mastgodireito ANULACAO, REVOGACAO E CONVALIDACAO DIREITO ADMINISTRATIVO PROF SOARES

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DIREITO 
ADMINISTRATIVO 
 
ASSUNTO: ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO 
 
 OLÁ MEUS ALUNOS, SELECIONEI ESSE TEMA PARA FAZER ESSA APOSTILA DETALHADA 
POR CONTA DA IMPORTÂNCIA DELE EM PROVAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO, TENDO EM 
VISTA SER POSSÍVEL A COBRANÇA, NO MÍNIMO, EM 03 TÓPICOS DA SUA PROVA. NO TOCANTE 
A MATÉRIA DE ATOS ADMINISTRATIVOS, PRINCÍPIOS (PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA) E 
AINDA QUANDO O EDITAL TRAZ A LEI 9.784/99 (PROCESSO ADMINISTRATIVO). 
 VOU EXPLICAR DE FORMA SIMPLES E DIDÁTICA, ALÉM DE APROFUNDAR A MATÉRIA EM 
ALGUNS PONTOS PARA QUE VOCÊS POSSAM ACERTAR TODAS AS QUESTÕES DESSE 
ASSUNTO NA SUA PROVA. É IMPORTANTE CONHECER CADA CONCEITO DESSE E DIFERENCIÁ-LO 
NA HORA DA PROVA, PARA ISSO FIZ VÁRIOS QUADROS RESUMOS PARA FACILITAR A SUA 
MEMORIZAÇÃO. 
 PROF. SOARES 
FACEBOOK: PROFESSOR SOARES 
INSTAGRAM: @PROFSOARESS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. ANULAÇÃO 
 
 VAMOS COMEÇAR A EXPLICAÇÃO PELO MAIS COBRADO EM PROVAS, IREMOS EXTRAIR O 
CONCEITO DE ANULAÇÃO DA LEI 9.784/99 E DA SÚMULA 473 DO SUPREMO TRIBUNAL 
FEDERAL (STF). DE ACORDO COM O ARTIGO 53 DA REFERIDA LEI: “À ADMINISTRAÇÃO 
DEVE ANULAR SEUS PRÓPRIOS ATOS QUANDO EIVADOS DE VÍCIO DE 
LEGALIDADE. ” 
 DESSA FORMA, ANULAÇÃO É COMO SE VOCÊ FOSSE “CANCELAR” ALGUMA ATITUDE SUA, 
POR CONTA DESSA ATITUDE SER CONSIDERADA ILEGAL. COM ISSO, CASO A ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA VERIFIQUE QUE UM ATO PRATICADO POR ELA CONTÉM VÍCIOS DE LEGALIDADE, 
OU SEJA, É CONSIDERADO ILEGAL, ELA DEVE ANULAR ESSE ATO. PERCEBA QUE O VERBO 
UTILIZADO IMPÕE IMPERATIVIDADE, OU SEJA, OBRIGATORIEDADE, POR CONTA DISSO QUE A 
ANULAÇÃO É UMA DECISÃO VINCULADA. O PODER PÚBLICO, EM REGRA, NÃO POSSUI 
A MARGEM DE ESCOLHA SE ANULA OU NÃO UM ATO CONSIDERADO ILEGAL, SALVO EXCEÇÕES 
QUE EXPLICAREMOS MAIS ADIANTE NA APOSTILA. 
 AINDA CONCEITUANDO, PARA DEPOIS EXPLICAR TUDO DA FORMA MAIS SIMPLES E 
DIDÁTICA POSSÍVEL, VAMOS AO CONCEITO DE ANULAÇÃO DA SÚMULA 473 DO STF: “A 
ADMINISTRAÇÃO PODE ANULAR SEUS PRÓPRIOS ATOS QUANDO EIVADOS DE 
VÍCIOS QUE OS TORNE ILEGAIS, PORQUE DELES NÃO SE ORIGINA DIREITO. ” 
A SÚMULA 473 DO STF AFIRMA QUE A ADMINISTRAÇÃO PODE ANULAR. ISSO 
CAUSOU BASTANTE POLÊMICA, E O PRÓPRIO STF JÁ PACIFICOU ENTENDIMENTO QUE A 
ANULAÇÃO DE ATO ADMINISTRATIVO É DECISÃO VINCULADA. 
 PROFESSOR E O QUE TORNA ESSE ATO ILEGAL? VOCÊS ESTUDAM NA MATÉRIAS DE ATOS 
ADMINISTRATIVOS, MEUS ALUNOS, OS CHAMADOS REQUISITOS, ELEMENTOS OU 
CONDIÇÕES DE VALIDADE DO ATO QUE CONSISTE: COMPETÊNCIA, FORMA, 
FINALIDADE, MOTIVO E OBJETO. DESSA FORMA, CASO OCORRA ALGUM VÍCIO (ERRO) 
EM ALGUM DESSES ELEMENTOS, O ATO SERÁ CONSIDERADO ILEGAL. EXEMPLIFICANDO: 
1. PREFEITO DE UMA CIDADE DESTINA UMA OBRA DE PAVIMENTAÇÃO PARA A RUA ONDE 
SEUS FAMILIARES RESIDEM. NO ENTANTO, A AVENIDA PRINCIPAL DA CIDADE 
 
 
 
