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17. Carta testemunhável

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Carta testemunhável 
Antes de tudo, sua origem... Lusitano, usava-se tal expediente no tempo do Im-
pério. Com duas testemunhas, comparecia o recorrente - testemunhante - ao 
cartório (ou, depois, ao Tribunal) para que, com a carta do incidente entregue, o 
manejo contra o recorrido - testemunhado - tivesse o pretendido encaminhamen-
to regular. 
Mesmo anacrônico, está previsto, e em vigor, nos arts. 639 a 646, CPP (ler!): 
com base em pressupostos recursais, denegar (não conhecer) ou obstar (embora 
tendo conhecido) expedição e seguimento. 
Mas de quê? Do RSE e do Agravo em Execução. Tal em razão de sendo residual 
não se aplicar ante o cabimento de outros recursos, específicos, como no caso da 
Apelação (art. 581, XV) e dos que sobem aos Tribunais Superiores (art. 1.042, 
NCPC). 
Deve-se peticionar ao escrivão em 2 dias (art. 640 c/c 798, § 5.º, CPP), forman-
do instrumento. A legitimidade é ampla, sem preparo e com o procedimento di-
tado assim: carta entregue ao recorrente em 5 dias, razões em 2, idem para con-
trarrazões, conclusão, e daí a retratação (incabível o parágrafo único do art. 589, 
CPP) ou a manutenção da decisão - o efeito devolutivo é misto, portanto. 
Descabe suspensão. O Tribunal ad quem pode processar ou julgar logo o recurso 
antes prejudicado, de acordo com seu procedimento. 
Aresto jurisprudencial: 
https://portal.tjpr.jus.br/jurisprudencia/j/11831186/Acórdão-1323860-1.

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