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Resumo - Intro a Macroeconomia

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POLÍTICAS ECONÔMICAS
Toda ação tomada pelo governo através de instrumentos econômicos parte da premissa de formular propostas para resolver ou minimizar os problemas econômicos presentes, zelando pelos interesses e bem-estar da população. A função do governo é, portanto, atuar sobre determinadas variáveis e, através dessas, alcançar resultados positivos no campo econômico, como redução da inflação ou equilíbrio da balança de pagamentos. A modificação da taxa de juros altera a propensão dos agentes econômicos a tomar empréstimos e a alteração da carga tributária afeta a arrecadação do Estado. Exatamente nesse ponto importante que entram em conjunto as diferentes políticas econômicas, ao tentar corrigir distorções ou promover crescimento em determinadas variáveis sem comprometer o desempenho de outras. É preciso existir um equilíbrio entre as políticas fiscal, cambial e monetária. E os principais indicadores utilizados como padrão de equilíbrio são inflação, equilíbrio das contas externas e crescimento da produção e do emprego.
POLÍTICA MONETÁRIA – Conjunto de medidas adotadas pelo governo com o objetivo de controlar a oferta da moeda e as taxas de juros, de forma a assegurar a liquidez ideal da economia do país. Assim como a política fiscal, a política monetária pode ter um caráter expansionista ou contracionista.
- Aumentar a demanda agregada – expansiva
- Reduzir a demanda agregada - contracionista
Para fazer política monetária, o governo dispõe de cinco instrumentos básicos:
Incentivo/Restrição ao Crédito;
Compra/Venda de Títulos Públicos;
DEPÓSITOS COMPULSÓRIOS;
(LONGO PRAZO - Atua diretamente sobre o nível de reservas dos bancos comerciais – ou bancos múltiplos com carteira comercial. Reflete diretamente no nível de expansão ou contração dos meios de pagamento, via multiplicador bancário).
Taxa do REDESCONTO;
(MÉDIO PRAZO - É um empréstimo que os bancos comerciais recebem do Banco Central para cobrir eventuais problemas de liquidez, decorrentes de maior demanda por empréstimos por parte do público. 
MERCADO ABERTO
(No OPEN MARKET, os bancos centrais podem realizar, rapidamente, "acomodações" diárias no volume da oferta de moeda. Ao intervir nos mercados monetários, os bancos centrais podem controlar as taxas de juros de curto prazo, regular o nível de liquidez da economia e sinalizar a orientação da política monetária ao comprar ou vender títulos públicos. – Influência na estrutura da taxa de juros – CURTO PRAZO – ATUALIZAÇÕES DIÁRIAS)
*** O Bacen ao alterar a Selic altera a meta de taxa de juros que deseja alcançar, e para isso, utiliza de alguns mecanismos para alterar os meios de pagamentos (oferta de moeda). Na teoria, menor oferta de moeda circulando significa que esse ativo está ficando mais escasso, consequentemente a demanda por empréstimos sobe e então, as instituições financeiras aumentam os juros por estarem oferecendo um produto que está sendo mais procurado pelo mercado (o empréstimo). Vale a mesma regra para o processo inverso.
Como dito anteriormente, existem algumas ferramentas utilizadas pelo BACEN no controle de oferta de moeda, que são: operações de mercado aberto (open Market), depósitos compulsórios, redescontos bancários e controle e seleção de crédito. O importante aqui é perceber que a oferta de moeda controlada pelo banco central altera a taxa de juros para próximo da meta Selic.
*** Os juros por sua vez, influenciam na atividade econômica e na inflação. Aqui no Brasil, aplica-se o sistema de metas de inflação, em que o governo promove esforços para atingir uma meta para a inflação anual. A taxa de juros tem papel importante nesse sistema. Um aumento dessa taxa afeta as decisões de investimento do empresariado e de consumo das famílias. Com taxas maiores para se tomar empréstimos e arcar com custos de “carregar” seu estoque, o empresário diminui seu investimento. As famílias, por sua vez, têm uma tendência de preferir a poupança ao invés do consumo, uma vez que está mais caro parcelar suas compras e pode estar sendo mais vantajoso deixar seu dinheiro aplicado rendendo a juros altos (aplicações vinculadas aos juros são mais atrativas quando estes estão altos, pois o retorno no futuro será maior).
