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Caso da Igreja universal

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CASO: IURD
IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS
IGREJA CRISTÃ, EVANGÉLICA NEOPENTECOSTAL;
FUNDADA EM 1977;
PRESENTE EM 190 PAÍSES;
29° MAIOR IGREJA EM NÚMEROS DE SEGUIDORES NO MUNDO.
Doleiros que dizem ter feito operações para a igreja afirmam ter enviado cerca de R$ 5 milhões por mês para os EUA entre 1995 e 2001, o que totaliza R$ 420 milhões. 
Todo o processo de apuração foi feito em caráter sigiloso e entre os alvos tem: Edir Macedo (Bispo) e Regina da Silva (Tesoureira da IURD em NY)
A ACUSAÇÃO CONTRA A UNIVERSAL:
A investigação americana sobre a igreja é um subproduto da maior operação já feita pela PF contra doleiros, realizada em 2004. 
Numa casa de câmbio em São Paulo usada pelos doleiros Marcelo Birmarcker e Cristina Marini Rodrigues como fachada, a PF achou um CD com arquivos de computador que fazia referência a uma suposta funcionária da Universal, batizada de "Ildinha/Fé". 
Bimarcker e Marini Rodrigues operaram três contas no Merchants Bank de Nova York. Eram contas abertas em nome de empresas criadas em paraísos fiscais: a Milano Finance Inc., Pelican Holding Group e Florida Financial Group.
INÍCIO DAS INVESTIGAÇÕES
Dos supostos crimes:
 Em Nova York por suspeita de lavagem de dinheiro e conspiração.
No Brasil há acusações em lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e de desviar o dinheiro arrecadado dos fiéis.
INVESTIGAÇÃO
Segundo depoimento dos doleiros aos investigadores de NY e SP
Como teriam sido as remessas..
 1) Câmbio: Emissários da igreja entregavam o dinheiro para a casa de câmbio já citada, que tinha sede em São Paulo e no Rio de Janeiro.
 2) Remessa: Os donos da casa de câmbio não enviam o dinheiro fisicamente. Como eles têm contas nos EUA, depositam o dinheiro em reais no Brasil e dão o crédito equivalente em dólares no Merchants Bank de NY. 
 3)Nos EUA: Uma tesoureira da Universal em NY, Regina da Silva, seria a responsável pela movimentação nos EUA. 
COMO TUDO FUNCIONAVA
Waldir Abrão dizia ter atuado como laranja em empréstimos feitos pela igreja.
Diretor da Igreja Universal do Reino de Deus entre 1981 e 1986 e vereador do Rio de Janeiro por três legislaturas, Waldir Abrão declarou ter sido usado como "laranja" -teve o nome usado sem consentimento- pela igreja em 20 operações de empréstimos fictícios que trouxeram dinheiro do exterior para a aquisição de uma TV.
Abrão declarou e anexou documentos que demonstram que, enquanto esteve ligado à igreja, ele realizou movimentações financeiras muito acima da sua capacidade. Por isso, foi autuado pela Receita Federal.
EX-VEREADOR MORRE DEPOIS DE DENUNCIAR UNIVERSAL
 
No auto da Receita, Abrão aparece como tomador de 20 empréstimos, no valor de Cr$ 25 bilhões. 
Os empréstimos nunca foram pagos. Segundo Abrão, eram operações forjadas para internar dinheiro que havia saído do Brasil por meio de doleiros em operações de "dólar-cabo", um sistema clandestino de remessa de capitais.
Abrão entrou para a IURD em 1977, quando ainda se chamava Igreja da Bênção. Ele afirmou que Macedo tinha o controle total da arrecadação. "Tanto na Iurd como na casa do bispo Edir Macedo, o dinheiro era contado e repassado para os doleiros que o encaminhava para o exterior", disse Abrão.
 
O aposentado narrou ter sido convidado por Edir para se candidatar a vereador no Rio, em 1988. "Na ocasião eu não sabia que o convite (...) iria sair tão caro para mim e que meu nome seria usado para ser o maior laranja da Igreja Universal."
A partir daí, ele e sua mulher apareceram como fiadores de aproximadamente 660 contratos de aluguel de prédios para templos. Alguns aluguéis atrasaram, e o casal passou a ser executado judicialmente.
