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Geografia de Mato Grosso

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GEOGRAFIA DE MATO GROSSO
CLIMA
Profº Ms Gustavo B. M. Alves
Localização do Brasil nas Zonas Térmicas da Terra 
Climas do Brasil: Classificação de Köppen-Geiger 
CLIMA DE MATO GROSSO
 No extremo norte, a temperatura média anual é mais alta, em torno de 26º C, enquanto no extremo sul essa média é de 22º C.
 A O regime de chuvas é tipicamente tropical continental. 
A estação chuvosa vai de outubro a março (primavera e verão), e a estação seca começa em abril e termina em setembro (outono e inverno). 
 As médias anuais de chuva variam de 1.250 a 2.750mm.
 Na região norte do Estado chove mais de 2.000mm por ano e menos de 1.200mm no Pantanal. 
Possui clima tipicamente continental, com duas estações bem-definidas, uma chuvosa e outra seca. 
A variação das médias de temperaturas deve-se
 principalmente a dois fatores: 
 ampla extensão do território no sentido norte-sul e o fato de sua localização no interior do continente, com reduzida influência marítima e baixa amplitude térmica. 
Clima de Mato Grosso
CLIMA DE MATO GROSSO
 Predominam dois tipos de clima: equatorial e tropical continental.
 O clima equatorial no norte do Estado caracteriza-se pela ocorrência de chuvas intensas, com temperaturas elevadas durante os doze meses do ano.
 Sofre influência da massa equatorial continental, com altas 
temperaturas, baixas pressões atmosféricas, forte evaporação e, consequentemente, intensas precipitações. 
Clima Equatorial
Temperaturas são controladas pela ação dos ventos alísios e pelas baixas pressões equatoriais; 
As temperaturas médias anuais situam-se entre 24°C e 26°C. Ocorre pouca variação de temperatura (entre mínima e máxima) durante o ano.
As chuvas não são uniformes; A pluviosidade é alta (chuvas em grande quantidade), atingindo de 2.000 a 3.000 milímetros por ano;
Durante todo o ano é úmido, com alto índice de evaporação e altas temperaturas;
- A umidade relativa do ar nas regiões de clima equatorial é elevada (média anual de 90%);
Clima Tropical
Temperaturas Médias anuais encontram-se acima de 18°C, observando-se uma acentuada alternância entre a estação seca e a úmida; 
As temperaturas médias anuais situam-se entre 22°C e 27°C.
A amplitude térmica anual é mais elevada que no clima equatorial em virtude do fator latitude;
As chuvas ocorrem no período que vai de outubro a março e a estiagem (estação seca) ocorre entre abril e setembro;
Clima 
Temperaturas Médias anuais encontram-se acima de 18°C, observando-se uma acentuada alternância entre a estação seca e a úmida; 
As temperaturas médias anuais situam-se entre 22°C e 27°C.
A amplitude térmica anual é mais elevada que no clima equatorial em virtude do fator latitude;
As chuvas ocorrem no período que vai de outubro a março e a estiagem (estação seca) ocorre entre abril e setembro;
O clima tropical 
continental: com duas estações bem-definidas, uma chuvosa e outra seca, também sofre influência da massa equatorial continental, mas apenas no verão.
A variações de temperatura ao longo de um dia, apenas quando há penetração de massa de ar fria de origem polar, durante o inverno, principalmente nos meses de junho e julho.
No inverno, essa massa permanece estacionária sobre a Região Norte do Brasil.
 -Nessa estação, a massa tropical atlântica avança e se instala sobre o Centro-Oeste, quase sem umidade. 
GEOGRAFIA DE MATO GROSSO
Bioma 
Brasil: Biomas 
Segundo o IBGE, Bioma é um conjunto de vida (vegetal e animal) constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, o que resulta em uma diversidade biológica própria.
Mato Grosso: Biomas
Mato Grosso tem representação de três biomas brasileiros no seu território. A Amazônia é o mais abrangente, com 480.215 Km² (53,6%), o Cerrado ocupa 354.823 km² (39,6%) e a menor área é do Pantanal, com 60.885 km² (6,8%). O bioma Amazônia ocupa a porção norte do estado com vegetação predominantemente florestal (floresta ombrófila, florestas estacionais, campinarana florestada). O Cerrado, na porção central do estado, reúne formações florestais (cerradão, florestas estacionais) e principalmente savânicas (cerrado, campo cerrado, campo limpo, campo de murundus).
