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Curso completo de NVivo 10 - Como tirar maior 
proveito do software para a sua investigação 
 
 
 
Prof. Doutora Irina Saur-Amaral 
 
(irina.amaral@gmail.com) 
 
Curso completo de NVivo 10 - Como tirar maior proveito do software para a sua investigação 
 
Irina Saur-Amaral Página 2 de 119 
 
Introdução 
Um novo software: mesma forma de utilização que NVivo 9, mais funcionalidades e 
mais capacidade de processamento 
NVivo tem estado no topo dos softwares de análise qualitativa utilizados para fins de investigação científica, bem 
acima do Atlas.Ti e MaxQDA, posição alcançado aquando do lançamento do NVivo 8 que permitia tratamento de 
ficheiros multimédia. 
O lançamento do NVivo 9 no 21 de Outubro de 2010 possibilitou ainda a análise de dados organizados em formato 
tabelar, permitindo um maior apoio aos investigadores que utilizam métodos mistos de investigação, e, também, 
importar dados bibliográficos de bibliotecas Endnote, Zotero e RefWorks e utilizar as notas colocadas nesses 
softwares para a análise conjunta com outro material, facilitando por essa via a revisão da literatura. Nessa fase, o 
trabalho de grupo foi facilitado com a criação do NVivo Server, para licenças de vários utilizadores. 
O tratamento dos documentos PDF no NVivo foi substancialmente melhorado com a introdução da atualização de 9 
de Junho de 2011, eliminando a necessidade de tratamento prévio dos ficheiros a analisar para manter a 
formatação. 
No passado dia 13 de junho de 2012, a QSR lançou o NVivo 10, uma nova versão baseada na mesma interface de 
utilização que o NVivo 10, mas enriquecida com uma componente pioneira no universo dos softwares desta 
natureza: a recolha muito eficaz e consequente análise de dados oriundos de redes sociais online (Facebook, 
Twitter e LinkedIn) e de outros sites online através de clipping. 
NVivo 10 vem agora acompanhado por um novo software, incluído quer na versão teste, quer na versão adquirida 
do NVivo 10, designado por NCapture, que funciona no browser Internet Explorer. Há também integração com as 
notas de Evernote (software gratuito usado muito nos tablets e iPhones para tomar notas e para fazer clipping 
anotado). 
A capacidade de processamento é maior, e nota-se uma maior rapidez quer no arranque do programa, quer no 
processamento de dados e os projetos estão otimizados para o tratamento de grandes quantidades de dados. 
Para quem já realizou investigações que utilizam netnografia ou simplesmente clipping Web, o novo NVivo é 
absorvente e viciante (quando testei a versão beta, em março de 2012, não conseguia largar o software! -). 
 
Curso completo de NVivo 10 - Como tirar maior proveito do software para a sua investigação 
 
Irina Saur-Amaral Página 3 de 119 
 
Um novo livro 
Já estou no terceiro livro sobre utilização do NVivo, complementado por dois outros sobre revisão sistemática da 
literatura usando o NVivo em conjunto com Endnote. Confesso que nunca imaginei quando comecei este processo 
que os meus livros iam dar à volta ao mundo e iam ajudar tantos investigadores. Fico muito contente e agradeço a 
todos as maravilhosas palavras de apreço. Espero continuarem a servir e a aumentar a rapidez e o rigor das 
investigações que estão a desenvolver! 
O “Curso completo de NVivo 8 - Como tirar maior proveito do software para a sua investigação”, publicado em 
Junho de 2010 pela Bubok, foi o primeiro livro em Portugal sobre NVivo e um dos poucos publicados em todo o 
mundo, tendo sido utilizado por muitos investigadores portugueses e brasileiros. 
O “Curso completo de NVivo 9 - Como tirar maior proveito do software para a sua investigação” permitiu dar 
continuidade ao trabalho iniciado com a publicação anterior, abordando muitas questões que tenho respondido 
com frequência nas acções de formação que tenho estado a ministrar um pouco por todo o país desde Outubro de 
2009, nas várias universidades e institutos politécnicos portugueses. Foi um livro com muito sucesso no Brasil, 
muito devido à boca-a-boca positivo dos leitores que adquiriram o livro através da Bubok, que começou em 2011, 
salvo erro, as suas vendas diretas no Brasil. 
Neste novo livro já sinto necessidade de complementar a abordagem que tenho tido (curso completo e detalhado 
usando a base de dados modelo da QSR e os documentos que dela constam, para que todos possam treinar 
facilmente em qualquer canto do mundo) com livros mais específicos dedicados à revisão da literatura (livro que já 
existe, sobre revisão sistemática, em conjunto com Endnote), à análise de dados de ambiente Web, à realização de 
estudos de caso ou à realização de trabalhos de investigação recorrendo a grounded theory. 
Por isso, desta vez irão seguir, até meados de 2013, os restantes livros, parte de uma série intitulada “Como usar 
NVivo para…”, que desejam complementar o presente livro, proporcionando dicas práticas sobre a utilização do 
NVivo em situações concretas de investigação. 
 
Irina Saur-Amaral 
 
Aveiro, dezembro de 2012 
Curso completo de NVivo 10 - Como tirar maior proveito do software para a sua investigação 
 
Irina Saur-Amaral Página 4 de 119 
 
Índice 
 
Introdução ..................................................................................................................................................... 2 
Um novo software: mesma forma de utilização que NVivo 9, mais funcionalidades e mais capacidade 
de processamento ..................................................................................................................................... 2 
Um novo livro ............................................................................................................................................ 3 
 
1. O que é o NVivo? ............................................................................................................................... 7 
2. Como é que o NVivo está organizado? .............................................................................................. 8 
3. Projetos: criar, abrir, importar ........................................................................................................ 12 
3.1. Criar um projeto ...................................................................................................................... 12 
3.2. Abrir um projeto ...................................................................................................................... 13 
3.3. Importar um projeto ................................................................................................................ 14 
3.4. Exportar um projeto ................................................................................................................ 15 
4. Cópias de segurança ........................................................................................................................ 16 
5. Base de dados modelo..................................................................................................................... 19 
6. Fontes de informação (Sources) ...................................................................................................... 20 
6.1. Importação de ficheiros para o NVivo ..................................................................................... 20 
6.1.1. Alternativas de importação ................................................................................................. 21 
6.1.2. Importação de ficheiros texto e pdf .................................................................................... 22 
6.1.3. Importação de ficheiros áudio ............................................................................................. 25 
6.1.4. Importação de ficheiros vídeo ............................................................................................. 266.1.5. Importação de imagens ....................................................................................................... 27 
6.1.6. Importação de bases de dados - Excel ................................................................................ 28 
6.1.7. Importação de informação bibliográfica ............................................................................. 33 
6.1.8. Importação de informação de NCapture ............................................................................. 37 
6.1.9. Importação de informação de Evernote ............................................................................. 38 
6.2. Criação de fontes de informação no NVivo: documentos internos, externos, memoranda .. 40 
 
 
Curso completo de NVivo 10 - Como tirar maior proveito do software para a sua investigação 
 
Irina Saur-Amaral Página 5 de 119 
7. Adicionar mais informação no NVivo: Transcrições, Comentários e Ligações .................................43 
7.1. Transcrições áudio e vídeo .......................................................................................................43 
7.2. “Transcrever” imagens ou partes de imagens .........................................................................47 
7.3. Comentários e ligações entre os vários componentes do NVivo .............................................48 
7.3.1. Annotations ..........................................................................................................................48 
7.3.2. See Also Links .......................................................................................................................49 
8. Categorias, (des)codificação e caracterização .................................................................................52 
8.1. Criação de categorias nos Nodes e codificação manual ..........................................................52 
8.1.1. Nova categoria (nome e alcunha) ........................................................................................52 
8.1.2. Codificação utilizando o menu rápido ou a barra de codificação ........................................54 
8.1.3. Codificação “Arrastar e Largar” ............................................................................................56 
8.2. Criação de categorias durante a codificação manual ..............................................................57 
8.3. Criação de categorias durante a codificação automática ........................................................58 
8.4. Relatórios de codificação e descodificação ..............................................................................64 
8.4.1. Abrir o relatório de codificação ............................................................................................64 
8.4.2. Separadores do relatório de codificação .............................................................................64 
8.4.3. Descodificação ......................................................................................................................65 
8.5. Reorganização de categorias ....................................................................................................66 
8.5.1. Mover categorias..................................................................................................................66 
8.5.2. Juntar categorias ..................................................................................................................66 
8.5.3. Apagar categorias .................................................................................................................66 
8.6. Criação de sub-níveis de análise nas categorias e nas fontes de informação: Características e 
Caracterização ......................................................................................................................................67 
8.6.1. Criação de características e caracterização de fontes de informação .................................67 
8.6.2. Criação de características e caracterização de categorias ...................................................72 
9. Conjuntos de informação .................................................................................................................73 
 
Curso completo de NVivo 10 - Como tirar maior proveito do software para a sua investigação 
 
Irina Saur-Amaral Página 6 de 119 
10. Consultas ..................................................................................................................................... 77 
10.1. Guardar consultas e resultados para futuras utilizações .................................................... 78 
10.2. Texto .................................................................................................................................... 79 
10.3. Palavras frequentes ............................................................................................................. 81 
10.4. Codificação .......................................................................................................................... 86 
10.5. Matrizes ............................................................................................................................... 90 
10.6. Combinações ....................................................................................................................... 94 
10.7. Grupos ................................................................................................................................. 97 
11. Visualização ............................................................................................................................... 100 
11.1. Modelos ............................................................................................................................. 100 
11.2. Gráficos .............................................................................................................................. 104 
11.2.1. Gráficos tradicionais ......................................................................................................... 104 
11.2.2. Análise de clusters ............................................................................................................ 106 
11.2.3. Árvores de palavras .......................................................................................................... 109 
11.3. Relatórios ........................................................................................................................... 110 
12. Exportação ................................................................................................................................. 115 
Chegámos ao fim… ................................................................................................................................ 117 
Lista de atalhos para utilização no NVivo 10 ......................................................................................... 118 
 
 
Curso completo de NVivo 10 - Como tirar maior proveito do software para a sua investigação 
 
