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antibiograma

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Introdução 
O antibiograma ou teste de sensibilidade microbiano é uma das provas mais importantes do laboratório de microbiologia clínica, pois avalia a suscetibilidade dos microrganismos contra diferentes agentes antimicrobianos.
Os resultados destes testes influenciam diretamente na escolha da terapêutica antimicrobiana, e, por isso, a realização do teste sem controle adequado de qualidade poderá determinar o uso de um antimicrobiano inadequado, com consequente falha terapêutica e risco para o paciente.
Por causa da complexidade dos mecanismos de resistência, a seleção das drogas apropriadas tanto para o teste de suscetibilidade quanto para a terapia antimicrobiana torna-se cada vez mais difícil, podendo levar ao aumento da morbidade e da mortalidade dos pacientes tratados incorretamente.
O método de disco-difusão foi citado em 1966 por Bauer e Kirby, e desde então é um dos métodos mais utilizados nos laboratórios de microbiologia no Brasil. Este método baseia-se na difusão, através do ágar, de um antimicrobiano impregnado em um disco de papel-filtro. A difusão do antimicrobiano leva à formação de um halo de inibição do crescimento bacteriano, onde o diâmetro é inversamente proporcional à concentração inibitória mínima. Esse método é qualitativo, permite classificar a amostra bacteriana em sensível (S), intermediária (I) ou resistente (R) ao antimicrobiano.
O teste de disco-difusão é um método prático, de fácil execução e idealizado para bactérias de crescimento rápido. Os reagentes são relativamente econômicos, não há necessidade de equipamentos especiais, além de apresentar grande flexibilidade na escolha do número e tipo de antimicrobianos a serem testados.
Devido à resistência que as bactérias possuem por mecanismo natural ou por alteração genética ou por mecanismos químicos, é necessária uma avaliação constante e uma padronização do teste de disco-difusão.
Revisão de literatura 
O teste de disco-difusão em ágar foi descrito em 1966 por Bauer e Kirby. É realizado dispensando os discos de antimicrobianos sobre a placa de ágar após a aplicação do inóculo bacteriano com aproximadamente 1 a 2 x 10 UFC/mL. Uma placa de 150 mm pode conter até 12 discos de antimicrobianos, que são feitos de papel-filtro impregnado com antimicrobianos em concentrações fixas e distribuídos comercialmente
As placas são incubadas por 16 a 24 horas (overnight) em ar ambiente ou a 5% de CO2 a 35±2 ºC (dependendo do gênero bacteriano e do antimicrobiano testado) antes dos resultados serem determinados.
Os diâmetros dos halos de inibição do crescimento bacteriano ao redor de cada disco são mensurados em milímetros. Estes são relacionados à sensibilidade da amostra bacteriana e à velocidade de difusão do antimicrobiano no ágar. Quando os halos de inibição são correlacionados aos valores logarítmicos da CIM pela análise de regressão linear, encontra-se uma relação linear consistente demonstrando que o halo de inibição é inversamente proporcional à CIM daquele antimicrobiano.
 Na prática, os resultados do teste de disco-difusão são interpretados comparando o valor do halo de inibição com os critérios publicados pelo CLSI. Desta maneira, as amostras bacterianas são categorizadas em sensíveis, resistentes ou intermediárias.
O teste não fornece um resultado quantitativo, mas sim qualitativo. Na maioria das situações clínicas, o teste qualitativo é suficiente para orientar a escolha terapêutica.
Entre os testes realizados pelo laboratório de microbiologia, o antibiograma talvez seja o mais importante deles, pois irá direcionar a escolha da terapia antimicrobiana. A escolha de um antimicrobiano para o qual a bactéria responsável pela infecção é resistente poderá levar a falha terapêutica, aumentando, assim, a morbidade e a mortalidade relacionadas à infecção. No caso de infec- ções graves, especialmente em pacientes imunocomprometidos ou com doenças de base importantes, a escolha do antimicrobiano inadequado poderá levar à morte do paciente

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