Bioma Amazônia
Esses Bioma ocupa cerca de 50% do território mato-grossense. Concentrada no norte do estado, a Amazônia é o que existe de mais complexo em termos de biodiversidade no mundo.
Devido à dificuldade de entrada de luz, pela abundância e grossura das copas, a vegetação rasteira é muito escassa na Amazônia. A maior parte da fauna amazônica é composta de bichos que habitam as copas das árvores. Não existem animais de grande porte no bioma, como no Cerrado. Entre as aves da copa estão os papagaios, tucanos e pica-paus. Entre os mamíferos estão os morcegos, roedores, macacos e marsupiais.
Esse bioma abriga vastos estoques de madeira comercial e de carbono, possui uma grande variedade de produtos florestais não madeireiros que permite a manutenção de diversas comunidades locais. Abriga a maior rede hidrográfica do mundo e concentra 15% das águas doces superficiais não congeladas do planeta.
Bioma Amazônia
O nome Amazônia deriva de "amazonas", mulheres guerreiras da Mitologia grega.
O bioma Amazônia abrange uma área de 4,2 milhões de km2 (49,3% do território nacional). É formado principalmente por florestas densas e abertas, porém abriga uma diversidade de outros ecossistemas, como florestas estacionais, florestas de igapó, campos alagados, várzeas, savanas, refúgios montanhosos, campinaranas e formações pioneiras. 
*86 do Mato Grosso que integram o Bioma Amazônia,
Amazônia
É uma das três grandes florestas tropicais do mundo. O clima na floresta Amazônica é equatorial, quente e úmido, devido à proximidade à Linha do Equador, com a temperatura variando pouco durante o ano. As chuvas são abundantes, com as médias de precipitação anuais variando de 1.500 mm a 1.700mm. O período chuvoso dura seis meses.
Impactos ambientais e socioeconômicos na Amazônia
A instalação do empreendimento hidrelétrica;
Desmatamento;
Mineração;
Pecuária;
Agricultura
Impactos ambientais e socioeconômicos na Amazônia
Impactos ambientais e socioeconômicos na Amazônia
Bioma Pantanal
O bioma Pantanal, com mais de 150 mil Km2 nos estados do Mato Grosso (7%) e Mato Grosso do Sul (25%), é a maior planície inundável do mundo e contém uma importante riqueza de diversidade biológica terrestre e aquática. Com altitude de aproximadamente 150 metros sobre o nível do mar e relevo plano, o Pantanal, no período de chuvas, modifica-se drasticamente, com a formação de grandes áreas alagadas (até 80% da planície se inunda). No período seco, o Pantanal se assemelha a um cerrado. Sua vegetação é um mosaico de florestas baixas, cerradões, cerrados e campos inundáveis. Os ecossistemas que o bioma abriga são extremamente frágeis e estão sob a ameaça das novas tendências de desenvolvimento econômico e de construção de infraestrutura.
Bioma Pantanal
Pertencem ao Pantanal mato-grossense:
Os seguintes municípios: Barão de Melgaço, Cáceres, Curvelândia, Itiquira, Nossa Senhora do Livramento, Poconé e Santo Antônio do Leverger.
Fonte: cadastrorural.gov.b
Bioma Pantanal
O solo apresenta característica arenosa e são considerados pobres nas regiões profundas e férteis na camada superficial em função da decomposição da matéria orgânica proveniente de restos de animais e vegetais. As chuvas no local são o fator determinante para indicar as suas condições gerais, sendo bem alagado no verão e seco no inverno. Enquanto que as regiões mais altas quase nunca são atingidas pelas cheias, as mais baixas estão quase sempre submersas.
A região é uma planície aluvial influenciada por rios que drenam a bacia do Alto Paraguai, onde se desenvolve uma fauna e flora de rara beleza e abundância.