A combinação de redução de investimentos e de consumo ocasiona uma redução da atividade econômica do mercado. Com a redução da demanda, os preços caem e a inflação, que é o índice geral de preços, também cai.
POLÍTICA FISCAL – (Planejamento orçamentário do Estado) Refere-se a políticas que tem impacto sobre as receitas e os gastos do governo. Os gastos são definidos em Orçamentos, portanto são autônomos em relação à Renda. (ex atual: equilibrar as contas públicas para que seja possível acabar com a crise econômica).
As receitas são iguais à soma dos tributos mais dividendos e outras receitas próprias.
Quando os gastos são maiores do que as receitas ocorrem um déficit, no caso contrário ocorre um superávit.
Objetivos:
Promover ajustes na alocação de recursos.
Promover ajustes na distribuição de renda.
Manter a estabilização econômica.
Características:
Contracionista quando o governo tenta reduzir os níveis de inflação e/ou o déficit público. Para tal pode aumentar os tributos e/ou diminuir os gastos públicos
Expansionista quando o governo deseja melhor a taxa de crescimento da economia. Para tal toma medidas que incentive a Demanda: redução de tributos, aumento dos gastos...
Se houver déficit o financiamento pode ser a partir de:
Da emissão de moeda
Empréstimo bancário (nacional e internacional, de curto ou longo prazo)
Emissão de títulos público
A dinâmica da política fiscal é mais ou menos a seguinte. Quando se tem um superávit, existe a sinalização de que as contas estão sendo pagas e de que está sobrando dinheiro, que pode ser utilizado para reduzir o estoque da dívida pública, por exemplo. Além disso, o setor público teria uma folga para investir em áreas precisam de impulso, ou então para reduzir impostos e estimular a economia. Com a redução de impostos, sobra mais dinheiro para os agentes consumirem ou investirem, o que aumenta o Produto Interno Bruto (PIB) – soma de tudo que foi produzido no país. Da mesma forma que o aumento de investimento direto por parte do governo tem a tendência de promover crescimento do PIB.
Porém, o crescimento do PIB pode resultar em pressões inflacionárias, principalmente se for puxado pelo crescimento do consumo, pois o aumento da demanda (procura) por produtos leva a um aumento do nível de preços (inflação). Por isso, é necessária uma boa percepção da dinâmica econômica para entender o que cada movimento do mercado ou do governo pode ocasionar.
INFLAÇÃO – Elevação do nível geral de preços
Quanto a distribuição de renda: A inflação provoca uma queda no poder aquisitivo dos segmentos da população que dependem de rendimentos fixos.
Sobre a alocação de recursos: O processo inflacionário tende a modificar as intenções de investimentos, porque os investidores criam resistências aos investimentos de longo prazo.
Sobre o mercado de capitais: A inflação estimula a aplicação de poupanças em produtos de baixo risco com terra e imóveis e, em títulos públicos (renda fixa). 
Sobre o balanço de pagamentos: Se a elevação dos preços internos se dá num ritmo superior aos aumentos de preços internacionais pode ocorrer uma diminuição do saldo da balança comercial (exportações menos importações).
O processo inflacionário, no longo prazo, tente a desarticular todo o sistema econômico.
Tipos de inflação:
Inflação de demanda
A inflação de demanda diz respeito ao excesso de demanda agregada em relação à produção disponível de bens e serviços (oferta agregada). Isto ocorre quando a economia atinge o nível de pleno emprego ou baixa capacidade ociosa. 
Inflação de custos
A inflação de custos pode ser associada a uma inflação tipicamente de oferta. O nível da demanda permanece o mesmo, mas os custos de certos insumos importantes. A elevação pode ser causada por: Queda da produção ou choquede oferta; Aumento dos preços de produtos importados; Aumentos excessivos de salários acima da produtividade e atuação dos oligopólios. 
Inflação inercial
Se, em uma economia, num dado momento, os agentes econômicos adaptam as suas expectativas a uma dada taxa de inflação, a taxa de inflação esperada passa a ser denominada de “taxa de inflação pela inércia”. Uma vez incorporada ao comportamento dos agentes econômicos, ela passa a ser integrada nos contratos e acordos informais, e pode persistir por muito tempo.

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