Irina Saur-Amaral Página 7 de 119 
1. O que é o NVivo? 
NVivo é um software criado pela QSR, uma empresa australiana de software que se especializou em análise 
qualitativa de dados. 
Até há alguns anos, esta empresa tinha dois produtos muito conhecidos: NUD*IST e NVivo 2, que visavam públicos 
alvos diferentes. O NUD*IST era a ferramenta ideal para o investigador que pretendia analisar grandes quantidades 
de dados, enquanto o NVivo permitia explorar e dar asas à criatividade num conjunto menor de dados. 
Desde 2006, a QSR juntou as duas funcionalidades numa só: NVivo 7, que combina a capacidade do NUD*IST de 
efectuar análises poderosas e robustas com a flexibilidade do NVivo 2. 
NVivo 8 passou a incluir novas funcionalidades que lheconferiram uma posição única no panorama dos softwares 
de análise qualitativa de dados. Foi possível, entre outros, trabalhar com ficheiros áudio, vídeo e imagens e fazer a 
análise desse material audiovisual de uma forma inovadora. 
A versão anterior, NVivo 9, permitiu, pela primeira vez, analisar respostas de inquéritos (por exemplo: respostas a 
questões abertas) e dados bibliográficos importados de softwares de gestão de referências bibliográficas (Endnote, 
Zotero) e combinar este tipo de análise com a análise tradicional de texto, imagem, ficheiros áudio e vídeo. Dessa 
forma, apoia a investigação mista, que tem começado a ser cada vez mais frequente em Portugal. 
A versão atual, NVivo 10, foi lançada em meados de junho de 2012, e trouxe novidades significativas, sobretudo ao 
nível da captura e análise de dados em ambiente Web, aperfeiçoando as funcionalidades anteriormente 
introduzidas. 
Agora, NVivo 10 vem com vários add-ons, que permitem capturar dados de ambiente Web (NCapture), ou importar 
dados de softwares específicos de clipping e apontamentos (Evernote, Onenote). 
NVivo tem cinco funcionalidades principais: 
x Gestão de dados (organizar e recuperar tudo que podemos utilizar ao longo de uma investigação, nos 
mais variados formatos); 
x Gestão de ideias (organizar e aceder facilmente a conhecimento conceptual ou teórico construído durante 
a investigação, e aos dados que nos permitiram construir este conhecimento); 
x Pesquisa de dados (fazer perguntas simples e complexas e recuperar toda a informação relevante da base 
de dados NVivo) 
x Modelação visual (construir modelos e gráficos a partir dos dados) 
x Relato (apresentar os resultados obtidos em formato visual ou texto para utilização em relatórios da 
investigação realizada) 
 
Curso completo de NVivo 10 - Como tirar maior proveito do software para a sua investigação 
 
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2. Como é que o NVivo está organizado? 
A. Do lado esquerdo, temos o menu lateral que nos permite aceder com um só clique às principais categorias de 
“objetos” NVivo: 
 
x Sources (documentos) – permite visualizar os documentos existentes no NVivo (Internals e Memos) ou 
ligados ao NVivo (Externals), que podem ser utilizados para a análise de dados, e criar novos documentos, 
directamente ou através de importação; 
x Nodes (categorias/temas) – permite visualizar os principais temas ou categorias existentes no NVivo 
(Nodes, Relationships ou Matrices), que podem ser utilizados para fazer a codificação dos documentos, e 
criar novos temas/categorias; 
x Classifications (classificações) – permite visualizar as principais classificações existentes no NVivo (Source 
Classifications, Nodes Classifications ou Relationship Types), que podem ser utilizadas para caracterizar 
documentos ou categorias existentes e criar diferentes níveis de análise, e criar novas classificações; 
x Collections (grupos) – permite visualizar os principais grupos, ligações e comentários existentes no NVivo 
(Sets, Memo Links, See Also Links ou Annotations), que podem ser utilizados para agrupar, ligar ou 
comentar documentos ou categorias existentes e permitir diferentes níveis de análise, e criar novos 
grupos; 
x Queries (pesquisas) – permite visualizar as principais pesquisas existentes no NVivo, que podem ser 
utilizadas para interrogar os documentos, temas, classificações e colecções existentes, e permite criar 
novas pesquisas; 
x Reports (relatórios) – permite visualizar os principais relatórios existentes no NVivo, que podem ser 
utilizados para apresentar os resultados da análise de dados, e permite criar novos relatórios; 
x Models (modelos) – permite visualizar os principais modelos existentes no NVivo (Reports ou Extracts), 
que podem ser utilizados para apresentar a informação obtida durante a análise de dados, e permite criar 
novos modelos; 
x Folders (ficheiros) – permite visualizar todos os objetos juntos (Sources, Nodes, etc.). 
 
A
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B. Em cima, temos o menu tipo Office 2007/2010, que contém as principais funcionalidades disponíveis no NVivo 
9 e com menus sensíveis ao contexto que aparecem à direita, depois de última funcionalidade, sempre que 
aplicável: 
 
x Home (Início) 
 
x Create (Criar) 
 
x External Data (Dados externos) 
 
x Analyze (Analisar) 
 
 
B
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x Explore (Explorar) 
 
x Layout (Apresentação/Esquema de página) 
 
x View (Ver) 
 
 
C. No canto superior esquerdo, temos o menu de configuração do projeto NVivo, designado por File (Ficheiro), 
em que podemos aceder às funcionalidades que dizem respeito ao projeto como um todo. 
 
 
C
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D. No canto superior esquerdo, encontramos também o menu de acesso rápido, que pode ser configurado à 
semelhança do que acontece no Office 2007/2010. 
E. O espaço à direita-centro encontra-se o espaço de trabalho, em que podem ser visualizados os objetos 
existentes no NVivo, podem ser criados novos objetos, pode exportar-se informação etc. Este espaço de 
trabalho é designado no NVivo por List View. 
 
 
D
E
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3. Projetos: criar, abrir, importar 
3.1. Criar um projeto 
Para trabalhar com NVivo, tem que se criar um novo projeto que vai guardar toda a informação sobre a 
investigação que vamos realizar. É recomendável que tenha sempre só um projeto com toda a informação 
associada a uma dada investigação, para a poder transportar facilmente e que, claro, faça cópias de segurança 
regulares deste projeto. 
Para criar um novo projeto, abra o NVivo e carregue em File e New, ou em New Project no canto inferior esquerdo, 
e indique um nome para o seu projeto e uma breve descrição que lhe permita compreender que tipo de 
investigação tem no seu projeto. 
 
A localização por defeito dos projetos NVivo é na pasta Documentos, mas pode alterar a sua localização carregando 
em Browse…. Pode optar por manter um registo das alterações que vai realizar no projeto, selecionando Write 
user actions to project event log. Depois de carregar em Ok, o novo projeto vai abrir. 
 
 
 
Curso completo de NVivo 10 - Como tirar maior proveito do software para a sua investigação 
 
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3.2. Abrir um projeto 
Para abrir um projeto já criado, abra o NVivo e carregue em File e Open, ou em Open Project no canto inferior 
esquerdo. Seleccione o projeto desejado e ao carregar em Ok, o projeto vai abrir. 
 
Pode abrir um projeto recente selecionando o mesmo na lista disponível depois de abrir o NVivo. Passe o ponteiro 
do rato em cima do nome do projeto (Filename) se quiser ver a localização do mesmo. 
 
 
Curso completo de NVivo 10 - Como tirar maior proveito do software para a sua investigação 
 
Irina Saur-Amaral Página 14 de 119 
3.3. Importar um projeto 
Para importar um projeto (ex Projeto.nvp) dentro de um outro (Curso completo de NVivo10.nvp), tem que ter o 
projeto em que se pretende importar aberto (Curso completo de NVivo10.nvp), ir para o menu External Data e 
carregar em Project. 
 
Na janela seguinte, seleciona-se o projeto que se deseja importar (Projeto.nvp), seleciona-se o que se pretende 
importar (tudo ou somente alguns objetos) e carrega-se em Import. 
 
 
Curso completo de NVivo 10 - Como tirar maior proveito do softwarepara a sua investigação 
 
Irina Saur-Amaral Página 15 de 119 
3.4. Exportar um projeto 
Para exportar um projeto (ex. Curso completo de Nvivo10.nvp), deve ter-se este projeto aberto. Depois tem que se 
ir para o menu External Data e selecionar Export/Export Project. 
 
Na janela seguinte, indica-se a localização para a qual se pretende exportar (ex. NovoProjeto.nvp), quais os 
elementos do projeto que se pretendem exportar (devem ser selecionados, carregando em Select…, podendo 
utilizar a funcionalidade de Filter para identificar elementos de acordo com critérios específicos), se pretende 
exportar toda a informação associada (selecionando Include related data) e carrega-se em Export. 
 
Curso completo de NVivo 10 - Como tirar maior proveito do software para a sua investigação 
 
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4. Cópias de segurança 
Uma das vantagens do NVivo é permitir ter toda a informação sobre uma determinada investigação numa só 
localização. Mas o que é uma vantagem pode se transformar numa desvantagem se não tivermos cópias regulares 
de segurança. Se o computador avariar, a nossa investigação pode desaparecer num ápice. 
Como se trata de um só ficheiro, designado por “Projeto.nvp”, cada um poderá utilizar as suas técnicas habituais 
de fazer cópias de segurança. Pessoalmente, sou uma grande fã dos Porta-documentos do Windows (My Briefcase 
em versão inglesa), porque me permitem atualizar a informação depressa e somente aquela informação que foi 
alterada desde a última cópia de segurança. 
Funciona assim. Coloca toda a informação que pretende ter na cópia de segurança numa pasta. Ex. Projeto.nvp, 
numa pasta designada por ProjetoNVivo. 
 
Criamos, num dispositivo externo ao computador (pen, rede online, disco duro externo etc.) um nova porta 
documentos com o nome ex. ProjetoNVivo_Sincronizado (botão direito do rato, novo Porta-documentos). 
 
Selecionamos a pasta ProjetoNVivo, copiamos essa pasta (botão direito do rato, Copy) e depois colamos o 
conteúdo dentro de ProjetoNVivo_Sincronizado (botão direito do rato, Paste) e já está! 
Curso completo de NVivo 10 - Como tirar maior proveito do software para a sua investigação 
 
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Curso completo de NVivo 10 - Como tirar maior proveito do software para a sua investigação 
 
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Para efectuar uma cópia de segurança, vai-se à pasta ProjetoNVivo_Sincronizado e atualiza-se a informação (botão 
direito do rato, Atualizar tudo), e depois Atualizar. Fácil, rápido, eficaz! 
 
 
Curso completo de NVivo 10 - Como tirar maior proveito do software para a sua investigação 
 
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5. Base de dados modelo 
Os exemplos utilizados neste livro estão relacionados com os documentos e a análise realizada na base de dados 
modelo da QSR, que vem com a versão de teste ou com a versão comercial do NVivo. Em qualquer altura poderá 
recuperar a informação original abrindo o NVivo e carregando no projeto Environmental Change Down East.nvp 
que aparece na lista de projetos recentes. 
 
Realça-se, contudo, que a base de dados modelo está muito mais complexa do que aquilo que aqui se apresenta e 
que deve ser utilizada para compreender o potencial do NVivo depois de realizados os passos apresentados neste 
livro. 
Se quiser experimentar utilizar a base de dados modelo para fazer pesquisas, codificação ou qualquer outra 
actividade que altera o seu conteúdo, sugere-se vivamente que não guarde alterações a esta base de dados, caso 
contrário não conseguirá recuperar o original! Sugere-se fazer uma cópia da base de dados (e trabalhar à vontade 
nessa cópia). Para isso, com o projeto aberto, carrega-se em File/Manage e Copy Project… e guarda-se a cópia com 
um nome diferente, numa localização à escolha. 
 