NECESSITAVA DESSA PAVIMENTAÇÃO. O VÍCIO OCORRE NO ELEMENTO FINALIDADE, 
JÁ QUE O PREFEITO ATUOU COM DESVIO DE FINALIDADE. 
2. O ANALISTA JUDICIÁRIO DE UM FÓRUM ASSINA UM DESPACHO QUE APENAS O JUIZ 
POSSUÍA COMPETÊNCIA PARA ASSINAR. DESSA FORMA, OCORRER VÍCIO NO ELEMENTO 
COMPETÊNCIA E O ATO É ILEGAL. JÁ QUE, O ANALISTA JUDICIÁRIO ATUOU COM 
EXCESSO DE PODER. 
3. O GOVERNADOR DO ESTADO EXONERA UM SECRETÁRIO AFIRMANDO QUE AQUELE ATO 
É NECESSÁRIO PARA CONTER OS GASTOS PÚBLICOS. ENTRETANTO, DIAS APÓS ELE 
NOMEIA OUTRA PESSOA PARA O MESMO CARGO. TEMOS AQUI UM VÍCIO NO ELEMENTO 
MOTIVO DO ATO, SENDO ELE CONSIDERADO ILEGAL. 
 
 QUEM PODE ANULAR ESSE ATO ILEGAL? 
A PRÓPRIA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, DE OFÍCIO, PODE VERIFICAR A 
ILEGALIDADE E ANULAR O ATO COMO TAMBÉM O PODER JUDICIÁRIO, 
EXERCENDO O CONTROLE DE LEGALIDADE. IMPORTANTE RESSALTAR QUE 
O PODER JUDICIÁRIO NÃO ATUA DE OFÍCIO NA ANULAÇÃO DE ATOS 
ADMINISTRATIVOS, É NECESSÁRIO QUE ALGUÉM DENUNCIE, OU SEJA, PROVOQUE 
O PODER JUDICIÁRIO, PARA QUE ASSIM O JUIZ POSSA ANALISAR E DETERMINAR 
A ANULAÇÃO DO ATO, CASO ESTEJA EIVADO DE VÍCIO. 
 EXISTE PRAZO PARA ANULAR? 
DE ACORDO COM A LEI 9.784/99: “O DIREITO DA ADMINISTRAÇÃO DE 
ANULAR OS ATOS DE QUE DECORRAM EFEITOS FAVORÁVEIS PARA OS 
DESTINATÁRIOS DECAI EM 05 (CINCO) ANOS, CONTADOS DA DATA EM QUE 
FORAM PRATICADOS, SALVO COMPROVADA MÁ-FÉ. NO CASO DE EFEITOS 
PATRIMONIAIS CONTÍNUOS, O PRAZO DE DECADÊNCIA CONTAR-SE-Á DA 
PERCEPÇÃO DO PRIMEIRO PAGAMENTO. 
PRATICOU O ATO NO DIA 01/05/2010, A ADMINISTRAÇÃO PODE ANULAR ESSE 
ATO ATÉ O DIA 01/05/2015, PASSADO ESSE PRAZO ELA NÃO PODE MAIS 
ANULAR. SALVO, SE FOR COMPROVADA MÁ-FÉ DE QUEM PRATICOU O ATO. 
PROFESSOR, COMO ASSIM MÁ-FÉ? SIMPLES, MEUS ALUNOS, CASO AQUELE 
QUE PRATICOU O ATO AGIU COM INTENÇÃO, OU SEJA, ELE TINHA CIÊNCIA QUE O 
ATO ERA ILEGAL, MAS NADA FEZ PARA PROVIDENCIAR A ANULAÇÃO DESSE, ELE 
ATUOU DE MÁ-FÉ. ASSIM COMO, TAMBÉM AQUELES QUE ESTÃO SE 
 
 
 
BENEFICIANDO DESSE ATO INTENCIONALMENTE, MESMO SABENDO QUE É ILEGAL. 
VOU EXEMPLIFICAR PARA MELHOR ENTENDIMENTO. 
1. SERVIDOR PÚBLICO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PERNAMBUCO VERIFICOU QUE FOI 
CREDITADO EM SUA REMUNERAÇÃO UMA GRATIFICAÇÃO QUE ELE NÃO TERIA 
DIREITO. PORÉM, ELE NADA FEZ PARA INFORMAR A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DESSE 
ERRO. NESSE CASO, ELE AGIU DE MÁ-FÉ. 
2. SERVIDOR PÚBLICO DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO PERCEBEU QUE FOI 
CREDITADO UMA GRATIFICAÇÃO QUE ELE NÃO TERIA DIREITO EM SUA 
REMUNERAÇÃO, ELE PROCUROU O SETOR RESPONSÁVEL INFORMANDO QUE ESTAVA 
INCORRETO AQUELE PAGAMENTO, MAS FOI INFORMADO QUE O PAGAMENTO 
ESTAVA DEVIDAMENTE CORRETO. NESSE CASO, O AGENTE PÚBLICO ATUOU DE BOA-
FÉ. 
E ENTÃO, COMO FUNCIONA OS PRAZOS PARA ANULAR NESSES DOIS 
CASOS? NO PRIMEIRO CASO O AGENTE PÚBLICO ATUOU COM MÁ-FÉ, POR CONTA 
DISSO NÃO EXISTE PRAZO PARA ANULAR, PODE PASSAR 1, 2, 5, 10, 30 
ANOS QUE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PODERÁ ANULAR ESSA 
GRATIFICAÇÃO. JÁ NO SEGUNDO CASO, O AGENTE PÚBLICO AGIU COM BOA-FÉ, 
SENDO ASSIM O PRAZO PARA ANULAÇÃO É DE 05 ANOS, PASSADO ESSE PRAZO A 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA OU O PODER JUDICIÁRIO NÃO PODERÃO ANULAR 
ESSA GRATIFICAÇÃO ILEGAL. 
 UMA DICA IMPORTANTE SOBRE O PRAZO!!! O PRAZO PARA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ANULAR SEUS ATOS É DECADENCIAL. MUITAS 
BANCAS QUERENDO CONFUNDIR O CANDIDATO COLOCAM QUE O PRAZO É 
PRESCRICIONAL. CUIDADO COM ESSA PEGADINHA! A LEI 9.784/99 TRAZ 
EXPRESSAMENTE NO SEU ART. 54 §2. “NO CASO DE EFEITOS PATRIMONIAIS 
CONTÍNUOS, O PRAZO DE DECADÊNCIA CONTAR-SE-Á DA PERCEPÇÃO DO 
PRIMEIRO PAGAMENTO”. 
 
