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Empreendedorismo e Projetos Logísticos

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WEBAULA 1
Unidade 1 – Empreendedorismo e Projetos Logísticos
Caro(a) aluno(a)
Durante esta nossa Web aula estudaremos aspectos importantes que envolvem o tema “Empreendedorismo”. Podemos dizer que o Empreendedorismo está presente no nosso dia-a-dia.
Lembre-se de sua época de adolescente... Quando somos adolescentes, estudamos em escolas que promovem aquela famosa “Feira de Ciências” onde os alunos pensam, desenvolvem e criam projetos relacionados a experiências de estudos em Ciências e buscam apresentar esses projetos nas Feiras. Pode-se dizer que diante dessa situação, os alunos acabam sendo “empreendedores”, pois a ideia de um projeto precisa ser pensada, refletida e após acaba sendo concretizada e transformada em realidade.
Com certeza nós, como alunos de ciências, enfrentamos muitos obstáculos para construir esses projetos, desafios tais como o tempo restrito, a falta de recursos financeiros, a falta de recursos estruturais (materiais específicos), porém, mesmo diante desses desafios, tivemos que nos dedicar ao máximo para concretizar nossas ideias e buscar conseguir os almejados prêmios, como por exemplo, a obtenção de uma boa nota.
Quando o adolescente avança para a fase adulta, ele continua tendo que enfrentar muitos desafios que a vida lhe impõe. Muitos sonhos serão construídos e concretizados, muitos obstáculos superados. Aquele “projeto da feira de ciências”, agora na fase adulta toma forma, por exemplo, de um “negócio próprio”, de um projeto de um novo produto para a empresa, de um projeto para diminuição de perdas da área de produção da empresa. E o empreendedorismo acaba acompanhando a trajetória de vida de muitas pessoas, pois a necessidade de construir, desenvolver e crescer acompanha toda a vida de uma pessoa.
Estamos falando de Empreendedorismo, mas é importante que definamos e deixemos claro alguns termos. Segundo Hisrich (2004, p. 29):
Empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor dedicando o tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação e independência econômica e pessoal.
Segue outra definição interessante a respeito de empreendedorismo:
Empreendedorismo significa fazer algo novo, diferente, mudar a situação atual e buscar, de forma incessante novas oportunidades de negócios, tendo como foco a inovação e a criação de valor (DORNELAS, 2008, p. 35).
Perceba que esses dois conceitos de autores diferentes, porém contendo significados semelhantes, algumas palavras poderiam estar relacionadas com os dois conceitos ao mesmo tempo: algo novo, novidade, dedicação, oportunidades, superação, criação de valor e recompensas.
Link:
Acesse o link abaixo “portal do empreendedor” que se caracteriza como um site em que o empreendedor pode ter acesso a uma série de publicações e informações a respeito do tema “empreendedorismo”.
<http://www.portaldoempreendedor.gov.br/>
Vamos conhecer algumas características do “espírito empreendedor”, quem sabe você se identifica com alguma(s) dessa(s) características. São características dos empreendedores de sucesso, segundo Mendes (2009):
Empreendedores de sucesso...
São mestres em iniciativa, criatividade, autonomia, autoconfiança e otimismo.
São responsáveis e aceitam assumir os riscos e as possibilidades de fracassar.
São comprometidos e acreditam no que fazem.
São visionários, conseguem visualizar o futuro na mente.
São especialistas em tomar decisões.
São orientados para resultados, para o futuro e para o longo prazo.
São dotados de uma forte intuição.
São indivíduos que fazem a diferença.
São farejadores e exploradores de oportunidades.
São determinados e dinâmicos.
São dedicados, organizados e atualizados sobre o negócio em que atuam.
São otimistas e apaixonados pelo que fazem.
São líderes, formadores de equipes e formadores de opinião.
São independentes e constroem o próprio destino.
São inovadores, criadores de métodos próprios e dotados de um forte sentido de realização.
Acesse os links abaixo e conheça mais algumas características que estão relacionadas à figura do empreendedor, segundo outras fontes:
http://www.administradores.com.br/artigos/administracao-e-negocios/caracteristicas-do-empreendedor/12823/
Segundo Morris e Kuratko (apud DORNELAS, 2008, p. 36), existem 04 componentes que estão relacionados com a definição do termo “Empreendedorismo”. Vamos conhecer quais são esses 4 itens:
Processos: Os processos caracterizam-se por um dos componentes do empreendedorismo. O empreendedor trabalha com o planejamento, organização e controle dos processos referentes ao negócio em que ele deseja atuar, buscando atingir os melhores resultados.
Criação de Valor: Outro componente do empreendedorismo é a criação de valor, no sentido de que geralmente os empreendedores buscam criar algo novo e de valor a partir de uma situação atual. Esse “algo novo” acaba sendo algo valioso para a empresa e pode ter a possibilidade de direcionar a organização para caminhos diferentes dos quais ela já está acostumada a seguir.
Recursos: Os recursos caracterizam-se por mais um componente do empreendedorismo, pois segundo Dornelas (2008, p. 36) os empreendedores utilizam os recursos disponíveis de forma singular, única e criativa. Eles procuram muito bem recursos financeiros, pessoas, procedimentos, tecnologia, materiais, estruturas etc. Esses são os meios pelos quais os empreendedores criam valor e diferenciam seus esforços.
Oportunidades: O empreendedorismo está ligado à busca, análise e avaliação de oportunidades. O empreendedor está sempre atento às mudanças que acontecem no ambiente de negócios e tem a perspicácia de reconhecê-las, aproveitá-las e transformá-las em negócios rentáveis para uma organização.
De uma forma geral, podemos dizer que o Empreendedorismo, está bastante relacionado com a criação de empresas. Quando falamos em “Empreendedorismo”, na mente de muitas pessoas logo vem a figura do SEBRAE (instituição que oferece apoio ao micr o e pequeno empresário). O SEBRAE busca oferecer apoio, cursos, informação para aquele micro empresário, que acaba se desenvolvendo cada vez mais como empreendedor ao querer, lutar e enfrentar os desafios visando fazer com que o seu empreendimento tenha sucesso.
Realmente o empreendedorismo e a figura do empreendedor estão bastante relacionados com o SEBRAE que é uma instituição que auxilia bastante as pessoas que desejam criar e desenvolver o seu negócio próprio.
Mas será que os termos empreendedorismo e o empreendedor estão relacionados apenas com aquelas pessoas que desejam abrir o seu próprio negócio? Será que poderei somente exercer o meu espírito empreendedor se escolher abrir uma nova empresa? Será que não posso ser empreendedor, por exemplo, ocupando um cargo em uma empresa, ou seja, sem precisar abrir um negócio próprio?
Podemos dizer que sim! Caso uma pessoa acredite possuir um “espírito empreendedor” e deseja direcionar os seus esforços empreendedores dentro de uma empresa, (sem a necessidade de abrir e constituir uma empresa própria). Podemos chamar essa pessoa de “Intraempreendedor”.
Vamos conhecer qual a definição de intraempreendedor, segundo o autor Pinchot (1989).
No livro “Espírito empreendedor nas organizações” o autor Hashimoto apresenta as definições de “Intraempreendedor” e “Intraempreendedorismo”.
“Intraempreendedor” ou “Intrapreneur”, segundo Pinchot (1989), representa aquele que dentro da organização assume a responsabilidade de promover a inovação de qualquer tipo, a qualquer momento, em qualquer lugar da empresa.
“Intraempreendedorismo”, nessa mesma linha, é definido por Pinchot como o uso, pela empresa, do talento criativo de seus funcionários para desenvolver produtos e serviços inovadores para a empresa.
De uma forma geral, podemos dizer que o “Intraempreendedorismo” caracteriza-se pela ação empreendedora que é realizada dentro de uma organização. Utilizando-se os recursos humanos e estruturais de umaempresa, de uma organização, um Intraempreendedor pode trabalhar e praticar seu potencial empreendedor.
Acesse o link abaixo da Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, que apresenta um artigo relacionado ao fato de que os intraempreendedores podem ser considerados como o motor da inovação nas organizações.
http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI157260-17141,00-INTRAEMPREENDEDORES+O+MOTOR+DA+INOVACAO+NAS+ORGANIZACOES.html
O Intraempreendedorismo também é conhecido como “Empreendedorismo Corporativo”. E consequentemente o Intraempreendedor também é conhecido como “Empreendedor Corporativo”.
Segue a definição de “Empreendedorismo Corporativo”, segundo Dornelas (2008, p. 38): “É o processo pelo qual um indivíduo ou um grupo de indivíduos, associados a uma organização existente, criam uma nova organização ou instigam a renovação ou inovação dentro da organização existente”.
E “Empreendedores corporativos” podem ser considerados como “[...] os indivíduos ou grupos de indivíduos, agindo independentemente ou como parte do sistema corporativo, os quais criam as novas organizações ou instigam a renovação ou inovação dentro de uma organização existente” (DORNELAS, 2008, p. 38).
Acesse o vídeo abaixo e vamos conhecer algumas características de um Intraempreendedor ou de um empreendedor corporativo:
 De uma forma geral, os Intraempreendedores ou empreendedores corporativos são muito importantes para as empresas. Podemos dizer que muitos Intraempreendedores são responsáveis pela criação e desenvolvimento de novos produtos, melhoria de processos, liderar e executar projetos em organizações visando o crescimento e desenvolvimento.
Os Intraempreendedores observam e analisam a situação atual da empresa, mas visualizam e desejam uma situação diferente, projetam a empresa em um patamar superior, e para isso, desenvolvem e praticam todo seu potencial empreendedor.
Segundo Hashimoto (2006, p. 22),
O Intraempreendedor, quando inicia um projeto, gerencia-o como se fosse seu próprio negócio, fazendo isso com o mínimo de interferência de seus superiores. Ele usa toda sua criatividade, poder de realização, rede de relacionamentos e liderança para transformar projetos internos em empreendimentos de sucesso.
A presença de Intraempreendedores nas empresas é muito importante, principalmente devido ao fato de que o mercado está cada dia mais dinâmico e exigente por novos produtos e qualidade nos serviços prestados.
O consumidor exige hoje um produto de qualidade, com serviço de entrega rápida, cumprimento de prazos de entrega, qualidade no atendimento seja via vendedor ou por telefone, um pós venda de excelência. E para que a empresa e seus colaboradores estejam preparados para atender todas essas exigências, é preciso que haja pessoas na empresa que estejam sempre pensando em novos produtos, novas formas de atendimento, melhoria das condições de entrega, ou seja, é necessário que haja pessoas comprometidas, motivadas e que queiram trabalhar em prol do desenvolvimento da organização como um todo. Diante de uma situação como essa, nada melhor do que contar com profissionais Intraempreendedores na equipe de trabalho.
Podemos dizer que principalmente nos dias atuais, o processo de inovação deve estar acontecendo a todo o momento na empresa. Tenho certeza que a “urgência pela inovação” nos corredores de uma empresa como a Apple é uma constante. A empresa Apple pensa assim, pois sabe que nos corredores da empresa Samsung acontece a mesma coisa. Resultado disso é observarmos a todo o momento novos produtos tecnológicos sendo lançados por essas duas empresas e por muitas outras empresas concorrentes.
Segundo Hashimoto (2006, p. 111),
Com o atual nível de competitividade, não basta mais às empresas poupar, cortar e apertar o cinto. Para crescer e se manter, as empresas precisam aumentar, combinar, multiplicar e gerar inovação a partir da identificação de oportunidades. Qualquer organização que deseja ser bem-sucedida no longo prazo depende muito das vantagens competitivas em seus produtos ou processos produtivos.
 