Fonte: portal brasil 
Considerada
a maior planície alagável do mundo, o Pantanal não é propriamente um bioma ou ecossistema único, mas uma região de encontro, um elo de ligação entre Cerrado, Chaco, Amazônia, Mata Atlântica. Essa característica favorece a diversidade de espécies (biodiversidade), e a interação entre fauna e flora.
Existem no Pantanal pelo menos 3.500 espécies de plantas, 550 de aves, 124 de mamíferos, 80 de répteis, 60 de anfíbios e 260 espécies de peixes de água doce, sendo que algumas delas em risco de extinção.
Impactos ambientais e socioeconômicos no Pantanal
Desmatamento,
Pecuária
Agricultura;
Pesca predatória;
Turismo desordenado;
Impactos ambientais e socioeconômicos no Pantanal
Utilização de pesadas cargas de agroquímicos, exploração de diamantes e ouro, nos planaltos, com utilização intensiva de mercúrio (na cabeceira do Rio Paraguai). Esses atos são responsáveis por profundas transformações regionais, algumas das quais vem sendo avaliadas pela Embrapa Pantanal, como a contaminação de peixes e jacarés por mercúrio e diagnóstico dos principais pesticidas.
Fonte: SOS Pantanal
A remoção da vegetação nativa nos planaltos para implementação de lavouras e de pastagens, sem considerar a aptidão das terras, e a adoção de práticas de manejo e conservação de solo, além da destruição de habitats, são fatores que aceleraram os processos erosivos nas bordas do Pantanal. A consequência imediata tem sido o assoreamento dos rios na planície, o que tem intensificado as inundações - com sérios prejuízos à fauna, flora e  economia do Pantanal.
Apenas 4,6% do Pantanal encontram-se protegidos por unidades de conservação, dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,7% a UCs de uso sustentável (BRASIL, 2015).
Bioma Cerrado
O Cerrado é o segundo maior bioma do País. Ocupa principalmente a região mais central do Brasil e atinge cerca de 2 milhões de quilômetros quadrados (24% do território). O Cerrado é uma das savanas de maior biodiversidade do planeta e com grande concentração de espécies endêmicas. É caracterizado por uma vegetação tipo savana, subclassificação em cerradão (maior porte arbóreo), cerrado, campo sujo e campo limpo, entremeados por matas de galerias, florestas estacionais, campos rupestres e veredas de buritis. O Cerrado possui grande diversidade biológica e presta serviços ambientais essenciais na regulação do ciclo hidrológico. 
Bioma Cerrado
As cabeceiras das principais bacias hidrográficas do Brasil (Araguaia, Tocantins, Xingu, Tapajós, Paraguai e São Francisco) estão situadas nesse bioma. O Cerrado está fortemente ameaçado pela expansão agrícola desordenada.
Bioma Cerrado
CERRADO
 Presença das  Florestas de Galeria e matas  ciliares, que começam, em geral,  nos pequenos pântanos dos nascedouros  dos ribeirões, sob a forma  de veredas de buritis.
CERRADO
 Estas florestas, ao  longo dos cursos d’água, vão progressivamente  adquirindo outras  espécies arbóreas, encorpando e  ocupando gradualmente as “rampas”  dos interflúvios. 
Quando as  matas ciliares se fundem no interflúvio,  considera-se o fim da área  nuclear do Domínio dos Cerrados.  
Sobre o Pantanal Mato-grossense, analise as alternativas corretas
I. Ocupa cerca de 40% da área total do Estado de Mato Grosso e, fitofisionomicamente, é o resultado da convergência entre as Florestas Amazônica, Atlântica e a Caatinga na porção nordeste do território Mato-grossense.
II. Em terras Mato-grossenses, compreende uma área inundável na porção sudoeste do Estado, cujo rio principal é o Paraguai.
III. Possui diferentes formações vegetais distribuídas em áreas permanentes alagadas, periodicamente inundadas, de solos alagadiços durante a cheia, que não secam completamente nas vazantes, e áreas altas não inundadas.
IV. Na região, o regime pluviométrico é da ordem de 2600 a 3000mm anuais, porém, como a chuva é mal distribuída ao longo do ano, o regime da água pouco interfere na sua regulação ecológica.
