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QUESTOES SOBRE O LIVROS:
Vida Liquida- Zygmunt Bauman
A sociedade individualizada; vidas contadas e histórias vividas- Zygmunt Bauman 
O que autor entende por “vida líquida”?
A vida líquida é uma forma de vida que tende a ser levada à frente numa sociedade líquido-moderna. A sociedade líquido-moderna é aquela em que as condições sob as quais agem seus membros mudam num tempo mais curto do que aquele necessário para a consolidação dos hábitos e rotinas, das formas de agir. A vida líquida, assim como a sociedade, não podem manter a forma ou permanecer em seu curso por muito tempo. (pg. 7). A vida líquida é uma vida precária, vivida em condições de incerteza constante, é uma sucessão de reinícios. Nessa vida, livrar-se das coisas tem prioridade sobre adquiri-las. (pg. 8). É uma vida de consumo, projeta o mundo e seus fragmentos como objetos de consumo, ou seja, que perdem a sua utilidade enquanto são usados. (pg. 16/17)
O que ocorre com as realizações individuais nessa sociedade líquido-moderna citada pelo autor?
Essas realizações individuais não podem solidificar-se em posses permanentes, em instantes, os ativos transformam-se em passivos, e as capacidades em incapacidades. As condições de ação e reação se tornam obsoletas. (pg.7)
O que se entende por “destruição criativa”?
É a forma como caminha a vida líquida. Aquilo que a criação destrói são outros modos de vida e, portanto, de forma indireta, os seres humanos que os praticam. (pg.10)
Como o autor caracteriza a questão da educação vista na era sólido-moderna e nos tempos líquido-modernos?
Afirma que os filósofos da educação da era sólido-moderna viam os professores como lançadores de mísseis balísticos, portanto, os que recebiam o ensinamento seguiriam o alvo determinado, com permanência do aprendizado e com um curso predeterminado. Com a entrada nos tempos líquidos-moderno a antiga sabedoria perdeu seu valor pragmático e com a promoção da aprendizagem conhecida pelo nome de “educação” tiveram de mudar sua atenção dos mísseis balísticos para os mísseis inteligentes, assim os receptores seriam capazes de mudar de ideia, de curso, após seu lançamento, sendo que o que os direciona sãos as suas capacidades técnicas para atingir o objetivo.
Como o autor relaciona a velocidade à vida líquida?
Para Bauman a velocidade e não a duração é o que importa. Com a velocidade cera, pode-se consumir toda a eternidade do presente contínuo da vida terrena. O truque é comprimir a eternidade de modo a poder ajustá-la, inteira, à duração de uma existência individual. (pg.15)
Segundo o autor, qual é o mal-estar da pós-modernidade?
São apresentadas no livro Sociedade Individualizada, de Bauman como mal-estar da pós-modernidade a impotência e a inadequação. Segundo o autor há um temor da possibilidade de nunca se conformar. Outro sentimento que pode ser tido como mal-estar da pos-modernidade é a depressão, a incapacidade de atuar especialmente na incapacidade de atuar de maneira racional.
No terceiro cap[itulo do livro, o autor define felecidade como sinônimo de liberdade: “liberdade para agir conforme os impulsos, para seguir seus próprios instintos e desejos. Na pós-modernidade como se dá a liberdade?
Vivemos da maneira livre como nossos antepassados sonhavam: sem normas e limites no que diz respeito a ausência de restrições e limites obstrusivos e insidiosos. Na sociedade pós-moderna o sujeito tem a liberdade individual da escolha.
O que hoje, na percepção do livro, é concebido como individualidade?
A individualidade hoje, significa em primeiro lugar a autonomia da pessoa, a qual, por sua vez, é percebida simultaneamente como direito e dever. Antes de qualquer coisa, a afirmação “eu sou um indivíduo” significa que sou responsável por meus méritos e fracassos, e que minha tarefa é cultivar os méritos e reparar os fracassos. (pg. 30/31)
Pode-se afirmar que a sociedade atual não é “hospitaleira à crítica”?
Bauman consegue demonstrar que a sociedade atual não é refratária à critica, mas a utiliza numa relação diferente da forma utilizada pela teoria crítica clássica. A teoria crítica de Adorno e Horkheimer preocupava-se em defender a autonomia humana e a liberdade de escolher e auto-afirmar-se diante de uma modernidade totalizante, autoritária, planejada e rígida. A crítica formulada hoje é individualizada, nas palavras de Bauman, é “ao estilo do consumidor”, ou seja, é uma crítica sem pretensões universais, apenas voltada às questões que desagradam ao indivíduo. (Cap. 7)
A leitura que se faz hoje da pobreza é condizente com uma sociedade autônoma e autoconstitutiva ou simplesmente reforça o estigma da sociedade individualizada?