 
Curso completo de NVivo 10 - Como tirar maior proveito do software para a sua investigação 
 
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6. Fontes de informação (Sources) 
Antes de poder realizar qualquer tipo de análise qualitativa, é preciso introduzir a informação que vamos analisar 
numa base de dados NVivo. 
Isto pode ser feito de duas formas: 
x Através da importação de informação existente em formato digital; 
x Através da introdução desta informação directamente no NVivo (ex. transcrições realizadas no NVivo, 
memos ou outro tipo de documentos criados dentro da base de dados). 
 
6.1. Importação de ficheiros para o NVivo 
Podemos importar para o NVivo vários tipos de documentos, sendo que o processo de importação é diferente para 
documentos texto, pdf, áudio, vídeo e imagem versus documentos em formato tabelar/bases de dados. 
Tipo de documento Designação NVivo9 Formatos reconhecidos pelo NVivo9 
Texto e pdf (Documents) extensões .doc, .docx, .rtf, .txt, .pdf 
Áudio (Audio) extensões .mp3, .wma, .wav 
Vídeo (Video) extensões .mpg, .mpeg, .mpe, .wmv, .avi, .mov, .qt, .mp4 
Imagem (Image) extensões .bmp, .gif, .jpg, .jpeg, .tif, .tiff 
Tabelar/bases de 
dados 
 (Dataset) extensões .txt, .xls, .xlsx e uma grande variedade de outras 
extensões correspondentes a bases de dados tipo OBDC (ex. 
Access) 
Dados bibliográficos (Documents) extensões .xml (Endnote), .ris e .txt (Zotero e RefWorks) 
Dados de captura 
Web (redes sociais 
ou não) 
(Dataset), (Image) extensões .nvcx (com o suplemento do NVivo, NCapture) 
Dados de gestores de 
apontamentos e 
clipping 
(Documents) extensões .enex (Evernote), .nvoz (Onenote – com o suplemento 
do NVivo) 
A importação de ficheiros pode ser feita um a um, ou em grupos, por cada tipo de documento à excepção dos 
documentos em formato tabelar/bases de dados. 
Tipicamente, os documentos importados são copiados no projeto nas versões existentes na data da importação, 
pelo que qualquer alteração subsequente dos documentos no projeto1 não se reflecte nos documentos originais e 
vice-versa. 
 
1 Os documentos em formato tabelar/bases de dados não podem ser alterados após importação. Trata-se de uma 
limitação que deverá ser ultrapassada nas próximas versões de NVivo, segundo à QSR. 
Curso completo de NVivo 10 - Como tirar maior proveito do software para a sua investigação 
 
Irina Saur-Amaral Página 21 de 119 
A excepção consiste nos ficheiros de grande dimensão, tipicamente vídeos, que iriam tornar o projeto demasiado 
pesado, que são importados como Externals e com a consequente ligação para o documento original. A dimensão 
máxima dos ficheiros a importar pode ser definida nas opções de projeto. 
Para exemplificar, vamos importar um conjunto de documentos que fazem parte da base de dados modelo do 
NVivo10, apresentados na tabela seguinte: 
Tipo de documento Designação NVivo9 Documentos a importar 
Texto e pdf (Documents) x Barbara.docx 
x Fishermen spread shells to restore habitat.pdf 
Áudio (Audio) x Helen.mp3 
Vídeo (Video) x Ken.wmv 
Imagem (Image) x competing water uses.jpeg 
Tabelar (Dataset) x Survey responses.xls 
E vamos complementar com a importação de um ficheiro de dados bibliográficos vindo de Endnote e um ficheiro 
capturado com NCapture. 
6.1.1. Alternativas de importação 
Para importar documentos, podemos fazer de duas maneiras. 
Podemos ir a Sources/Internals e carregar no botão direito do rato no espaço à direita (que é designado por List 
View) e depois em Import Internals, selecionando de seguida o tipo de documento que pretendemos importar. 
Ou podemos utilizar a barra de ferramentas do menu superior, designada por External Data e depois carregar no 
tipo de documento que pretendemos importar. 
 
 
 
Este espaço é designado 
por List View 
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6.1.2. Importação de ficheiros texto e pdf 
Vamos importar os documentos tipo texto e pdf. 
Tipo de documento Designação NVivo9 Documentos a importar 
Texto e pdf (Documents) x Barbara.docx 
x Fishermen spread shells to restore habitat.pdf 
Utilizando uma das estratégias de importação apresentadas anteriormente, selecionamos Import Documents ou 
Documents, seguido de Browse e selecionamos os ficheiros a importar. 
 
 
 
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Depois de carregar em Abrir e depois Ok, vamos ter o nosso primeiro ficheiro no projeto criado. 
 
Repetimos a operação com o documento pdf. 
 
 
 
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E temos agora dois ficheiros no nosso projeto. Para abrir qualquer um dos mesmos, devemos clicar duas vezes em 
cima do nome do ficheiro desejado e este abrirá (ex. Fishermen spread shells to restore habitat). 
 
 
 
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6.1.3. Importação de ficheiros áudio 
Vamos importar agora um documento tipo áudio. 
Tipo de documento Designação NVivo9 Documentos a importar 
Áudio (Audio) x Helen.mp3 
Utilizando uma das estratégias de importação apresentadas anteriormente, selecionamos Import Audios ou Audios, 
seguido de Browse e selecionamos o ficheiro a importar. 
 
 
Depois de carregar em Abrir e depois Ok, vamos ter o nosso primeiro ficheiro áudio no projeto e um total de trÊs 
documentos. 
 
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6.1.4. Importação de ficheiros vídeo 
Vamos importar agora um documento tipo vídeo. 
Tipo de documento Designação NVivo9 Documentos a importar 
Vídeo (Video) x Ken.wmv 
Utilizando uma das estratégias de importação apresentadas anteriormente, selecionamos Import Videos ou Videos, 
seguido de Browse e selecionamos o ficheiro a importar. 
 
Depois de carregar em Abrir e depois Ok, vamos ter o nosso primeiro ficheiro vídeo no projeto e um total de quatro 
documentos. 
 
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Podemos optar por não importar o vídeo para o nosso projeto, para não aumentar demasiado a dimensão do 
projeto. Para isso, na janela que se segue ao carregarmos Ok no passo anterior selecionamos o separador Video e 
depois Not embedded, indicando o sítio em que queremos guardar o ficheiro vídeo. 
 
Neste caso, teremos que ter em consideração que a relocalização do projeto, as cópias de segurança etc. não 
incidirão sobre o vídeo em causa. 
 
6.1.5. Importação de imagens 
Vamos importar agora uma imagem. 
Tipo de documento Designação NVivo9 Documentos a importar 
Imagem (Image) x competing water uses.jpeg 
Utilizando uma das estratégias de importação apresentadas anteriormente, selecionamos Import Pictures ou 
Pictures, seguido de Browse e selecionamos o ficheiro a importar. 
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Depois de carregar em Abrir e depois Ok, vamos ter a nossa primeira imagem no projeto e um total de cinco 
documentos. 
 
 
6.1.6. Importação de bases de dados - Excel 
Vamos importar agora uma base de dados em Excel. 
Tipo de documento Designação NVivo9 Documentos a importar 
Tabelar/bases de 
dados 
 (Dataset) x Survey Responses.xls 
Utilizando uma das estratégias de importação apresentadas anteriormente, selecionamos Import Datasets ou 
Dataset, o que vai abrir o assistente de importação de bases de dados. Carregamos em Browse e selecionamos o 
ficheiro a importar (estamos à procura de Data Files, com extensões tipo Excel). 
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Carregamos de seguida em Next e selecionamos a folha de cálculo que pretendemos importar. Carregamos em 
Next. 
 
 
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No passo seguinte podemos indicar a forma como as datas são apresentadas no ficheiro que estamos a importar. 
Este passo é importante se queremos que as datas sejam interpretadas como tal com projeto NVivo. 
 
O quarto passo do assistente é muito importante e obriga à revisão de cada coluna da nossa base de dados através 
de: 
x selecção (clicar na respectiva coluna, que depois aparecerá a azul, com se mostra na figura abaixo com a 
coluna Respondent); 
x definição do tipo de dados que se encontra nesta coluna à escolha entre Classifying Field (por defeito, que 
somente poderá servir para diferenciar as linhas, colocando-as automaticamente em categorias mediante 
o tipo de dados) e Codable Field (que nos permitirá codificar o conteúdo de cada célula de acordo com a 
nossa própria estrutura de categorias, oferecendo-nos assim uma maior flexibilidade). 
Atenção que não é possível alterar o tipo de coluna depois de concluída a importação. 
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Vamos selecionar as seguintes colunas e assegurar que estão definidas como Codable Field: 
x The natural environment Down East is 
x The water quality Down East is 
x Commercial fishing Down East is 
x The types of development I would like to see 
x The types of development I would not like to see 
 
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Depois, colocamos o nome desejado (Survey data), carregamos em Next e depois Finish. 
 
 
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Já concluímos a importação da folha survey data do ficheiro Excel selecionado. Temos agora seis ficheiros no nosso 
projeto e depois da importação o Nvivo abre este último ficheiro importado automaticamente. Se quisermos fechar 
o mesmo, carregamos na cruzinha indicada na figura seguinte. 
 
 
6.1.7. Importação de informação bibliográfica 
A importação de informação bibliográfica oriunda de softwares de gestão de referências bibliográficas como 
Endnote, Zotero ou RefViz pressupõe a existência de uma base de dados de referências bibliográficas num desses 
softwares e a exportação dos registos dessa base de dados para formato XML ou RIS. 
Recomenda-se a utilização do formato XML pois é aquele que funciona melhor em todas as situações e permite 
uma importação mais eficaz para o NVivo. 
Imaginemos que já temos um ficheiro .xml criado através do Endnote, designado por AccountingData.xml. vamos 
importá-lo para NVivo. 
 
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Utilizando uma das estratégias de importação apresentadas anteriormente, selecionamos Import from Endnote, 
seguido de Browse e selecionamos o ficheiro a importar. 
 
Na janela do assistente, selecionamos Name sources by Author and Year (para que os documentos importados 
tenham uma identificação fácil, em formato de citação) e depois carregamos em Import. 
 
 
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O processo de importação demora algum tempo, podendo ser visto o progresso da importação na barra de cor 
verde no canto inferior esquerdo. 
 
Após a importação, teremos que ver o material importado, distribuído entre Internals (documentos PDF existentes 
no Endnote), Externals (referências sem documento PDF – é o nosso caso – 71 referências só com a citação) e 
Memos (informação existente nos campos Abstract, Notes e Research Notes da base de dados Endnote – no nosso 
caso 71 referências). 
 