V. A ocupação sem planejamento em áreas de cabeceira, resíduos de agrotóxico resultante de práticas agrícolas e a atividade turística constituem problemas ambientais enfrentados na região.
GEOGRAFIA DE MATO GROSSO
Região Hidrográfica
Brasil: Regiões Hidrográficas 
Região Hidrográfica da Amazônia
Área Total: 6.925.674 km², no Brasil são 3.869.953 km², ocupando 42% da superfície nacional brasileira.
Países: Desde suas nascentes nos Andes Peruanos até sua foz no oceano Atlântico, ao norte do Brasil, abrangendo territórios do Brasil (63%), Peru (17%), Bolívia (11%), Colômbia (5,8%), Equador (2,2%), Venezuela (0,8%) e Guiana (0,2%).
Municípios: 294 municípios - As capitais Manaus (AM), Rio Branco (AC), Porto Velho (RO), Boa Vista (RR) e Macapá (AP), bem como os municípios de Santarém (PA) e Sinop (MT) são os centros urbanos que mais se destacam.
Região Hidrográfica da Amazônia
 O norte de Mato Grosso é drenado pelos rios que são afluentes da margem direita do rio Amazonas ou por formadores de afluentes. Esses rios tomam a direção sul-norte. Cerca de 2/3 do território mato-grossense é drenado pelos rios da bacia amazônica. A maior parte dos rios que alimentam tem suas nascentes localizados na Chapada dos Parecis. Eles percorrem áreas de planalto e depressões, apresentando em seus cursos muitas cachoeiras e corredeiras. O mais importante rio dessa bacia hidrográfica em Mato Grosso é o Xingú formado pela confluência dos rios Culuene (Kuluene) e sete de Setembro. Outros rios importantes são o Guaporé, o Juruena, o Teles Pires ou São Manoel, o Sangue e o Arinos. Mato Grosso possui rios com grandes volumes de água, e grande parte deles corre predominantemente sobre áreas de planaltos, apresentando muitas quedas-d'água, com condições para a instalação de usinas hidrelétricas. Entretanto, alguns rios importantes, como o Paraguai e o Araguaia, possuem boa parte de seus leitos sobre planícies e podem ser utilizados para o escoamento das safras agrícolas com destino aos centros exportadores, ou para o abastecimento do próprio estado.
Região Hidrográfica da Amazônia
Na porção brasileira da Região Hidrográfica Amazônicas, os principais formadores são os rios:
Margem Direita
Javari, Purus, Tapajós e Xingu
Margem Esquerda
Içá, Japurá, Negro, Trombetas, Paru e Jari
Usos Potenciais
Geração de Energia: Existem atualmente 32 usinas hidrelétricas na região hidrográfica, e uma potência instalada de 597.606 kW que corresponde à cerca de 1% da capacidade instalada de geração de energia elétrica nacional (ANEEL, 2002). 
Região Hidrográfica Tocantins-Araguaia
Ocupa uma área de 967059 km² (1%do território), abrangendo os estados de Goiás, Tocantins (34,2%), Pará (20,8%), Maranhão (3,8%) e Mato Grosso (14,3%) e distrito Federal (0,1%)
 Nascente: Rios Araguaia e Tocantins
Foz: Golfão Marajoara (Região Norte).
Fatores Físicos 
Clima
Tipo Climático: Tropical
Temperatura: A temperatura média anual é de 26°C
Precipitação: As precipitações crescem do sul para o norte, sendo que a média anual é de 1.869 mm, chegando a 2.565 mm na unidade hidrográfica do litoral do Pará.
Região Hidrográfica Tocantins-Araguaia
O rio Araguaia e seus afluentes formam esta bacia hidrográfica em Mato Grosso. Sua nascente está localizada na serra dos Caiapós, numa altitude de 850 metros. É a divisa natural entre Mato Grosso e Goiás e Mato Grosso e Tocantins. Esses rios tomam o sentido sul-norte. Os mais importantes tributários do Araguaia em Mato Grosso são os rios das mortes, o cristalino e o das garças.