Bauman coloca que a discussão da pobreza costuma ser enfocada no sentido puramente econômico, suprimindo-se o papel desempenhado pelos novos-pobres na reprodução e reimposição do tipo de ordem global que é a causa da destituição deles e também do medo ambiente que torna a vida dos restantes infeliz. Em outras palavras, Bauman sustenta que a pobreza hoje serve ao capitalismo globalizado à medida que mantém os não-pobres resignados à flexibilização do mundo e à constante incerteza que os cerca, pois melhor conviver com a incerteza do que com a pobreza. (Cap. 9)
O que é uma sociedade de consumidores?
“Uma "sociedade de consumidores" não é apenas a soma total dos consumidores, mas uma totalidade, como diria Durkheim, "maior do que a soma das partes". É uma sociedade que (para usar uma antiga noção que já foi popular sob a influência de Althusser) "interpela" seus membros basicamente, ou talvez até exclusivamente, como consumidores; e uma sociedade que julga e avalia seus membros principalmente por suas capacidades e sua conduta relacionadas ao consumo.”. P. 109.
Como o consumismo é visto pela sociedade de indivíduos?
O consumismo é uma resposta do tipo “como fazer”. A lógica do consumismo serve às necessidades dos homens e das mulheres em luta para construir, preservar e renovar a individualidade e, particularmente, para lidar com a sua aporia. Os movimentos do mercado de consumo desafiam a lógica, mas não a da luta já inerentemente aporética pela individualidade. A luta pela singularidade agora se tornou o principal motor da produção e do consumo em massa. (pg. 36).
Que significa a expressão: o consumidor é inimigo do cidadão?
Aqui o autor expressa sua visão de que o afastamento da política e ainda ausência de interesse pelo processo político, também está se afastando do conceito de democracia e cidadania. Ao citar Giroux & Giroux diz que a cidadania foi reduzida ao ato de comprar e vender mercadorias, em vez de evoluir para uma democracia substancial. E ainda, que a liberdade dos cidadãos foi plantada e enraizada no solo sociopolítico, devendo ser fertilizado diariamente pelas ações bem informadas de um público instruído e comprometido, afastando-se, portanto, não bastando apenas a visão consumerista de participação da população.
"A PASSAGEM DA MODERNIDADE "PESADA" OU "SÓLIDA" PARA A "LEVE" OU "LIQUEFEITA" CONSTITUI A ESTRUTURA NA QUAL A HISTÓRIA DO MOVIMENTO TRABALHISTA FOI INSCRITA" (BAUMAN, 2001 p.43.). APRESENTE AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A SOCIEDADE "PESADA" E A "LIQUEFEITA" NO QUE DIZ RESPEITO ÀS QUESTÕES DO TRABALHO.
 A modernidade "pesada” possibilitava a ligação, união do capital e o trabalho. No período da Revolução Industrial havia um compromisso mútuo entre o capital e o trabalho:
os trabalhadores dependiam de empregos para terem o sustento; o capital dependia de empregá-los para sua reprodução e crescimento. Esse encontro tinha um endereço fixo; nenhum dos dois poderia se mover para outra parte com facilidade - as paredes maciças da fábrica mantinham ambos os sócios em uma prisão compartilhada. O capital e os trabalhadores estavam unidos, poderíamos dizer, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, até que a morte os separasse. A fábrica era a residência comum deles - o campo de batalha para a guerra de trincheiras e o lar natural de esperançase sonhos. (BAUMAN, 2001 p 33)
Havia ainda a possibilidade de um emprego que durasse toda a vida dentro de uma companhia, que poderia ser não durar para sempre, mas cujo período de vida se estendia muito além da expectativa de vida de seus trabalhadores
Diferente dos tempos da modernidade pesada que tinha dependência mútua de longo prazo, na modernidade “leve” os trabalhadores começaram a trabalhar com contratos de curto prazo, o emprego é uma incerteza .
Como o autor caracteriza os mártires e martírio?
“São pessoas que enfrentam desvantagens esmagadoras”. Não apenas na certeza de sua morte, mas também que seu sacrifício não será valorizado pelos espectadores. O martírio “significa solidariedade com um grupo menor e mais fraco, discriminado, humilhado, odiado e perseguido pela maioria”. (pg. 58)
 Como a sociedade líquido-moderna lida com os mártires ou heróis?