 E OS EFEITOS? 
OS EFEITOS DA ANULAÇÃO SÃO EX-TUNC, OU SEJA, RETROAGEM. UMA DICA 
PARA VOCÊ DIFERENCIAR EXTUNC DE EX-NUNC, É LEMBRAR DA REGRA: 
TRÁS = TUNC. 
 
 
 
 
 
 QUAIS ATOS PODEM SER ANULADOS? 
TANTO ATOS DISCRICIONÁRIOS COMO ATOS VINCULADOS. 
 
 
 OUTRO PONTO QUE DEVE SER LEMBRADO NA HORA DA PROVA É QUE A ANULAÇÃO 
DEVE SER SEMPRE MOTIVADA. MOTIVAR É O MESMO QUE EXPLICAR POR QUE FEZ AQUELA 
MEDIDA. SE EU PEDISSE PARA VOCÊ ME MOTIVAR O PORQUÊ QUE VOCÊ DECIDIU FAZER 
CONCURSO PÚBLICO? TERIA RESPOSTAS COMO: DIFICULDADE FINANCEIRA, VOCAÇÃO, 
ESTABILIDADE, DENTRE OUTROS. ENTÃO AS RESPOSTAS SERIAM A MOTIVAÇÃO. 
A LEI SÓ NOS TRAZ APENAS UMA HIPÓTESE EM QUE NÃO É POSSÍVEL ANULAR 
(ULTRAPASSADO O PRAZO DE 05 ANOS), MAS O PROFESSOR ALEXANDRE MAZZA TRAZ EM 
SEU LIVRO OUTRAS SITUAÇÕES. 
 NÃO PODE ANULAR O ATO ADMINISTRATIVO QUANDO: 
 ULTRAPASSADO O PRAZO LEGAL DE 05 ANOS; 
 FOR MAIS CONVENIENTE PARA O INTERESSE PÚBLICO; 
 E A MANUTENÇÃO DO ATO NULO NO ORDENAMENTO JURÍDICO CAUSAR MENOS 
PREJUÍZO DO QUE SUA ANULAÇÃO. 
 
