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Das provas

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DAS PROVAS
 
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INSTRUÇÃO DO PROCESSO
A instrução é a fase do processo de conhecimento em que são colhidas as provas que esclarecerão o juiz para que possa proferir decisão.
Carlos Henrique Bezerra Leite
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CONCEITO DE PROVA
“É o meio lícito para demonstrar a veracidade ou não de determinado fato com a finalidade de convencer o juiz acerca da sua existência ou inexistência”. 
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PRINCÍPIOS PROBATÓRIOS
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA 
as partes têm direito de se manifestar reciprocamente sobre as provas apresentadas. 
as partes devem ter igualdade de oportunidade para apresentar suas provas nos momentos processuais próprios.
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PRINCÍPIO DA NECESSIDADE DA PROVA
 Necessidade que a parte faça prova de suas alegações. Fatos não provados são fatos inexistentes.
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PRINCÍPIO DA UNIDADE DA PROVA
 a prova deve ser examinada no seu conjunto, formando um todo unitário, não devendo a prova ser apreciada isoladamente.
PRINCÍPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO E PERSUASÃO RACIONAL DO JUIZ
O juiz forma o seu convencimento apreciando livremente as provas dos autos. 
Necessidade de motivação do seu convencimento para evitar arbitrariedades.
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PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DA PROVA OBTIDA ILICITAMENTE
São inadmissíveis no processo as provas obtidas ilicitamente (art. 5º, LVI, da CF).
Prova ilícita - ilícitas são as provas obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.
Prova ilegal – violação de norma direito material no momento obtenção. Ex. confissão mediante tortura.
Prova ilegítima – viola regra de direito processual. Ex. interrogatório sem presença de advogado. 
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PRINCÍPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO E PERSUASÃO RACIONAL DO JUIZ
O juiz forma o seu convencimento apreciando livremente as provas dos autos. 
Necessidade de motivação do seu convencimento para evitar arbitrariedades.
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PRINCÍPIO DA ORALIDADE 
As provas devem ser realizadas, preferencialmente, na audiência de instrução e julgamento, oralmente na presença do juiz. 
PRINCÍPIO DA IMEDIAÇÃO
É o juiz quem colhe, direta e imediatamente, a prova. Na CLT, o art. 848 faculta o juiz, de ofício, interrogar os litigantes, e no art. 852-D confere ao juiz ampla liberdade para determinar as provas a serem produzidas, considerando o ônus processual de cada um.
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PRINCÍPIO DA AQUISIÇÃO PROCESSUAL 
A prova produzida, independentemente de que a produziu, é adquirida pelo processo, dele não podendo mais ser retirada ou desentranhada. 
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OBJETO DA PROVA
O QUE PROVAR? 
Fatos relevantes, pertinentes e controvertidos.
REGRA – somente os fatos devem ser provados, pois a parte não é obrigada a provar o direito.
mihi factum, dabo tibi jus - dá-me o fato, dar-te-ei o direito.
jura novit curia – o juiz conhece o direito.
EXCEÇÃO – se o juiz determinar, deverá ser provado o direito municipal, estrangeiro, consuetudinário, estadual alegado (art. 376, CPC)
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O QUE NÃO PROVAR? 
Art. 374, CPC.  Não dependem de prova os fatos:
I - notórios;
II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III - admitidos no processo como incontroversos;
IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.
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QUEM DEVE PROVAR? 
Art. 374, CPC.  Não dependem de prova os fatos:
I - notórios;
II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III - admitidos no processo como incontroversos;
IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.
ÔNUS DA PROVA
As partes têm o ônus de provar os fatos jurídicos narrados na petição inicial ou na defesa, bem como os que se sucederem no envolver da relação processual.
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Art. 373, CPC.  O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
§ 2o A decisão prevista no § 1o deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.
§ 3o A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando:
I - recair sobre direito indisponível da parte;
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
§ 4o A convenção de que trata o § 3o pode ser celebrada antes ou durante o processo.
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MEIOS DE PROVA
Art. 5º, LVI, da CF - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos.
Art. 369, CPC.  As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.
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MEIOS DE PROVA
ATA NOTARIAL – art. 384, CPC
DEPOIMENTO PESSOAL E INTERROGATÓRIO - arts. 385 a 388, CPC;
CONFISSÃO - arts. 389 a 395, CPC;
DOCUMENTAL - públicos ou particulares (arts. 396 a 441, CPC;
TESTEMUNHAL - arts. 442 a 463, CPC;
PERICIAL - exames, vistorias, avaliações, arbitramentos - arts. 464 a 480, CPC;
INSPEÇÃO JUDICIAL – art. 481 a 484, CPC.
PRESUNÇÕES – Consequência que a lei faz deduzir de certos atos ou fatos, e que fica estabelecida como verdadeira, às vezes até mesmo havendo prova em contrário;
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