Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Carta testemunhável Antes de tudo, sua origem... Lusitano, usava-se tal expediente no tempo do Im- pério. Com duas testemunhas, comparecia o recorrente - testemunhante - ao cartório (ou, depois, ao Tribunal) para que, com a carta do incidente entregue, o manejo contra o recorrido - testemunhado - tivesse o pretendido encaminhamen- to regular. Mesmo anacrônico, está previsto, e em vigor, nos arts. 639 a 646, CPP (ler!): com base em pressupostos recursais, denegar (não conhecer) ou obstar (embora tendo conhecido) expedição e seguimento. Mas de quê? Do RSE e do Agravo em Execução. Tal em razão de sendo residual não se aplicar ante o cabimento de outros recursos, específicos, como no caso da Apelação (art. 581, XV) e dos que sobem aos Tribunais Superiores (art. 1.042, NCPC). Deve-se peticionar ao escrivão em 2 dias (art. 640 c/c 798, § 5.º, CPP), forman- do instrumento. A legitimidade é ampla, sem preparo e com o procedimento di- tado assim: carta entregue ao recorrente em 5 dias, razões em 2, idem para con- trarrazões, conclusão, e daí a retratação (incabível o parágrafo único do art. 589, CPP) ou a manutenção da decisão - o efeito devolutivo é misto, portanto. Descabe suspensão. O Tribunal ad quem pode processar ou julgar logo o recurso antes prejudicado, de acordo com seu procedimento. Aresto jurisprudencial: https://portal.tjpr.jus.br/jurisprudencia/j/11831186/Acórdão-1323860-1.
Compartilhar