich o mundo médico passou admitir que o tratamento das infecções era um sonho impraticável e que a melhor arma era estimular as defesas naturais do organismo FLEMING (1925)FLEMING (1925) o grande impulso veio acontecer com a descoberta da penicilina por Alexander Fleming ao observar a lise de uma colônia de estafilococos pelo Penicilium notatum A era moderna da quimioterapia antimicrobiana inicia-se em 1936 com a introdução, na clínica, das sulfonamidas A introdução da PENICILINA (1941) por FLOREY, CHAIM et cols. tornou-se um marco histórico na medicina por revolucionar os princípios terapêuticos até então usados nas doenças infecciosas ao iniciaram a utilização experimental desta substância no tratamento de processos infecciosos em seres humanos Atualmente a maioria dos antibióticos são produzidos sinteticamente , alguns podem ser totalmente sintéticos (cloranfenicol) enquanto outros, parcialmente sintéticos (penicilinas semi sintéticas). Características de um antibiótico ideal • Eficaz • Bactericida • Atividade seletiva • Menor toxicidade para • Ter boa absorção • Ter boa penetração tecidual • Menor toxicidade para o hospedeiro • Não alterar microbiota saprófita • Não induzir resistência tecidual • Ter meia vida prolongada • Ter boa estabilidade • Ter baixo custo Responder antes da antibioticoterapia: • O paciente está infectado? • Qual é o foco infeccioso? • Foi colhido material para exame microbiológico?• Foi colhido material para exame microbiológico? • Características do paciente que podem predispô-lo à infecção? • É necessário começar tratamento empírico? • Dados do paciente relevantes na escolha do antibiótico Indicação de associação de antibióticos: • Sinergismo • Ampliação de espectro • Prevenção de emergência de germes • Prevenção de emergência de germes resistentes • Diminuição da toxicidade (?) Classificação Química dosANTIBIÓTICOS: • Derivados de aminoácidos – polimixinas, cloranfenicol, tianfenicol, B-lactâmicos, glicopeptídeos • Derivados de açúcares – macrolídeos, lincosaminas, aminoglicosídeos, – macrolídeos, lincosaminas, aminoglicosídeos, estreptograminas • Derivados de acetatos e propionatos – poliênicos, ácido fusídico, griseofulvina,tetraciclina, rifampicina • Outros – fosfomicinas, equinocandinas,etc Classificação quanto ao espectro de ação: • Fungos - nistatina, anfotericina B, griseofulvina • Protozoários - paramomicina, tetraciclina, anfotericina B • Algas• Algas - anfotericina B • Prions : • - não tem • Bactérias: - antibióticos Bactérias • Gram positivas: penicilina, macrolídeos, bacitracina, lincomicina glicopeptídeos, tetraciclinas, cefalosporinas, • Gram negativas: polimixinas, aminoglicosídeos, cefalosporinas de 3a. Geração, cloranfenicol, ampicilina, quinolona, monobactâmicos, carbapenemas • Micobactérias: rifampicina, estreptomicina, ciclosserina, claritromicina, isoniazida, pirazinamida,claritromicina, isoniazida, pirazinamida, etambutol, etionamida, sulfonas, clofazimina • Espiroquetas: penicilinas, eritromicina, tetraciclina • Anaeróbios: cloranfenicol, clindamicina, metronidazol, cefoxitina, penicilina • Clamidia, micoplasma e riquetsia: tetraciclina, cloranfenicol, macrolídeos Classificação de acordo com o efeito sobre o germe: • Bactericida X Bacteriostático ESTES AGENTES PODEM SERESTES AGENTES PODEM SER 1) BACTERIOSTÁTICOS - Quando inibem o crescimento bacteriano. 