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Resumo da obra Lucíola, de José de Alencar

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Resumo da obra Lucíola
O romance Lucíola, de cunho social, escrito por José de Alencar trata a respeito do relacionamento de Lúcia/Maria da Glória e Paulo. A história se passa na cidade do Rio de Janeiro, no ano de 1855. A obra é narrada em primeira pessoa, vista a partir da perspectiva particular do personagem Paulo que participa dos acontecimentos discorridos ao decorrer da obra.
No primeiro dia da chegada de Paulo à cidade do Rio de Janeiro, o personagem é envolvido pelo encanto que sente por uma jovem de beleza estonteante. O primeiro contato de ambos (Paulo e a bela jovem chamada de Lúcia ao decorrer da narrativa) se dá no momento em que a moça deixa cair seu leque no chão e Paulo o devolve generosamente, apertando as pontas dos dedos de Lúcia, o que a faz corar e sorrir. Paulo leva consigo a memória desse momento pois o sorriso de Lúcia carregava algo diferente, melancólico, carente de felicidade. 
Paulo tem aproximadamente 25 anos, é pobre e de personalidade mais introspectiva. Na cidade do Rio de Janeiro, o personagem tem um amigo de infância, chamado Sá, burguês, milionário e mais extrovertido. 
Uns dias após a chegada de Paulo na cidade de RJ, os amigos saem para um passeio na Festa da Glória, onde Paulo revê Lúcia, mas não se recorda da moça e perguntando a Sá, tem como resposta que Lúcia “não é nenhuma senhora”, apenas uma moça bonita. 
Apesar de ser advertido por Sá das preferências de Lúcia, Paulo resolve dar início a uma relação com a moça e vai visitá-la em sua casa em uma tarde. Sua visita foi recebida com muita cortesia e amabilidade. Paulo vê Lúcia como uma mulher doce, calma, quase melancólica, um forte contraste com o que ouvira a seu respeito. Foi avisado de que Lúcia era uma cortesã, ou seja, prostituta de luxo, que tratava a todos os homens com o maior desdém e que não era digna de companhia a não ser por uma ou duas noites ou momentos de boemia apenas. 
Depois de algumas visitas de Paulo à casa de Lúcia, ambos começam um relacionamento. Houve um dia em que Lúcia estava vestida com as mesmas roupas da primeira vez que Paulo a viu e chateia-se pelo personagem não se recordar pois acredita que ele tenha sido influenciado por saber de sua real condição de vida. 
Após terem tido sua primeira relação sexual, sucumbidos pela forte atração que sentiam um pelo outro. Especialmente Paulo que via Lúcia como uma figura ardente, brilhante, uma “transfiguração completa”, ficava deslumbrado por aquela mulher de aparência doce e personalidade vistosa e atrativa. Paulo começa a admirar Lúcia e até mesmo fica constrangido quando abre sua carteira após sua primeira noite juntos e Lúcia recusa seu dinheiro. 
Entre os tantos passeios que Paulo realizava na Corte, encontrou Cunha, ex amante de Lúcia, no teatro e trocaram comentários sobre a moça. Cunha falara a Paulo sobre o tempo que passou junto com Lúcia e sobre o fato dela ser uma mulher volúvel, que se enamora de um homem até cansar, partindo para o próximo sem nenhuma explicação e com tamanha frieza que humilha qualquer um de seus amantes que tomam como opção permanecer aos seus pés. 
Após a peça, alguns homens foram convidados por Sá até sua casa para beber, como Paulo sabia que Lúcia ia, não perdeu a ceia. Foi falar com a moça sobre o encontro que teriam na ceia mas Lúcia respondeu que naquela noite não lhe pertencia. Durante a reunião, após algumas horas da madrugada, algumas cortesãs foram convidadas a fazerem alguns jogos sexuais para enfeitar o banquete e Lúcia, para o choque de Paulo, era uma delas. Acabou despindo-se, imitando as pinturas sobre a ilha de Lesbos, na frente de todos os convidados, recebendo seu pagamento por isso. Cena que desagradou Paulo imensamente. E que causou vergonha a Lúcia. Não pelo o que ela fez mas por ter sido na frente de Paulo, envolvendo-o nesse aspecto de sua vida. 