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Os números que aparecem no final do título dos documentos importados são a referência ao número da referência 
no Endnote. 
Ao abrir um dos memos, podemos ver o seu conteúdo. 
 
 
 
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6.1.8. Importação de informação de NCapture 
A importação de informação de NCapture implica uma captura prévia de dados. No nosso caso, iremos utilizar 
como exemplo os dados recolhidos da página de Facebook de um evento, Miss Sumol Cup, guardados num ficheiro 
designado por Miss Sumol Cup 2012-11-09.nvcx. Utilizando uma das estratégias de importação apresentadas 
anteriormente, selecionamos Import from NCapture, seguido de Browse e selecionamos o ficheiro a importar. 
 
Ao carregar em Import, vamos ter o nosso primeiro ficheiro desta natureza no nosso projeto NVivo, de tipo 
Database, designado por Miss Sumol Cup. 
 
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6.1.9. Importação de informação de Evernote 
A importação de informação de Evernote implica uma exportação prévia de notas deste programa. No nosso caso, 
iremos utilizar como exemplo uma nota previamente exportada para um ficheiro designado . 
Utilizando uma das estratégias de importação apresentadas anteriormente, selecionamos Import from Evernote, 
seguido de Browse e selecionamos o ficheiro a importar. 
 
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Depois de carregar em Import, teremos o novo ficheiro, de tipo Document. 
 
 
 
 
 
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6.2. Criação de fontes de informação no NVivo: documentos internos, externos, memoranda 
Podemos querer criar outros tipos de documentos para nos apoiar no processo de desenvolvimento do modelo e 
da análise da informação que temos na nossa base de dados NVivo. 
Quando queremos escrever sobre aspetos que nos “passam pela cabeça” enquanto trabalhamos, tipicamente 
devemos utilizar um Memo, que é um documento texto em que escrevemos à vontade aquilo que pretendemos 
(ideias que tivemos, dúvidas que surgem, razões para codificar um texto de uma certa forma em vez de outra, lista 
de afazeres, etc.). 
Gostava de realçar que muito do material mais importante num processo de análise de dados surge precisamente 
enquanto está a trabalhar com os dados. E geralmente este escreve-se nos memos, ou nas anotações feitas no 
documento (Annotations). As anotações, tal como as relações entre os vários elementos do projeto vão ser 
abordadas em capítulo aparte. 
Para isso, selecionamos Memos na lista de Sources disponível no canto superior esquerdo. Carregamos com o 
botão direito do rato no espaço à direita e selecionamos New Memo…. Damos-lhe um título representativo (ex. 
Diário da investigação) e uma descrição para podermos identificar mais tarde para que serve o documento, e 
carregamos em Ok. Vai aparecer um novo documento. 
 
 Depois, podemos introduzir informação no diário de investigação, abrindo-o primeiro (carregando duas vezes no 
documento) e depois escrevendo aquilo que pretendemos como se estivéssemos a utilizar um editor de texto. 
 
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É, também, bastante frequente querer mencionar na base de dados NVivo que existem outros documentos que 
podem ser importantes para o projeto em curso, mas que não se encontram dentro do mesmo. Por exemplo, 
podemos querer criar um link e uma referência a um site que encontrámos e que pode ser relevante para a 
investigação. 
Nesta situação, trabalha-se nos Externals. selecionamos Externals na lista de Sources disponível no canto superior 
esquerdo. Carregamos com o botão direito do rato no espaço à direita e selecionamos New External…. Damos-lhe 
uma designação representativa e vamos para External. 
 
Selecionamos Web Link, depois colocamos o link no campo URL path…. Carregamos Ok, e já está. 
 
Se quisermos abrir no futuro o respectivo site, selecionamos o respectivo External, carregamos no botão direito do 
rato, depois Open External File… e vamos para o site em questão. 
 
É importante realçar que no caso dos Externals, para que os documentos possam ser utilizados de uma forma eficaz 
no processo de análise de dados, é preciso abrir os mesmos (carregando duas vezes no documento, e depois é 
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preciso introduzir uma breve síntese e referência aos aspetos mais relevantes do respectivo documento (neste 
caso, indicar que tipo de conteúdo relevante contém a página da AMI para a nossa investigação). 
 
 
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7. Adicionar mais informação no NVivo: Transcrições, Comentários e Ligações 
7.1. Transcrições áudio e vídeo 
O processo de transcrição no NVivo é relativamente simples, quer no caso dos documentos áudio, quer no caso dos 
vídeos. Primeiro, é preciso abrir o documento que se pretende transcrever, carregando duas vezes no nome do 
mesmo. Vamos fazer isso com o documento vídeo importado anteriormente (Ken). 
 
Na parte central da janela do NVivo poderemos ver a localização no vídeo e na parte inferior direita será feita a 
transcrição. 
Depois de abrir o vídeo, aparece-nos o separador de Media, que contém opções específicas para os documentos 
áudio e vídeo, indispensáveis para a transcrição. 
O botão permite arrancar ou parar o vídeo. Geralmente é mais fácil utilizar as teclas de atalho F4 
(Play/Pause) e F8 (Stop). 
Podemos definir a velocidade do ficheiro (pode ser mais rápido ou mais devagar mediante aquilo que nos parece 
mais relevante para fazermos uma boa transcrição). Teremos neste caso que escolher entre Fast, Normal e Slow: 
. 
Podemos também escolher entre as várias vistas disponíveis para trabalhar com documentos áudio e vídeo. Há três 
opções: Normal, Synchronize e Transcribe. 
Para ver e ouvir o vídeo, rever a transcrição e codificar, usa-se a opção de Normal. Para ver o vídeo e a acompanhar 
a transcrição ao mesmo tempo (se existir), usa-se a opção de Synchronize. Para transcrever, é preciso carregar 
primeiro em Click to edit e depois em Transcribe. Ao activar esta vista, o software associa automaticamente a 
selecção do ficheiro áudio ou vídeo ao texto introduzido. 
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Vamos ver como se faz a transcrição. Com o ficheiro vídeo aberto, vamos carregar em Click to Edite depois 
selecionar a vista Transcribe. 
E depois vamos carregar em Play (ou F4). O vídeo vai começar a correr. À medida que ouvimos a conversa, vamos 
escrevendo. Ao parar o ficheiro (F8 – forma mais fácil) ou ao interromper (F4 – Pause), podemos acabar de 
escrever e depois carregar novamente em Play ou F4. O NVivo toma nota automaticamente dos “pedaços” de 
ficheiro que transcrevemos na coluna Timespan e guarda esta informação para mais tarde podermos voltar a ouvir 
esses “pedaços”. 
 
 
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Se quisermos ouvir o ficheiro e comparar com a transcrição, temos que mudar para o modo Normal. Se for 
necessário rever a transcrição enquanto estamos a ouvir, devemos continuar no modo de edição e à medida que 
vamos ouvindo, escrevemos ou corrigimos na transcrição já feita. 
Podemos selecionar o “pedaço” de ficheiro transcrito, carregar com o botão direito do rato e selecionar Play 
Transcript Media, e vamos ouvir somente o “pedaço” de ficheiro que corresponde à nossa transcrição. 
 
 
Podemos ainda adicionar outras colunas à nossa transcrição, para colocar informação do nome dos intervenientes 
na conversa. A forma como isso é feito não é evidente. Vamos a File/Info e depois Project Properties. 
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Depois, vamos o separador de Audio/Video, depois para Custom Transcript Fields/Video. Carregamos em New e 
escrevemos o nome da coluna que queremos adicionar, i.e. Speaker. 
 
Ao carregar em Ok, aparece uma nova coluna na transcrição. Esta coluna vai aparecer a partir de agora em todas as 
transcrições dos documentos vídeo. 
 
 
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7.2. “Transcrever” imagens ou partes de imagens 
Vamos agora abrir a imagem Competing water uses--commercial fishing, recreational fishing, development. 
Selecionamos o modo de edição, carregando em Click to Edit. 
 
 Vamos selecionar uma parte da imagem, para adicionar uma “transcrição”, ou uma nota. Vamos escrever, por 
exemplo, barco de recreio. Depois carregamos na caixa de Region à frente da nota e em Assign Region to Rows. 
 
O NVivo associa automaticamente o pedaço selecionado à nota criada. 
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E agora ao carregar na linha com a respectiva nota, é possível ver a região da imagem à qual esta se refere. 
7.3. Comentários e ligações entre os vários componentes do NVivo 
Há aspetos que identificamos enquanto estamos a ler o material e a trabalhar com os dados. Ideias, questões, 
dúvidas que surgem podem ser escritas no texto com a ajuda de uma funcionalidade semelhante aos comentários 
no Word, designada por Annotation. 
Podemos descobrir, por exemplo, que uma determinada entrevista com uma certa pessoa tem o mesmo tipo de 
abordagem que a entrevista com uma outra. Neste caso podemos criar uma ligação entre os elementos do projeto 
(em linguagem NVivo, um See Also Link). 
Podemos relacionar material de entrevistas com os próprios comentários a propósito da respectiva entrevista (que 
geralmente se guarda num memo), utilizando um Memo Link. Ou ainda podemos relacionar o material com um site 
Web, utilizando um Web Link. 
O principal propósito destas anotações e ligações é proporcionar uma perspectiva alternativa de organização e 
relação entre os vários elementos do projeto, que de outra forma passaria desapercebida. Vamos exemplificar com 
Annotation e com See Also Link. As restantes ligações seguem a mesma lógica. 
7.3.1. Annotations 
Para fazer anotações, temos que abrir um documento (por exemplo Barbara, que se encontra nas Sources/ 
Internals). À medida que estamos a ler e encontramos situações que pretendemos comentar, selecionamos o 
respectivo texto e carregamos no botão direito do rato e depois Links/Annotation/New Annotation. 
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 No espaço que se abre na parte de baixo da janela, vamos escrever um comentário. 
 
 
 
7.3.2. See Also Links 
Esta funcionalidade permite então relacionar elementos do projeto. Para a utilizar devemos abrir um documento 
ou uma categoria, selecionar o texto que pretendemos relacionar, carregar no botão direito do rato e depois 
Links/See Also Link/New See Also Link. 
 
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De seguida selecionamos Existing Item na lista de opções e depois Select. 
 
Escolhemos o objeto que nos parece estar relacionado com o texto selecionado, carregamos em ok e depois ok 
outra vez. 
 
E já está. 
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Em qualquer altura, quando pretendemos ver esta ligação, temos que selecionar o respectivo texto que contem a 
ligação See Also Link, carregar no botão direito do rato e depois selecionar Links/Open To Item… 
 
Se quisermos deixar de ver os comentários ou as ligações na parte inferior do documento que estamos a analisar, 
devemos deselecionar a opção Annotations/See Also Links no separador View. Para mostrar outra vez, devemos 
selecionar a opção pretendida, no mesmo sítio. 
 