Maurício Rodrigues Abrão relacionou a morte de seu pai, Waldir Abrão, ao depoimento prestado por ele poucos dias antes em São Paulo sobre sua passagem na IURD.
"A vítima [Waldir] deixou acautelado no escritório dos advogados em São Paulo diversos documentos suficientes para inferir-se suspeitas em interesses escusos de terceiros por sua morte, que podem apontar para os verdadeiros culpados", alertou Maurício, que também trabalhou para a igreja.
Segundo a carta, Abrão iria pleitear na Justiça uma indenização de R$ 361 milhões da Universal.
FILHO PEDE QUE MORTE SEJA APURADA
Procurada por meio de sua assessoria de comunicação para comentar as declarações de seu ex-diretor-presidente Waldir Abrão, a Igreja Universal do Reino de Deus procurava não se manifestar. 
Em ocasiões anteriores, sobre outras investigações que trataram das duas empresas situadas em paraísos fiscais, os representantes da igreja informaram que o assunto já foi analisado e arquivado, em inquérito que tramitou no Supremo Tribunal Federal.
Em entrevista concedida em agosto à TV Record, nos Estados Unidos, o bispo Edir Macedo, líder da Universal, disse que a igreja era alvo de ataques injustos e que a cada nova denúncia que surge a Universal fica mais fortalecida.
UNIVERSAL NÃO SE MANIFESTA SOBRE AS DECLARAÇÕES
IGREJA UNIVERSAL
Os principais beneficiários, foram empresas prestadoras de serviços controladas por membros da própria igreja.
No período de março de 2001 a novembro de 2003, foram movimentados R$ 3,76 bilhões nas contas vinculadas à Iurd.
A Justiça recebeu denúncia do Ministério Público de São Paulo e abriu ação criminal contra Edir Macedo, fundador da Iurd, e mais nove integrantes da igreja, sob acusação de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
IGREJA UNIVERSAL PAGAVA A EMPRESAS DE BISPOS, DIZ RELATÓRIO
14/08/2009 
Os responsáveis pelas movimentações da Universal Denise Neves Justo (apontada no relatório como tesoureira da Iurd), Vandeval Lima dos Santos (citado como bispo do Conselho Episcopal) e Demerval Alves Silva (procurador ou representante legal da igreja). 
O dinheiro seria proveniente de depósitos em espécie e de transferências eletrônicas feitas por igrejas de todo o país.
É o caso da Rádio e Televisão Record, que tem como sócios listados pelo Ministério Público, entre outros, o bispo Honorilton Gonçalves da Costa
Somando-se as transferências, o volume financeiro da igreja entre 2001 e 2008 foi de cerca de R$ 8 bilhões, segundo o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras)
MOVIMENTAÇÕES
POR OUTRO LADO...
A investigação estabeleceu que o dinheiro da igreja foi desviado para o patrimônio particular de seus líderes e para empresas que, por terem o lucro como finalidade, não deveriam se beneficiar da imunidade tributária conferida pela Constituição a entidades religiosas.
Multa
A fiscalização da Receita resultou em uma multa de R$ 98 milhões à época -cerca de R$ 300 milhões, corrigidos pela Selic. Além disso, embasou um processo do Ministério Público Federal para cancelar a concessão da Rede Record, comprada em 1990 pelo bispo Edir Macedo por meio de empréstimos.
A Receita concluiu que a maior parte dos US$ 45 milhões da compra da Record saiu da Universal.
Contudo os líderes venceram em primeira instancia, evitando o cancelamento da Record. Os procuradores da República recorreram da decisão em 1999. Este recurso está paralisado na Justiça há dez anos.
Em um depoimento, 1998, bispo Macedo disse que foi o único que comprou e pagou com os próprios bens pessoais, que os outros ganharam de graça. Foi uma referência ao fato de as concessões de concorrentes da Record terem sido dadas pelo governo.
Procurado o advogado da Igreja universal, Arthur Lavigne, não retornou a ligação e so veio dias depois a apresentar um "Termo de Encerramento de Fiscalização" em que está descrita a movimentação da Cremo, uma das empresas ligadas à igreja e que, segundo promotores, seria usada para lavar dinheiro.
Edir Macedo e mais 9 são réus em processo por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro; defesa diz que igreja é perseguida
Iniciada em 2007 pelo Ministério Público de São Paulo, a investigação quebrou os sigilos bancário e fiscal da Universal e levantou o patrimônio acumulado por seus membros com dinheiro dos fiéis, entre 1999 e 2009 -embora não paguem
tributos, igrejas são obrigadas a declarar doações que recebem.
