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Artigo Ensaio de Tração

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ 
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO – 5º PERÍODO 
 
 
Ensaio de Tração 
 
 
Gabriel de Freitas Gonçalez, Manoel Pinheiro Netto, Nathan Ribeiro Kaizer, Willian Pagliari Wachs Ammann. 
 
 
Resumo 
 
Este artigo apresenta uma introdução sobre Ensaio de Tração que é um dos ensaios destrutivos de Ensaios 
Mecânicos, uma descrição dos equipamentos usados, especificamente informações sobre Tipos e Procedimentos 
de Ensaio, Vantagens e desvantagens da utilização deste ensaio, e as conclusões que obtemos na realização deste 
artigo e o que observamos nos Laboratórios de Tecnologia do CTTMar. 
 
 
Palavras-chave: Artigo. Ensaio de Tração. Processo de Fabricação. Ensaios Mecânicos. Destrutivo. 
 
 
1. Introdução 
 
Basicamente é a aplicação de uma força longitudinal em um corpo de prova até a ruptura do mesmo. É um 
ensaio muito utilizado pelas indústrias, dado a vantagem fornecer dados quantitativos das características mecânicas 
dos materiais. Este ensaio é feito de forma que todo o corpo de prova sofra a ação da força utilizada pela máquina, 
até o momento que o corpo se danifica fazendo assim a força variar de acordo com a ruptura ou deformação, neste 
ensaio é possível fazer com que a força aplicada sobre a peça aumente gradativamente e lentamente fazendo assim 
que os resultados sejam mais precisos e minuciosos sobre a resistência do material. Com a diminuição da secção 
do provete ou com o fenômeno da estricção é possível observar que, a força máxima suportada pela peça, foi 
atingida pela máquina. A precisão desse ensaio varia de acordo com os equipamentos de medições utilizados. As 
pequenas deformações dão maior precisão e detalhamento sobre o material da peça, já as grandes deformações 
não dão grande precisão sobre a deformidade. Se este ensaio não for bem conduzido grandes erros podem ocorrer, 
como uma deformidade falsa, onde a leitura do ensaio será erronia e as conclusões do mesmo poderão causar danos 
futuramente. O corpo de prova deve estar devidamente centralizado para que a força utilizada pela máquina seja 
aplicada de forma adequada. 
 
 
2. Equipamentos 
 
2.1. Máquina de Ensaio Universal 
 
A máquina utilizada para este ensaio normalmente é uma máquina de ensaio universal, a mesma recebe este 
nome pois consegue executar diversos tipos de ensaios. O Corpo de Prova é fixado verticalmente nas extremidades 
da máquina onde se encontram as agarradeiras, a máquina exerce uma força no sentido contrário ao do Corpo de 
Prova, com objetivo de alongalo-o. 
 
2.2. Corpo de Prova 
 
Seguindo as normas necessárias os Corpos de Provas têm de ser circulares ou retangulares, a região de 
deformação é central pois a mesma é mais estreita que o restante do corpo reto e uniforme. Essas regiões das 
extremidades são denominadas cabeças e não são de utilidade para avaliação das propriedades mecânicas do 
material, a região para este quesito é a região central. A deformidade apresentada no Corpo de Prova é lida e 
apresentada em um gráfico no computador acoplado a máquina. Medição 12,8 cm 
 
 
 
 
 
3. Tipos e Procedimentos de Ensaio 
 
Ensaio Convencional. 
 
Geralmente utilizam-se de corpos de prova com seção reta circular, de diâmetro de 12,8 mm. Durante o 
ensaio, a deformação fica concentrada na região central, o corpo de prova é preso pelas extremidades nas garras 
de fixação do dispositivo de teste. O dispositivo é projetado para medir a carga instantânea aplicada e os 
alongamentos resultantes, enquanto exerce uma tensão constate ao corpo de prova. 
Ao iniciar o ensaio ao corpo da prova, o objetivo principal é relação entre a tensão e a deformação, para 
auxiliar nesta análise, o dispositivo gera um gráfico que mostra a relação entre a força aplicada e as 
deformações ocorridas neste ciclo. 
Uma vez que a tensão corresponde à força dividida pela área de seção sobre a qual a força é aplicada, 
chegamos a equação abaixo: 
 
Através da mesma, encontramos os valores necessários para montar o gráfico de tensão-deformação, 
conforme exemplo abaixo: 
 
Figura x Curva tensão-deformação convencional 
 
 
 
 
 
Elasticidade. 
 
É denominado elasticidade a capacidade de um material retornar a sua forma original após a tensão ser 
removida. As tensões aplicadas sobre um material, podem gerar dois tipos de deformações, as elásticas e as 
plásticas. 
As deformações elásticas são reversíveis, a mesma é consequência da movimentação dos átomos 
constituintes da rede cristalina do material, uma vez que a posição dos mesmos seja mantida. 
 