A PRIMEIRA SITUAÇÃO JÁ FOI EXPLICADA, AS OUTRAS DUAS SÃO BEM PARECIDAS, É 
O SEGUINTE: ANULAR O ATO CAUSA MAIS PREJUÍZOS DO QUE DEIXAR ELE MESMO ILEGAL NO 
ORDENAMENTO JURÍDICO. COMO A FUNÇÃO AQUI É FACILITAR O ENTENDIMENTO VOU 
TRAZER UM EXEMPLO PARAMELHOR EXPLICAR. É SEMELHANTE QUANDO UM PARENTE SEU 
FAZ UMA COISA ERRADA, E A TENTATIVA DE CONSERTAR ESSE ERRO É PIOR, VAI CAUSAR MAIS 
CONFUSÃO, ENTÃO DEIXA A COISA ERRADA MESMO. FAZENDO ESSA ANALOGIA, PENSE 
DESSA FORMA: EXISTE UM ATO ILEGAL NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, A REGRA É QUE ELE 
DEVE SER ANULADO, ENTRETANTO, A SUA ANULAÇÃO VAI CAUSAR MAIS PREJUÍZOS DO QUE 
A SUA PERMANÊNCIA NO ORDENAMENTO JURÍDICO, DESSA FORMA, NÃO CONVENIENTE 
ANULÁ-LO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APROFUNDAMENTO DA MATÉRIA 
TRATA DOS EFEITOS PATRIMONIAIS CONTÍNUOS. O QUE É ISSO? SÃO EFEITOS 
GERADOS MÊS A MÊS, O RECEBIMENTO DE PROVENTO DE APOSENTADORIA, POR EXEMPLO. 
VOU EXEMPLIFICAR PARA MELHOR ENTENDIMENTO: UM SERVIDOR PÚBLICO 
CHAMADO ARMANDO AGINDO DE BOA-FÉ PASSA A RECEBER UMA GRATIFICAÇÃO DA QUAL 
NÃO TERIA DIREITO, O INÍCIO DO PAGAMENTO FOI 20/01/2000, E ELE VINHA RECEBENDO 
ACHANDO QUE ERA NORMAL, CHEGOU ATÉ A QUESTIONAR COM SEU CHEFE SOBRE ESSA 
GRATIFICAÇÃO, MAS O CHEFE DISSE QUE TAVA CORRETA. E ELE PASSOU A RECEBER MÊS A 
MÊS ESSA GRATIFICAÇÃO, QUANDO NO DIA 20/01/2003, A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
PERCEBEU QUE A GRATIFICAÇÃO ESTAVA SENDO PAGA AO SERVIDOR ERRADO. E AGORA? 
QUAL INÍCIO DO PRAZO DE DECADÊNCIA? O SERVIDOR TEM QUE DEVOLVER O QUE 
RECEBEU? 
RESPONDENDO A PRIMEIRA INDAGAÇÃO, DE ACORDO COM A LEI 9.784/99 O 
PRAZO COMEÇA A SER CONTADO DA PERCEPÇÃO DO PRIMEIRO PAGAMENTO, ENTÃO 
20/01/2000. O SERVIDOR AGIU DE BOA-FÉ, DESSA FORMA NÃO PRECISA DEVOLVER 
NADA. 
E SE NUMA SITUAÇÃO HIPOTÉTICA A ADMINISTRAÇÃO SÓ VAI DESCOBRIR O ERRO 
NO DIA 11/04/2007. NESSE CASO, MEUS ALUNOS, ELA NÃO PODE FAZER MAIS NADA JÁ 
SE PASSARAM 07 ANOS DA PERCEPÇÃO DO PRIMEIRO PAGAMENTO, A GRATIFICAÇÃO IRÁ 
INTEGRAR A REMUNERAÇÃO DO SERVIDOR, POIS PASSOU O PRAZO DE 05 ANOS E ELA NÃO 
ANULOU. SITUAÇÃO OPOSTA É QUANDO O AGENTE AGE DE MÁ-FÉ, AGINDO NESTA 
QUALIDADE O PRAZO DECADENCIAL DE 05 ANOS NÃO CONTA. VAMOS PEGAR O EXEMPLO 
DO SERVIDOR RAIMUNDO QUE RECEBEU A GRATIFICAÇÃO INDEVIDA, SE O SERVIDOR 
SABENDO QUE A GRATIFICAÇÃO É INDEVIDA, MAS FICA CALADO, NÃO AVISA A 
ADMINISTRAÇÃO, ELE ESTARÁ AGINDO DE MÁ-FÉ, E A QUALQUER TEMPO ( 02 ANOS, 05 
ANOS, 07 ANOS, 12 ANOS E ASSIM POR DIANTE) A ADMINISTRAÇÃO PODE ANULAR ESSA 
GRATIFICAÇÃO. 
CUIDADO !!! 
PRAZO DECADENCIAL DE 05 ANOS SÓ VALE PARA TERCEIROS AGINDO 
DE BOA-FÉ. COMPROVADA A MÁ-FÉ NÃO EXISTE PRAZO. 
 
APROFUNDANDO A MATÉRIA 
VOCÊS LEMBRAM QUE NO INÍCIO DA AULA EU DISSE QUE A ANULAÇÃO TEM OS 
EFEITOS EX-TUNC, OU SEJA, RETROAGEM, OS EFEITOS “VOLTAM PARA TRÁS” GROSSO 
 
 
 
MODO FALANDO. E ENTÃO PORQUE O SERVIDOR NÃO TEM QUE DEVOLVER O QUE RECEBEU? 
CUIDADO MEUS ALUNOS, TRATA-SE DE UMA EXCEÇÃO TRAZIDA PELO 
DOUTRINADOR CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO NA ANULAÇÃO DE ATOS 
AMPLIATIVOS DE DIREITOS A TERCEIROS DE BOA-FÉ OS EFEITOS NÃO RETROAGEM. O 
SERVIDOR NO CASO APRESENTADO NÃO PRECISA DEVOLVER NADA, APENAS NÃO IRÁ 
RECEBER MAIS A GRATIFICAÇÃO. CASO SEMELHANTE VERIFICAMOS NO FUNCIONÁRIO DE 
FATO, QUE É A PESSOA QUE ENTROU ILEGALMENTE EM UM CONCURSO PÚBLICO, COMPROU 
O GABARITO, POR EXEMPLO, ELE É APROVADO, NOMEADO, ENTRA EM EXERCÍCIO E COMEÇA 
A PRATICAR VÁRIOS ATOS, DEPOIS DE 01 ANO A ADMINISTRAÇÃO DESCOBRE QUE OCORREU 
O VAZAMENTO DO GABARITO E DEMITE TODAS OS SERVIDORES QUE ENTRARAM 
ILEGALMENTE, OU SEJA ANULA O ATO DE NOMEAÇÃO DO SERVIDOR. “EITA, EAÍ”? O QUE 
ELE FEZ TEM QUE FAZER TUDO DE NOVO? SE ELE ME DEU UMA LICENÇA TENHO QUE IR LÁ NO 
ÓRGÃO PEGAR OUTRA? NÃO, NÃO PRECISA, OS ATOS PRATICADOS PELO FUNCIONÁRIO DE 
FATO A TERCEIROS DE BOA-FÉ NÃO SÃO NULOS, CONTINUAM VALENDO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O QUE PODEMOS EXTRAIR DE ANULAÇÃO? 
 ANULAÇÃO SÓ OCORRE EM ATOS ILEGAIS 
 PRAZO DE 05 ANOS PARA ANULAR, SALVO MÁ-FÉ 
 NÃO GERA DIREITOS ADQUIRIDOS 
 ADMINISTRAÇÃO DEVE ANULAR (DECISÃO VINCULADA) 
 PRÓPRIA ADMINISTRAÇÃO E O PODER JUDICIÁRIO PODEM 
ANULAR 
 TANTO ATOS DISCRICIONÁRIOS COMO ATOS VINCULADOS 
PODEM SER ANULADOS 
 EFEITOS EX-TUNC (RETROAGEM). 
 