O xis do problema, para os promotores, não reside na quantia de dinheiro arrecadado, mas no destino e no uso que lhe foi dado pelos líderes da igreja no período investigado. Um grande volume de recursos teria saído do país por meio de empresas e contas de fachada, abertas por membros da igreja, e foi depois repatriado também por empresas de fachada, para contas de pessoas físicas ligadas à Universal.
JUIZ ACATA DENÚNCIA CONTRA LÍDER DA UNIVERSAL
Os recursos teriam servido para comprar emissoras de TV e rádio, financeiras, agência de turismo e jatinhos.
Para a investigação, isso fere dois princípios legais:
1-Quando o dinheiro oriundo da fé é desviado para comprar e/ou viabilizar empresas tradicionais, que têm o lucro como finalidade, a imunidade tributária está sendo burlada.
2-O outro problema, com base na denúncia, diz respeito ao direito dos fiéis da Universal a que os recursos revertam para a igreja. O uso de recursos para outras atividades seria um desvio de finalidade, do qual fiéis e a Universal seriam vítimas.
Segundo o Ministério Público de São Paulo, os recursos da Universal eram transportados em jatinhos e foram depositados em contas definidas pelos bispos, principalmente no Banco do Brasil e no Banco Rural.
Duas empresas que seriam de fachada recebiam o grosso dos depósitos, segundo a denúncia -a Unimetro Empreendimentos S/A e a Cremo Empreendimentos S/A. Ambas não apresentaram qualquer movimentação que indicasse atividade de comércio, encontram-se instaladas no mesmo endereço, que também consta como sede da Clínica Santo Espírito.
DEPÓSITOS ATÍPICOS
UNIMETRO
Entre janeiro de 2004 e dezembro de 2005, a empresa recebeu em duas contas, no Banco do Brasil e no Banco Rural, um total de R$ 19,2 milhões. Em sua grande maioria, a movimentação foi proveniente de transferências eletrônicas.
CREMO
No mesmo período, totalizou R$ 52,1 milhões em créditos em três contas, no Banco do Brasil, Banco Rural e Banco Safra.
*As duas empresas remetiam os recursos, por sua vez, às companhias Investholding Limited e Cableinvest Limited, localizadas em paraísos fiscais (ilhas Cayman e ilhas do Canal, respectivamente).
As remessas de dinheiro da Investholding foram feitas de agências do Banco Holandês Unido, em 1992, remeteu ao menos US$ 6 milhões para o Brasil. De 1992 a 1994Miami e Nova York.
CABLEINVEST
As remessas da Cableinvest teriam se dado de forma distinta. Os dólares foram levados até a Cambio Val, uma das maiores casas de câmbio do Uruguai, e trocados por moeda brasileira, Cableinvest trocou US$ 11,96 milhões por moeda nacional na casa de câmbio Val, no Uruguai.
INVESTHOLDING
Em junho de 1999, chegou à redação da Folha, envelope com endereço e nome de remetente falsos, mas que parceria ser "coisa quente". Eram cópias de 75 contratos de empréstimo concedidos a seis integrantes da Igreja Universal do Reino de Deus - Alba Maria Silva da Costa, Claudemir Mendonça de Andrade, José Fernando Passos Costa, José Antônio Alves Xavier, Márcio de Araújo Lima e João Monteiro de Castro dos Santos - por duas empresas sediadas no exterior: Investholding e Cableinvest.
Os 75 contratos da Cableinvest e da Investholding referiam-se a empréstimos a pessoas físicas no Brasil. Segundo o denunciante anônimo, 54 empréstimos estavam vinculados à compra da TV Record do Rio de Janeiro. Os demais contratos teriam financiado a compra de emissoras de rádios em outras cidades.
A Igreja Universal do Reino de Deus havia comprado a TV em 1992, em nome de seis fiéis que freqüentavam o templo do bairro da Abolição, na zona norte do Rio de Janeiro.
