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TÚNEIS DO BRASIL Componentes: Augusto de Paiva Aryelle Ferreira Isabela Pieroni Manuella Carvalho Professor: Amaro Francisco Codá dos Santos CEFET-RJ ENGENHARIA CIVIL – TEEC TÚNEIS Agenda INTRODUÇÃO “Túneis são grandes obras de engenharia, das mais impressionantes e menos visíveis.” DADOS ESTATÍSTICOS Dados Estatísticos Dados Estatísticos A predominância de Minas Gerais também se deve ao expressivo número de obras de geração de energia. Dados Estatísticos TIPOS DE TÚNEIS NO BRASIL TÚNEIS RODOVIÁRIOS Rodovia Rota do Sol (RS-486) Túneis Rodoviários Túnel da Mata Fria Local: Mairiporã (SP) Utilização: Transporte rodoviário Extensão: Dois túneis, totalizando 500m Seção transversal: 98m² e 128m² Período de construção: 1993-1995 e 1999-2000 Os túneis são parte das obras de duplicação da Rodovia Fernão Dias (BR-381/SP) ), na Serra da Mantiqueira. Túnel da Mata Fria Construíram-se dois túneis paralelos ao já existente: um com três faixas, no sentido São Paulo – Belo Horizonte (túnel 3), e outro com duas faixas, no sentido Belo Horizonte – São Paulo (túnel 2), já que o túnel preexistente seria utilizado como a terceira faixa. Túnel da Mata Fria Pelo mapeamento das frentes de escavação e pela execução de sondagens adicionais, contatou-se um comportamento anômalo: variação muito grande no perfil de alteração. Túnel da Mata Fria Os métodos construtivos para a seção em solo e a seção mista (solo-rocha) foram: Utilização de concreto projetado e cambotas; Parcialização das seções de escavação em meia seção superior e rebaixo; Proteção de teto utilizando enfilagens tubulares injetadas; Utilização de arco invertido provisório e arco invertido definitivo. Já os métodos construtivos para a seção em rocha foram: Utilização de tirantes e concreto projetado; Ritmo do avanço da escavação definido em função das características geomecânicas do maciço. Dispositivos auxiliares: Drenos horizontais profundos; Furos táticos, para investigação e reconhecimento das características geológico- geotécnicas nos trechos à frente da escavação. Túneis da Rodovia Carvalho Pinto Local: Jacareí (SP) Utilização: Transporte rodoviário Extensão: Seis túneis (paralelos dois a dois), totalizando 3.100m Seção transversal: 122,5m² Período de construção: 1991-2001 Rodovia construída segundo padrões internacionais. Variedade de materiais e formações encontradas: Solo e Rocha; As escavações se fizeram em duas etapas: escavação da abóboda e escavação do rebaixo. Os métodos eram escolhidos conforme o avanço de cada túnel; A escavação da abóboda foi executada em ciclos de avanço. A cada avanço, colocavam-se cambotas metálicas, preenchidas com concreto projetado; Nos casos de parede com rocha, utilizaram-se tela metálica e preenchimento com concreto projetado; Utilizou-se o método do arco invertido quando o túnel tinha tendência a convergir; Estabilização do maciço com enfilagens e microestacas. Túneis da Rodovia Carvalho Pinto Túneis da Linha Amarela Local: Rio de Janeiro (RJ) Utilização: Transporte viário urbano Extensão: 4 túneis, totalizando 2.714m Seção transversal: 13,3m x 6m (arco-retângulo) Período de construção: 1995-1997 O conjunto de túneis se insere nos limites do maciço da tijuca. Túneis da Linha Amarela Projeto original de 1980: A Linha Amarela possuiria alguns túneis, e o maior seria o da Cavanca; Estava previsto outro túnel paralelo para o metrô e serviços públicos. Licitação, em 1994: Mudou-se o projeto do túnel da Cavanca para apenas duas aberturas paralelas, somente dedicadas ao transporte rodoviários, atendendo aos interesses ambientais e ao cronograma da obra. Inauguração em 1197: Túnel da Cavanca (2.187m) Túnel Geólogo Totis (266m) Túnel Engenheiro Cravo Peixoto (158m) Túnel da Suíça Carioca (130m), construído em túnel falso de