O Processo Empreendedor.
A figura abaixo mostra o processo empreendedor. O processo empreendedor compreende as fases necessárias pelas quais um empreendedor pode passar para colocar o seu empreendimento em prática. Pensando-se no empreendedorismo corporativo, esse modelo compreende as fases pelas quais acontece um processo empreendedor dentro de uma empresa que pode ser desenvolvido por um empreendedor corporativo (Intraempreendedor).
Figura 1 – O processo empreendedor
Fonte: Dornelas (2008, p. 44)
Leia um artigo do site “Administradores.com” que explica um pouco mais sobre esse processo empreendedor.
http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/o-processo-empreendedor/54089/
Um empreendedor tem um sonho, deseja realizar a concretização de seu empreendimento, dessa maneira, para que esse sonho saia da sua mente e se torne realidade, é interessante que ele desenvolva essas fases relacionadas ao processo empreendedor. A imaginação, o sonho que não é concretizado, que fica apenas na mente de uma pessoa, não tem nenhum poder de transformação. Assim um processo empreendedor pode facilitar a prática de um sonho empreendedor. E esse empreendimento concretizado sim, teria o poder de transformação, coerente com a realidade no qual será inserido.
Muitos autores apresentam outras versões dessas fases do processo empreendedor. Alguns com mais fases, outros com menos fases, porém de forma geral, grande parte dessas versões gira em torno do processo empreendedor segundo Dornelas (2008):
Identificar e avaliar a oportunidade.
Desenvolver o Plano de Negócios.
Determinar e captar os recursos necessários.
Gerenciar negócio.
Lembrando, claro que essas fases podem valer tanto para o processo empreendedor, e também para o processo empreendedor corporativo.
Vamos agora analisar cada uma das fases desse processo empreendedor:
1ª Fase - Identificar e avaliar a oportunidade
Nesta primeira fase busca-se fazer uma análise do ambiente em que se encontra o empreendedor. É nesse momento que o empreendedor ou empreendedor corporativo observa os acontecimentos, o ambiente ao seu redor na tentativa de identificar quais são as oportunidades que poderiam ser aproveitadas:
Por exemplo, um empreendedor, pode observar os consumidores da sua empresa e encontrar uma oportunidade. Ele pode identificar um novo tipo de oportunidade a partir de uma necessidade sentida por esse consumidor e que ainda não é atendida.
Outro exemplo, um empreendedor corporativo pode identificar uma oportunidade com relação à criação de um novo sistema de software de gerenciamento de cargas devido ao fato de que ele percebeu que existe uma necessidade de melhoria nesse gerenciamento. Supondo que existem problemas referentes a atraso de entregas, problemas no estoque e outros.
Nessa fase de identificação e avaliação de oportunidades é o momento que se busca identificar também:
Os valores e benefícios reais em relação à oportunidade encontrada.
Os riscos e retornos da oportunidade (a avaliação custo-benefício).
Verificação se a empresa possui as habilidades coerentes para aproveitar as oportunidades.
Identificar a situação de possíveis competidores.
Percebe-se que nessa fase o interessante é que se faça uma espécie de “raios-X” da situação atual em que a empresa e o empreendedor se encontram visando identificar as melhores oportunidades, aquelas que realmente podem trazer os melhores resultados e levar a empresa a um patamar superior no futuro.
 
