Buscar

estado e revolução Lenin

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

No livro, O Estado e a revolução, Lenin reforça desde o primeiro capitulo o papel do Estado dentro da atual sociedade, como opressor e instrumento fundamental das classes dominantes, pensamento carregado pela influencia maexista. Logo a permanência deste Estado dominante esta nas brechas que estão entre as classes antagônicas gerando a improbabilidade da conciliação entre elas. Dado este aspecto Lenin prossegue ainda reforçando que o Estado dominante com suas habilidades cria um conflito de interesses gerando uma enorme dependência das classes baixas pelo poder estatal.
	Tal poder produz a exploração do homem da cidade e do campo, os separando num conflito dentre estes, mesmo quando pertencem a mesma classe, os afastando das suas relações. Esse afastamento do homem e da mulher pobre da politica, que mormente surge das falcatruas e corrupções nacionais tem como causa a dominação dos grande bancos, afortunados, enfim da burguesia, oque segundo Engels, reitera o surgimento do Estado a partir da necessidade dessa divisão de classes, e do proveito que a elite tira da classe explorada. Assim sendo, o autor suponha uma aliança universal, ou seja, uma correlação de forças estrangeiras que cominaria na derrocada do imperialismo e sobreporia à vitória da classe trabalhadora. Aquém disto, Lenin colocou em pauta uma correlação de classes. “Por outro lado, a classes e setores sociais burgueses que estão dispostos a lutar contra o ditador do momento, mas que, despois disso, assustados pelo avanço do movimento popular, passam as fileiras da contrarrevolução.” (HARNECKER, Marta. Estratégia e tática. Expressão Popular, 2012. 35-36) O que é importante salientar, para Lenin é o povo no poder, sabendo que todas estas correlações são processos dinâmicos, passiveis a mudanças de todo tipo, por isso é de suma necessidade saber que segundo Engels, “[...]o Estado burguês não “morre”; é aniquilado pelo proletariado na revolução. O que morre despois dessa revolução é o Estado proletário ou semiestado.”(p.37) Ou seja somente com as forças do homem proletário e camponês como forças motrizes da revolução é que de fato o comunismo viveria, pois “Um Estado seja ele qual for, não poderá ser livre nem popular.”(p.39)
	É relevante ainda tocar no assunto agitação e propaganda ao qual Lenin como agitador das massas de sua época, levantou a relevância dentro do processo de revolução. O Estado por ser a força de repressão das classes dominantes detém junto a estes o poder não só dos meios de produção, mas da comunicação. “A essência de toda a doutrina de Marx e Engels é a necessidade de inocular sistematicamente nas massas essa ideia da revolução violenta. É a omissão dessa propaganda, dessa agitação, que marca com mais relevo a traição doutrinaria das tendências social-chauvinistas e kautiskistas.”(p.41)
	“Não se pode passar por cima do povo” disse Lenin em maio de 1917; a ideia de um povo soberano só pode estar adjacente de um povo que dispõe das informações e intelectualidade de tudo o que se esta em jogo. 
	“Un dia les planteé lutchar juntos por un mundo nuevo, ustedes aceptaron y desde entonces fuimos hermanos.”* Tendo como base este pequeno poema levemos em consideração alguns ideias levantadas em seu livro “A montanha é algo mais que uma imensa estepe verde” do revolucionário sandinista Omar cabezas a respeito da responsabilidade e dimensão dentro da agitação e propaganda, já que vivendo num Estado que é órgão de dominação sobre a classe exploradas, o homem e a mulher pobre não pode nem muito menos tem acesso ao conhecimento, sendo então dever do revolucionário passar isto adiante. O que entende-se por propaganda e agitação é por fim o esclarecimento para as massas.
	O que Lenin predominantemente reafirma é o definhamento certo do Estado, passando ele por todo o processo de tomada pela ditadura do proletariado – processo este que reitera ser o foco principal de uma mente marxista- até chegar ao seu fim e começo do comunismo. Tese que segue e quer paulatinamente que os revolucionários compreendam e não tenha seus desvios da doutrina marxistas. O Estado e a revolução é um livro que chegou as massas e aos trabalhadores, que é ainda muito requisitado ou deveras criticado, chegando a acusarem o autor de deturpar os pensamentos marxistas. Lenin dispõe de uma didática e uma critica ácida aos que chamava oportunistas (Kautskye Plekhanov, por exemplo) e anarquistas que engendravam numa tentativa utópica de revolução segundo o pensador. Para completar o raciocínio só terminando com as palavras de Florestan Fernandes: “A leitura (do Estado e a Revolução”) é tanto melhor quanto ela completa também como e por que o proletariado deve primeiro conquistar o Estado burguês para, em seguida, transforma-lo e destruí-lo. Se não existissem outras razões, esta bastaria para dar ao Estado e a revolução um lugar incomum em nossas estantes dos clássicos do socialismo.”

Outros materiais

Outros materiais