concreto, visando atenuar os efeitos da poluição sonora em um condomínio residencial O túnel da Cavanca foi inaugurado numa época em que o afamado Túnel Rebouças cumpria 30 anos de serviço; a nova obra arrebatou desse último o título de maior túnel urbano da América Latina. Túneis da Linha Amarela Todos os pré-estudos mostraram predominância de rocha sã a quase sã, pouco fraturada, indicando tratamentos localizados e pouco numerosos ao longo dos túneis; Os túneis escavados em rocha foram suportados, principalmente, por concreto projetado com fibras de aço e tirantes esporádicos; Trechos críticos apresentavam grande afluxo de água; Na região do emboque do Túnel da Cavanca (pelo lado de Jacarepaguá), realizaram-se intensos trabalhos de contenção devido a presença de espessos pacotes de solo residual (mais de 30m). Túnel Rebouças Local: Rio de Janeiro (RJ) Utilização: Transporte viário urbano Liga a Lagoa Rodrigo de Freitas à Zona Norte e ao Centro Extensão: dois túneis, totalizando 760m (Rio Comprido – Cosme Velho); dois túneis, totalizando 2.040m (Cosme Velho – Lagoa) Seção transversal: 81m² e 110m² (arco-retângulo com largura de 9m) Período de construção: 1962-1965 Foi por muitos anos o maior túnel viário urbano do mundo. Túnel Rebouças Foi associado à ideia de fim dos problemas relacionados ao trânsito carioca mas, apesar de sua significativa colaboração, é vista apenas como mais um componente do conjunto de macrovias da cidade. O gerenciamento, manutenção e operação do túnel estão centralizados num prédio próximo ao acesso à Lagoa, onde fica a mesa de controle de monóxido de carbono e de onde se acionam as estações de energia elétrica. Túnel Rebouças Foi associado à ideia de fim dos problemas relacionados ao trânsito carioca mas, apesar de sua significativa colaboração, é vista apenas como mais um componente do conjunto de macrovias da cidade. O gerenciamento, manutenção e operação do túnel estão centralizados num prédio próximo ao acesso à Lagoa, onde fica a mesa de controle de monóxido de carbono e de onde se acionam as estações de energia elétrica. Túnel Santa Bárbara Local: Rio de Janeiro (RJ) Utilização: Transporte Viário Urbano Extensão: 1.357m Seção transversal: 17,5m x 8m (arco-retângulo) Período de construção: 1949-1963 O primeiro projeto do túnel se realizou em 1920 porém a morosidade nas desapropriações fez com que as obras iniciassem somente em 1949. Túnel Santa Bárbara Escavaram-se 20.000m³ de rocha que foram totalmente aproveitados nos aterros da Praia de Botafogo e da Lagoa Rodrigo de Freitas; Por deficiência nos estudos geológicos, ocorreu grande desabamento na travessia de uma falha; Na época da sua inauguração era o maior túnel da cidade e foi considerado o mais moderno da América Latina. Túnel Rio Comprido Local: Rio de Janeiro (RJ) Utilização: Transporte Viário Urbano Extensão: 220m Seção transversal: 10m x 3,5m (arco-retângulo) Inauguração: 1887 Também conhecido como túnel da Rua Alice, é o mais antigo do Rio. Túnel Rio Comprido Foi concluído em 1887 após obras de vários anos, dificultadas pela localização quase no topo do Morro dos Prazeres; Tinha de início 6m de largura e em 1952 foi alargado para 10m; É todo revestido de concreto armado, com acabamento de placas de mármore nas paredes e cerâmica na abóbada. Túnel de São Conrado Local: Rio de Janeiro (RJ) Utilização: Transporte Viário Urbano Extensão: 190m Seção transversal: 9,5m x 13m (arco-retângulo):117m³ Período de construção: 1968-1970 Apresenta duas pistas sobrepostas com altura de 8m na superior e de 5m na inferior; O túnel atravessou um maciço rochoso de boa qualidade, constituído de gnaisse leptinitico são e pouco fraturado. Túnel de São Conrado No desmonte de rocha da abóbada verificou-se um dos cortes mais perfeitos; O volume escavado de rocha foi de 22.000m³; Apresentou