 
 
 
 
 
 
QUADRO RESUMO 
 
 
ANULAÇÃO 
ATOS ILEGAIS 
ADM E PODER 
JUDICIÁRIO 
EX - TUNC 
ATOS 
DISCRICIONÁRIOS E 
ATOS VINCULADOS 
PRAZO 05 ANOS 
 
 
 
2. REVOGAÇÃO 
 
 
 ESSA ESPÉCIE DE EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO É BASTANTE DIFERENTE DA 
ANULAÇÃO, NO FINAL DA EXPLICAÇÃO TRAREMOS UM QUADRO COMPARATIVO DESSAS 
DUAS ESPÉCIES PARA VOCÊS NOTAREM A TAMANHA DIFERENÇA. AGORA VAMOS AO 
CONCEITO: 
 LEI 9.784/99: “A ADMINISTRAÇÃO PODE REVOGAR SEUS PRÓPRIOS ATOS POR 
MOTIVO DE CONVENIÊNCIA OU OPORTUNIDADE, RESPEITADOS OS DIREITOS 
ADQUIRIDOS” 
 O CONCEITO TRAZIDO PELA SÚMULA 473 DO STF É SEMELHANTE AO ACIMA 
EXPOSTO. 
 
É IMPORTANTE NOTAR QUE NA REVOGAÇÃO O ATO É LEGAL, OU SEJA, NÃO APRESENTA 
NENHUM VÍCIO (ERRO), POIS SE ESSE ATO APRESENTAR ERRO DEVE SER ANULADO E NÃO 
REVOGADO. E QUE A ADMINISTRAÇÃO PODE REVOGAR, NESSE CASO A REVOGAÇÃO 
DE ATOS ADMINISTRATIVOS TRATA-SE DE UMA DECISÃO DISCRICIONÁRIA DA 
PRÓPRIA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. 
 SE O ATO É LEGAL ENTÃO PORQUE REVOGÁ-LO? 
A RESPOSTA ESTÁ NA LEI, POR MOTIVOS DE CONVENIÊNCIA OU OPORTUNIDADE. O 
ATO DE ALGUMA FORMA NÃO É MAIS OPORTUNO E NEM CONVENIENTE PARA A 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. EXEMPLIFICANDO: VAMOS SUPOR QUE O PREFEITO 
EDITE UM ATO ESTABELECENDO O HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DA PREFEITO DAS 
10:00 ÀS 18:00. NOTANDO QUE ESSA MUDANÇA NÃO FOI MUITO ACEITA PELOS 
SERVIDORES ELE REVOGOU ESSE ATO (CONVENIÊNCIA OU OPORTUNIDADE) E 
EDITOU OUTRO ESTABELECENDO O HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DAS 09:00 ÀS 
17:00. PERCEBA QUE O ATO É LEGAL, NÃO TEM NENHUM ERRO, FOI EDITADA 
SEGUINDO TODAS AS FORMALIDADES LEGAIS, E ESTABELECE 8 HORAS DIÁRIAS, 
ASSIM COMO MANDA A CONSTITUIÇÃO. MAS POR MOTIVO DISCRICIONÁRIO DO 
PREFEITO ELE RESOLVEU REVOGAR. 
 
 
 
 
 
APROFUNDANDO A MATÉRIA 
E CASO O PREFEITO EDITASSE O ATO COM HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DE 
10 HORAS DIÁRIAS? NESSE CASO MEUS ALUNOS ELE NÃO PODE REVOGAR, DEVE 
ANULAR. 
MAS POR QUÊ? PORQUE O ATO É ILEGAL, A CF/88 EM SEU ARTIGO 7º ESTABELECE 
QUE O A JORNADA DE TRABALHO NÃO PODE EXCEDER A 8 HORAS DIÁRIAS. CUIDADO 
COM ESSA DIFERENÇA: 
 
 QUAIS ATOS PODEM SER REVOGADOS? 
SOMENTE ATOS DISCRICIONÁRIOS, POIS A LEI ESTABELECE UMA MARGEM DE 
ESCOLHA PARA ATUAÇÃO DO AGENTE PÚBLICO QUE DEVE VALORAR A 
CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE PARA PRÁTICA DOS ATOS. 
 QUEM PODE REVOGAR ATOS ADMINISTRATIVOS? 
SOMENTE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. 
 
 
APROFUNDANDO A MATÉRIA 
O PODER JUDICIÁRIO NÃO PODE REVOGAR ATOS ADMINISTRATIVOS 
PRATICADOS PELO PODER EXECUTIVO. O JUIZ NÃO PODE ANALISAR O MÉRITO, A 
CAUSA, O PORQUÊ DE PRATICAR AQUELE ATO. 
OUTRO PONTO BASTANTE IMPORTANTE. 
VOCÊS LEMBRAM QUE O PODER JUDICIÁRIO EXERCE FUNÇÃO ADMINISTRATIVA? 
A FUNÇÃO DO JUIZ É O QUE MEU CARO ALUNO? ORA MAIS PROFESSOR, JULGAR. ENTÃO 
QUANDO O JUIZ CONCEDE FÉRIAS A UM SERVIDOR PÚBLICO OU QUANDO ELE FAZ UM 
PROCESSO LICITATÓRIO ELE ESTÁ JULGANDO? 
CLARO QUE NÃO, ELE ESTÁ EXERCENDO DE FORMA ATÍPICA A FUNÇÃO ADMINISTRATIVA. E 
NO EXERCÍCIO DESSA FUNÇÃO ADMINISTRATIVA ELE PODE REVOGAR SEUS ATOS . 
 