2ª Fase - Desenvolver o Plano de Negócios.
Nessa fase do Desenvolvimento do Plano de Negócios, é o momento em que o empreendedor escolhe uma oportunidade, e a partir daí debruça-se sobre essa oportunidade, acrescenta suas ideias, reflexões, inspirações e começa a “colocar no papel” todas as suas ideias.
É interessante se utilizar um Plano de Negócios principalmente pelo fato de que esse Plano (se bem elaborado) pode nos mostrar realmente a viabilidade da concretizaçãodesse empreendimento.
Às vezes após um empreendedor utilizar-se de um Plano de Negócios ele pode começar a identificar que talvez a sua ideia não seja tão viável assim, por conter custos muito altos, concorrentes muito fortes, recursos humanos deficientes (itens que podem estar contidos em Plano de Negócios).
Porém com ajustes no negócio do empreendedor, muitos obstáculos podem ser superados e direcionamentos ajustados, porque justamente estes puderam ser previstos em um Plano de Negócios.
De uma forma geral são as fases de um Plano de Negócios:
Sumário Executivo.
O conceito do negócio.
Equipe de Gestão.
Mercado e competidores.
Marketing e vendas.
Estrutura e operação.
Análise estratégica.
Plano Financeiro.
Anexos.
Lembrando que é possível se encontrar diversas versões com relação às fases de um Plano de Negócios, alguns autores podem incluir outras fases, ou aglutinar fases, porém, de certa forma, todos tem como principal objetivo a demonstração das principais características do negócio que se pretende realizar.
O Plano de Negócios também servirá para solicitar a permissão da diretoria de uma empresa para que o projeto e a ideia do Intraempreendedor possam ser executados. Após a aprovação do Plano de Negócios pela diretoria, os recursos financeiros, estruturais, humanos podem estar disponíveis ao Intraempreendedor para que sua ideia e seu projeto sejam concretizados.
Podem ocorrer casos em que a diretoria, em um primeiro momento, não aprova o Plano de Negócios, nesse caso, pode ser necessário adequações e ajustes em partes do Plano, para que este esteja de acordo com as exigências da diretoria. Podem ser realizados ajustes nos objetivos, nos valores, nos resultados esperados, nos recursos físicos necessários e em outros pontos. Pode ocorrer uma negociação entre a diretoria e o Intraempreendedor com relação às especificações das diversas partes do Plano de Negócios.
Acesse o link abaixo que apresenta informações importantes referentes ao Plano de Negócios.  Clique no link “Faça seu plano de negócios”.
http://www.planodenegocios.com.br/www/
Acesse também o link abaixo do SEBRAE que mostra os passos para elaboração de um Plano de Negócios.
Vale lembrar que o modelo de Plano de Negócios inserido nesse link está mais relacionado com a abertura de um negócio próprio do que de um Intraempreendimento, porém existem pontos que podem ser utilizados em comum, tanto para o empreendedor (de um negócio próprio) quanto para um empreendedor corporativo.
3ª Fase - Determinar e captar os recursos necessários:
Nessa fase, após realização do Plano de Negócios, chega à fase em que começamos a colocar a ideia em prática, através da determinação e captação de recursos necessários.
Todo o empreendimento necessita de recursos para que seja viabilizado, sejam eles recursos financeiros, estruturais, humanos.
Dornelas (2008) cita alguns recursos estruturais, financeiros e humanos que devem ser pensados e preparados nesta fase de “Determinar e captar os recursos necessários”:
Recursos da área.
Recursos extras.
Recursos específicos para projetos de inovação.
Recursos externos.
 
4ª Fase - Gerenciar o negócio.
Após o sucesso na busca de recursos para a viabilidade do empreendimento, chega o momento em que se busca o gerenciamento do negócio, esta 4ª fase trata do dia-a-dia do empreendimento, trata das ações que devem ser pensadas e realizadas para fazer com que o empreendimento tenha sua independência e sustentabilidade.
De uma forma geral, o gerenciamento do negócio conta com atividades relacionadas a: Trabalhar de forma adequada o estilo de gestão, identificar problemas atuais e potenciais do negócio, programar um sistema de controle, entrar em novos mercados, avaliação de resultados e colheita dos resultados.
 
Intensidade empreendedora
Podemos observar que é interessante que as empresas busquem elevar cada vez mais o seu potencial empreendedor. Quando falamos em “potencial empreendedor” nas empresas, podemos dizer de certa forma, que esse “potencial” estaria ligado com a capacidade da empresa em criar novos produtos lançados, lançar produtos inovadores, desenvolver processos inovadores, ou seja, atingir resultados positivos por meio do desenvolvimento de práticas empreendedoras. Essas práticas empreendedoras podem fazer a diferença para que a empresa consiga se manter no mercado e superar seus concorrentes.
Dornelas (2008) apresenta um gráfico de “Intensidade empreendedora” de uma empresa, onde relaciona 02 questões ligadas a capacidade empreendedora de uma empresa. Este gráfico relaciona o “grau de frequência” de práticas empreendedoras e compara com o grau de empreendedorismo de uma empresa.
O “grau de frequência” está relacionado com a quantidade de inovações que são lançadas ao longo do tempo. Já o grau de empreendedorismo está relacionado com o impacto inovador que os produtos lançados pela empresa teriam o potencial de causar.
Perceba que esse gráfico mostra duas variáveis relacionadas com o potencial de uma empresa para o empreendedorismo. A partir da relação entre as variáveis “Frequência” x “Grau de Empreendedorismo”, podemos encontrar 05 combinações diferentes que poderiam ser relacionadas a uma empresa. (Contínuo / Incremental, Revolucionário, Dinâmico, Periódico / Incremental e Periódico / Descontínuo). Observe a Figura 3.
Figura 3 - Conceito de intensidade empreendedora
            Fonte: Dornelas (2008, p. 50)
Podemos dizer que a empresa com intensidade empreendedora “Contínuo / Incremental” seria aquele tipo de empresa que está continuamente lançando novos produtos (frequência = alta), porém são inovações consideradas de pouco impacto (grau de empreendedorismo = baixo), caracterizam-se principalmente por produtos que passam apenas por poucas reformulações e adaptações... São inovações, porém de pouco impacto, de forma incremental.
A empresa do tipo “Periódico / Incremental” seria aquele tipo de empresa que lança poucas inovações (pode passar por grandes espaços de tempo entre uma inovação e outra) (frequência = baixa) e também são inovações de pouco impacto (grau de empreendedorismo = baixo), caracterizam-se principalmente por empresas relacionadas a commodities onde o mercado não exige tantas inovações por parte das empresas.
A empresa do tipo “Periódico / Descontínuo” seria aquele tipo de empresa que lança poucas inovações (frequência = baixa), porém quando lança inovações (que podem demorar muito) essas seriam de grande impacto.
Já a empresa do tipo “Dinâmico” seria aquela do tipo de empresa que teria certa frequência de lançar inovações (frequência = média) e também essas inovações seriam consideradas de certo impacto (grau de empreendedorismo = médio).
E há aquelas empresas que poderiam ser localizadas no tipo “Revolucionário”, que se caracterizam por aquelas empresas que possuem uma alta frequência no lançamento de inovações e também essas inovações poderiam ser consideradas de alto impacto. Esses tipos de empresas são muito presentes em mercados de alta competitividade (como de alta tecnologia), onde as concorrentes precisam a todo o momento estar lançando novidades aos consumidores, atraindo sua atenção e a também superar concorrentes que também estão bastante preparados.
Figura 4 – Exemplos de intensidade empreendedora.
            Fonte: Dornelas (2008, p. 50).
De uma forma geral na Figura 04, Dornelas (2008, p. 50) sobrepõe algumas empresas conhecidas no gráfico que analisa a intensidade empreendedora. Vale destacar o potencial de empresas como a 3M e a Google, onde segundo essa análise podem ser consideradas como empresas altamente empreendedoras tanto na questão da frequência quanto no grau de empreendedorismo.
 
