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002 Ancylostoma duodenale e Necator americanus

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Fernanda Vandanezi - Ancylostoma duodenale e Necator americanus — Ancilostomose: 
Filo: Nematoda; Família: Ancylostomidae; 
Habitat: 
- vivem no intestino delgado — duodeno e jejuno; 
 
Morfologia: 
- 3 espécies desta família são agentes etiológicos da ancilostomose: 
 • Subfamília: Ancylostominae — apresentam dentes circundando a margem da boca; 
 Ancylostoma ceylanicum: 
 - tem como hospedeiros definitivos — humanos, canídeos e felinos domésticos ou silvestres; 
 Ancylostoma duodenale: 
 - são cilíndricos e curtos; 
 - cor roseo-avermelhada; 
 - porção anterior — boca com 2 pares de dentes cortantes na sua margem; 
 - dimorfismo sexual: 
 • fêmea — 10 a 18mm; • macho — 8 a 11mm; 
 porção posterior afilada + processo espiniforme ao final; porção posterior — recurvada para a face ventral; 
 vulva se abre no terço posterior; bolsa copuladora bem desenvolvida + gubernáculo evidente; 
 
 • Subfamília: Bunostominae — apresentam laminas cortantes circundando a margem da boca; 
 Necator americanus: 
 - são cilíndricos e curtos; 
 - cor roseo-avermelhada; 
 - porção anterior — boca com 2 lâminas cortantes na sua margem; 
 - dimorfismo sexual: 
 • fêmea — 9 a 11mm; • macho — 5 a 9mm; 
 porção posterior afilada + sem processo espiniforme; porção posterior — recurvada para a face ventral; 
 vulva se abre no terço posterior; bolsa copuladora bem desenvolvida + gubernáculo ausente; 
 
Ovo: ovos de Ancyslostoma dueodenale e Necator americanus — são muito parecidos; 
 - ovo fértil: com membrana + parede + massa germinativa; 
 massa vai se dividir — formar a larva rabditoide, estágio L1 que vai eclodir e viver no ambiente; 
 a larva vai sofrer mudanças e no estágio L3, larva filaroide, será infectante; 
 
 
Transmissão: 
- por penetração ativa da larva filaroide na pele; 
- não faz auto-infeccção — são geohelmintos, ou seja necessitam obrigatoriamente, para completar o seu ciclo evolutivo de um estágio no solo; 
- ingestão passiva da larva filarioide; 
 
Patogenia: 
- ações das larvas: 
etiologia primária ou fase aguda — causada pela migração das larvas e sua implantação no intestino delgado; 
 • cutânea — a penetração da larva na pele, vai provocar lesões traumáticas, seguidas por fenômenos vasculares, uma sensação de "picada", 
 hiperemia, prurido e edema resultante do processo inflamatório ou dermatite urticariforme; 
 a intensidade das lesões está ligada ao número de larvas invasoras e da sensibilidade do hospedeiro; 
 • pulmonar — ao romper a parede dos capilares, as lesões entrarão em contato com corpos estranhos, infeccionando o local; 
 pode ocorrer tosse de longa ou curta duração e febrícula; 
 • intestinal — a penetração na mucosa do intestino, vai gerar uma ulceração intestinal; 
 ∟ podendo levar a infecções secundárias por bactérias intestinais, causando — dor epigástrica, diminuição de apetite, indigestão, 
 cólica, indisposição, náuseas, vômitos, flatulências, às vezes, podendo ocorrer diarreia sanguinolenta ou não e, menos frequente, 
 constipação; 
- ações dos vermes adultos: 
etiologia secundária ou fase crônica — determinada pela presença do verme adulto que, associado à expoliação sanguínea e à deficiência 
 nutricional irão caracterizar a fase de anemia; 
 • anemia — devido intenso hematofagismo exercido pelos vermes adultos; 
 microcítica e hipocrômica — é o descompasso entre a síntese de hemoglobina, provocada pela falta de ferro e por sua vez a 
 diminuição da coloração avermelhada, tornando as hemácias menores pela falta de conteúdo 
 (hemoglobina) e deixando-as mais rápidas para fazer a troca do oxigênio (que é comprometida pela 
 falta de hemoglobina); 
 ∟ vai deixar o indivíduo pálido e cansado; 
- em casos fatais — jejunite e jejuno-ileíte, com ulcerações, graves hemorragias, supuração, necrose e gangrena; 
 
Diagnóstico: 
• clínico — amenia e palidez; 
 fezes escuras — devido ao sangramento; 
• laboratorial — exame parasitológico das fezes → Método de Sedimentação Espontânea das Fezes (HPJ), onde os ovos serão encontrados; 
 em casos de constipação ntestinal, torna-se necessário fazer a verifição e distinção das larvas para ver se não é S. stercoralis. 
Tratamento: 
- Albendazol impede a captação de glicose pelo verme, impedindo a 
- Mebendazol formação de ATP, que é usado como fonte de energia; 
- ingestão diária de Ferro na dieta do paciente; 
Profilaxia: 
- tratar os doentes — para que a doença não se espalhe; 
- tratamento da água e do lixo; 
- saneamento básico; 
- andar sempre calçado; 
 
Ciclo Biológico:

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