 
 
 
 
CUIDADO!!! 
O JUIZ ESTÁ REVOGANDO SEUS PRÓPRIOS ATOS. 
EXEMPLIFICANDO PARA VOCÊ ENTENDER. NO CASO DO PREFEITO, O JUIZ NÃO PODE 
REVOGAR AQUELE ATO. MAS VAMOS SUPOR QUE O JUIZ DETERMINE O HORÁRIO DE 
FUNCIONAMENTO DO FÓRUM, NESSE CASO ENTÃO ELE PODE REVOGAR O SEU PRÓPRIO ATO 
E ESTABELECER OUTRO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO. 
BASTANTE ATENÇÃO A ISSO, POIS É BASTANTE COBRADO EM PROVAS, AS BANCAS ADORAM 
CONFUNDIR O CANDIDATO. 
IMPORTANTE! PODER JUDICIÁRIO NÃO REVOGA ATOS ADMINISTRATIVOS DO 
PODER EXECUTIVO (ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA) 
 PODER JUDICIÁRIO SÓ REVOGA ATOS PRATICADOS POR ELE 
PRÓPRIO. 
 QUAIS OS EFEITOS? 
EX-NUNC , NÃO RETROAGEM. 
DICA PARA MEMORIZAR NÃO RETROAGE = NUNC 
 
 
DETALHE IMPORTANTE É NO TOCANTE A DECISÃO DE REVOGAR QUE É UMA 
DECISÃO DISCRICIONÁRIA, A ADMINISTRAÇÃO PODE REVOGAR, ANALISANDO A 
CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE, MUITO EMBORA A DOUTRINA MENCIONA VÁRIOS TIPOS 
DE ATOS ADMINISTRATIVOS QUE NÃO PODEM SER REVOGADOS, TAIS COMO: 
1. ATOS QUE GEREM DIREITOS ADQUIRIDOS 
A REVOGAÇÃO RESPEITA O DIREITO ADQUIRIDO, SE O PODER PÚBLICO 
EDITAR UM ATO E ESTE TROUXER A POSSIBILIDADE DE AQUISIÇÃO DE ALGUM 
DIREITO SUBJETIVO PARA O PARTICULAR, ELE NÃO PODERÁ SER MAIS 
REVOGADO. 
 
 
 
2. ATOS JÁ EXAURIDOS (CONSUMADOS) 
SÃO ATOS QUE JÁ PRODUZIRAM SEUS EFEITOS. O ATO FOI EDITADO PARA 
DETERMINADA SITUAÇÃO E ESTA JÁ PRODUZIU SEUS EFEITOS, ENTÃO NÃO 
TEM PORQUE REVOGAR O ATO. 
3. ATOS VINCULADOS 
4. ATOS ENUNCIATIVOS 
SÃO ATOS QUE APENAS DECLARAM FATOS OU SITUAÇÕES, COMO 
CERTIDÕES, PARECERES E ATESTADO. IMPORTANTE, ATOS ENUNCIATIVOS 
NÃO PODEM SER REVOGADOS, ENTRETANTO ELES PODEM SER ANULADOS. 
VAMOS EXPLICAR, IMAGINE QUE UM SERVIDOR PÚBLICO EMITA UMA 
CERTIDÃO FALSA PARA BENEFICIAR UM PARENTE DELE, A ADMINISTRAÇÃO 
SE DESCOBRIR ESSA FALSIFICAÇÃO PODE ANULAR ESSA CERTIDÃO. 
 A FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS (FCC) COBROU ISSO EM 2015 
CONSIDERE OS SEGUINTES ATOS ADMINISTRATIVOS: 
I. ATO ADMINISTRATIVO DISCRICIONÁRIO. 
II. II. ATO ADMINISTRATIVO VINCULADO. 
III. ATO ADMINISTRATIVO COM VÍCIO DE FORMA. 
IV. O MERO ATO ADMINISTRATIVO, COMO, POR EXEMPLO, A CERTIDÃO. 
PODE SER OBJETO DE ANULAÇÃO, QUANDO EIVADO DE VÍCIO DE LEGALIDADE, O DESCRITO EM: 
A. II B. III C. I,II,III,IV GABARITO D.II E IV E. I,II,III 
NOTE QUE A BANCA COLOCOU A CERTIDÃO PARA TENTAR CONFUNDIR O 
CANDIDATO, MUITA GENTE ERROU ESSA QUESTÃO, NO ENTANTO, A CERTIDÃO NÃO 
PODER SER É REVOGADA, MAS ANULADA ELA PODE. COMENTANDO OS OUTROS 
ITENS TANTOS ATOS DISCRICIONÁRIOS COMO VINCULADOS PODEM SER ANULADOS, 
MAS APENAS OS ATOS DISCRICIONÁRIOS PODEM SER OBJETO DE REVOGAÇÃO. VÍCIO 
DE COMPETÊNCIA E FORMA TORNA O ATO ANULÁVEL, ELE PODE SER ANULADO OU 
CONVALIDADO (ASSUNTO DO PRÓXIMO TÓPICO), A DEPENDER DA SITUAÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
O QUE PODEMOS EXTRAIR DE REVOGAÇÃO? 
 ADMINISTRAÇÃO PODE REVOGAR 
 SOMENTE ATOS DISCRICIONÁRIARIOS 
 MOTIVOS DE CONVENIÊNCIA OU OPORTUNIDADE 
 O ATO É LEGAL 
 DEVE RESPEITAR OS DIREITOS ADQUIRIDOS 
 SOMENTE ADMINISTRAÇÃO PODE REVOGAR SEUS ATOS 
ADMINISTRATIVOS 
 EFEITOS EX-NUNC 
 
