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Emendas Orçamentárias Sérgio Praça sergiopraca0@gmail.com orcamentoufabc.wordpress.com • Leitura obrigatória • Cap. 4 do livro “Corrupção e reforma orçamentária no Brasil, 1987-2008” Temas da aula • 1) Limites à interferência parlamentar no orçamento • 2) Emendas individuais: antes e depois dos escândalos de 1993 e 2006 • 3) Emendas coletivas: antes e depois dos escândalos de 1993 e 2006 • 4) Emendas orçamentárias e relações Executivo-Legislativo 1) Limites à interferência parlamentar no orçamento • No Brasil, os gastos públicos compulsórios (CF + Leis) limitam fortemente as escolhidas realizadas a cada ano • Há também restrições de ordem macroeconômica: cumprir contratos com credores externos e internos + compromissos financeiros decorrentes de medidas de sustentação da estabilidade monetária (“Juros e Encargos da Dívida”) 1) Limites à interferência parlamentar no orçamento • Investimentos: única área em que o Legislativo tem liberdade para alocar recursos de acordo com suas preferências políticas • Na verdade, única área em que Executivo e Legislativo podem atuar de forma concorrente! 1) % de emendas parlamentares por GND e autor, LOAs 1996-2001 Relator-geral Relator setorial Comissão Individual Total Pessoal e Encargos Sociais 6,5 26 0 0 8 Despesas Correntes 65,5 9,5 41 7,5 25 Investimentos 18 21,5 56 92,5 52 Inversões Financeiras 6 7,5 3 0 5 Reserva de Contingência 4 35,5 0 0 10 2) Emendas individuais, 1988-2006 1991/1993 1995 2006 Número de emendas individuais Limitado a 50 Limitado a 20 Limitado a 25 Natureza de emendas individuais Limitado CF-1988 Limitado CF-1988 Limitado CF-1988 + outros limites Valor global de emendas individuais Ilimitado Ilimitado (a partir de 1996, começou a ser limitado informalmente!) Limitado informalmente 2) Emendas individuais: a quota ao longo do tempo (R$ milhões) Brasil 1996 1 1997 1 1998 1 1999 1,5 2000 1,5 2001 1,5 2002 2 2003 2 2004 2,5 2005 3,5 2006 5 (proposta inicial: 3,5) 2007 6 (proposta inicial: 5) 2008 8 (proposta inicial: 6) 2009 10 (proposta inicial: 8) 2010 12,5 (proposta inicial: 10) 2011 13 (proposta inicial: 12,5) 3) Emendas Coletivas, 1995-2006 1991/1993 1995 2006 Número de emendas coletivas Não havia Limitado Limitado Natureza de emendas coletivas Não havia Um pouco limitada Bastante limitada Valor de emendas coletivas Não havia Ilimitado Ilimitado 3) Emendas Coletivas e Sanguessugas • 2005-2006: Sanguessugas – corrupção relativamente descentralizada (emendas de parlamentares individuais, emendas coletivas + prefeitos) • Cerca de 90 parlamentares implicados - Origem da corrupção: relação entre parlamentares e prefeitos - Mecanismo: licitação corrupta no município para compra de equipamentos de saúde (“investimentos”) - Uso de emendas coletivas: a “natureza” destas era MUITO abrangente, o que facilitava acordos entre parlamentares - Autonomia da CMO? Baixíssima. Por isso os parlamentares procuraram outros mecanismos! 3) Emendas Coletivas: limite à natureza • 1995: A emenda coletiva tem que: • i) trazer referência a pré-projeto de viabilidade; • ii) indicar fonte de financiamento e eventuais contrapartidas; • iii) trazer relatório de impacto ambiental; • iv) conter relação de custo/benefício sócio- econômico • v) trazer prazos de execução. 3) Emendas Coletivas: limite à natureza • 2006: “As emendas coletivas devemidentificar de forma precisa o seu objetivo, vedada a designação genérica de programação que possa contemplar obras distintas ou possam resultar, na execução, em transferências voluntárias, convênios ou similares, para mais de um ente federativo ou entidade privada” • - Limite às “rachadinhas” Emendas Orçamentárias Slide Number 2 Temas da aula 1) Limites à interferência parlamentar no orçamento 1) Limites à interferência parlamentar no orçamento 1) % de emendas parlamentares por GND e autor, LOAs 1996-2001 2) Emendas individuais, 1988-2006 2) Emendas individuais: a quota ao longo do tempo (R$ milhões) 3) Emendas Coletivas, 1995-2006 3) Emendas Coletivas e Sanguessugas 3) Emendas Coletivas: limite à natureza 3) Emendas Coletivas: limite à natureza
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