Para essa sociedade os mártires e heróis não tem espaço. Isso porque milita contra o sacrifício das satisfações imediatas em função de objetivos distantes, bem como questiona o valor de sacrificar satisfações individuais em nome de uma “causa” ou do bem-estar de um grupo. Essa sociedade despreza os ideais de “longo prazo” e da “totalidade”. (pg. 63)
Trace um paralelo entre o “amor”, o “valor” e o “uso” em bauman.
Bauman afirma que o mundo, visto pelo amor, é uma coleção de valores e, pela razão, de objetos úteis; que o valor é a qualidade de uma coisa, enquanto a utilidade é um atributo de quem utiliza tal coisa. Explica que é a incompletude do utilizador que o faz sofrer, é sua ânsia de preencher a lacuna que torna uma coisa útil e que “usar” significa melhorar a condição do utilizador, reparar um deficiência, estar preocupado com o bem-estar do utilizador. Diz, também, que “usar” é um desejo, um consumo, um despir de alteridade, um aniquilar do outro para o bem da própria pessoa e que “amar”, ao contrário, significa valorizar o outro por sua alteridade, desejar reforçá-la nele, protegê-la, estar pronto para sacrificar o próprio conforto, inclusive a própria existência mortal se isso for necessário para satisfazer tal intenção.
Durante a era moderna, quais eram as estratégias culturais de gerencimaneto da tensão constante entre o sexo e o erostimo?
A primeira, e aquela oficialmente promovida e sustentada pelos poderes legislativos do Estado e pelos poderes ideológicos da Igreja e da escola, foi a de reforçar os limites impostos pelas funções reprodutivas do sexo sobre a liberdade da imaginação erótica, relegando o excedente incontrolável de energia sexual para as esferas culturalmente suprimidas e socialmente degradadas da pornografia, prostituição e ligações ilícitas, extramaritais. A segunda, sempre carregando uma matriz de divergência e rebeldia, foi a estratégia romântica de cortar os laços que uniam o erotismo ao sexo, atando-o, em vez disso, ao amor.
Qual a relação entre segurança, liberdade e globalização apontada pelo autor?
Quando falta segurança, os agentes livres são privados da confiança sem a qual dificilmente se pode exercer a liberdade. Quando falta a liberdade, a segurança parece escravidão ou prisão. (pg.51). “Enquanto os beneficiários da globalização instável e desigual vêem a liberdade desenfreada como o melhor meio de alcançar sua própria segurança, é numa lamentável insegurança que as vítimas dessa mesma globalização, pretendidas ou colaterais, suspeitam que o principal obstáculo está em se tornar livres” (pg. 54)
Por que para Bauman a globalização para a maioria dos habitantes do planeta equivale a profunda deterioração de suas condiçôes de vida?
Compreende que o resultado imediato da emancipação da atividade econômica em relaçao a qualquer critério, exceto o de multiplicar lucros, foi um crescimento sem precedentes da produção e da acumulação de riquezas, e também uma polarização aguda e violenta dos padrões de vida, gerando uma desintegração das redes habituais de proteção formadas por vínculos, obrigações e compromissos humanos. E a globalização unilateral limitada aos empreendimentos comerciais é percebida acima de tudo como uma perda de controle sobre o presente e uma incapacidade de prever o que o futuro trará, reforçando a insegurança.
Bauman, ao apontar a necessidade de transformar a transitoriedade da vida em durabilidade, ressalta a necessidade de construir “pontes” que levem da finitude ao infinito. Nesse ínterim, explique o que são as denominadas “pontes para uso individual.”
As pontes para uso individual são as oportunidades de permanecer vivo na memória da posteridade, como uma pessoa, única e insubstituível, com um rosto reconhecível e nome público. A função dessa “ponte” é fornecer o vínculo necessário entre a transitoriedade, que é o destino humano, e a duração como realização humana.
Qual a noção da esfera planetária abordada no livro?
O autor pontua que os problemas e a miséria têm raizes planetárias e exigem soluções planetárias. Desta forma, entende que a responsabilidade planetária reconhece o fato de que todos nós compartilhamos o planeta e dependemos uns dos outros para o nosso presente e futuro. E que soluções verdadeiramente eficazes e permanentes para problemas planetários somente podem ser encontradas e funcionarem por meio da renegociação e forma das redes de interdependência e interações globais e locais.