A IGREJA UNIVERSAL E OS PARAÍSOS FISCAIS 
Após a denúncia, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar a origem dos recursos usados na compra das emissoras da Rede Record no Rio e em São Paulo e apurar a acusação de remessa ilegal de divisas para o exterior. Janeiro de 1996, o jornal O Estado de S. Paulo publicou uma reportagem de Kássia Caldeira sobre a viagem do bispo Honorilton Gonçalves à Colômbia, em 1989, com o suposto objetivo de buscar dinheiro para quitar o pagamento da TV Record de São Paulo, adquirida por Edir Macedo naquele ano.
O advogado Arthur Lavigne, contratado pela Universal, havia entregado à Polícia Federal as declarações de Imposto de Renda dos seis compradores da Record do Rio, referentes ao ano de 1993, como prova de que eles tinham pago a emissora com empréstimos recebidos das empresas Investholding e Cableinvest, e não com recursos da igreja, como sustentava o ex-pastor Carlos Miranda.
A Polícia Federal deteve o deputado João Batista (PFL-SP), que responde como presidente da igreja, e mais seis pessoas que transportavam sete malas, com um total de pelo menos R$ 10 milhões. O dinheiro estava em notas de R$ 100, R$ 50, R$ 20, R$ 10 e até R$ 5. Nas três malas que foram abertas, a PF contabilizou R$ 5 milhões.
Segundo a legislação, não é crime transportar altas somas de dinheiro nacional, mas, caso o dinheiro seja descoberto, o transportador é obrigado a revelar a fonte do dinheiro.
DINHEIRO EM MALAS CHEGA A R$ 5 MILHÕES, UNIVERSAL DECLARA SER DOAÇÃO DE FIÉIS 
Segundo o comunicado da Igreja Universal, (o transporte de dinheiro em malas) "é uma decisão administrativa em função da burocracia do sistema bancário", e que "o dinheiro transportado no avião, apreendido pela Polícia Federal hoje, tinha como finalidade o depósito em São Paulo para pagamento das despesas referidas anteriormente
Deputado João Batista (PFL-SP), responsável pelo transporte do dinheiro não apresentou as comprovações da origem do recurso, que teria origem em doações de fiéis, segundo informou a Igreja Universal do Reino de Deus. Por causa disso, o dinheiro foi apreendido e encaminhado para uma instituição financeira oficial.
TJ-SP decide que pedido de documentos enviados pelos EUA precisava ter sido aprovado por um juiz brasileiro.
 O Tribunal de Justiça de São Paulo considerou nulas provas de movimentação bancária vindas dos Estados Unidos numa investigação sobre a Igreja Universal.O desembargador Antonio Carlos Viana Santos diz que o promotor que requisitou a prova teria de ter pedido autorização a um juiz brasileiro por se tratar de dados protegidos por sigilo bancário.
O acordo de cooperação internacional a que o desembargador se refere é o que o Brasil assinou com os EUA em 2001. Segundo esse tratado, provas podem ser requeridas diretamente por procuradores e promotores dos dois países, sem necessidade de intermediação do Ministério da Justiça ou do Itamaraty. É a chamada cooperação direta.
JUSTIÇA ANULA PROVAS CONTRA A UNIVERSAL(25-08-2010)
Promotor Saad Mazloum, que investiga se a Universal usou dinheiro dos fiéis para a compra de TVs, rádios e jornal, afirma que o acordo judicial com os EUA dispensa o pedido de quebra de sigilo no Brasil. Nos EUA, promotores podem quebrar o sigilo bancário de investigados sem autorização judicial. Em outubro de 2008, julgando um pedido de Eduardo Bittencourt, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, a corte especial do STJ considerou que os documentos solicitados aos EUA, entre os quais extratos bancários, não precisam de autorização, segundo voto da ministra Laurita Vaz.
Por outro lado, o advogado da igreja, Antonio Sergio de Moraes Pitombo, diz que a decisão que anula as provas deve prevalecer. "Houve um erro primário do promotor. Se não pode quebrar sigilo bancário na Bahia sem autorização judicial, por que poderia em Nova York? O tratado internacional não pode desrespeitar a lei brasileira."