 
 
 
 
 
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8. Categorias, (des)codificação e caracterização 
Depois de importadas ou criadas as fontes de informação, passa-se à análise dessas fontes e à sua codificação. A 
associação de informação a categorias em ambiente NVivo é designada por codificação. 
A codificação implica a identificação de segmentos de texto (mas também imagens, filmes, ficheiros áudio ou 
vídeo) e a sua associação a categorias que criamos à medida que lemos (abordagem exploratória) ou que já 
conhecemos e estamos a verificar/validar com apoio da informação que temos no nosso projeto NVivo (abordagem 
confirmatória). 
Há várias formas de codificar o material ao dispor, que podem coexistir na mesma investigação, dependendo da 
abordagem e dos objectivos pretendidos: 
x Criar uma estrutura de categorias e depois associar os pedaços de informação a essas categorias utilizando 
o nome das categorias; 
x Criar uma estrutura de categorias e depois associar os pedaços de informação a essas categorias utilizando 
a alcunha das categorias (muito eficaz quando se tem uma estrutura de categorias com vários níveis); 
x Analisar as fontes de informação e criar as categorias em função desta análise. 
Independentemente da forma utilizada para fazer a codificação, há um conjunto de cuidados a ter para aumentar a 
validade interna do estudo e o consequente valor dos resultados obtidos: 
x Aquando da criação de uma nova categoria no NVivo, esta deve ser definida, indicando o entendimento do 
investigador sobre o conteúdo da mesma (Node Property); 
x Depois de concluída a codificação, devem ser revistos os relatórios de codificação por cada categoria, com 
vista a verificar a consistência da codificação; 
x Também nesta fase, deve ser reorganizada a estrutura de codificação, se necessário, combinando ou 
deslocando as categorias nessa estrutura. 
8.1. Criação de categorias nos Nodes e codificação manual 
8.1.1. Nova categoria (nome e alcunha) 
Vamos criar duas categorias: Home e depois Movingaway. Para isso, vamos para Nodes, botão direito do rato no 
espaço à direita, New Node. 
 
Preenchemos o nome da categoria e uma alcunha no campo Nickname e carregamos em Ok. 
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A nova categoria já foi criada. Repetimos a operação para a segunda categoria. 
 
E já temos duas categorias. 
 
 
 
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8.1.2. Codificação utilizando o menu rápido ou a barra de codificação 
Imagine que estivesse a ler um documento em papel, à procura de texto que se encaixasse nas categorias 
identificadas. Ao encontrar o texto, sublinhava-o e escrevia de lado a categoria ou as categorias em que encaixava. 
Estaria a fazer um processo de codificação. 
Vamos fazer o mesmo no NVivo. Primeiro vamos abrir o documento Barbara (ir a Sources/Internals e carregar duas 
vezes no nome do documento). 
Selecionamos um pedaço de texto, carregamos no botão direito do rato em cima desta selecção e depois Code 
Selection/Code Selection At Existing Nodes… 
 
Vamos codificar este pedaço de texto com a categoria Moving away que criámos anteriormente. Para isso, 
escolhemos, na janela que se abriu, esta categoria e carregamos em Ok. 
 
Ao fazer isso, o documento Barbara aparece, nas fontes de informação (Sources), com uma categoria associada 
(Node) e um pedaço de texto codificado (Reference), enquanto a categoria Moving away, nas categorias (Nodes), 
aparece com uma fonte de informação associada (Source) e um pedaço de texto associado (Reference). 
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Ao carregar duas vezes na categoria Moving away, podemos ver o relatório de codificação que mostra o pedaço de 
texto que acabámos de codificar. 
 
Vamos agora codificar um documento vídeo a partir da transcrição, utilizando a barra de codificação. Para isso, 
abrimos o documento Ken. A barra de codificação encontra-se na parte inferior da janela do NVivo. 
 
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Selecionamos o texto que queremos codificar e depois carregamos nos … a seguir à lista Code At. Depois, 
escolhemos a categoria desejada, neste caso Home. Carregamos em Ok e depois no botão verde a seguir aos … 
para concluirmos a codificação. 
 
Este tipo de codificação pode ser usado em qualquer tipo de documento existente no NVivo, nas fontes de 
informação. Também pode ser utilizado para codificar relatórios de codificação. Podemos fazer o mesmo na barra 
de áudio ou vídeo ou directamente numa imagem. 
8.1.3. Codificação “Arrastar e Largar” 
Vamos voltar ao documento Barbara e vamos codificar outro pedaço de texto, tendo por cima as categorias. 
Selecionamos um pedaço de texto e arrastamo-lo por cima da categoria desejada. 
 
Depois disso, a codificação está concluída. Este tipo de codificação funciona em grande parte das situações no 
NVivo e é a maneira mais rápida de fazer a codificação. 
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8.2. Criação de categorias durante a codificação manual 
Enquanto estamos a ler um documento, podemos querer criar categorias novas em simultâneo com a codificação. 
Selecionamos o pedaço de texto desejado, botão direito do rato, Code Selection/Code Selection At New Node. 
 
Escrevemos o nome da nova categoria e carregamos em Ok. Depois de fazer isso, vamos simultaneamente criar a 
nova categoria e codificar o texto selecionado com esta nova categoria. 
 
A nova categoria já aparece nas categorias (Nodes). 
 
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8.3. Criação de categorias durante a codificação automática 
 A codificação automática é um processo de codificação que o NVivo pode fazer em documentos: 
x Que têm estilos diferentes (Cabeçalho 1, Cabeçalho 2 …) – ex. Barbara 
x Em formato tabelar (Colunas e linhas) – ex. Survey data 
x Em transcrições associadas a documentos áudio e vídeo se tivermos uma coluna de tipo Speaker – ex. Ken 
x Em formato tabelar, provenientes de NCapture (dados de redes sociais) 
Este tipo de codificação pressupõe a codificação e criação de categorias automaticamente, por tipo de estilo ou 
tipo de linha/coluna. 
Vamos exemplificar com vários tipos de documentos. 
Vamos abrir o documento Barbara. Ao analisar o documento, vamos ver que as questões estão no estilo Heading 1, 
enquanto o nome dos intervenientes está no estilo Heading 2. Isto permite-nos codificar automaticamente as 
respostas as perguntas, criando categorias com o nome de cada pergunta. 
Vamos ver como funciona. Com o documento aberto, vamos para o separador Analyze e carregamos em 
AutoCode. 
 
Escolhemos o estilo desejado para codificar as perguntas e as respostas associadas, neste caso Heading 1. Ao 
carregar nas setas >> movemos o estilo para a direita. 
 
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Selecionamos Code at Nodes Under/ New Node e damos um nome para a categoria mãe, ex Perguntas. 
Ao carregar em Ok, o NVivo passa em revista o documento Barbara e cada vez que encontra um estilo tipo Heading 
1 cria uma categoria com o nome do texto associado a este estilo (neste caso são as perguntas colocadas) e codifica 
nesta categoria todo o texto desde que encontrou o estilo até que encontra novamente o mesmo estilo ou até que 
acaba o documento (neste caso são as perguntas colocadas e as respostas associadas). Vamos visualizar os 
resultados nos Nodes. 
 
Podemos abrir o relatório de codificação da questão Q.1 para verificar o conteúdo. 
 
Podemos fazer o mesmo codificando automaticamente o documento Barbara utilizando o estilo Heading 2. Neste 
caso obteremos categorias com os nomes dos intervenientes nas quais estão codificadas os nomes e as respostas 
de cada interveniente. 
 
 Vamos ver os resultados. 
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Podemos reparar que a Barbara e o Henry intervieram 16 vezes. 
Vamos agora experimentar com a transcrição do Ken. Abrimos o documento e carregamos novamente em 
AutoCode. O campo de Speaker já está selecionado. 
 
Vamos colocar as categorias por baixo da categoria já existente de Intervenientes. Para isso carregamos em Select 
e escolhemos esta categoria. 
 
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Ao carregar em Ok, o NVivo coloca as categorias e as respostas transcritas por baixo de Intervenientes. 
Ao ver os resultados, reparamos que temos mais registos por baixo de Intervenientes. 
 
 
Vamos agora fazer codificação automática dos dados de Miss Sumol Cup. Selecionamos o ficheiro e carregamos em 
Autocode, no menu Analyze. 
 
 
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Na primeira janela do Assistente, selecionamos Code at nodes for each value in predefined Facebook columns. Na 
segunda janela, selecionamos ex. Username e Conversation, indicando dessa forma que pretendemos codificar as 
intervenções de todos os utilizadores e todas as conversas. 
 
Na terceirajanela, vamos indicar que pretendemos guardar a codificação abaixo de uma nova categoria, designada 
Miss Sumol Cup. 
 
 
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Ao carregar em Finish, vamos obter nos Nodes a seguinte estrutura. 
 
Carregando no símbolo de + frente ex. à categoria Username, podemos ver todos os utilizadores que postaram ou 
comentaram na respetiva página Miss Sumol Cup, de onde os dados foram retirados. 
 
Podemos ver que os utilizadores são poucos e que a maioria dos posts/comentários foram colocados por Miss 
Sumol Cup, o próprio utilizador e, ainda, que o segundo utilizador mais ativo foi o utilizador Sumol. 
 
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8.4. Relatórios de codificação e descodificação 
Os relatórios de codificação proporcionam-nos informação quanto à toda a informação codificada com uma 
determinada categoria. É recomendado que se faça primeiro toda a codificação do seu material e, depois de 
concluído este processo, que se verifique a consistência da codificação através da leitura de todos os relatórios de 
codificação, categoria a categoria. 
8.4.1. Abrir o relatório de codificação 
Para abrir um relatório de codificação, carrega-se duas vezes no nome da categoria que se pretende abrir. Vamos 
abrir o relatório de codificação da categoria Henry. 
 
8.4.2. Separadores do relatório de codificação 
Do lado direito do relatório de codificação, aparecem um conjunto de separadores. No caso do relatório de 
codificação associado à categoria Henry temos Summary, Reference (comuns a todas as categorias), Text e Video 
(específicos à categoria Henry). 
O separador Reference é a forma em que abre por defeito o relatório de codificação, mostrando indicação do 
documento de onde provém a codificação e depois das referências associadas. 
O separador Summary mostra-nos de uma forma rápida, quais os documentos que contêm referências codificadas 
à categoria que estamos a analisar. Neste caso temos dois: Barbara e Ken. 
 
Ao carregar no separador Text vamos ver somente as referências oriundas de documentos tipo texto, neste caso do 
documento Barbara, enquanto ao carregar no separador Video, vamos ver somente a referência oriunda do 
documento Video, neste caso Ken. 
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A presença de separadores diferentes depende da origem das referências codificadas na respectiva categoria, 
podendo ainda haver PDF, Image e Audio. 
8.4.3. Descodificação 
Caso seja encontrado algum texto/informação que não corresponde à categoria que estamos a analisar, deve 
selecionar-se esta informação, carregar no botão direito do rato e depois Uncode At This Node. Depois disso, a 
informação selecionada deixa de estar associada à categoria que estamos a analisar. 
 