problemas de infiltrações nas juntas ao longo dos anos e quedas de fragmentos de rochas, tendo sido feita a recuperação das estruturas dos emboques. Túnel do Joá Local: Rio de Janeiro (RJ) Utilização: Transporte Viário Urbano Extensão: 350m Seção transversal: 9,5m x 13m (arco-retângulo);112m² Período de construção: 1967-1969 Este túnel foi o primeiro do Brasil e o segundo do mundo com pistas sobrepostas, gerando grande economia em escavação. Túnel do Joá O túnel foi concluído em 1969 porém só foi entregue ao tráfego em 1971 por depender do término de outras obras; A pista inferior tem 5m de altura e a superior 8m; Teve 350m escavados em rocha sã, e a galeria inferior apresenta um trecho em túnel falso, destinado a possibilitar a transformação das pistas superpostas em paralelas. TÚNEIS METROFERROVIÁRIOS A construção de ferrovias, graças a seus requisitos de greide e raios de curvatura, proporcionou grande impulso à construção de túneis no Brasil. Túnel do prolongamento norte Local: São Paulo Utilização: Transporte Metroviário Extensão: 452m Seção transversal: 6,3m x 5m, 30m² (policêntrica) túneis singelos, 8,5m x 11,3m, 90m² (policêntrica) túnel duplo Período de construção: 1981-1986 Foi a primeira experiência do metrô de São Paulo com túneis em NATM. Túnel do prolongamento norte Foram construídos três túneis, dois singelos e um duplo, com emboques a partir de uma vala central; A região alternava entre camadas de argila siltosas duras e areias argilosas; O uso do NATM resultou num dos menores custos de obra civil por metro linear de túnel singelo no metrô de São Paulo. Túnel Tucuruvi Local: São Paulo Utilização: Transporte Metroviário Extensão: 315m Seção transversal: 8,1m x 10,7m, 85m² (policêntrica) Período de construção: 1991-1992 Este túnel foi parte das obras do lote 3 da extensão norte da linha 1 do metrô de São Paulo. Túnel Tucuruvi Os principais aspectos para escolha do NATM foram a cobertura elevada, a existência de uma escola na projeção do traçado e as características geotécnicas; Os emboques foram executados com rebaixamento de lençol freático externo dada a presença de água no contato entre rocha e solo; A escavação em NATM foi executada em quatro etapas construtivas: calota, arco invertido provisório, escavação em cachimbo e complementação do rebaixo. Túneis em tuneladora da Linha 2 Local: São Paulo Utilização: Transporte metroviário Extensão: Dois túneis, totalizando 5.400m Seção transversal: 6,2m (circular), ou 30m², com anel de concreto expandido, 6m (circular) ou 28m², com anel metálico Período de construção: 1990 Túneis em tuneladora da Linha 2 Os túneis da Linha 2 do Metrô de São Paulo são singelos, paralelos e escavados com duas tuneladoras, uma frente aberta e uma frente fechada. Substrato local é parte da bacia sedimentar de São Paulo, argilas porosas vermelhas. No revestimento definitivo dos túneis foram utilizados anéis expansíveis de concreto, uma inovação, já que antes utilizava-se anéis metálicos, o que foi possível graças a boa característica de auto-suporte. Túneis em tuneladora da Linha 2 Os anéis expansíveis de concreto diferem dos de aço em dois aspectos: Os segmentos não são parafusados entre si, nem aos segmentos do anel anterior; Não há vazio entre anel e solo, pois a expansão do anel exerce pressão contra o terreno. Estações Brigadeiro e Trianon Local: São Paulo Utilização: Transporte metroviário Extensão: 136m em cada estação Seção transversal: 19m (largura) x 9,6m (altura) Período de construção: 1988 – 1991 A escavação atravessou uma camada superficial de argila porosa vermelha, pouco arenosa, com baixos valores de SPT (2 a 6); e camadas de argilas silto-arenosas e areias argilosas; 39 Estações Brigadeiro e Trianon Acessos foram construídos pelo método de vala recoberta, utilizando perfis metálicos para contenção