Identificando, avaliando e implementando novas oportunidades de negócios.
Os empreendedores corporativos são movidos pelo pensamento de uma ideia, onde a partir dessa ideia ele desenvolve os esforços para que ela consiga ser efetivada.
Essa ideia pode surgir a partir de uma determinada oportunidade encontrada. Por exemplo,o empreendedor corporativo observa o ambiente da sua empresa e percebe que seus clientes gostariam de escolher, comprar os produtos diretamente pela Internet. Os clientes estão desejando comprar os produtos dessa empresa pela Internet e não através da visita do vendedor. Os clientes alegam que se sentem muito mais “à vontade” para escolher os produtos pela Internet, e dizem também que tudo fica mais fácil para as transações comerciais via on-line, perdem também menos tempo ao invés de ter que receber um vendedor diretamente da empresa. Comprar pela Internet nesse caso torna-se muito mais rápido e eficaz (na opinião desses clientes).
Acesse o link abaixo da Catho referente ao fato de que as “empresas valorizam o colaborador intraempreendedor”.
http://www.catho.com.br/carreira-sucesso/dicas-emprego/empresas-valorizam-o-colaborador-intraempreendedor
A partir dessa situação, o Empreendedor Corporativo acaba de encontrar uma “oportunidade” e assim acaba também de ter uma nova ideia para melhorar os processos da sua empresa.
Ele pensa em criar um portal de atendimento diretamente ao cliente, onde o cliente poderia ter acesso ao seu histórico de compras, fazer simulações, projeções de compra no site, marcar todas as características e especificações dos pedidos (evitando assim também erros de preenchimento de vendedores).
Para isso, é necessário também que haja uma agilidade e organização no processo de distribuição e logística dessa empresa, já que antes os procedimentos de compra e venda on-line não faziam parte das práticas dessa empresa.
O empreendedor corporativo já começa a pensar nas características do site, já começa a pensar nas mudanças que terão que ser realizadas nos pedidos, nas mudanças relacionadas à organização do estoque, nos parceiros que precisam ser terceirizados para tornar o processo de entrega e distribuição mais ágeis.
Percebe que essa é uma das grandes diferenças entre um empreendedor corporativo e um funcionário comum. O empreendedor corporativo observa um ambiente, encontra uma oportunidade, tem uma ideia para aproveitar essa oportunidade, reflete sobre essa ideia e luta, desenvolve todos os esforços para vê-la realizada. Já um funcionário comum, inserido no mesmo ambiente, apenas observa a situação, observa “as coisas acontecendo”, mas se abstém da situação, dizendo que não é da sua responsabilidade no momento e não tem nenhum grau de motivação para pensar em algo novo, que mude os procedimentos e faça com que a empresa possa alcançar os melhores resultados.
Uma ideia pode surgir a partir de algumas oportunidades que podem ser encontradas, por exemplo, nas seguintes situações.
Existência de gaps (espaços, lacunas não preenchidas) no mercado.
Necessidade de melhorar a desempenho financeiro.
Necessidade de conquistar novos clientes, através de novos produtos.
Necessidade de inovação. (Por exemplo, a partir do desempenho de concorrentes).
Observe um vídeo que mostra os tipos de inovações que podem ser desenvolvidas:
O vídeo nos mostrou alguns tipos de inovações. Observe agora o comentário de Coral, Ogliari e Abreu (2011, p. 03), em que classificam as inovações como incrementais ou radicais:
Inovação incremental: normalmente, entendida como a melhoria de produto ou processo existente cujo desempenho tenha sido significativamente melhorado ou a reconfiguração de uma tecnologia já existente para outros propósitos.
Inovação radical: produto ou processo cujas características, atributos ou uso difiram significativamente, se comparados aos produtos e processos existentes. Tais inovações podem envolver tecnologias radicalmente novas ou podem se basear na combinação de tecnologias existentes para novos usos.
O Vídeo 03 nos mostrou quais são as ações que a empresa pode desenvolver para promover a criação de um ambiente voltado a fomentar a inovação segundo o autor Hashimoto (2006). No tópico seguinte, vamos observar quais são as ações que uma empresa pode desenvolver para criar um ambiente favorável ao Empreendedorismo Corporativo segundo o autor Dornelas (2008), podemos perceber que muitas ações são bastante semelhantes. De fato o Empreendedorismo Corporativo está muito relacionado com a Inovação.
 
Ambiente favorável ao Empreendedorismo Corporativo.
De uma forma geral, não adianta também a empresa apenas contar com pessoas com potencial de empreendedores corporativos. É preciso também que a organização faça a sua parte, ou seja, que forneça um ambiente corporativo que favoreça e incentive o empreendedor corporativo e buscar e ter novas ideias.
Segundo Dornelas (2008), para se ter um ambiente interno de geração de ideias e preciso que haja:
“Desenvolvimento de uma estrutura para o empreendedorismo
Ter as pessoas certas” (DORNELAS, 2008, p. 86).
Desenvolvimento de uma estrutura para o empreendedorismo corporativo.
Uma empresa que deseja incentivar o empreendedorismo corporativo e fomentar a geração de ideias deve primeiramente desenvolver uma estrutura para apoiar o empreendedorismo.
Este ambiente deve permear a empresa como um todo, em todos os níveis e é interessante que todos os colaboradores que queiram atuar de forma empreendedora consigam espaço e chances para desenvolver o seu potencial na empresa. Dessa maneira a empresa deverá realizar as seguintes ações:
Prover tempo e recursos à às vezes a inspiração para uma ideia pode demorar a chegar, ou até mesmo a aplicação e prática dessa ideia necessita de um tempo para amadurecer e tomar forma. É claro que a urgência do mercado nem sempre tolera atrasos, mas é necessário que haja bom senso entre diretorias e empreendedores para que os prazos estejam condizentes com a realidade e a necessidade. É importante também que a empresa disponibilize recursos financeiros, humanos e estruturais para o desenvolvimento das ideias pretendidas pelos empreendedores.
Incentivar o pensamento criativo à é interessante que a empresa promova ações voltadas a “desafiar” os empreendedores para a criatividade, como exemplo, incentivo a formação de equipes de projeto para inovação. Premiações e reconhecimento para os projetos e inovações de sucesso.
Enfatizar ideias passadas que viraram oportunidades à é importante que a empresa preserve as boas experiências e os bons resultados alcançados no passado. Podemos aprender muito com as ideias que deram certo no passado. Sucessos obtidos no passado podem ser motivadores para os novos empreendedores.
Tolerar falhas à O empreendedor, como todo ser humano, está sujeito a falhas no decorrer do processo empreendedor. É necessário que haja tolerância. Resultados devem ser cobrados, porém erros durante o percurso podem acontecer, mas estes devem ser vistos como aprendizados.
Ainda com relação ao desenvolvimento de uma estrutura para o empreendedorismo, é interessante também que outras ações sejam incentivadas, tais como (segundo DORNELAS, 2008, p. 87).
Organizar a geração e o armazenamento das oportunidades (banco de dados, reuniões periódicas) à é interessante que se incentive a formação de equipes e reuniões para a troca de informações, e nessas reuniões podem surgir oportunidades, após o conflito e troca de ideias entre as pessoas. Também promover a criação de banco de dados, em que as informações e conhecimento possam ficar armazenados para que sejam utilizados mais tarde. Observe alguns exemplos:
Informações a respeito de clientes podem ficar armazenadas em um banco de dados para que sejam utilizados mais tarde como fonte para criação de novos produtos.
Especificações de novos produtos podem ficar armazenadas em um banco de dados e servir de base para a criação de outros novos produtos.
Definir meios de recompensar ou incentivar a geração de ideias à Um dos grandes fatores que podem motivar os empreendedores corporativos é a recompensa. De uma forma geral o empreendedor tem talento para geração de ideias, tem motivação para superar os desafios e colocar em prática suas ideias, mas ele também aprecia o reconhecimento e a recompensa, assim como outra pessoa qualquer. Assim é interessanteque a empresa promova meios para dimensionar e valorizar o esforço dos empreendedores fornecendo recompensas condizentes com os resultados alcançados.
Fazer com que tais políticas sejam parte da cultura da organização à também é importante que a organização se esforce para que muitas das ações relacionadas ao incentivo ao empreendedorismo e a inovação se transformem em políticas, e que sejam incorporadas no dia-a-dia da organização e que ao longo do tempo façam parte da cultura da empresa.
Incentivar o aprendizado à É importante também que a organização incentive o aprendizado no sentido de que, quanto mais as pessoas adquiram conhecimentos, vivenciem suas práticas, reflitam sobre seus conhecimentos, mais isso poderá influenciar na qualidade das inovações e na qualidade das práticas empreendedoras. De uma forma geral quanto mais conhecimento uma pessoa adquire através do aprendizado, mais preparada e capacitada essa pessoa estará para inovar e superar os desafios que a constituição de um empreendimento exige.
Além desses aspectos que são importantes que a empresa ofereça, também é interessante que, para que haja o desenvolvimento do empreendedorismo corporativo, seja necessária a presença na empresa de pelo menos dois tipos de pessoas.
O líder empreendedor (criativo, gerador das ideias). à é a pessoa que possui uma ideia, um “sonho” e começa a tentar encontrar meios para colocar sua ideia em prática.
O gerente (executa, incentiva os pensadores criativos, facilita o processo, complementa o time). à é a pessoa que a partir do sonho do líder empreendedor, tem acesso aos recursos humanos, estruturais e financeiros e tem a capacidade de execução, coordenação das ações para implementação da ideia / inovação.
Acesse o material complementar “A empresa, os empreendedores corporativos e o processo de mudança” e conheça alguns aspectos importantes sobre o empreendedor corporativo  e sua relação com o processo de mudança na empresa.
"Processo de mudança"
Caro(a) aluno(a) terminamos a UNIDADE 01 da nossa aula onde tratamos assuntos importantes a respeito do Intraempreendedorismo, inovação, Plano de Negócios e outros. Espero que tenha sido bastante proveitoso seu estudo até aqui. Aguardo você na nossa próxima Unidade para continuarmos nossos estudos!
Um abraço,
Prof. Henry Nonaka.
 