 
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8.5. Reorganização de categorias 
Atenção que durante a reorganização muitas vezes acaba por se “destruir” uma estrutura existente e, uma vez 
guardada a base de dados, não é possível voltar para trás. 
Recomendo vivamente que antes de começar a parte de reorganização criem uma pasta nos Tree Nodes, 
designada por exemplo Categorias antigas, e que façam uma cópia de tudo que tem (em termos de categorias, 
obviamente) lá para dentro. Assim conseguem recuperar com maior facilidade se fizer uma reorganização que não 
vos parece melhor que a anterior. 
8.5.1. Mover categorias 
Qualquer categoria existente no NVivo pode ser movida, e leva atrás dela toda a codificação associada. 
Para mover uma categoria, carregamos nela, botão direito do rato, Cut. Depois selecionamos a categoria ou o local 
(nos Nodes) onde queremos mover a categoria, botão direito do rato, Paste. 
E já está. A categoria move-se mantendo o nome original e toda a codificação associada. 
8.5.2. Juntar categorias 
Há situações em que queremos mover só a codificação associada e não nos interessa manter o nome da categoria, 
por acaso em situações em que nos apercebemos de que há duas categorias com o mesmo significado. 
Neste caso repetimos os passos para cortar a categoria desejada (botão direito do rato, Cut). Depois selecionamos 
a categoria ou o local (nos Nodes) onde queremos colocar a codificação associada, botão direito do rato, Merge. 
E já está. A codificação da categoria inicial juntou-se à codificação da categoria para onde fizemos a junção, sob o 
nome desta segunda categoria. O nome da primeira categoria não é guardado. 
8.5.3. Apagar categorias 
Para apagar uma categoria, selecionamo-la, e carregamos em DELETE. Podemos também recorrer ao menu de 
acesso rápido (botão direito do rato na categoria desejada), e Delete. 
 
 
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8.6. Criação de sub-níveis de análise nas categorias e nas fontes de informação: Características e 
Caracterização 
Algumas das fontes de informação ou das categorias criadas no NVivo podem ter características específicas que nos 
interessa registar para que depois possamos fazer uma melhor e mais pormenorizada análise. Uma fonte de 
informação ou uma categoria só pode estar associada a uma classificação num determinado momento. 
Para utilizar estes níveis adicionais de análise, devem ser realizados três passos: 
x Criar uma classificação (que corresponde ao tipo de fonte de informação ou categoria que nos interessa 
analisar com mais pormenor); 
x Associar as fontes de informação ou as categorias à classificação criada; 
x Caracterizar as fontes de informação ou as categorias, indicando os valores para cada característica 
incluída na classificação. 
Por exemplo, se quiser registar características específicas por cada entrevista realizada, com vista a analisar se há 
diferenças de codificação ou de informação identificada mediante o local da entrevista, o entrevistador, etc., deve: 
x Criar uma Source Classification designada por exemplo por Características Entrevista, e criar as 
características (Attributes) associadas; 
x Associar todas as entrevistas existentes nas Sources à classificação Características Entrevistas; 
x Caracterizar todas as entrevistas, na folha de caracterização correspondente (Classification Sheet), 
indicando onde é que cada entrevista foi realizada e quem a realizou. 
Ou ainda, se quiser registar informação sobre as pessoas que participaram nas entrevistas e assumindo que tem 
uma categoria nos Nodes, como nós temos, que identifica os intervenientes nessas entrevistas, com vista a analisar 
se há diferenças de codificação mediante o sexo, a idade, a função etc., deve: 
x Criar uma Node Classification designada por exemplo por Características Entrevistados, e criar as 
características (Attributes) associadas; 
x Associar todas as categorias relativas aos intervenientes nas entrevistas existentes nos Nodes à 
classificação Características Entrevistados; 
x Caracterizar todas as entrevistas, na folha de caracterização correspondente (Classification Sheet), 
indicando o sexo, a idade e a função para cada interveniente. 
Vamos exemplificar estas duas situações na próxima secção. 
8.6.1. Criação de características e caracterização de fontes de informação 
Vamos então seguir os três passos para caracterizar as entrevistas existentes na nossa base de dados. 
x Criar uma Source Classification designada por exemplo por Características Entrevista, e criar as 
características (Attributes) associadas;x Associar todas as entrevistas existentes nas Sources à classificação Características Entrevistas; 
x Caracterizar todas as entrevistas, na folha de caracterização correspondente (Classification Sheet), 
indicando onde é que cada entrevista foi realizada e quem a realizou. 
A criação das classificações é feita nas Classifications. Carregamos nas Source Classification e depois no botão 
direito do rato no espaço à direita (List View). 
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Damos o nome de Características Entrevistas e carregamos em Ok. 
 
Agora vamos criar as características associadas à esta classificação: local da entrevista, o entrevistador. Para isso, 
selecionamos a classificação Características Entrevistas e depois carregamos no botão direito do rato, New 
Attribute. 
 
Vamos designar a nova característica Local da entrevista e carregar em Ok. Repetimos a operação para a segunda 
característica, Entrevistador, e carregamos em Ok. 
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A lista final de características está pronta. 
 
Agora, vamos associar as entrevistas à classificação Características Entrevista. Vamos para Sources e, entrevista à 
entrevista, vamos carregar no botão direito do rato, Classification e depois Características Entrevistas. Com esta 
operação, estamos a associar as entrevistas à respectiva classificação. 
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Podemos personalizar a vista de List View para mostrar as classificações associadas à cada fonte de informação. 
Botão direito do rato no espaço branco à direita, List View, Customize. 
 
Depois mandamos à direita o campo de Classification. 
 
 
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No final, vamos conseguir ver as fontes de informação associadas à classificação que acabámos de criar. 
 
Só nos falta a parte da caracterização. Vamos carregar num dos documentos associados à classificação, botão 
direito do rato, Open Classification Sheet. 
 
Na ficha de classificação, vamos caracterizar as entrevistas, carregando duas vezes em cada célula e escrevendo 
dados fictícios correspondentes à sua realização, por exemplo: 
 
O processo de caracterização das entrevistas está concluído. 
 
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8.6.2. Criação de características e caracterização de categorias 
Passemos agora à caracterização dos intervenientes nas entrevistas. Há três passos, como referido anteriormente: 
x Criar uma Node Classification designada por exemplo por Características Entrevistados, e criar as 
características (Attributes) associadas; 
x Associar todas as categorias relativas aos intervenientes nas entrevistas existentes nos Nodes à 
classificação Características Entrevistados; 
x Caracterizar todas as entrevistas, na folha de caracterização correspondente (Classification Sheet), 
indicando o sexo, a idade e a função para cada interveniente. 
O processo é igual, mas vamos trabalhar nas Node Classifications e vamos associar categorias à classificações. 
Vamos para Classifications, Node Classifications e criamos a nova classificação e as características associadas. 
 
Depois vamos para Nodes e associamos as categorias que dizem respeito aos intervenientes, à classificação que 
acabámos de criar. Podemos personalizar a vista para mostrar a classificação. 
 
Por fim, caracterizamos as categorias. Botão direito do rato em qualquer uma das categorias associadas à 
classificação Características Entrevistados, Open Classification Sheet. Depois preenchemos a folha de 
caracterização com dados fictícios, e já está. 
 
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9. Conjuntos de informação 
O NVivo permite a criação de conjuntos de informação existente noutros locais na nossa base de dados. 
Por exemplo, nos Sets podemos agrupar informação relativa a determinados assuntos, juntando fontes de 
informação e categorias específicas. Nos Search Results, podemos guardar resultados de pesquisas realizadas, que 
são atualizados automaticamente quando abrimos os resultados. Nos Memo Links, See Also Links e Annotations 
podemos ver uma lista de todas as ligações e todos os comentários realizados na base de dados. 
Vamos exemplificar como se criam conjuntos de informação. 
Imaginem que queremos juntar, por alguma razão, informação sobre os intervenientes que são de sexo masculino. 
Podemos saber de antemão quais são as fontes de informação e categorias associadas. Neste caso, criamos um 
novo conjunto indo para Collections, botão direito do rato no espaço à direita, New Set. 
 
Designamos o novo conjunto por Intervenientes de sexo masculino. 
 
Criámos um novo conjunto, que aparece no menu à esquerda, por baixo de Sets. Carregamos neste conjunto e 
depois botão direito do rato no espaço à direita, Add new set members. 
 
 
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Selecionamos os intervenientes que sabemos que são de sexo masculino e carregamos em Ok. 
 
Já temos o nosso conjunto. 
 
Uma estratégia alternativa para criar os conjuntos é utilizando a opção de pesquisa (Find/Advanced Find), que se 
encontra activa na parte mediana do NVivo. Se por alguma razão a barra não estiver visível, verifique que o botão 
de Find do separador View se encontra selecionado. 
 
Ao carregar em Advanced Find e depois no separador de Advanced, vamos procurar categorias (Nodes) com a 
característica (Attribute) Sexo = Male. 
 
Barra de pesquisa (Find) 
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Devemos lembrar-nos de carregar em Add to List. 
 
Antes de proceder à pesquisa, vamos guardar os resultados de pesquisa. Carregamos em Add to Project as Search 
folder, no canto superior esquerdo e designamos a nossa pesquisa por Intervenientes de sexo masculino e 
carregamos em Find Now. 
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Os resultados da pesquisa aparecem, confirmando o que já sabíamos: só há dois intervenientes de sexo masculino. 
 
Se quiséssemos adicionar estes resultados a um conjunto, selecionavam-se os resultados, botão direito do rato, 
Add to set e depois selecionava-se o conjunto e carregava-se em Ok. 
 
 
 
 
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A partir deste momento, vamos trabalhar com a base de dados modelo do NVivo. Sugere-se que passe cinco 
minutos a procurar compreender a forma como a investigação foi organizada. Há um documento nas Sources, 
Internals, que descreve brevemente a investigação. 
Para localizar a base de dados modelo no seu computador, deve seguir as indicações do capítulo Base de dados 
modelo. 
10. Consultas 
As consultas que podemos fazer no NVivo são de vários tipos: 
x Text Search – permite verificar a presença de determinadas palavras nos documentos associados ao 
projeto; 
x Word Frequency - permite identificar as palavras mais frequentes referidas nos documentos associadosao 
projeto; 
x Coding – permite analisar a presença de codificação associada por exemplo a determinado tipo de 
pessoas, com determinadas características; 
x Matrix Coding – permite comparar resultados entre vários tipos de elementos, levando a estruturas de 
resultados tipo tabelar; 
x Compound - permite combinar Text Search com Coding Query. 
x Group – permite agrupar elementos do NVivo que partilham, por exemplo, a mesma codificação. Tem 
uma forma de visualização muito engraçada, que coloca os resultados à volta de um circulo e relaciona-os 
uns com os outros. 
x Coding Comparison – permite comparar a codificação realizada por dois utilizadores, no mesmo projeto. 
Para criar uma nova consulta, vamos para Queries, botão direito do rato no espaço à direita, New Query, e depois 
escolher o tipo de consulta que se pretende. 
 