De que forma o conceito de “gerenciar” (de Bauman) se relaciona com o conceito de comportamento (de Maturana)?
Para Maturana, comportamento são as “mudanças de postura ou posição de um ser vivo, que um observador descreve como movimentos ou ações em relação a um determinado ambiente”. P. 152. Para Bauman, “"gerenciar" (controlar o fluxo de eventos) veio a significar a manipulação de probabilidades: tornar a ocorrência de certas condutas (iniciais ou reativas) de "pessoas, animais etc." mais provável do que seria de outro modo, tornando menos provável ou, de preferência, totalmente improvável a ocorrência de outros movimentos. Em última instância, "gerenciar" significa limitar a liberdade do gerenciado.”. p. 72.
Qual a relação entre cultura (Bauman) e autopoiese (Maturana)?
“Nas descrições antropológicas ortodoxas (uma sociedade = uma cultura), a "cultura" aparece como "uma criada" da "estrutura social", uma eficiente ferramenta da "administração de tensões" e da "manutenção de padrões". Preserva intacta a distribuição dada de probabilidades comportamentais necessária para manter inalterada a forma "do sistema" e enfrenta quaisquer brechas da norma, fraturas e desvios ocasionais que ameacem afetar o "equilíbrio" do "sistema".”. P. 77. Entende-se que a manutenção do equilíbrio do sistema seria a autopoiese em Maturana.
Qual a relação entre insegurança e tédio para Bauman?
“A alternativa à insegurança não é a bênção da tranqüilidade, mas a maldição do tédio. É possível superar o medo e ao mesmo tempo fugir do tédio? Pode-se suspeitar que esse quebra-cabeça é o maior dilema a confrontar os planejadores e arquitetos urbanos - um dilema para o qual ainda não se encontrou solução convincente, satisfatória e incontestada, uma questão para a qual talvez não se possa achar uma resposta plenamente adequada, mas que (talvez pela mesma razão) continuará estimulando arquitetos e planejadores a produzir experimentos cada vez mais radicais e invenções cada vez mais ousadas.”. P. 101.
O que o autor pensa sobre os “estranhos” no ambiente urbano?
“Uma reunião de estranhos é um lócus de imprevisibilidade endêmica e incurável. Pode-se dizer isso de outra forma: os estranhos incorporam o risco. Não há risco sem pelo menos algum resquício de medo de um dano ou perda, mas sem risco também não há chance de ganho ou triunfo. Por essa razão, os ambientes carregados de risco não podem deixar de ser vistos como locais de intensa ambigüidade, o que, por sua vez, não deixa de evocar atitudes e reações ambivalentes. Os ambientes repletos de risco simultaneamente atraem e repelem, e o ponto em que uma reação se transforma no seu oposto é eminentemente variável emutante, virtualmente impossível de apontar com segurança, que dirá de fixar. ”. P. 102.
 Qual a importância do convívio com a diferença, para Bauman?
“É a tendência a se retirar dos espaços públicos e recolher-se a ilhas de mesmice que com o tempo se transforma no maior obstáculo ao convívio com a diferença - fazendo com que as habilidades do diálogo e da negociação venham a definhar e desaparecer. É a exposição à diferença que com o tempo se torna o principal fator da coabitação feliz, fazendo com que as raízes urbanas do medo venham a definhar e desaparecer.”. P. 103.
Na visão de Bauman como verdadeiramente deve ser entendida capacitação em contraponto da visão econômica e mercadológica que utiliza o conhecimento e as competências como um poderoso motor do crescimento econômico.
Indica que a verdadeira capacitação exige a aquisição não apenas das habilidades necessárias para o desempenho bem-sucedido num jogo planejado por outros, mas também dos poderes para influenciar os objetivos, riscos e normas do jogo, portanto, não somente habilidades pessoais, como também os poderes sociais. É necessário desenvolver habilidade para oferecer à esfera pública alguma chance de “ressureição” com a interação com os outros, ter um diálogo, negociar, obter a compreensão mútua e de administrar ou resolver os inevitáveis conflitos em qualquer instância da vida compartilhada.
Como traçar um paralelo entre os personagens das duas histórias analisadas no último capítulo que buscam mudanças e a permanência em movimento, com o momento eleitoral que o Brasil está vivendo nas campanhas para as eleições municipais?