 
 
 
REQUADRO COMPARATIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. CONVALIDAÇÃO 
 
CONVALIDAÇÃO NÃO É UMA ESPÉCIE DE EXTINÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS, 
FUNCIONA COMO SE FOSSE “UM CONSERTO” NO ATO ADMINISTRATIVO QUE POSSUA VÍCIO 
NOS ELEMENTOS COMPETÊNCIA E FORMA. 
VAMOS AGORA FALAR SOBRE A CONVALIDAÇÃO, BUSCANDO AJUDA NO CONCEITO 
TRAZIDO PELE LEI 9.784/99. 
“EM DECISÃO NA QUAL SE EVIDENCIE NÃO ACARRETAR LESÃO AO INTERESSE PÚBLICO 
NEM PREJUÍZO A TERCEIROS, OS ATOS QUE APRESENTAREM DEFEITOS SANÁVEIS PODERÃO 
SER CONVALIDADOS PELA PRÓPRIA ADMINISTRAÇÃO”. 
O CONCEITO JÁ NOS TRAZ VÁRIAS INFORMAÇÕES IMPORTANTES 
 SOMENTE ADMINISTRAÇÃO PODE CONVALIDAR SEUS ATOS 
ADMINISTRATIVOS 
 A CONVALIDAÇÃO É DISCRICIONÁRIA (FACULDADE DA ADMINISTRAÇÃO) 
 SÓ SE CONVALIDA ATOS COM DEFEITOS SANÁVEIS 
 NÃO PODE ACARRETAR LESÃO AO INTERESSE PÚBLICO NEM PREJUÍZO A 
TERCEIROS. 
 
NA ANULAÇÃO FOI VISTO QUE A ADMINISTRAÇÃO E PODER JUDICIÁRIO TINHAM 
COMPETÊNCIA PARA ANULAR OS ATOS ADMINISTRATIVOS, NA CONVALIDAÇÃO 
SOMENTE A PRÓPRIA ADMINISTRAÇÃO PODE CONVALIDAR SEUS ATOS. 
COMO JÁ CITAMOS NESSA APOSTILA O ATO ADMINISTRATIVO PARA SER 
CONSIDERADO VÁLIDO É NECESSÁRIO QUE ESTEJA PRESENTE 05 REQUISITOS: 
1. COMPETÊNCIA 
2. FINALIDADE 
3. FORMA 
4.MOTIVO 
5.OBJETO 
 
 
 
QUANDO FALAMOS QUE APENAS ATOS COM DEFEITOS SANÁVEIS PODEM SER 
CONVALIDADOS, ISSO IMPLICA DIZER QUE APENAS ATOS COM VÍCIO NA COMPETÊNCIA E 
NA FORMA PODEM SER CONVALIDADOS. 
CRIEI UMA FORMA DE APRENDER ESSA REGRA, POIS ELA É BASTANTE COBRADA EM 
PROVA. 
 
 
 E O QUE É VÍCIO NA COMPETÊNCIA? 
POR EXEMPLO, CASO SEJA DO SUPERINTENDENTE DO INSS A COMPETÊNCIA, NÃO 
EXCLUSIVA, PARA EDITAR UM DETERMINADO ATO E ALGUM CHEFE DE AGÊNCIA, QUE NÃO 
POSSUI TAL COMPETÊNCIA, PRATICA ESSE ATO, TEMOS AÍ UM VÍCIO NA COMPETÊNCIA 
O SUPERINTENDENTE POSSUI DUAS OPÇÕES: 
1. CONVALIDAR O ATO, DESCOBERTO O ERRO, O SUPERINTENDENTE PODE 
CONVALIDÁ-LO PARA ELE MESMO PRATICAR O ATO. ASSIM O ATO SERIA VÁLIDO, POIS 
FOI EDITADO PELA PESSOA QUE TEM COMPETÊNCIA PARA TAL. 
2. ANULAR O ATO. PRESTEM BASTANTE ATENÇÃO AQUI. 
COMO FOI DITO NO INÍCIO DA AULA, A CONVALIDAÇÃO É UMA FACULDADE DA 
ADMINISTRAÇÃO, ELA NÃO É OBRIGADA A FAZER, ENTÃO PARA CONVALIDAR É NECESSÁRIO 
OBSERVAR SE ESSE ATO NÃO VAI ACARRETAR LESÃO AO INTERESSE PÚBLICO NEM PREJUÍZO A 
TERCEIROS. 
VAMOS SUPOR QUE A CONVALIDAÇÃO DO ATO PELO SUPERINTENDENTE CAUSASSE 
GRANDE PREJUÍZO A TERCEIROS, DESSA FORMA ELE NÃO PODIA CONVALIDAR, DEVERIA 
ANULAR O ATO. 
NA COMPETÊNCIA AINDA TEMOS UMA PROIBIÇÃO, QUANDO SE TRATA DE 
COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO AGENTE. AQUELA COMPETÊNCIA QUE É 
EXCLUSIVA 
 
 
 
DELE, SE FOR PRATICADA POR OUTRO AGENTE PÚBLICO NÃO PODERÁ ESSE ATO SER 
CONVALIDADO. 
 
