Esfoliação: Física e Química

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Peeling
 A esfoliação é também conhecida em francês como
gommage, raspagem de pele, ou peeling, do verbo
em inglês to peel (esfoliar);
 Os esfoliantes cosméticos atuam por um mecanismo
químico ou físico/mecânico, removendo parte da
pele e induzindo uma subsequente reepitelização,
que leva à melhora da queratose actínica,
hiperpigmentação e rugas finas.
 Os produtos esfoliantes cosméticos atuam
basicamente nas primeiras camadas da epiderme, e
não podem atingir a epiderme viável e derme.
 Tal profundidade de esfoliação só pode ser executada
por profissionais especializados.
 Muitos agentes esfoliantes têm sido usados para este
processo, que vão desde o aproveitamento cosmético
de técnicas caseiras de esfoliação, tais como as
buchas vegetais e o sal, até enzimas de frutas,
passando pelos diversos tipos de ácidos.
PEELING QUÍMICOS
 O peeling químico, também conhecido como
quimioesfoliação , consiste na aplicação de um ou
mais agentes esfoliantes na pele, resultando na
destruição de partes da epiderme e/ou derme,
seguida da regeneração dos tecidos epidérmicos e
dérmicos.
 Essas técnicas de aplicação produzem uma lesão
programada e controlada com coagulação vascular
instantânea, resultando no rejuvenescimento da pele
com redução ou desaparecimento das queratoses e
alterações actínicas, discromias pigmentares, rugas e
algumas cicatrizes superficiais.
 Dependendo do tipo de esfoliante químico,
concentração usada e sensibilidade individual de
cada um, pode-se ter maior ou menor grau de
sensação de queimação e eritema na pele durante a
aplicação.
 A escolha do agente ou da técnica específica a ser
utilizada depende do conhecimento da profundidade
da lesão, para que se possa escolher um agente que
não produza esfoliação desnecessariamente mais
profundas do que a própria alteração a ser tratada.
O peeling químico causa alterações na pele por 
meio de três mecanismos:
 Estimulação do crescimento epidérmico mediante a
remoção do estrato córneo. Mesmo descamações
muito leves que não causem necrose da epiderme
podem induzi-la a espessar-se
 Destruição de camadas específicas de pele lesada.
Ao destruir as camadas e substituí-las por tecidos
mais normalizados, obtém-se um melhor resultado
estético. Isso é especialmente verdadeiro no
tratamento de anormalidades de pigmentação.
 Indução no tecido de uma reação inflamatória mais
profunda que a necrose produzida pelo agente
esfoliante.
 A ativação de mediadores de inflamação pode
induzir a produção de colágeno novo e de substância
fundamental na derme. As lesões epidérmicas podem
induzir a deposição de colágeno e GAG´s da derme.
Classificação dos Peelings Químicos
 Muito Superficial- esses peelings afinam ou
removem o estrato córneo e não criam lesão abaixo
do estrato granuloso. Ex- Glicólico- 40 a 50% ( 1-2”)
 Superficial- esses peelings produzem necrose de
parte ou de toda a epiderme podendo chegar até a
camada basal. Ex- Madélico- 30-50% ( 2-20” )
 Médio- esses peelings produzem necrose da
epiderme e parte ou de toda a derme papilar.
Ex- Glicólico 70% (3 a 30”)
 Profundo- esses peelings produzem necrose da
epiderme e da derme papilar, que se estende até a
derme reticular. Ex- Fenol 88% com oclusão
Fatores que influenciam a profundidade dos 
Peelings
 A profundidade de uma descamação depende de
muitas variáveis, entre as quais:
 Agente esfoliante: a solução, a concentração, número
de camadas aplicadas, técnica de aplicação, duração
de contato com a pele, frequência de aplicação.
 Integridade da epiderme- foi limpa de
desengordurada antes?
 Espessura da pele- tipo de pele, fina ou espessa?
Esfoliantes Físicos
 Na esfoliação física, o ativo não interage com a pele.
Este, por ação mecânica provocada pela pressão do
ativo entre a pele e as mãos que estão aplicando o
produto, descama os corneócitos que já estão em
processo de desprendimento. A esfoliação é
superficial, e não consegue ir além das primeiras
fileiras de células que formam a camada córnea.
Esfoliante Físicos
 É uma esfoliação de baixa intensidade, controlada
pelo tipo de esfoliante, quantidade presente na
formulação, força aplicada durante a aplicação do
produto e frequência de uso.
 Os esfoliantes físicos são utilizados nos mais
diversos tipos de formulações, desde sabonetes até
cremes para massagem.
Os esfoliantes que atuam por este mecanismo 
podem ser divididos em 6 grupos fundamentais
 Naturais de origem vegetal- pó de semente e casca
de frutas ( damasco, uva, nozes)
 Naturais de origem mineral- Pedra pomes em pó,
argilas, quatzo em pó;
 Naturais de origem marinha- pó de ostras,
madrepérola, cloreto de sódio
 Derivados Orgânicos Sintéticos- esferas de
polietileno coloridas ou brancas;
 Carboidratos- Açúcar mascavo, cristal;
 Formadores de filme- álcool polivinílico. ( quando
aplicados a pele, formam uma película que fixa a
superfície da camada córnea. O filme ao ser retirado
por fricção formam pequenas circunferências
colantes que arrastam as células mortas.
Esfoliantes Mecânicos
 Possuem o peeling ultra-sônico, de cristal e diamante
como representantes.
 O peeling ultra- sônico elimina as capas superficiais
estimulando a renovação do tecido cutâneo. Este
método é menos agressivo para a pele.
 O peeling de cristal pode ser tanto trabalhado de
forma superficial como de forma profunda
(microdermoabrasão profunda)
Peeling Biológico ou Enzimático- Os ativos utilizados
nesta forma de peeling são substâncias naturais com a
capacidade de promover a renovação celular através da
hidrólise da queratina. Os princípios ativos utilizados
são enzimas biológicas que têm ação queratolítica
diminuindo a espessura da camada córnea dando à pele mais
textura e plasticidade.
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 Tais substâncias, apesar de naturais, possuem 
caráter acentuadamente ácido, o que as tornam tão 
eficazes quanto os peelings químicos e deve-se ter 
bastante cautela no uso desses produtos, afim de 
evitar acidentes desagradáveis, sendo de relevante 
importância o controle de tempo. As enzimas 
mais utilizadas são a papaína (papaia) e a 
bromelina (abacaxi).
 Peeling Vegetal (Gommage) - As gomagens, são uma 
espécie de látex que após um breve período de repouso se 
atrita manualmente formando grumos sobre a pele, durante 
a massagem carreiam as células mortas do extrato córneo, 
deixando a pele limpa e macia
 Trata-se de um peeling leve, com principal objetivo de limpar e
melhorar a permeação da pele, facilitando assim a absorção de
outros ativos subseqüentes no procedimento. Geralmente não
causam lesões, sendo o peeling ideal para peles sensíveis onde o
ácido seria intolerável.