Em qualquer altura em que pretendemos parar uma consulta que está em curso, vamos para o separador Explore e 
carregamos no botão vermelho Cancel. É a única opção activa nos separadores enquanto está a correr uma 
consulta. 
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10.1. Guardar consultas e resultados para futuras utilizações 
Antes de configurar as consultas, recomendo vivamente que façam duas coisas: 
x Guardar a configuração da consulta para análise e reaproveitamento futuro (carregando em Add to 
Project, no canto superior esquerdo da janela de configuração das consultas) 
 
x Guardar os resultados da consulta para evitar ter que ficar à espera para a executar novamente (separador 
Query Options – substituir Preview Only por Create Results as New Node) e dar um nome para 
reconhecer os resultados. 
 
 
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Assim, para voltar a ver a configuração de uma consulta, é preciso carregar com o botão direito do rato em cima da 
consulta e selecionar Query Properties. Para executar a consulta, seleciona-se Run Query… ou carrega-se duas 
vezes em cima da consulta que se quer executar. 
 
10.2. Texto 
Vamos para Queries/Queries, carregamos com o botão direito do rato no espaço à direita e depois New 
Query/Text Search. 
 
Referimos o nome da consulta, para guardar a configuração para o futuro, no Add to project. Indicamos ainda que 
queremos guardar os resultados, no separador Query Options. Os resultados são guardados por defeito em 
Queries/Results. 
 
 
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Vamos procurar documentos que contêm a palavra home e Atlantic. Escrevemos nos critérios de pesquisa home 
depois carregamos em Special, adicionamos o operador AND e depois escrevemos Atlantic. 
 
Podemos usar a opção de Finding matches para que o NVivo use o seu dicionário para encontrar palavras 
relacionadas com os respectivos termos. Tem que se ter em atenção a língua em que está instalado o programa! Se 
tivermos dados em português e o programa em inglês, não vai encontrar outras palavras! 
Ao carregar em Run simultaneamente guardamos a pesquisa e abrimos os resultados associados que são sempre 
gerados na altura em que executamos a pesquisa, com a informação disponível nessa altura. Os resultados são 
apresentados na imagem seguinte. 
 
Encontrámos todas as fontes de informação que têm simultaneamente as palavras home e Atlantic no texto. 
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10.3. Palavras frequentes 
Se quisermos obter uma visão diferente do conteúdo dos artigos que estamos a analisar, podemos realizar uma 
pesquisa por palavras mais frequentes, que nos pode permitir identificar categorias que ignorávamos. 
Para este efeito, vamos para Queries, Queries e carregamos com o botão direito do rato no espaço à direita, 
seguido de New Query / Word Frequency… 
 
Guardamos a configuração como Palavras mais frequentes nas entrevistas. 
 
No separados Word Frequency Query, selecionamos Selected Items e carregamos em Select… e escolhemos só as 
entrevistas. Carregamos em Run. 
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Temos agora os resultados da pesquisa. Ao carregar no cabeçalho Count, podemos ordenar pelo número de vezes 
que cada palavra aparece numa determinada entrevista. Podemos ordenar por outros cabeçalhos, também. 
 
Temos várias vistas (ver menu lateral direita): Summary, Tag Cloud, Tree Map, Cluster Analysis, que podem 
explorar carregando nos respectivos botões. 
 
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Vista Tag Cloud: 
 
Vista Tree Map: 
 
Vista Cluster Analysis: 
 
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Na vista inicial de Summary podemos ainda, ao selecionar uma das palavras, criar novas categorias (botão direito 
do rato, Create As Node). 
 
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Podemos ainda ver o contexto das palavras (botão direito do rato, Open Node Preview) e codificá-las (botão 
direito do rato, Code Selection…. 
 
 
 
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10.4. Codificação 
Neste tipo de consulta podemos cruzar conteúdo codificado em categorias diferentes para ver se certas categorias 
estão relacionadas. 
Por exemplo, podemos tentar perceber se há políticas sobre água. Isto implica a existência de conteúdo codificado 
em simultâneo em duas categorias que temos no nosso projeto: Policy, management e Water. 
 
Criamos uma nova Coding Query. Vamos para Queries, botão direito no espaço branco à direita, New Query, 
Coding. Escrevemos a informação para guardar a configuração e os resultados. 
 
No separador de Coding criteria vamos para Advanced. Escolhemos Coded At, All Selected Node, carregamos em 
Select e selecionamos as duas categorias que nos interessam. 
 
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Depois de carregar em Ok, devemos carregar em Add to list para validarmos as categorias selecionadas. 
 
Na lista de resultados, vamos selecionar uma referência e alargar o contexto para percebermos melhor de que 
políticas estamos a falar. 
 
 
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Extras: 
As consultas de tipo Coding são excelentes para cruzar qualquer elemento de codificação existente num 
determinado projeto. Podemos, assim, adicionar mais critérios no separador de Advanced indicando conteúdo 
codificado ou NÃO codificado com uma determinada categoria. Podemos selecionar conteúdo codificado com 
todas as categorias selecionadas (AND – all selected nodes) ou numa das categorias selecionadas (OR – any 
selected node) ou com características específicas (Attributes) associadas a uma determinada categoria (Any node 
where). É uma das consultas mais poderosas do NVivo, só ultrapassada pela Matrix Coding Query. 
 
Por exemplo, se quisermos ver todas as políticas sobre a água (consulta anterior) referidas por pessoas num 
determinado grupo de idade, selecionamosAny node where, carregamos em Select, e Select outra vez na janela de 
Coding Search item. Selecionamos Age Group nas características das pessoas. 
 
 
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E escolhemos, por exemplo, o grupo de idade 30-39 anos. 
 
Carregamos em Add to List e modificamos o nome da consulta para reflectir o novo critério. 
 
Os resultados vieram em branco, o que significa que a resposta a nossa questão é negativa. 
 
 
 
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10.5. Matrizes 
As consultas tipo matriz (Matrix Coding) são a forma mais eficaz de cruzar tudo que existe no NVivo. E é mesmo 
tudo: fontes de informação com codificação, com características, codificação com características, com conjuntos 
etc. 
Para realizar uma consulta deste tipo é preciso primeiro planear para ver que tipo de informação queremos obter e 
imaginar esta informação num formato tabelar. 
Por exemplo, imaginem que queremos ter informação sobre as categorias que estão associadas às entrevistas 
realizadas, e mais especificamente sobre aquelas relacionadas com a atitude das pessoas. Ou seja, queremos ter 
informação numa tabela do género: 
Entrevistas Attitude-Mixed Attitude-Negative Attitude-Neutral Attitude-Positive 
Barbara 
Betty and Paul 
… 
Para isso, vamos para Queries, Queries, e carregamos no botão direito do rato no espaço a direita. Selecionamos 
New Query, Matrix. 
 
Escrevemos a informação necessária para guardar a configuração da consulta e os respectivos resultados. 
 
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Na janela seguinte, selecionamos as categorias que pretendemos ter nas linhas da nossa tabela, isto é as fontes de 
informação na pasta Interviews. 
 
Depois de selecionadas, carregamos em Add to list. 
 
Selecionamos de seguida as categorias que pretendemos ter nas colunas da nossa tabela (Attitude e 
subcategorias). 
Devem selecionar Automatically select hierarchy se quiserem incluir as subcategorias mais rapidamente, mas 
devem fazê-lo antes de selecionar! 
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Depois de selecionadas, carregamos em Add to list. 
 
Ao carregarmos em Run, o NVivo cria a tabela de resultados. 
 
 
 
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Podemos mudar a informação apresentada nas células usando as opções existentes no botão Matrix, no separador 
View. Se por defeito os resultados na tabela representam número de fontes de informação, podemos pedir para 
mostrar o número de referências codificadas. 
 
E ainda podemos colorir a tabela utilizando o Matrix Cell Shading, na mesma opção de Matrix. 
 
 
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Se mudamos de separador do lado centro direito da janela, de Matrix para Chart, podemos ver um gráfico com os 
resultados representados na tabela, se esta opção fizer sentido em termos de dados. 
 
Se carregarmos duas vezes nas células que tem informação ou no gráfico, vamos obter o texto associado, por 
exemplo referências da Barbara com uma atitude positiva (5 referências, mostradas no cruzamento da linha 1 com 
a coluna E, ou ver seta no gráfico). 
 
10.6. Combinações 
Neste tipo de consulta podemos combinar duas pesquisas tipo texto ou codificação (duas texto, duas de 
codificação ou uma texto e uma codificação). Cada pesquisa deve ser definida independentemente no separador 
Compound Criteria. 
Imaginemos que queremos saber os entrevistados com atitude positiva referem muitas vezes a palavra água. Para 
isso vamos criar uma Compound Query em que vamos combinar duas consultas: 
x uma de codificação, para identificar os entrevistados com atitude positiva, 
x uma de texto, para procurar a palavra água. 
Vamos para Queries, Queries, e carregamos no botão direito do rato no espaço a direita. Selecionamos New 
Query, Compound. 
 
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Introduzimos a informação necessária para guardar a configuração da consulta e os resultados correspondentes. 
 
Depois vamos para o separador Compound Criteria e definimos a primeira consulta, que visa identificar os 
entrevistados com atitude positiva. 
 
 
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Carregamos em Ok e depois em Add to List e Ok novamente. 
 
Agora vamos definir a segunda consulta, tipo texto, que procura a palavra water nas entrevistas. 
 
 
 
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Obtém-se os seguintes resultados: 
 
Vendo os resultados na vista de Summary, podemos verificar com facilidade quais os entrevistados com atitude 
positiva que referiram a palavra água. 
 
 
10.7. Grupos 
Uma consulta deste tipo permite mostrar ligações entre elementos do projeto. Podemos, por exemplo, ver quais as 
atitudes dos entrevistados, fazendo uma consulta que junta as fontes de informação da pasta Interviews e as 
categorias relacionadas à atitude dos entrevistados (Attitude e subcategorias). A principal mais-valia desta consulta 
é a sua associação com um tipo de gráfico muito eficaz em relatar os resultados. 
Vamos então para Queries, Queries, e carregamos no botão direito do rato no espaço a direita. Selecionamos New 
Query, Group. 
 
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Introduzimos a informação necessária para guardarmos a configuração da consulta. 
 
Agora vamos indicar no Group Query Criteria os elementos que queremos agrupar. 
 
 
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Nos resultados, podemos ver o resumo por tipo de atitude e, ao carregar em + que está frente à cada tipo de 
atitude com resultados positivos, podemos ver as fontes de informação associadas. 
 