e pranchada; Mezaninos foram escavados sobre enfilagens instaladas perpendicularmente, que constituem a estrutura definitiva do teto, instaladas por cravação de tubos de aço em módulos de 3m soldados e preenchidos com concreto armado; A escavação sob essas enfilagens se deu a partir dos acessos, num avanço limitados à colocação de apoios provisórios; Depois efetuou-se a construção dos pilares e das vigas de apoio definitivo; O corpo central foi realizado em NATM; Utilizaram-se três tipos de concreto: Projetado: execução dos túneis; Convencional: vigas, pillares e revestimento definitivo; Reoplástico: enfilágens; Todas as escavações foram monitoradas por placas de recalque e tassômetrso, determinando as tendências de recalque. Estações Brigadeiro e Trianon Todas as escavações foram monitoradas por placas de recalque e tassômetro, determinando as tendências de recalque. Túnel Botafogo – Siqueira Campos Local: Rio de Janeiro Utilização: Transporte metroviário Extensão: 1.601m Seção transversal: 50m² a 150m² Período de construção: 1996 - 2002 Túnel Botafogo – Siqueira Campos O túnel compreende o trecho entre as estações Botafogo e Siqueira Campos do Metrô; O corpo principal da estação foi escavada num maciço de rocha gnáissica do Morro de São João; Método construtivo contemplou a escavação de túneis-piloto nas abóbodas das duas vias, com posterior execução do rebaixo, por desmonte a fogo amortecido; Tratamento do maciço realizado com tirantes, concreto projetado e tela metálica; Túnel da Linha 2 do metrô do RJ Local: Rio de Janeiro Utilização: Transporte metroviário Extensão: dois túneis paralelos, totalizando 1.100m Seção transversal: 29,6m² Período de construção: 1977 - 1978 Foram construídos 2 túneis paralelos, cujo greide ficou condicionado a característica geológica, estruturas próximas existente e rampa máxima admissível; Túnel da Linha 2 do metrô do RJ Execução diferenciada devido a diferença dos tipos de terreno: Solo sedimentar constituído de argila muito arenosa, pouco siltosa, consistência dura e rija e solo residual de gnaisse; Gnaisse com pegmatitos pouco a muito alterado; Gnaisse são; Os emboques foram executados a céu aberto, com escoramento em perfil, pranchada e tirantes; No trecho crítico, foram utilizadas enfilagens metálicas segundo o sistema de Bernold, que consiste na execução simultânea das escavações com a contenção da seção utilizando peças metálicas montadas com pequena justaposição ao longo do perímetro da seção Após o avanço do conjunto de lanças foi moldado o revestimento definitivo de concreto, utilizando as lanças como forma externa e chapas metálicas especiais como forma interna; Os outros trechos foram executados pelo método NATM, com concreto projetado e ancoragens na abóboda. Túneis da Ferrovia EF-491 Local: Entre Roca Sales e Passo Fundo (RS) Utilização: Transporte ferroviário Extensão: 32 túneis, totalizando 16,8 km Seção transversal: três seções típicas (arco-retângulo) com 37,3 m², 53,2 m² e 56m² Período de construção: 1949 - 1979 Os estudos e projetos para os túneis da EF-491 (antiga L-35) foram os primeiros trabalhos sistemáticos executados para obras ferroviárias; Locais do túnel tiveram um mapeamento geológico detalhado e sondagens; Túneis da Ferrovia EF-491 Fez-se segmentação dos túneis em trechos de mesmo comportamento geomecânico; Cada trecho teve suas próprias características construtivas: Rocha sã ou rocha alterada dura: Avanço executado a seção plena, utilizando tirantes; Revestimento de concreto projetado; Rocha alterada: Avanços a seção plena em trecho reduzido; Tirantes; Revestimento com concreto estrutural; Rocha alterada mole ou solo: Calota e bancada Escoramento com cambotas metálicas; Revestimento com concreto estrutural no piso, paredes e abóboda. Túnel Asa Sul Local: Brasília – Distrito Federal