 
IMPORTANTE 
A CONVALIDAÇÃO É POSSÍVEL QUANDO O VÍCIO DO ATO FOR NA 
COMPETÊNCIA, ENTRETANTO SE FOR COMPETÊNCIA EXCLUSIVA O ATO 
NÃO PODE SER CONVALIDADO. (ISSO É BASTANTE COBRADO EM PROVAS) 
 E O QUE É VÍCIO NA FORMA? 
MUITOS PENSAM QUE MOTIVAÇÃO É A MESMA COISA DE MOTIVO, CUIDADO, POIS 
SÃO CONCEITOS DIFERENTES. EM NOSSA AULA DE ATOS ADMINISTRATIVOS EXPLICAMOS DE 
FORMA CLARA E COMPLETA. MAS VAMOS TRAZER UM RESUMO: 
MOTIVAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO ESCRITA DOS MOTIVOS QUE DETERMINAM A 
PRÁTICA DO ATO, A EXTERIORIZAÇÃO DOS MOTIVOS QUE LEVARAM A ADMINISTRAÇÃO A 
PRATICAR O ATO. 
MOTIVO: É A SITUAÇÃO DE FATO QUE SERVE DE FUNDAMENTO A PRÁTICA DO ATO. 
EXEMPLO: NA CONCESSÃO DE LICENÇA PATERNIDADE O MOTIVO SERÁ O 
NASCIMENTO DO FILHO DO SERVIDOR, JÁ A MOTIVAÇÃO SERIA A ADMINISTRAÇÃO 
EXPLICANDO QUE CONCEDEU A LICENÇA PATERNIDADE, AMPARADA NA LEI 8.112/90, POR 
CONTA DO NASCIMENTO DO FILHO DO SERVIDOR NO DIA TAL. 
A FALTA DE MOTIVAÇÃO É VÍCIO NO ELEMENTO 
FORMA DO ATO ADMINISTRATIVO. 
DESSA MANEIRA, UM ATO QUE NECESSITE DE MOTIVAÇÃO E É PRATICADO SEM ESTA, 
POSSUI UM VÍCIO NO ELEMENTO FORMA QUE PODE A CRITÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO 
SER CONVALIDADO. 
EXISTE EXCEÇÃO? 
TEM SIM, A EXCEÇÃO É QUANDO A LEI CONSIDERE A FORMA ELEMENTO 
ESSENCIAL À VALIDADE DO ATO. 
 
 
 
TRAZEMOS O EXEMPLO DOS DOUTRINADORES MARCELO ALEXANDRINO E VICENTE 
PAULO: EM QUALQUER ATO DE APLICAÇÃO DE SANÇÃO DISCIPLINAR A UM SERVIDOR 
PÚBLICO, A MOTIVAÇÃO É OBRIGATÓRIA. ASSIM, UM ATO DE APLICAÇÃO DE SUSPENSÃO 
DISCIPLINAR A UM SERVIDOR, EM QUE NÃO TENHA SIDO ESCRITA EXPRESSAMENTE A 
MOTIVAÇÃO, SERÁ UM ATO NULO, NÃO PASSÍVEL DE CONVALIDAÇÃO. 
 
 QUAIS OS EFEITOS? 
 OS EFEITOS SÃO EX-TUNC (RETROAGEM) 
 QUAIS ATOS PODEM SER CONVALIDADOS? 
 ATOS DISCRICIONÁRIOS E ATOS VINCULADOS 
 QUEM PODE CONVALIDAR? 
 SOMENTE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 QUAL A NATUREZA JURÍDICA DE DECISÃO? 
 DECISÃO DISCRICIONÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 FINALIZAMOSESSA APOSTILA RESUMO SOBRE ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E 
CONVALIDAÇÃO, COMO EXPLICADO NO INÍCIO DA APOSTILA, TEMA BASTANTE IMPORTANTE E 
COBRADO EM PROVAS. 
 MEUS ALUNOS, COM O ADVENTO DA RESOLUÇÃO 230 DO CONSELHO NACIONAL DE 
JUSTIÇA A DISCIPLINA: NOÇÕES SOBRE DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 
PASSOU A SER COBRANÇA OBRIGATÓRIA EM TODOS OS CONCURSOS DO PODER 
JUDICIÁRIO, É POR CONTA DISSO, QUE ELA ESTÁ PRESENTE EM TODOS OS CONCURSOS DE 
TRIBUNAIS. NÓS DO MASTIGANDO O DIREITO JUNTAMENTE COM O PROFESSOR SOARES 
ELABORAMOS UMA APOSTILA COMPLETA SOBRE A LEI 13.146/15 QUE TRATA DO 
ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA, SÃO MAIS DE 90 PÁGINAS DE TEORIA EXPLICANDO 
ESSA LEI “ARTIGO POR ARTIGO”, CONFIRA EM NOSSO SITE. A APOSTILA CUSTA APENAS R$ 4,99. 
 OUTRA NOVIDADE IMPORTANTE QUE TRAZEMOS PARA VOCÊS FOI A MUDANÇA NA LEI 
8.429/92 – LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA, EM DECORRÊNCIA DA INCLUSÃO 
DE MAIS UMA MODALIDADE DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA, REFERENTE A CONCESSÃO 
OU APLICAÇÃO INDEVIDA DE BENEFÍCIO FINANCEIRO OU TRIBUTÁRIO. 
LANÇAMOS UMA APOSTILA COMPLETA SOBRE ESSE LEI E JÁ ATUALIZADA COM ESSA 
MUDANÇA.