Fórum:
Caro(a) aluno(a) no nosso fórum gostaria que você comentasse e refletisse sobre alguns tópicos:
     - O que mais lhe chamou a atenção com relação aos assuntos que foram tratados até aqui?
     - Qual a importância do Intraempreendedorismo para o desenvolvimento das empresas?
     - Na empresa em que você atua existe um ambiente que favorece o intraempreendedorismo e a inovação? O que poderia ser feito na sua empresa para que houvesse um incentivo maior ao Intraempreendedorismo e à inovação?
Resumo: Nesta aula aprendemos assuntos importantes a respeito da figura e o perfil do empreendedor corporativo. Conhecemos o processo empreendedor. Também percebemos que é muito importante despertar e incentivar o potencial empreendedor e inovador dentro das empresas.
Palavras-chave: Empreendedor, inovação, mudança.
Unidade 2 – Empreendedorismo e Projetos Logísticos
Caro(a) aluno(a)
Vamos agora nesta nossa web aula, simular um caso fictício tendo como base o processo empreendedor.
Vamos então relembrar quais são as fases de um processo empreendedor:
Identificar e avaliar a oportunidade.
Desenvolver o Plano de Negócios.
Determinar e captar os recursos necessários.
Gerenciar negócio.
Vamos então analisar a fase de Identificar e avaliar a oportunidade.
Vamos primeiramente, imaginar uma empresa fictícia que trabalha com materiais esportivos. A situação atual da empresa é a de que ela possui 10 lojas no Estado do Paraná. Pode-se dizer que nesse estado esta loja é até bastante conhecida pelo fato de que suas lojas estão localizadas em grandes cidades do Paraná. As lojas são de médio e grande porte, trabalha com produtos de qualidade, promove diversos eventos esportivos nas cidades visando realizar a divulgação da loja. Porém, seus executivos estão querendo expandir os negócios, as vendas dessa empresa e chamam o colaborador Carlos, que é bastante conhecido por ser criativo e sempre estar à frente de novos projetos para a empresa, ou seja, podemos considerar Carlos como um Empreendedor Corporativo.
Carlos participa da reunião com os executivos e estes pedem sugestões a ele para que a empresa consiga aumentar as vendas e desenvolver ainda mais seus negócios.
Carlos aceita o desafio e ideias já começam a “fervilhar” em sua mente.
Conforme o nosso “processo empreendedor”, a primeira ação caracteriza-se por “pensar em oportunidades” que possam ser desenvolvidas.
Ele pensa em formas de expansão e crescimento da empresa. Para isso ele observa o mercado, consumidores, fornecedores, na tentativa de encontrar alguma oportunidade... Começa a pensar em algumas opções, tais como: talvez abertura de mais lojas, ou tentar trabalhar com outros tipos de produtos como livros, materiais de informática... Mas uma ideia interessante lhe passa sob sua mente... Criar um site da loja onde o consumidor possa comprar diretamente da empresa, e esperar a chegada do seu produto em casa.
Carlos começa a pensar nessas várias ideias, e principalmente na ideia de criar um site de vendas da empresa.
Mas não basta apenas criar um site de vendas. Para que um site da loja / vendas funcione de maneira adequada e para que os produtos cheguem ao cliente é preciso se pensar em alternativas voltadas a um bom gerenciamento da logística quanto ao manuseio e entrega dos produtos. Para isso, Carlos além de criar o site da empresa precisará desenvolver também um suporte logístico adequado para a entrega das mercadorias.
Carlos então começa a pensar em uma proposta de um projeto relacionado ao gerenciamento da logística dessa empresa que agora passará a vender produtos pela Internet. Vale ressaltar que as vendas da empresa aumentarão bastante já que serão realizadas vendas pela Internet... se antes a empresa tinha apenas lojas no Paraná, agora podendo vender pela Internet a expectativa é que as vendas aumentem bastante, e isso exige uma nova configuração logística para atender a uma demanda de diferente proporção.
Ou seja, Carlos terá que pensar na configuração de uma rede logística que suporte as ações de vendas pela Internet. É preciso se pensar em uma nova configuração, pois até o momento a empresa não contava com esse tipo de venda on-line.
Acesse o material complementar “Configuração de rede e localização das instalações” e observe questões importantes a respeito da definição da configuração da rede e da escolha da localização das instalações.
Após analisar as questões voltadas à configuração da rede e localização das instalações, Carlos tende a decidir como opção, aumentar o espaço do Centro de Distribuição atual da empresa que atualmente é localizado na cidade de Londrina. Os produtos vendidos a princípio serão encaminhados por empresas terceirizadas de entrega ou pelos correios. Dependendo da demanda por clientes, pensa-se futuramente em abrir outros Centros de Distribuição localizados em outros locais do Brasil.
A ideia de Carlos começa a tomar forma e o trabalho começa a tomar 3 vertentes:
Adoção de um Sistema de informação e gerenciamento de pedidos à para que o haja um gerenciamento e controle dos pedidos, visando fazer com que o produto após ser pedido pelo cliente, possa ser separado, e enviado ao cliente no tempo certo.
Aumento das instalações do Centro de Distribuição e Implantação de uma estrutura (Recursos humanos, espaço físico, procedimentos) que atenda as expectativas de movimentação de produtos e logística relacionada às compras de produtos e gerenciamento de estoques.
Treinamento dos colaboradores (habilitação quanto ao uso do Sistema de Informações).
Após a primeira fase de Identificação e avaliação das oportunidades, é necessário passarmos para a próxima fase de criação de um Plano de negócios.Vamos agora “transportar” essas ideias “para o papel”, ou seja, Carlos terá que criar um Plano de Negócios para mostrar para sua diretoria que sua ideia é interessante e que pode trazer muitos resultados positivos para a empresa.
Vamos então passar por cada uma das etapas de um Plano de Negócios. Dornelas (2008, p. 102) cita uma definição interessante a respeito de Plano de Negócios:
O Plano de Negócios é um documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócios que o sustenta. Sua elaboração envolve um processo de aprendizagem e autoconhecimento, e ainda permite ao empreendedor situar-se no seu ambiente de negócios. As seções que compõem um plano de negócios geralmente são padronizadas para facilitar o entendimento. Cada uma das seções do plano tem um propósito específico.
Pela descrição acima de Dornelas (2008) podemos perceber que um Plano de Negócios pode ser visto como um guia para que um empreendedor ou um empreendedor corporativo possa situar-se no seu ambiente de negócios para que assim possam tentar seguir uma direção adequada para que sua ideia consiga ser efetivada e concretizada.
Para reforçar a ideia de que um Plano de Negócios pode ser considerado como um guia, observe as questões a seguir... Segundo Dornelas (2008, p. 103), que através do Plano de Negócios é possível:
Entender e estabelecer diretrizes para o projeto ou novo negócio.
Gerenciar de forma mais eficaz e tomar decisões acertadas.
Monitorar o dia-a-dia do negócio e tomar ações corretivas quando necessário.
Conseguir recursos necessários internamente ou externamente.
Identificar e avaliar oportunidades e transformá-las em diferencial competitivo para a organização.
Estabelecer uma comunicação interna eficaz na empresa e convencer o público externo (fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores, associações etc.).
Acesse o link abaixo e conheça assuntos importantes relacionados ao tema “Plano de negócios”.
http://www.planodenegocios.com.br/www/
De uma forma geral são os CINCO OBJETIVOS de um Plano de Negócios, segundo Dornelas (2008, p. 104):
Testar a viabilidade de um conceito de negócio.
Orientar o desenvolvimento das operações e estratégia.
Atrair recursos financeiros.
Transmitir credibilidade.
Desenvolver a equipe de gestão.
De uma forma geral, no Empreendedorismo Corporativo, podemos considerar alguns públicos que poderiam ser “alvo” de um Plano de Negócios, ou seja, a quem se poderia destinar um Plano de Negócios, (lembrando-se dos Objetivos acima citados), seriam esses públicos segundo Dornelas (2008, p. 104):
Superiores, gerentes de negócios e diretores da organização.
Para áreas internas da organização: tentando atraí-las para serem parceiras do projeto.
Setores internos que proveem financiamento para novos projetos.
Parceiros: para definição de estratégias e discussão de formas de interação entre as partes.
Bancos: para outorgar financiamentos para equipamentos, capital de giro, imóveis, expansão da empresa etc.
Fornecedores: para negociação na compra de mercadorias, matéria-prima e formas de pagamento.
A empresa internamente: para comunicação da gerência com o Conselho de Administração e com os empregados (efetivos e em fase de contratação).
Os clientes: para venda do produto e/ou serviços e publicidade da empresa.
A partir de agora vamos pensar em uma proposta de um Plano de Negócios tendo como base a ideia pretendida por Carlos, relacionado ao gerenciamento dos pedidos de vendas de produtos através da Internet e expansão das atividades relacionadas à logística para atender a uma nova demanda.
Vamos apresentar e analisar cada uma das partes de um Plano de Negócios. Vale lembrar que existem várias configurações relacionadas à estrutura / partes de um Plano de Negócios, mas de forma geral seguem uma sequência semelhante ao exemplo de Dornelas (2008, p. 105) abaixo:
