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Psilídeo-de-concha (Glycaspis brimblecombei) (Hemiptera: Psyllidae) Comment by Usuário do Microsoft Office: Não é família psyllidae!!!! Procurar a correta Beatriz Maria Jardim Teixeira, Filipe Ferreira Romualdo, Phelipe Tadeu O. Azevedo INTRODUÇÃO O psilídeo-de-concha (Glycaspis brimblecombei) tem origem da Austrália e, foram foi detectados no Brasil em jJunho de 2003, nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Paraná (WICKLEN et al., 2009). O inseto pertence à ordem Hemíptera, família Psyllidae. Seu comprimento varia de 1 a mm - 5 mm, reproduzindo sexualmente e com cinco instares de ninfais e tem seu ciclo de vida completo de 15 a 34 dias. (DREISTADT & DAHLSTEN, 2001). Comment by Usuário do Microsoft Office: Verificar!!! Segundo Wilcken et al ., 2003, o psilídeo-de-concha é um inseto sugador de seiva que ataca algumas espécies de Eucalyptus. Ele é facilmente reconhecido devido uma proteção em forma de concha, de coloração branca sobre as ninfas e presença de secreção açucarada nas folhas, conhecida como “honeydew”. Seus ovos são de coloração alaranjada depositados em folhas abertas. Os adultos do psilídeo-de-concha têm cor cinza alaranjada a amarela-esverdeada e dois pares de asas. As ninfas nos primeiros instares é amarelado e as ninfas de último instar apresentam no abdômen, o inicio de asas de coloração escura. (RAGA & MONTES, 2005). O inseto é uma praga altamente prejudicial às espécies de eucalipto por se alimentarem delas e causar diversos estragos como enrolamento/deformação foliar; sSuperbrotação; fFormação de galhas; aAtaque da fumagina (fungo saprófita que se desenvolva nas secreções açucaradas do inseto); e como Agentes transmissores de agentes fitopatogênicos como vírus e bactérias. Espécies como E. camaldulensis e E. tereticornis são altamente susceptíveis ao ataque do psilídeo-de-concha, já as espécies E. paniculata, E. robusta e E. saligna são resistentes aos ataques, podendo assim ser utilizadas no manejo integrado de pragas (DREISTADT & DAHLSTEN, 2001). Há uma maior concentração populacional dos psilídeos em plantas estressadas devido ao aumento de nitrogênio, na Austrália as plantas de eucaliptos estão mais susceptíveis nos períodos frios e secos. Eles podem ser controlados por uma série de inimigos naturais, mas em floresta plantadas isto se torna ineficiente e os ataques são mais frequentes (CAMARGO et al.,2013). MONITORAMENTO Conhecer a flutuação populacional; Verificar a incidência do parasitóide; Auxilia na detecção. O monitoramento contínuo mensalmente em pontos estratégicos (próximo a rodovias, materiais genéticos suscetíveis e pelo histórico de ocorrência). FONTE: Adaptada de Carlos F. Wilcken Figura ???. Legenda da foto???? O intuito do monitoramento “in loco” deve-se a tomada de decisão, conforme a escala de infestação, comparado através da graduação numérica que vai de 1-5, indicando que mais de 50% das folhas com nota superior a três, a desfolha começará a ocorrer, o que justifica a realização do controle. Também é avaliado a incidência do parasitoide de acordo com os sintomas. FONTE: Adaptada de Carlos F. Wilcken Figura ???. Legenda da foto???? TÁTICAS DE MANEJO Controle Cultural O controle cultural de G. brimblecombei tem como objetivo diminuir o estresse da planta e deve ser realizado quando verificado, a partir do monitoramento, a ocorrência do inseto no plantio. Tendo em vista que a susceptibilidade de infestação de G. brimblecombei está relacionada à disponibilidade de água e adubação nitrogenada (PEREIRA, 2011; POGETTO, 2009). Segundo Pereira (2011), o ataque de G. brimblecombei está relacionado a árvores submetidas ao estresse hídrico e que a irrigação controlada faz com que as plantas se tornem resistentes ao ataque. Entretanto Pogetto (2009) fala que irrigação excessiva adubação nitrogenada tornariam as árvores mais atrativas aos insetos, já que aumentaria a disponibilidade de alimento disponível. Em experimento realizado com adubação de nitrogênio foi constatado que altas dosagens de adubação nitrogenada favoreceram a reprodução e propagação do psilídeo, já que houve uma maior longevidade dos insetos adultos e, assim, um maior tempo de postura (POGETTO, 2009). Outros tratos culturais podem ser realizados para controle do G. brimblecombei como podas, desbastes seletivos em árvores debilitadas e evitar injurias mecânicas. A redução do estresse hídrico e evitar o uso de adubação nitrogenada em áreas de ocorrências são alternativas adotadas no controle cultural, porém vale ressaltar que no Brasil devido as grandes extensões dos plantios esses métodos são economicamente inviáveis. (POGETTO, 2009) Controle biológico Parasitóides e predadores O controle biológico pode se dará pela predação do inseto- chave por seu inimigo natural. O controle biológico deve ser utilizado de forma integrada aos outros procedimentos do manejo integrado de pragas (GALLO et al., 2002). Na Austrália, país de origem do G. brimblecombei, encontra-se inimigos naturais importantes no controle como as larvas de moscas sirfídeas (Diptera: Syrphidae), larvas do bicho lixeiro (Neuroptera: Chrysopidae) e as joaninhas (Coleoptera: Coccinellidae). Já no Brasil foram encontrados poucos inimigos naturais, dentre eles uma espécie de fungo, porém ineficientes na predaçãono controle, já que os mesmos não são adaptados a perfurar a concha das ninfas de G. brimblecombei (WILKEN et al., 2005). Entretanto há um percevejo nativo Atopozelus opsimus Elkins (Hemiptera: Reduviidae) capaz de levantar as conchas das ninfas de G. brimblecombei e predar tanto as ninfas quanto os adultos e de forma sinérgica não se alimenta de ninfas parasitadas por Psyllaephagus bliteus (DIAS, 2013). O G. brimblecombei tem como seu maior inimigo natural uma vespa chamada Psyllaephagus bliteus pertencente à família (Hymenoptera: Encyrtidae) (GALLO, et al.,2002). Deduz que de forma acidental o P. bliteus foi introduzido no Brasil juntamente com o psilídeo-de-concha (Santana et al., 2003). Capaz de parasitar até 125 ovos de psilídeo-de-concha, a fêmea de P. bliteus deposita um ovo por ninfa de G. brimblecombei entre o 3º e 5º instar. Onde a tTemperaturas elevadas podem afetar negativamente a taxa deo parasitismo. De forma direta o P. bliteus tem uma dependência sobre a densidade populacional do psilídeo-de-concha, já que é um parasitoide específico da espécie e que o parasitoide estabeleça uma relação natural de controle da praga (WILKEN et al., 2003; SANTANA et al.,2003). O índice de predação parasitismo pode chegar até 80% (POGETTO, 2009). Pogetto (2009, p 14): “No Brasil, o parasitóide P. bliteus é criado no Laboratório de Controle Biológico de Pragas Florestais da FCA/UNESP – Campus de Botucatu e no Laboratório de Quarentena “Costa Lima” da EMBRAPA – Meio Ambiente – Jaguariúna”. Fungos entomopatogênicos Produtos fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana, Metarhizium anisopliae e Lecanicillium longisporum comercializados no Brasil sendo os dois primeiros pela empresa Toyobo do Brasil Ltda e o ultimo pela Agro-Florestais Ltda foram testados em laboratórios para o controle de G. brimblecombei e constatou-se bom efeito patogênico, chegando a reduzir 90% da população do psilídeo (POGETTO, 2009). Nos testes verificou que o uso da concentração máxima de 1x108 conídeos/ml todos os produtos tiveram mais de 50% na mortalidade da praga no final do período de sete dias, dando destaque aos M. anisopliae (Metarril WP) e L. lecanii (Vertirril WP), que apresentou 100% de mortalidade dos insetos (POGETTO, 2009). O uso de fungos entomopatogênicos para controle biológico de G. brimblecombei é uma excelente opção, contudo deve-se levar em consideração a inviabilidade aplicação em dias com umidade relativa do ar menor que 60% (WILCKEN et al.,2003) . Controle Químico O uso do controle químico deve ser considerado quando os controles culturais e biológicos não foram eficientes (SOLIMAN, 2014). Como alternativa de uso do controle químico, inseticidas sistêmicos é a opção considerável, jáque inseticidas de contato são ineficientes devido a pouca mobilidade da fêmea e a presença da concha protegendo as ninfas, contudo são alternativas onerosas e impactantes ao meio ambiente (WILCKEN et al., 2013). O uso dos produtos comerciais Actara 250 WG e Voliam Flexi 300 SC foram satisfatórios no controle de G. brimblecombei sem causar fitoxicidade as plantas de eEucalipto (LIMA et al.,2012). 3.1 Espécies Resistentes Uma espécie resistente é aquela cujo genótipo proporciona menores perdas se submetidas ao ataque da mesma praga e sob as mesmas condições (PEREIRA, 2011). O emprego de espécies resistentes ao ataque de pragas é a melhor tática de manejo, pois permite que a praga conviva sem proporcionar danos econômicos ou causar prejuízos ao meio ambiente, além de exercer melhor eficácia se manejado com outros métodos de controle (GALLO et al., 2002). Foi verificado a preferencia alimentar de G. brimblecombei por certas espécies do gênero Eucalyptus e que há também espécies do gênero resistentes ao ataque da praga (PEREIRA, 2011). No Brasil um estudo relacionou dentre 22 espécies de eucalipto a taxa de infestação e a resistência ao ataque de G. brimblecombei. Os resultados são: Susceptível: E. camaldulensis, E. tereticornis E. brassiana; Intermediárias: E. grandis e E. citriodora; Pouco susceptível ou não atacada: E. saligna, E. paniculata e E. robusta (WILCKEN et al., 2003). O uso de espécies resistentes deve reduzir a população de G. brimblecombei, contudo deve se atentar se a seleção das espécies resistentes não é susceptível a outras pragas chave (PEREIRA, 2011). PADRONIZAR AS REFERENCIAS!!!!! REFERÊNCIAS CAMARGO.J.M.M;ZANOL.K.M.R;QUEIROZ.D.L;DEDECECK.R.A;OLIVEIRA.E.B; Controle biológico de psilídeo-de-concha em florestas de eucalipto; Universidade federal do paraná-departamento de zoologia,2013. Acessado via internet: https:<//www.embrapa.br/buscadepublicacoes//publicacao/1015630/controle-biologico-do-psilideodeconchaglycaspisbrimblecombei-hemiptera-psyllidae-em-florestas-de-eucalipto> acessado : 10 jun 2017 DIAS, THAÍSE KARLA RIBEIRO. Atopozelus opsimus (hemiptera: reduviidae): presas alternativas, comportamento parental e predação sobre pragas exóticas. 2013. Xiv 101 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu, 2013. 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