Módulo de Elasticidade Transversal ( G ) 
 
Definido como a rigidez de um material que sofre atuação do esforço de cisalhamento, representado pela 
equação: 
 
 
 
Onde: 
G – Módulo de cisalhamento 
τ – Tensão de cisalhamento 
ϒ - Deformação elástica de cisalhamento do corpo de prova 
 
 
Tabela x Valores dos coeficientes elásticos dos metais. 
 
Região de comportamento plástico. 
 
Ao ultrapassar certo nível de tensão, denominado limite de proporcionalidade, o material começa a sofrer 
deformações permanentes, neste instante, tem lugar a fase de deformação plástica. O instante que tais 
deformação passam a ser consideradas significativas é denominado limite de escoamento. 
 
 
Figura x Diagrama Tensão – Deformação 
 
Os materiais têm um ponto máximo ao qual consegue suportar a tensão aplicada sobre si, a este posto 
máximo dá-se o nome de Limite de resistência de tração, se a tensão máxima aplicada, for mantida por um 
determinado período, o resultado será a fratura do mesmo. 
 
Fratura 
 
Denomina-se fratura a separação ou fragmentação de um corpo sólido em duas ou mais partes, resultante 
 
da ação da tensão sobre o mesmo. Pode ser classificada em três formas: 
 
Frágil: a principal característica é a rápida propagação da trinca, sem deformações macroscópicas e poucas 
microdeformações, além de apresentar aparência granular e brilhante. 
 
Figura x Fratura frágil – Aspectos microscópicos 
 
Dúctil: A principal característica é o fenômeno de pescoçamento, ocorre uma deformação plástica antes e 
durante a trinca, sua aparência é transgranular e opaca. 
 
 
Figura x Fratura Dúctil - Aspectos Microscópicos x Macroscópicos 
 
Neste capítulo os autores devem explanar sobre as etapas do procedimento (conforme norma) para ser realizado 
o ensaio, evidenciando se este existe mais de um tipo de execução, como por exemplo, o ensaio de impacto que 
possui duas classes sendo o de Charpy e o Izod. Apresentar características de corpo de prova conforme normas 
como geometria, dimensões e etc. 
 
4. Vantagens e Desvantagens 
 
O ensaio de tração é seguido de vantagens no método para verificar se o material é adequado para a 
propriedade que ele virá a servir e qual os limites do material. Este ensaio fornece dados quantitativos e muito 
precisos das características mecânicas dos materiais ensaiados, as deformações geradas no material são 
uniformemente distribuídas em todo o corpo praticamente até ser ascendida uma carga máxima aproximada do 
final do ensaio. 
 
Pelo fato deste ensaio ser muito preciso nos resultados, ele é bastante demorado para ser realizado. A tensão 
nominal no diagrama tensão-deformação não revela o verdadeiro comportamento da tensão em alguns materiais 
mais dúcteis, devido a um grande estrangulamento ou estricção na área de ruptura. 
Na hora da realização do ensaio é muito importante observar a aplicação das cargas nos ensaios de tração, pois 
ele pode ficar desalinhado, causando uma não uniformidade das tensões ao colocar o corpo nas garras. Outro 
cuidado que deve ser tomadono ensaio é com a velocidade da aplicação da carga, se utilizada uma maior rapidez 
produz aumento da resistência e diminuição da ductilidade. 
Outra desvantagem é que o corpo de prova deve ter forma e dimensões indicadas para o ensaio e obedecer às 
normas especificas da ABNT método MB-4. 
 
 
5. Conclusões 
 
Pudemos observar, nesta pesquisa, a forma de ensaio aplicada para ter como resultado a resistência do 
material no caso de tração e assim destina-lo ou não para sua função, foi possível ver detalhadamente o passa a 
 
passo de ensaio e saber algumas normas essenciais para sua execução. Foi visto que o corpo de prova tem seu 
tamanho padrão e que deve-se seguir um roteiro para se ter exatidão no ensaio. 
 
 
6. Referências Bibliográficas 
 
DALCIN GABRIELI, B. Ensaios dos Materiais. 2007. p.08-20 (Graduação em Engenharia Industrial 
Mecânica) – Universidade Regional Integrada do alto Uruguai e das Missões, URI, Santo Ângelo, 2007. 
COSTA ADALBERTO, V. Ensaios Mecânicos de Materiais Metálicos. 2009. P.14-18 (Graduação em 
Tecnologia em Manutenção Industrial) – Universidade de Mogi das Cruzes, Mogi das Cruzes, 2009.

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