Capa.
Sumário à Contendo o título de cada seção e a página respectiva.
Sumário Executivo à um breve resumo sobre o projeto, contendo as partes principais para chamar a atenção do leitor.
Análise Estratégica à Descrição dos rumos da organização, descrição da situação atual da empresa, quais são suas oportunidades, ameaças, pontos fortes e pontos fracos.
Descrição do projeto / negócio à O que é o negócio? Seu histórico, áreas da organização envolvidas, perspectivas de receitas.
Produtos e serviços à Quais os produtos gerados? Quais os serviços gerados? (como exemplo um novo serviço de atendimento e vendas on-line aos clientes).
Plano Operacional à Apresentação das ações que cada umas das áreas envolvidas devem desempenhar. Exemplos: Melhoria do tempo de entrega, melhoria das condições de entrega.
Equipe de projeto à Quem são as pessoas envolvidas no projeto? Os responsáveis, os executores?
Análise de mercado à Inserir o conhecimento que se tem do mercado e como esse produto / serviço poderá atender a esse mercado e se transformar em uma grande oportunidade.
Estratégia de marketing à Como se pretende vender o produto/serviço? Como serão conquistados os clientes / consumidores?
Plano Financeiro à Demonstração dos resultados e análises financeiras referentes ao projeto.
Anexos à Informações adicionais relacionados ao projeto. (foto dos produtos, materiais de divulgação, currículo dos empreendedores corporativos).
Acesse os links abaixo e conheça algumas dicas e informações importantes a respeito da construção de um Plano de Negócios:
http://www.endeavor.org.br/endeavor_mag/start-up/ferramentas/o-plano-de-negocios-business-plan
De uma forma geral, um Plano de Negócios visa “vender” uma ideia a um grupo, para as pessoas responsáveis que poderiam oferecer estrutura e incentivos para que a ideia de um empreendedor corporativo possa ser realizada. De uma forma geral, esse nosso exemplo de Plano de Negócios poderia conter as seguintes informações importantes relacionadas principalmente a apresentação de uma configuração adequada com relação à logística prevendo um aumento no fluxo de vendas (devido as vendas pela Internet), bem como uma expansão com relação às entregas.
O empreendedor corporativo então realiza a formatação de um Plano de Negócios, apresenta esse Plano de Negócios a sua diretoria, ou ao grupo que irá autorizar a execução das atividades desse plano na empresa.
Após aprovação desse Plano (pela diretoria, por exemplo), chega-se então a 3ª Etapa do processo empreendedor que trata da busca dos recursos necessários para a realização das atividades do Plano de Negócios a fase de “Determinar e captar os recursos necessários”.
Neste momento busca-se então:
Mobilizar as pessoas que irão trabalhar nas atividades do Plano de Negócios.
Programar as atividades para a realização das atividades do Plano de Negócios.
Solicitar os recursos estruturais e financeiros para a realização das atividades do Plano de negócios.
Acesse o link abaixo e observe algumas reportagens do Portal Exame sobre o tema “Plano de Negócios”:
http://exame.abril.com.br/topicos/planos-de-negocio
Após conseguir os recursos, o próximo passo é gerenciar as atividades relacionadas ao Plano de Negócios. Nesse gerenciamento busca realizar atividades de direcionamento de atividades aos responsáveis e controle dos resultados relacionados ao Plano de Negócios, sempre com o intuito de fazer com que as atividades sejam realizadas da melhor forma possível e que os resultados previstos sejam realmente alcançados.
De forma geral, nas páginas anteriores apresentamos as fases relacionadas ao processo empreendedor, iniciando desde o surgimento de uma oportunidade, passando pela formatação de um Plano de Negócios, a busca dos recursos estruturais e financeiros até o gerenciamento do negócio.
Para realizar e facilitar a “busca e captação dos recursos estruturais e financeiros” e também para auxiliar no “gerenciamento das atividades” (do processo empreendedor), o empreendedor corporativo pode contar com a ajuda de um PROJETO.
Após o Plano de Negócios ser aprovado pela diretoria começa a fase em que as atividades relacionadasao Plano de Negócios, sejam realizadas dentro da empresa. Assim para que o Plano de Negócios seja concretizado na empresa, podemos buscar o apoio de um PROJETO.
O que é um PROJETO?
Vargas (2009, p. 5) cita a definição de Projeto:
Projeto é um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma sequência clara e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se destina a atingir um objetivo claro e definido, sendo conduzido por pessoas dentro de parâmetros predefinidos de tempo, custo, recursos envolvidos e qualidade.
Ainda segundo Vargas (2009, p. 7), podem ser considerados como benefícios de gerenciamento de projetos:
Evita surpresas durante a execução dos trabalhos.
Antecipa as situações desfavoráveis que poderão ser encontradas, para que ações preventivas e corretivas possam ser tomadas antes que essas situações se consolidem como problemas.
Adapta os trabalhos ao mercado consumidor e ao cliente.
Disponibiliza os orçamentos antes do início dos gastos.
Agiliza as decisões, já que as informações estão estruturadas e disponibilizadas.
Aumenta o controle gerencial de todas as fases implementadas devido ao detalhamento ter sido realizado.
Facilita e orienta as revisões da estrutura do projeto que forem decorrentes de modificações no mercado ou no ambiente competitivo, melhorando a capacidade de adaptação do projeto.
Otimiza a alocação de pessoas, equipamentos e materiais necessários.
Documenta e facilita as estimativas para futuros projetos.
Acesse o link abaixo do site “Administradores.com” e leia uma reportagem sobre a gestão de projetos:
http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/gestao-de-projetos-abordagem-conceitual/22772/
Supondo que o Plano de Negócios tenha sido aprovado pela diretoria, Carlos agora precisará colocar em prática várias ações dentro da empresa para fazer com que sua ideia “de vender produtos pela Internet e entregá-los” seja colocada em prática.
Carlos que é um empreendedor corporativo então precisará elaborar um “Projeto” referente à sua ideia. Assim um “projeto” dessa ideia de “vendas pela Internet” será inserido dentro da empresa.
Acesse o link abaixo e conheça algumas características de um bom gestor de projetos:
http://www.inovagp.com/2011/11/caracteristicas-de-um-bom-gestor-de-projetos/
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“Papéis do Gestor de Projetos”
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Muitas pessoas, profissionais dentro da empresa atuarão nesse projeto como responsáveis e colaboradores, para fazer com que a ideia de Carlos possa ser concretizada. Um projeto nesse caso servirá como base e referencial para que as pessoas responsáveis dentro da empresa tenham uma referência de quais são as atividades que devem ser realizadas para que a ideia de Carlos se concretize.
Assim a partir do Plano de Negócios aprovado dentro da empresa, Carlos então precisa elaborar o que chamamos de “escopo do projeto”.
De forma geral a “declaração de escopo do projeto” pode ser caracterizado como um documento onde se encontra as diversas características, pontos importantes a respeito do projeto. Seria como o “desenho” de um projeto.
O escopo também servirá para que Carlos transforme as ideias de um Plano de Negócios em um projeto. Um projeto contém ações, os responsáveis, determinação de custos e outros aspectos importantes. Pode-se dizer que o Projeto seria uma espécie de viabilização operacional de uma ideia.
O escopo servirá também para que Carlos “negocie” junto ao Gestor de Projetos a viabilidade operacional da sua ideia. O Gestor de projetos olhará para o escopo e decidirá se é possível ou não a realização das diversas atividades para fazer com que a ideia se transforme em realidade.
Segundo Heldman (2005, p. 90) “A declaração de escopo do projeto documenta as metas e as entregas do projeto e serve de base para futuras decisões do projeto”.
Ainda segundo Heldman (2005, p. 90)
O propósito da declaração de escopo é documentar esses itens, em particular as metas, as entregas e os requisitos, para usar como linha de base para o projeto. Com o avançar do projeto, você vai se deparar com decisões e mudanças que deverão ser monitoradas para que se mantenham de acordo com o escopo original do projeto. Assim a declaração de escopo do projeto é o seu mapa, ou linha de base, usado para definir para onde está indo. Se perguntas surgirem ou mudanças forem propostas, a declaração de escopo é o primeiro lugar que você vai verificar para se certificar de que o que está sendo pedido está de acordo com a solicitação inicial.
De uma forma geral, os componentes que fazem parte de uma declaração de escopo bem documentada seriam os seguintes (conforme quadro abaixo):
MODELO DE DECLARAÇÃO DE ESCOPO DO PROJETO
I - Informações gerais
Nome do projeto: __________________________________
Nome do gerente de projetos: ________________________
Número do projeto: ________________________________
Data: ___________________________________________
II - Visão geral do projeto
III - Metas do projeto.
IV - Lista completa das entregas do projeto.
V - Lista completa dos requisitos do projeto.
VI - Exclusões do escopo.
VII - Estimativas de tempo e custo.
VIII - Funções e responsabilidades.
XIX - Premissas.
X - Assinaturas.
Vamos comentar agora cada um desses tópicos citados na Declaração de escopo do projeto.
 