Utilização: Transporte metroviário Extensão: 7.200m Seção transversal: 11,2m (largura) x 8,7m (altura) Período de construção: 1993 - 1999 Túnel Asa Sul O sistema de metrô de Brasília compreende 40km de linhas interligando as principais cidades satélites. O túnel Asa Sul tem via dupla; Solo coberto por uma camada espessa de argila laterítica vermelha, com estrutura porosa que recobre solos residuais e saprolitos de ardósia, com nível d’água abaixo do piso do túnel; NATM foi o método construtivo ; Suporte temporário foi executado com concreto projetado, armado com cambotas metálicas treliçadas; Revestimento definitivo em concreto moldado no piso e projetado nas paredes e teto foi armado com telas metálicas; TÚNEIS PARA SANEAMENTO E UTILIDADES A colocação da infraestrutura e outras funções necessárias no subsolo permitem que a superfície seja utilizada para finalidades “mais nobres”. Túnel do córrego Tiquatira Local: São Paulo (SP) Utilização: Canalização de córrego Extensão: 2 túneis, totalizando 580m Seção transversal: Célula dupla de 3,8m de diâmetro(circular) Período de construção: 1985 Túnel do córrego Tiquatira Faz parte do projeto de canalização do córrego Tiquatira A obra se caracterizou pelos procedimentos de controle do nível d’agua e consolidações geotécnicas Processo de execução foi o tunnel liner, que consiste no suporte temporário a instalações de chapa de aço e posterior revestimento de concreto moldado, com espessura de 10cm Os tuneis foram feitos simultaneamente, e a obra durou 270 dias. Adutora Guarapiranga Local: São Paulo (SP) Utilização: Adução de água Extensão: 450m Seção transversal: 3,8m de diâmetro Período de construção: 1998-1999 Travessia de linha adutora sob o Canal Guarapiranga e o Rio Pinheiros Adutora Guarapiranga Tunel executado em NATM, consiste na travessia de uma adutora sob o canal Guarapiranga e o Rio Pinheiros Utilização: As obras foram efetuadas em duas frentes, uma em cada emboque. Houveram problemas no emboque sul devido a ocorrência de rocha alterada, que foi resolvido com enfilagem No emboque norte encontrou-se maciço fraturado, o que requereu escavação a fogo. O principal problema ocorreu quando foi encontrado um dique lateral bastante alterado, que com a alta quantidade de água presente no maciço gerou um processo de ruptura progressiva no teto Travessia do Rio Pinheiros Local: São Paulo (SP) Utilização: Interceptor de Esgotos Extensão: 168m Seção transversal: 2.5 de diâmetro(circular) Período de construção: 2003 Túnel de travessia, faz parte do programa da SABESP de despoluição do Rio Tietê Travessia do Rio Pinheiros Foi utilizada a perfuração a seca para enfilagens. A espessura final de concreto projetado foi de 10cm, armado com tela eletrossoldada. A execução não apresentou maiores problemas. A escavação atravessou um solo de alteração de gnaisse em quase toda sua extenção TÚNEIS EM HIDRELÉTRICAS Usina hidrelétrica de Itaipu Local: Rio Paraná (Brasil – Paraguai) Utilização: Aproveitamento Hidrelétrico Extensão: 5.691m Seção transversal: 2 x 2 a 3,5 x 2,75 (largura x altura) Período de construção: 1978 – 1982 Usina hidrelétrica de Itaipu Foram escavados 1144m (2x2) de túneis para investigar as descontinuidades Outros 1300m (3,5 x 2,5) para drena-las, reduzindo as subpressões atuantes no fundo da barragem A reavaliação da estabilidade levou a execução de 3150m (3,5 x 2,5) de tuneis preenchidos com concreto ao longo das regiões críticas O volume de concreto para preenchimento desses tuneis foi de 35000m3 Usina hidrelétrica de Barra Grande Local: Anita Garibaldi (SC) e Pinhal da Serra (RS) Utilização: Aproveitamento Hidrelétrico Extensão: Nove túneis, totalizando 4.223m Seção transversal: 7,2 de diâmetro(circular) e 15x17 (largura x altura) (arco-retângulo) Período de construção: 2001 – 2005 Usina hidrelétrica