Região Hidrográfica do Paraguai 
Área de Abrangência
Área Total: 363.445 km², 4,6% do território nacional
Países: Brasil (100%)
Estados: MS (51,8%), MT (48,2%)
Municípios: 91 municípios;
Clima
Tipo Climático: Tropical de Savana
Temperatura: As temperaturas médias anuais variam entre 22,5 e 26,5° C, sendo novembro o mês mais quente (média de 27ºC) e julho o mês mais frio (média de 21ºC).
Precipitação: É de 1.398 mm, variando entre 800 e 1.600 mm, sendo os maiores valores observados nas áreas de Planalto.
O período chuvoso ocorre entre outubro e abril e a estiagem no restante dos meses. Evapotranspiração: A evapotranspiração total anual média é de 1.239 mm, ocorrendo os maiores valores no mês de agosto, quando é registrada a maior insolação.
Cerca de 2,2 milhões de pessoas viviam na região em 2010, equivalente a 1,1% da população do Brasil, sendo 87% em áreas urbanas. As cidades de Cuiabá (MT) detinha 551 mil habitantes, seguida por Várzea Grande (MT) com 253 mil, Rondonópolis (MT), com 195 mil, Corumbá (MS) com 104 mil e Cáceres (MT) com 88 mil habitantes, representando os principais centros populacionais.
O rio Paraguai é o principal rio desta bacia hidrográfica em território mato-grossense. Ele nasce na Chapada dos Parecis, nas proximidades da cidade de Diamantino e, junto com os rios Paraná e Uruguai, formam o grupo dos rios mais importantes da bacia platina. Ele é o segundo maior rio de planície do Brasil, superando apenas pelo Amazonas. Juntamente com seus afluentes, drena a maior planície inundável do planeta: o pantanal mato-grossense. O principal afluente do rio Paraguai em Mato Grosso é o Cuiabá. Cuja nascente está localizada na serra azul, município de Rosário Oeste. Este rio banha a capital do estado e outras cidades da região, recebendo como tributários o São Lourenço, o Correntes ou Piquiri, o Manso, o Aricá-mirim, o Coxipó-açu e o Mutum.Outros afluentes importantes do rio Paraguai em Mato Grosso são o Sepotuba, o Cabaçal e o Jauru, todos com nascentes na Chapada dos Parecis. Os rios da bacia platina tomam o sentido norte-sul.
Disponibilidade e Usos da Água: A vazão média do rio Paraguai é de 1.833 m³/s (1% do total do País) (ANA, 2002c). Porém, há perdas no sistema devido à alta evapotranspiração potencial, concentrada principalmente no Pantanal, resultando em uma baixa vazão específica média (5 L/s/km²), e em contribuições negativas nas unidades hidrográficas do Baixo Cuiabá, Taquari, Negro e Nabileque.
Usos Potenciais
Geração de Energia: Pela sua configuração fisiográfica, a Região Hidrográfica não apresenta grande potencial para instalação de grandes usinas hidrelétricas. Atualmente existem 12 empreendimentos hidrelétricos instalados, totalizando 340.944 kW (0,05% do total do País) (ANEEL, 2002). 
Aspectos Relevantes
Estabelecer diretrizes e implementar ações destinadas à contenção de queimadas e desmatamentos descontrolados. Adicionalmente, fiscalizar e incentivar a manutenção da faixa de vegetação das áreas de proteção ambiental laterais aos corpos d’água.
O uso inadequado do solo do Planalto (plantações de soja e criação de gado) aumentou o desmatamento, erosão e a contaminação por defensivos, causando o assoreamento e poluição de rios do Pantanal. Nesse contexto, é necessário definir e implementar um programa voltado para melhores práticas de manejo do solo, para controle da erosão e utilização adequada dos solos, minimizando o assoreamento dos cursos d’água e a contaminação provocada por fontes difusas de poluição nas culturas anuais da região do Planalto.
Melhorar as condições de saneamento das capitais e principais núcleos urbanos, mediante a ampliação ou implementação de serviços de abastecimento de água, de coleta e tratamento de esgotos domésticos e industriais, bem como de sistemas de tratamento e disposição final de resíduos sólidos; através dessas ações pretende-se reduzir os riscos associados à propagação de doenças de veiculação hídrica e melhorar indicadores sociais.