Visão geral do projeto, incluindo uma descrição do produto do projeto.
A partir do nosso projeto, nesta parte, incluir uma visão geral do projeto. Este projeto de Carlos refere-se, além da criação do portal, o desenvolvimento de uma estrutura logística que atenda aos requisitos e as demandas de compras on-line. Uma estrutura logística referente ao gerenciamento de pedidos, compras, estoque e entrega.
Nesta parte inclui-se apenas uma visão geral do projeto, podendo se apresentar uma descrição do produto. A necessidade de detalhamento nesta parte vai até o ponto em que o leitor possa ter essa visão geral do projeto e possa saber de aspectos importantes e interessantes a respeito do projeto.
 
Metas do projeto (também conhecidas como critérios para o término do projeto – o projeto produziu o que planejamos?).
Nesta parte é necessário inserir quais são as metas relacionadas ao projeto, o que se espera atingir desse projeto. Para elaboração dessas metas recomenda-se a utilização da metodologia SMART (eSpecífica, Mensurável, Acurada e Acordada, Realista e Tempo limitado).
Segundo Heldman (2005, p. 79), “[...] as metas devem ser SMART (em inglês): eSpecífica (Specific), Mensurável (Measurable), Acurada e Acordada (Accurate e Agreed to), Realista (Realistic) e Tempo limitado (Time bound)”.
S = eSpecífica – As metas devem ser específicas e definidas em termos claros e concisos.
M = Mensurável – As metas são mensuráveis. Os resultados da meta são verificáveis por alguns meios.
A = Acurada e Acordada – A meta deve ser definida de forma acurada para que você não acabe por medir os resultados incorretamente. As metas devem ser acordadas. Você vai querer conquistar o consenso e o entendimento dos principais stakeholders a respeito das metas do projeto.
R = Realista – As metas devem ser realistas.
T = Tempo limitado – Deve se estipular um tempo para a entrega final.
Exemplos de metas para esse projeto poderiam ser:
Criar um portal de vendas visando aumentar as vendas da empresa em 40% até o mês de abril de 2014.
Criar uma estrutura logística com capacidade para atender uma quantidade “X” de vendas até o mês de junho de 2014.
Lista completa das entregas do projeto.
De acordo com nosso projeto são os produtos / serviços que precisarão ser entregues após a conclusão deste projeto:
Implantação de um Sistema de Informação de gerenciamento de pedidos realizados a partir de compras on-line.
Aumento das instalações do Centro de Distribuição e Implantação de uma estrutura (Recursos humanos, espaço físico, procedimentos) que atenda às expectativasde movimentação de produtos relacionados às compras de suprimentos, produtos e gerenciamento de estoques.
Treinamento dos colaboradores (habilitação quanto ao uso do Sistema de Informações).
Basicamente para esse projeto seriam esses pontos que seria interessante que fossem entregues para que a empresa consiga implementar esse processos relacionado ao gerenciamento de pedidos e compras on-line.
Vale lembrar que um projeto pode assumir proporções maiores dependendo da exigência da diretoria, do empreendedor corporativo e também da disponibilidade de recursos estruturais e financeiros da organização. Para desenvolver o nosso trabalho da disciplina vamos abordar estas três frentes de trabalho: “Implantação de um Sistema de Informações”, “Aumento das instalações do CD e treinamento dos colaboradores”.
Essa parte sobre a descrição dos produtos é muito importante, pois aqui relata-se o que será “prometido” com o projeto. Ao final do projeto deve-se remeter a essa parte novamente para verificar se o que foi prometido foi realmente entregue.
 
Lista completa dos requisitos do projeto.
Nesta parte relaciona-se as especificações do projeto, busca-se um detalhamento em relação ao que será entregue a partir da realização do projeto.
Segundo Heldman (2005, p. 82),
Os requisitos são diferentes das metas e das entregas. Isto é, eles ajudam a definir como sabemos se a meta ou a entrega foi concluída com sucesso. Se o nosso projeto envolvesse a construção de um novo modelo de carro, por exemplo, um dos requisitos poderia ser o modelo ou a cor da pintura.
No caso do nosso projeto, o nível de detalhamento pode estar relacionado com o tipo do sistema de informações, do software a ser adotado, tipos de treinamentos que serão adotados, questões estruturais com relação ao espaço físico, aspectos estruturais com relação ao armazenamento, estoque, se haverá alguma empresa e que tipo de empresa terceirizada poderá operar no transporte e entrega dos produtos.
 
Lista das exclusões do escopo.
Exclusões do Escopo - nesta parte lista-se todas as entregas ou requisitos que não fazem parte deste projeto.
É importante que se liste essas questões para que não sejam possivelmente exigidas no final da entrega do projeto.
Ao final analisando-se as entregas, os requisitos e as exclusões inscritas no escopo, pode-se obter uma forma de controle e comparação em relação àquilo que foi “exigido” pelo solicitante (empreendedor corporativo por exemplo) , aquilo que foi “prometido” pelo gerente de projeto e aquilo que foi realmente “entregue” ao final como resultado.
 
Estimativas de tempo e custos.
Qual o tempo da duração do projeto e quais são os custos envolvidos para a realização do projeto.
 