Nessa altura, Lúcia e Paulo já estavam muito envolvidos. Sá percebera sua intimidade e alertou o amigo de que a bela moça é o tipo de mulher que “se aprecia de copo na mão e charuto na boca, depois de ter no estômago dois litros de champanha pelo menos. Fora disso, é excêntrica, estonteada e insuportável. Ninguém a compreende.”. Completou seus conselhos chamando Lúcia de avarenta. Contou sobre as vendas que ela fazia das joias que recebia como presentes de seus amantes. Ao ouvir todas as coisas que o amigo tinha a dizer sobre a mulher da qual estava se envolvendo, Paulo responde cuidadosamente em defesa de Lúcia. 
Houve um momento importante na relação de Paulo e Lúcia que podia ser fatal para ambos onde Paulo é avisado de que andavam falando sobre seu relacionamento com a cortesã. Paulo demonstra desinteresse no que diziam a seu respeito, mas não consegue não se deixar levar quando descobre que algumas pessoas andavam espalhando que ele vive às custas de Lúcia, por isso a cortesã não é mais vista em lojas comprando as últimas modas, nem desfilando suas joias, nem sequer andando de carro para apreciar peças de teatro como costumava fazer pois agora sustentava Paulo. 
Enfurecido pela vergonha e sentimentos íntimos, desconta em Lúcia que se revolta com ele e diz que voltará para a sua vida de cortesã pois não é digna de um homem honesto como Paulo. No dia seguinte, Paulo a vê em uma loja, rodeada por homens, um deles, o Sr. Couto, um velho que Paulo sabia que Lúcia tinha repugnância mas que estava pagando pelas peças que ela comprava na loja, portanto, seria pago através dos serviços de cortesã de Lúcia. 
Lúcia e Paulo rompem sua relação mas depois de esclarecidos os acontecimentos da noite em que supostamente Lúcia estaria se prostituindo para o Sr. Couto, reatam. Embora o romance de ambos tenha tido como resolução sua união, não voltou a ser como era antes. Lúcia via Paulo como um refúgio de sua vida de vergonha mas seu jeito impulsivo e desafiador acabou o afastando, tornando suas visitas raras e Lúcia, por medo de sujar a imagem de Paulo, nunca o procurava. 
Um dia, cedendo por não mais suportar a ausência de Paulo, Lúcia lhe visita e diz que está pronta para fazer tudo o que é necessário para ter Paulo ao seu lado novamente. Ele aceita e pede que passem o dia juntos. Cada vez mais, no entanto, prendia-se a ela por um amor apaixonado que ultrapassava a simples satisfação do sexo. Não a queria por sua sensualidade e fama de seus requintes no amor, sentia que ela também, na maneira de trata-lo, nos seus silêncios, beijos e carícias delicadas, o amava realmente. 
Lúcia contou sua história de vida, onde, como a personagem diz “morri pois para o mundo e para minha família”. Confessa seu nome real a Paulo: Maria da Glória. E explica a história de sua amiga Lúcia, que morrera e por isso ficou com seu nome como homenagem. Declara a partir de então que está morta para sempre a mulher que fora até conhecer Paulo e fazendo dele sua salvação, seu artista, seu pai, seu criador, dono de sua alma, passa a sentir um amor incondicional, tornando esse amor sua salvação, sua purificação. Não ama mais Paulo como Lúcia mas sim como Maria. 
Lúcia (que agora pede a Paulo que lhe chame como Maria) vende sua casa e vai morar mais distante da cidade com sua irmã mais nova, Ana. Paulo percebe que Lúcia não mais agora ama com sensualidade e a respeita por isso, passam seus últimos dias juntos, como uma família. Lúcia recusa-se a abortar o filho que carregava de Paulo e em virtude disso, morre. Pede a Paulo que cuide de sua irmã como um pai. E no seu leito de morte, confessa a Paulo seu amor. Diz que o amou desde o primeiro dia em que se viram e o agradece por ter sido sua salvação. 
Lucíola deve ser considerada uma obra romântica porque a heroína Lúcia ainda é uma personagem idealizada. Ao longo da narrativa, ela vai se transformando de mulher fatal e demoníaca em uma mulher angelical, doce, insegura e apaixonada, o que corresponde ao ideal romântico da heroína. Essas duas facetas também são explicitadas na dualidade nominal da personagem, onde há Lúcia que exala sensualidade e Maria da Glória, sensível.

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