Aspectos Relevantes
Ampliar a coleta e implementar sistemas de tratamento dos esgotos domésticos nos principais centros urbanos como Cuiabá, Tangará da Serra, Cáceres, Poconé.
A navegação de grandes comboios de barcaças no rio Paraguai vem causando a degradação das matas ciliares, barrancos e meandros do rio. Nesse sentido, faz-se necessário regulamentar as embarcações e controlar o tráfego de comboios no rio Paraguai.
Consolidar e ampliaras as redes de monitoramento hidrológicos existentes, inclusive a rede de alerta de cheias.
Avaliar tecnicamente a instalação de grandes projetos de infra-estrutura regional previstos: Hidrovia Alto Paraguai, obras para ampliação da pecuária e expansão da fronteira agrícola para o plantio de grãos.
A contaminação da água, sedimentos, peixes e aves por mercúrio lançado pelas atividades de mineração de ouro, principalmente no estado de Mato Grosso, têm causado alteração do curso natural de rios. Assim, é preciso promover a melhoria do processo de licenciamento e controle das atividades de mineração e de recuperação de áreas degradadas.
Expandir e aperfeiçoar o transporte hidroviário, com melhor aproveitamento das vias navegáveis, compatibilizando-a com a conservação ambiental e com os usos múltiplos, de modo integrado ao desenvolvimento local e regional.
Incentivar o desenvolvimento de práticas sustentáveis, adaptadas às peculiaridades ambientais da região; incluindo a pesca esportiva, o extrativismo e o ecoturismo.
Desenvolver o potencial hidro-energético através de novos empreendimentos, compatibilizando-o com a conservação ambiental e com os usos múltiplos e integrado ao desenvolvimento local e regional.
Promover ações que induzam à implantação e o fortalecimento institucional que permita avançar na gestão descentralizada dos recursos hídricos.
População: 1.887.401 habitantes, 1% da população do País, sendo 84,7% em áreas urbanas.
Densidade Demográfica: 5,2 hab/km², bem menor que a densidade demográfica do País (19,8 hab/km²).
Ameaças 
Desmatamento e o manejo inadequado de terras para agropecuária, causadores de erosões e sedimentação de rios.
Barramentos hidrelétricos estão alterando o regime hídrico natural do Pantanal. 
O crescimento urbano e populacional é seguido por mais obras de infraestrutura, como rodovias, barragens, portos e hidrovias, colocando em risco o frágil equilíbrio ambiental pantaneiro.
Refêrencias
ADAMOLI, J.  Diagnóstico do Pantanal: características ecológicas e problemas ambientais. Brasília: PNMA, 1995. 50 p.
 ALHO, C. J. R.; VIEIRA, L. M.  Fish and wildlife resources in Pantanal wetlands of Brazil and potential disturbances from the release of environmental contaminants. Environmental Toxicology Chemistry, v.16, n. 1, p. 71-74, 1997.
BRASIL. Agência Nacional de Águas. Disponível em:<htt://www.ana.gov.br/pnrh/DOCUMENTOS
/5textos/
2OPlano%20Nacional4_04_03.pdf>. Acesso em: 28 Abril 2017.
IBGE. Mapa de Biomas e de Vegetação. 2004. Disponível em: 
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/21052004biomashtml.shtm.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Cadastro Nacional de Unidades de Conservação - CNUC (2010). Disponível em: http://www.mma.gov.br/areas-protegidas/cadastro-nacional-de-ucs. 
GALDINO, S.; CLARKE, R. T.; PADOVANI, C. R.; SORIANO, B. M. A; VIEIRA, L. M.   Evolução do regime hidrológico na planície do baixo curso do rio Taquari – Pantanal. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE RECURSOS HÍDRICOS, 12., 1997, Vitória. Anais... Vitória. Associação Brasileira de Recursos Hídricos, 1997. p. 383-390.
SILVA, J. dos S. V. da; ABDON, M. de M.; SILVA, M. P. da; ROMERO, H. R. Levantamento do desmatamento no Pantanal brasileiro até 1990/91. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 33, p. 1739-1745, out., 1998. Número Especial.

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