2) BACTERICIDAS - Quando destroem as bactérias. Mecanismo de Ação •• Parede celularParede celular- penicilinas, cefalosporinas, carbapenemas, monobactâmicos, bacitracina, glicopeptídeos, ciclosserina, fosfomicina •• Permeabilidade Permeabilidade da Membrana citoplasmáticada Membrana citoplasmática- polimixina, tirotricina, anfotericina B, nistatina •• Replicação do cromossomaReplicação do cromossoma- novobiocina, fluorquinolonas, griseofulvinagriseofulvina •• Síntese Síntese proteicaproteica:: • Reversível: tetraciclina, cloranfenicol, macrolídeos, lincosaminas • Irreversível- aminoglicosídeos, rifampicina Uso Racional de Antibióticos no Hospital �Tempo de uso - o mais curto possível Planejamento do uso de antimicrobianos possível �Posologia - dose, intervalo, via �Escolha - empírica e pós-cultura Planejamento de Uso Racional de Antibiótico Dose e Intervalo de Aplicação �Usar aminoglicosídeo em dose única diária �Usar betalactâmicos com menor intervalo possível entre as doses Posologia dos Antibióticos Planejamento do uso de antimicrobianos DETERMINA A CONCENTRAÇÃO DO ANTIBIÓTICO NO SÍTIO DA INFECÇÃO AO LONGO DO USO ���� FARMACOCINÉTICA � Absorção � Dose � Via de administração � Volume de distribuição - intravascular, intersticial e intracelular � Metabolismo � Eliminação Características que conferem os efeitos antimicrobianos e tóxicos do antibiótico em relação à sua concentração no sítio de infecção ao longo do tempo de uso. ���� FARMACODINÂMICA Parâmetros Farmacodinâmico de Eficácia dos Antibióticos �Antibióticos Concentração-Dependentes �Aminoglicosídeos, Quinolonas, Metronidazol �Antibióticos Tempo-Dependentes � Penicilinas, Cefalosporinas, Carbapenemas, Aztreonam, Vancomicina, Macrolídeos, Oxazolidinonas Terapia Antimicrobiana em Terapia Intensiva Paciente com suspeita de infecção Coleta de material para diagnóstico Iniciar TERAPIA EMPÍRICA - patógenos mais comuns - sensibilidade conhecida para diagnóstico Identificação do patógeno Determinação da sensibilidade Modificar a terapia: - espectro menor - menor indução de resistência Cura Escolha do Antibiótico Planejamento de Uso Racional de Antibiótico �Retirada do uso de antibióticos que promovem grande pressão seletiva de resistência Resistência Microbiana Como uma bactéria adquire resistência ? � Alteração genética �Mutação no cromossoma � Transferência de gens de resistência Mutação Radiação Gen R Transformação Gen R Transdução Gen R Bacteriófago Gen R Conjugação Fator R Sem Fator R Mecanismos Principais de Resistência �Degradação do antimicrobiano � Diminuição da permeabilidade� Diminuição da permeabilidade � Alteração do sítio de ação � Efluxo ativo Resistências Adquiridas Importantes na Comunidade � Pneumococos - Multirresistência �H. influenzae - Multirresistência �Moraxella catharrhalis produtora de beta-lactamases �M. tuberculosis - Multirresistência Resistências Adquiridas Importantes na Comunidade � E. coli à Ampicilina � Gonococos aos beta-lactâmicos � Estreptococos beta-hemolítico aos macrolídeos �MRSA MRSA na Comunidade � Usuários de drogas intravenosas � Participantes de programas de diálise Fatores de Risco � Uso de antibióticos com frequência � Hospitalização recente � Assistência em “homecare” � Pacientes de Casa de Saúde de Apoio Gram positivas Gram negativas Bactérias Multi-Resistentes em Hospitais S. epidermidis S. aureus Klebsiella spp, E. coli Pseudomonas, Acinetobacter Enterococcus spp. Medidas para Prevenção e Controle de Microrganismos Resistentes � USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICO � Cura da infecção � Controle da resistência ANTIBIÓTICO
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