de Barra Grande Foram executados dois túneis de desvio, de 816 e 921 m, não foram revestidos Três túneis forçados de 395, 407 e 420m Quatro túneis auxiliares e de acesso aos túneis de desvio, que totalizam 1264m de extensão PASSAGENS E TRAVESSIAS Passagens e Travessias São utilizados em diversas situações, como passagens subterrâneas de pedestres ou veículos, canalização de córregos, drenagem de águas pluviais, interceptação e coleta de esgotos sanitários, entre outras; Tem por finalidade vencer obstáculos de pequena extensão e são geralmente construídos em áreas urbanas; Passagens e Travessias O diâmetro desses túneis costuma variar entre 1,2 m e 3m, mas é possível encontra-los com diâmetros maiores; De modo geral, os túneis com diâmetros menores são executados por meio de métodos mecanizados, como o de tubo cravado ou de perfuração direcional; Sua extensão é geralmente reduzida, podendo variar de alguns poucos a dezenas de metros, alcançando às vezes umas poucas centenas; A geometria mais comum desses túneis apresenta seção transversal circular ou elíptica; Necessidade de controle de estabilidade do teto com enfilagens de barra cravada, preenchidas com calda de cimento ou mesmo injetadas e em medidas de redução de recalques. Passagem de pedestres Presidente Altino Local: Osasco (SP) Utilização: Passagem subterrânea de pedestres Extensão: 28m Seção transversal: 3.4 de diâmetro(circular) Período de construção: 2003 Passagem de pedestres Presidente Altino Situa-se próxima a estação de trens metropolitanos CPTM Sua construção deveria ocorrer sem maiores problemas devido estar sob uma linha ferroviária Optou-se por um método construtivo com pré-consolidação do terreno Os fatores que contribuíram para o sucesso da obra foram os tratamentos prévios com enfilagens e o critério de pequenos avanços da escavação com imediata projeção de concreto ATUALIDADES Porto Maravilha Túnel do Porto Maravilha será o maior do Brasil em área urbana A Zona Portuária do Rio de Janeiro está em processo de reformulação urbanística. O início das obras dessa transformação, começou com a construção de dois túneis a 40 metros de profundidade. Um dos túneis, que terá 2,5 quilômetros de extensão, será o túnel que vai substituir o elevado da Perimetral, com três pistas de circulação de automóveis. A solução dos túneis permitiu avançar com as obras o máximo possível, sem comprometer tanto a rotina da cidade. Uma máquina chamada de jumbo é a responsável por fazer a perfuração na rocha, eles perfuram e jogam o explosivo para fazer as detonações. Túnel Submerso O Governo do Estado de São Paulo divulgou, no início de setembro de 2013, uma videossimulação do projeto do túnel submerso que vai ligar as cidades de Santos e Guarujá, no litoral de São Paulo; O túnel será localizado a 21 metros de profundidade do mar e terá 762 metros de extensão, 950 metros de rampas e cerca de 4,5 km de obras viárias em superfície e em viadutos; O projeto do túnel, que já foi entregue pelo Governo Estadual para a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), aguarda a licença de instalação para o início das obras. 69 CONCLUSÃO Os túneis tem um papel importante em nossa qualidade de vida e na preservação do meio ambiente. Realmente, nas áreas urbanas, uma grande parte dos serviços públicos e dos outros serviços que afetam nossas vidas diariamente dependem de uma vasta e robusta rede de túneis. BIBLIOGRAFIA Túneis do Brasil. Tarcísio B. Clestino, Akira Koshima, Ricardo Cavalari D’Alkimin Telles, André Assis - São Paulo, DBA Artes Gráficas: Comitê Brasileiro do Túneis – CBT, 2006. Obrigado! Componentes: Augusto de Paiva Aryelle Ferreira Isabela Pieroni Manuella Carvalho Professor: Amaro Francisco Codá dos Santos CEFET-RJ ENGENHARIA CIVIL – TEEC TÚNEIS
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