Funções e responsabilidades.
Quem são os responsáveis pelas diversas atividades do projeto, quais as suas principais funções.
Premissas.
Segundo Heldman (2005), as premissas pressupõem que o que você está planejando ou aquilo no que está confiando é verdadeiro, real ou certo. Seu projeto pode, por exemplo, precisar de alguém do departamento de TI com habilidades especiais em programação. Sua premissa é que essa pessoa vai estar disponível quando solicitada e que vai exercitar as suas habilidades na tarefa que você lhe atribuir. Documente a premissa de que essa pessoa vai estar disponível quando solicitada.
As premissas podem incluir: Segundo Heldman (2005, p. 88):
Disponibilidade dos integrantes-chave do projeto.
Desempenho dos integrantes-chave do projeto.
Habilidades dos integrantes-chave do projeto.
Prazos de entrega do vendedor.
Problemas de desempenho do vendedor.
Precisão das datas do cronograma do projeto.
Envolvimento do cliente no projeto.
Aprovação do cliente.
Após a formatação do escopo do projeto que pode ser realizado pelo empreendedor corporativo, juntamente com o gestor de projetos, o projeto começa a tomar forma, e este projeto será um guia e uma referência para que as pessoas responsáveis possam executar as tarefas para que a ideia possa ser concretizada.
O empreendedor corporativo colocará suas ideias no escopo para fazer com que seu “sonho” se concretize.
O gestor de projetos cuidará para que o que seja colocado no escopo esteja de acordo com o que será possível ser realizado dentro da empresa. Às vezes nem tudo que se pretende colocar no escopo possa realmente ser realizado, talvez seja necessário que haja adequações e alterações para que o projeto seja viável (alterações com relação ao tempo de entrega, disponibilidade de recursos financeiros e estruturais, outras questões).
Após o escopo ser acertado o Gestor de projetos terá que realizar o planejamento, a implementação e o controle de todas as atividades referentes ao projeto.
Para isso o Gestor de Projetos poderá criar um CRONOGRAMA.
Vamos pensar que para esse nosso projeto relacionado ao “gerenciamento dos pedidos de vendas de produtos através da Internet e expansão das atividades relacionadas a logística para atender a uma nova demanda”, irá ser trabalhado em três “frentes”. Podemos dizer que seriam três “projetos” complementares, os quais somados referem-se ao projeto maior relacionado à estrutura de vendas on-line.
Os três projetos são:
Implementação de Estrutura Logística para Aumento das instalações do Centro de Distribuição e Implantação de uma estrutura (Recursos humanos, espaço físico, procedimentos) que atenda às expectativas de movimentação de produtos relacionada às compras de produtos e gerenciamento de estoques.
Implementação de um Sistema de Informações de gerenciamento de vendas on-line e entrega do produto.
Realização de treinamentos focados para as atividades de vendas on-line.
Perceba que os projetos são complementares, atuando em conjunto para fazer com que a empresa consiga “funcionar” suas atividades de vendas on-line. Para que a empresa consiga implementar suas vendas on-line é preciso de um aumento da estrutura logística, visando facilitar o gerenciamento das vendas on-line (vendas, compras, estoque, entrega) no que diz respeito aos aspectos físicos (prateleiras, espaço físico, empilhadeiras).
Além disso, é preciso também que se implante um Sistema de Informações permitindo assim que as informações que tramitam entre vendas, compras, estoque, entrega possam ser gerenciadas. É necessário que a informação de um pedido solicitado “caminhe” pela empresa. O produto precisa ser localizado, separado, o estoque controlado, e o produto precisa ser entregue ao cliente. A informação precisa tramitar na empresa de forma organizada, sem gerar conflitos, ou possíveis erros que possam prejudicar a organização das informações. Assim é necessário o apoio da tecnologia para esse gerenciamento das informações através da implantação de Sistema de Informações.
E também é preciso que se prepare e treine as pessoas que irão trabalhar tanto no sistema de informações, quanto nas atividades operacionais de logística.
Temos então 03 cronogramas (planilhas) que podem ser utilizadas pelo gestor de projetos e por todos os envolvidos, para que o controle e a execução das atividades desses 03 projetos sejam realizados.
Projeto 01 – Aumento da Estrutura logística para gerenciamento das atividades de vendas on-line (aspectos da estrutura física) (Cronograma das atividades).
Vamos comentar cada um desses pontos dessa planilha:
ATIVIDADE à Relaciona-se com as diversas atividades necessárias para que o Projeto 1 “Estrutura logística”  seja implantado.
RESPONSÁVEL à Quem é o responsável pela respectiva atividade. (perceba que é o responsável pela entrega dessa atividade, aquele que vai gerenciar e controlar a entrega da atividade)
RECURSOS à É necessário algum recurso para que a atividade seja realizada? No caso da Atividade A1 é necessário que a empreiteira seja responsável pelos recursos necessários para o sucesso da atividade.
RECURSOS FINANCEIROS à É necessário algum recurso financeiro para que a atividade seja realizada?
DEPENDÊNCIA à Relaciona-se com a descrição de qual outra atividade é necessário que seja executada antespara que a esta atividade possa ser realizada. Exemplo: para que a atividade A2 seja realizada é necessário que primeiro a atividade A1 seja completada. O início da atividade A2 depende da realização da atividade A1.
Após seguem-se os meses (ano 2013) para que seja controlado o tempo para realização de determinada atividade. Ex.: a atividade A1 tem um prazo de realização entre os meses de Janeiro a Março.
Segue a legenda das atividades do Projeto 01:
A1 – Aumento do espaço físico – Supõe-se que a empresa já tenha um espaço que pode ser aumentado para que um estoque maior de produtos possa ser armazenado.
A2 – Instalação elétrica do espaço.
A3 – Compra e instalação de prateleiras para armazenamento de produtos.
A4 – Compra e instalação de empilhadeiras.
A5 – Compra e instalação de equipamentos para escritório.
A6 – Instalação de equipamentos de segurança e faixas de segurança.
A7 – Compra e instalação de pallets, caixas e materiais para armazenamento e manuseamento de produtos.
A8 – Instalação de computadores e equipamentos de informática.
 
Projeto 02 – Sistema de Informações para o gerenciamento e operacionalização das atividades de vendas on-line (cronograma das atividades).
Segue a legenda das atividades do Projeto 02:
B1 – Realizar orçamento de empresa / consultoria do Sistema de Informações.
B2 – Contratação da empresa / consultoria escolhida.
B3 – Construção, formatação e Instalação do site de vendas on-line.
B4 – Instalação do Sistema de Informações (gerenciamento de pedidos, compras, estoque e entrega).
B5 – Realização de consultoria do Sistema de Informações.
Projeto 03 – Treinamento e capacitação (Cronograma das atividades).
Segue a legenda das atividades do Projeto 03:
C1 – Treinamento dos colaboradores que irão trabalhar com o Sistema de Informações com a parte do gerenciamento de pedidos.
C2 – Treinamento dos colaboradores que irão trabalhar com o Sistema de Informações com a parte do gerenciamento do estoque.
C3 – Treinamento dos colaboradores que irão trabalhar com o Sistema de Informações com a parte do gerenciamento de compras.
C4 – Treinamento dos colaboradores que irão trabalhar com o Sistema de Informações com a parte do gerenciamento de entregas.
C5 – Treinamento dos colaboradores que irão trabalhar com o Sistema de Informações com a parte do manuseamento dos materiais (busca do produto, separação do produto, empilhamento, organização dos produtos).
Aula 5 - Sem Libras:
“Papéis do Gestor de Projetos (continuação)”
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Aula 5 - Com Libras
De posse do escopo do projeto e dos cronogramas, o gestor de projetos possui alguns recursos para planejar, executar e controlar as diversas atividades que envolvem o desenvolvimento dos projetos.
É importante a conscientização de todas as pessoas para que as entregas do projeto estejam dentro das especificações e que os prazos de conclusão das atividades sejam respeitados.
Aproveitando o momento, já que a nossa disciplina servirá para que você possa realizar sua monografia, o seu trabalho final, acesse o material complementar “Elementos textuais” e observe algumas informações e dicas importantes que podem lhe auxiliar no desenvolvimento dos elementos textuais da sua monografia.
“Elementos Textuais”
Finalizando então deixo com vocês uma citação de Dornelas (2008, p. 18), que consta no livro “Empreendedorismo Corporativo”.
“A inovação é o instrumento específico dos empreendedores, o meio pelo qual eles exploram a mudança como uma oportunidade para um negócio diferente... Os empreendedores precisam buscar, de forma deliberada, as fontes de inovação, as mudanças e seus sintomas que indicam oportunidades para que uma inovação tenha êxito”.
Que vocês busquem ser cada vez mais inovadores e empreendedores!
Um abraço
Prof. Henry Nonaka
 
Fórum:
Caro(a) aluno(a) no nosso fórum gostaria que você comentasse e refletisse sobre alguns tópicos:
- Quais os cuidados que se deve ter na criação de um bom Plano de Negócios?
- Qual a importância do “Projeto” para a concretização das ideias de um Plano de Negócios?
Resumo: Nesta web aula conhecemos assuntos importantes a respeito de Plano de Negócios e de Projetos. Estudamos as fases do processo empreendedor, aprofundamos nossos estudos nas etapas do Plano de Negócios. Também conhecemos a importância da realização de Projetos.
Palavras-chave: Plano de negócios, Projetos, cronograma.

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