CONTAS DA UNIVERSAL MOVIMENTARAM R$ 1,4 BILHÕES
Transações financeiras geridas fora do pais relacionadas à cinco doleiros brasileiros
Os promotores pediram bloqueio e apreensão de documentos relativos a 15 contas das "offshores”
Milano Finance - US$ 759 milhões
Florida Financial Group - US$ 56 milhões
Pelican Holdings - US$ 36 milhões
Ourinvest - US$ 4,1 milhões
Dartley Holdings - US$ 2,2 milhões
Subconta chamada
"Titia” - US$ 5 milhões
Empresa Beacon Hill (fechada em 2003 pela promotoria de NY)
Essas contas estavam relacionadas às empresas:
Cableinvest 
Investholding
Sediadas em paraísos fiscais
A igreja trazia o dinheiro de volta ao Brasil por meio de empréstimos de fachada concedidos por essas duas empresas a membros da igreja.
Para promotores, o dinheiro foi usado para comprar veículos como a TV Record, negócio avaliado em US$ 22 milhões.
PIRATAS DA FÉ
Hélio Schwartsman e seus dois "bispos" puderam fazer operações financeiras isentas de IR e IOF
Perante a Lei, as igrejas estão isentas de pagar:
IPTU (imóveis urbanos)
ITR (imóveis rurais)
IPVA (veículos)
ISS (serviços).
“Imunidade tributária às igrejas como forma de proteger a liberdade de culto”
A fundação da Igreja Heliocêntrica do Sagrado Evangélio custou R$ 418
Milionários da fé (pastores-empresários e pastores-políticos)
Se valem do dinheiro obtido (dízimo não tributado) para alavancar atividades mercantis que deveriam estar sujeitas ao recolhimento de impostos.
Usam a Bíblia para ludibriar a Constituição
Figuras respeitáveis da República com o respaldo do governo
ONG LIGADO Á UNIVERSAL É ALVO DE AÇÃO DA AGU
Advocacia-Geral da União pede bloqueio de bens da Sociedade Pestalozzi de SP, investigada por fraudes atribuídas à máfia dos sanguessugas
Governo quer devolução de R$ 800 mil
A Pestalozzi de SP, que presta atendimento a crianças e jovens com deficiência mental, é dirigida por integrantes da Iurd (Igreja Universal do Reino de Deus) e tem como parceira a Rede Record de Televisão.
 R$ 960 mil de seis emendas parlamentares propostas entre 2002 e 2004 por ex-deputados federais integrantes da Universal
Os advogados da União cobram a devolução do dinheiro de três emendas:
R$ 300 mil - Ex-deputado Bispo Wanderval;
R$ 60 mil - da ex-deputada Edna Macedo, irmã do bispo Edir Macedo, líder da igreja;
R$ 120 mil, proposta pelo ex-deputado Marcos Abramo.
 
A Procuradoria da República de São Paulo investiga os outros três convênios:
Dois de R$ 60 mil de emendas do ex-deputado bispo João Batista Ramos da Silva
R$ 120 mil de emenda de Edna Macedo.
Bispos no comando
As acusações da AGU recaem sobre as gestões de Graciene Conceição Pereira, mulher do bispo Ademar Gonçalves, e de Marilene da Silva e Silva, mulher do bispo e ex-deputado Ramos da Silva -com quem a Polícia Federal apreendeu, em 2005, R$ 10,2 milhões atribuídos a dízimos de fiéis. Graciene presidiu a filantrópica de 2003 a 2005, e Marilene ocupou o cargo de 1995 a 2002.
Oficialmente, a Pestalozzi de São Paulo é uma instituição independente, mas os vínculos efetivos com a Universal são de tal ordem que as assembleias para eleição de diretoria e aprovação das contas acontecem em um prédio administrativo da igreja.
FRAUDE
A participação dos deputados consistia na apresentação das emendas para liberação dos recursos. A empresa Planan, de Cuiabá (MT), é acusada de montar uma rede de empresas fantasmas e fraudar licitações públicas de mais de mil ambulâncias em todo o país.
A Planan, Luis Antonio e Darci Vedoin, são também réus na ação proposta pela AGU contra a Pestalozzi de SP.
CONCLUSÕES DAS 3 AUDITÓRIAS EM 2006 
Ministério da Saúde concluíram que a Pestalozzi de São Paulo:
Pagou valor acima do de mercado pelas ambulâncias;
Falseou informações sobre o quadro de pessoal;
Mentiu ao dizer que as ambulâncias seriam usadas para atendimento à população rural pelo SUS.
Os resultados das auditorias foram anexados à ação proposta pela AGU
Mesmo com a frota ociosa, vieram a comprar mais veículos que não rodaram nem mil quilômetros em três anos.

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