Bauman afirma que estas personagens não ficam estáticos, pois não estão satisfeitos como as coisas são, o movimento é uma constância. Desejam sempre que tudo seja diferente, e acreditam duplamente que é possível tornar as coisas diferentes e que eles serão os “heróis” para torná-las diferentes. Verificamos que nas propagandas eleitorais a nítida mensagem de mudança, reformas e melhoria atribuída a uma pessoa (ao candidato) como um “salvador” para todos os problemas do munícipio, como se a política fosse um fazer individual e não social, coletivo.
Segundo Bauman, o que se pode definir como o “caráter translativo” da democracia?
Bauman conceitua a própria democracia como a prática da translação contínua entre o público e o privado, uma forma de transformar problemas privados em questões públicas e redistribuir o bem-estar público em tarefas e projetos privados. Explica que podemos definir uma sociedade democrátrica por sua suspeita nunca totamente mitigada de que seu trabalho não está completo, que ela ainda não é democrática o bastante, ou seja, um círculo de mudanças, sempre inacabado.
Estabeleça o conceito de “violência” em bauman.
Segundo Bauman, nem toda subjugação de liberdade e integridade corporal humana aparece sob a rubrica da “violência”, devendo ser alcançadas algumas outras condições, que não estão relacionadas à natureza das ações, mas aos seus perpetradores. Afirma que a “violência” é uma coerção à qual foi negada a legitimidade, ressaltando que chamá-la de ato de coerção, de forçar as pessoas a agir contra as suas vontades ou tirando delas a chance de voltar a atuar de boa ou má vontade, de um “ato de violência”, transmite a decisão do orador de questionar o direito de os atores exercerem a coerção, e também de negar-lhes o direito a determinar quais palavras serão usadas para descrever suas ações. Nesse contexto, Bauman destaca que a violência é ao mesmo tempo um meio e um risco na luta pelo poder, e que tal dualidade tem origem na legitimação da coerção.
Explique o fato de a ambivalência ser um agente de progresso.
 A ambivalência como fenômeno social representa algo que não sabe ao certo o que vai acontecer nem saber como comportar, tampouco prever qual será o resultado de determinadas ações. Isso acarreta um sentimento de incerteza.
A falta de clareza de hoje é um produto da ânsia de tornar as coisas mais claras; a maior parte da ambivalência sentida se origina nos esforços difusos e disparatados para eliminar a equivocabilidade de localidades selecionadas, separadas e sempre confinadas (BAUMAN, 2001, p.93)
A ambivalência, essa falta de clareza, e a insegurança dos “riscos” de certa forma impulsionam a ciência e tecnologia e consequentemente o desenvolvimento contemporâneo.
Explique: “a qualidade humana da sociedade deveria ser medida pela qualidade de vida de seus membros fracos.”
 O Estado do bem-estar social preocupa principalmente com a classe dos trabalhadores, excluindo os que realmente necessitam de uma espécie de auxilio: os pobres tidos no texto como os membros mais fraco da sociedade. Diante disso o autor diz ser necessário:
que a essência de toda moralidade é a responsabilidade que as pessoas assumem pela humanidade dos outros, esta é também a medida do padrão ético de uma sociedade. Esta é, proponho, a única medida que o Estado de bem-estar social pode proporcionar, mas também a única de que precisa (BAUMAN, 2001, p. 105)
A frase acima representa a necessidade de promover por parte do Estado melhores condições de vida para a tida como “sub-classe” “O cuidado do bem-estar do "exército de reserva do trabalho" poderia ser apresentado como um passo racional a ser dado. Na verdade, como uma ordem da razão. Manter as "classes baixas" vivas e bem de saúde desafia toda racionalidade e não serve a nenhum objetivo visível.
.Segundo Bauman, quais são as relações entre a manipulação das probabilidades dos eventos e a cultura?
A ordem possibilita a segurança que por sua vez é a capacidade de prever os resultados das ações. “Qualquer tentativa de "colocar as coisas em ordem" fica reduzida a manipular as probabilidades dos eventos.” A cultura diferencia e segrega as pessoas em categoria buscando assim trazer a ordem e consequentemente a segurança. É a cultura que manipula as probabilidades dos eventos por meio da atividade da diferenciação. De acordo com Bauman:
A cultura é a atividade de fazer distinções, de classificar, segregar, marcar fronteiras - divide as pessoas em categorias unidas internamente pela similaridade e separadas externamente pela diferença; e de diferenciar os alcances de conduta atribuídos aos humanos alocados nas diferentes categorias. (BAUMAN, 2001, p. 46)

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