Ao mudar para a vista Connection Map, disponível no separador central direito, vamos obter o gráfico prometido. 
 
 
 
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11. Visualização 
11.1. Modelos 
Podemos criar modelos em vários momentos da nossa investigação. Podemos usá-los para testar pressupostos ou 
ainda para mostrar como é que a nossa investigação evoluiu. 
Para criar um novo modelo vamos para Models e carregamos com o botão direito do rato no espaço à direita, e 
depois New Model, atribuindo-lhe uma designação na janela a seguir. 
 
Abre-se o espaço dedicado à edição de modelos. 
 
 
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Vamos selecionar os elementos do projeto que pretendemos visualizar no nosso modelo. Começamos pelas 
atitudes e depois adicionaremos os entrevistados. Carregamos com o botão direito do rato no espaço de edição de 
modelos e depois em Add Project Items.Na próxima janela vamos adicionar todas as fontes de informação associadas às atitudes. 
 
Ao carregar em ok, temos o nosso modelo. 
 
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O resultado é bastante difícil de visualizar, por isso podemos abrir o modelo numa janela separada (separador 
View, deselecionar Docked). O modelo abre numa nova janela. 
 
Podemos reorganizar o modelo arrastando os elementos na janela disponível. 
 
Podemos continuar a adicionar elementos ao modelo (Add Project Items), mas quanto mais elementos houver, 
menor é a clareza do mesmo. 
Podemos criar grupos de componentes para facilitar a visualização do modelo e aumentar a sua interactividade. 
Para criar um modelo, devemos selecionar os elementos do modelo que pretendemos adicionar ao grupo (ex. 
elementos associados à atitude negativa para associar ao grupo Atitudes Negativas). De seguida, carregamos com 
o botão direito do rato no espaço à direita dedicado aos grupos (separador Custom Groups) e selecionar New 
Group. 
 
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Atribuímos a designação e carregamos em Ok. O nome do grupo aparece no espaço dedicado aos grupos. 
 
Se quisermos que o grupo deixe de ser visível devemos deselecionar a caixa por baixo do olho, no espaço dedicado 
aos grupos (à direita). Ficaremos somente com os elementos que não estão associados às atitudes negativas. 
 
 
 
 
 
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11.2. Gráficos 
11.2.1. Gráficos tradicionais 
O assistente de gráficos (Chart Wizard) pode ser acedido através da opção disponível no separador Explore. 
 
Podemos, neste assistente, selecionar o tipo de gráfico que pretendemos obter: 
 
Vamos experimentar Coding/Coding for a source (Internals/Interviews/Barbara). Selecionamos a respectiva fonte 
de informação (Source/Select…). 
 
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Optamos por mostrar as categorias mais populares (Most coded nodes) e selecionamos o número de referências 
no eixo x (Number of coding references). 
 
O resultado é o seguinte: 
 
A vista de Summary, no separador central direito, mostra-nos um resumo da codificação por categoria. 
 
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Ao colocar o rato por cima do gráfico podemos ver a origem das categorias e mais informação (Natural 
environment, 23 referências). 
 
Ao carregar duas vezes em Natural environment, vamos obter o relatório de codificação. 
 
Os restantes gráficos tradicionais funcionam da mesma forma. É só experimentar! 
11.2.2. Análise de clusters 
Este tipo de visualização foi introduzido no NVivo 9 pela primeira vez e representa semelhanças de codificação, 
texto ou características em categorias ou fontes de informação. 
Podemos, por exemplo, comparar as fontes de informação nas entrevistas para ver até que ponto há semelhanças 
e quais são as fontes de informação mais semelhantes ou mais distintas. 
Para criar um diagrama do tipo Cluster Analysis, vamos ao separador Explore e carregamos em Cluster Analysis. 
 
Na janela do assistente aceitamos a opção por defeito: Sources. E depois escolhemos o tipo de comparação que 
pretendemos fazer (por palavras, codificação ou características). 
Neste caso vamos escolher codificação para comparar as entrevistas em função da maneira como contribuíram 
para as nossas categorias. 
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Escolhemos as fontes de informação que queremos analisar, carregando em Select e depois escolhendo 
Internals/Interviews. 
 
Deixamos o coeficiente de semelhança por defeito (para comparação por palavra usa-se Pearson, para comparação 
por codificação e características usa-se Jaccard). 
 
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Ao carregar em Finish, vamos ter o nosso diagrama. 
 
Podemos trocar de forma de visualização, utilizando as opções no canto superior esquerdo. 
 
 
 
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11.2.3. Árvores de palavras 
Este tipo de visualização foi introduzido, tal como o diagrama de clusters, no NVivo 9. Pode ser utilizado para 
mostrar, por exemplo, as fontes de informação associadas a uma determinada categoria ou grupo de categorias. 
Podemos querer visualizar, por exemplo, as fontes de informação codificadas com Natural environment e 
subcategorias, isto é, as fontes de informação para as quais o ambiente natural foi importante. 
Para criar um diagrama do tipo Tree Map, vamos ao separador Explore e carregamos em Tree Map. 
 
Na janela do assistente vamos escolher Nodes. 
 
Depois, selecionamos as categorias que queremos analisar. 
 
 
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Ao carregar em Finish, vamos ter os seguintes resultados. 
 
Ao mudar para a vista de Summary, podemos ver a informação detalhada por fonte de informação. 
 
 
11.3. Relatórios 
Podemos criar vários tipos de relatórios no NVivo: 
x Project Summary – permite obter uma lista de todos os elementos contidos no projeto. Pode ser útil para 
comunicar ou registar a evolução do projeto. 
x Source Summary – permite obter uma lista de todas as fontes de informação incluídas no projeto e o 
número de categorias associadas à cada fonte de informação. 
x Node Summary – permite obter uma lista de todas as categorias incluídas no projeto e o número de 
fontes de informação associadas à cada categoria. Pode permitir ver quais os temas ou ideias que 
aparecem com maior frequência. 
x Relationship Summary – permite obter uma lista de todas as Relationships, organizadas por tipo. 
x Attribute Summary – permite obter uma lista com todas as características (Attributes) e o número de 
casos associados a cada característica. 
x Coding Summary – permite obter uma lista com todas as fontes de informação e as categorias associadas. 
Os relatórios são guardados e criados nos Reports. Para criar um relatório, vamos para Reports, Reports. 
Carregamos com o botão direito do rato, New Report via Wizard. 
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Depois, no assistente que se segue vamos experimentar um Node Summary. 
 
Na janela seguinte, vamos definir os campos que queremos no nosso relatório: o nome da categoria, as fontes de 
informação codificadas com esta categoria e o número de referências por cada fonte de informação. 
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Na janela seguinte adicionamos um filtro, para indicar qual a categoria que queremos analisar (vamos escolher 
Memorable quotes). Se não o tivéssemos feito, obtínhamos a lista de todas as categorias. 
 
No próximo passo vamos agrupar as referências por fonte de informação utilizando as setas para colocar o campo 
desejado do lado direito. 
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Podíamos ainda ordenar os registos no próximo passo do assistente, mas não faz sentido fazê-lo. 
 
Deixamos o formato e o estilo por defeito de relatório. 
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Na última janela damos um nome ao relatório. 
 
E já está. 
 
 
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12. Exportação 
Podemos exportar de uma forma simples os resultados do trabalho no NVivo para utilizarmos directamente em 
artigos, dissertações etc. ou para efectuarmos antes algumas análises estatísticas ou gráficos (outros que o NVivo 
permite fazer). 
Podemos exportar praticamente tudo que temos no NVivo. O procedimento utilizado é sempre o mesmo. 
Posicionando o rato em cima do elemento ou da lista que se pretende exportar, carrega-se com o botão direito do 
rato e depois Export…. 
É assim que conseguimos exportar por exemplo aquilo que se vê numa janela de apresentação ex. de estruturas de 
categorias. Vamos para Nodes/Tree Nodes, carregamos com o botão direito do rato no espaço à direita e 
selecionamos primeiro Expand All Tree Nodes para podermos ver as categorias e todas as subcategorias 
associadas. 
 
Depois carregamos novamente com o botão direito do rato e selecionamos Export List. 
 
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Escolhemos a localização e guardamos o ficheiro Excel resultante. Lembre-se que só exporta aquilo que vê, por isso 
se houver informação que não está visível tem que se usar a opção List View/Customize Current View para 
adicionar por exemplo os Nicknames ou a descrição das categorias ou das classificações. 
Podemos exportar de forma fácil relatórios de codificação. Com o relatório de codificação aberto, botão direito do 
rato no mesmo, Export Node… 
 
E depois carregamos em ok. 
 
O procedimento é igual para consultas, modelos etc. Quando não for possível exportar através desta técnica, deve-
se selecionar o objeto que se quer exportar no List View, botão direito do rato e depois Export…. 
 
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Chegámos ao fim… 
 
Completámos o Curso completo de NVivo 10 - Como tirar maior proveito do software para a sua investigação. 
Espero que tenha sido uma boa experiência e que tenha aprendido muito, sobre aspetos relevantes para a sua 
investigação atual e futura. 
Já deverá conseguir, de forma autónoma, utilizar o software de análise qualitativa NVivo 10 para planear, gerir, 
analisar e relatar investigações qualitativas na área das ciências sociais. 
É possível que haja um ou outro aspeto que não ficou tão claro, ou dúvidas que surgem quando começa a trabalhar 
com os seus próprios dados. 
O Coaching Offline (via email: irina.amaral@gmail.com) do qual beneficiará durante 3 meses após o término desta 
acção de formação, complementado pelas discussões realizadas no grupo LinkedIn “Advanced Solutions to 
Enhance Academic Research” e na nossa página no Facebook permitir-lhe-ão esclarecer eventuais dúvidas que 
possam surgir quando trabalhar autonomamente, com os seus próprios dados. 
Muito obrigado! E até a próxima! 
 
 
Irina Saur-Amaral 
 
Aveiro, dezembro de 2012 
 
Curso completo de NVivo 10 - Como tirar maior proveito do software para a sua investigação 
 
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Lista de atalhos para utilização no NVivo 10 
Atalhos para as funcionalidades mais utilizadas 
Atalho Descrição 
CTRL+A Selecionar tudo. 
CTRL+C Copiar conteúdo selecionado. 
CTRL+F Procurar texto numa fonte de informação ou numa categoria. 
CTRL+G Ir para o nível especificado (parágrafo, nível de título etc.). 
CTRL+H Substituir texto numa fonte de informação. 
CTRL+N Criar um novo projeto. 
CTRL+O Abrir um projeto existente. 
CTRL+P Imprimir o elemento selecionado. 
CTRL+S Guardar o projeto. 
CTRL+V Colar conteúdo selecionado e copiado. 
CTRL+X Cortar conteúdo selecionado. 
CTRL+Z Anular a última acção (até 5 passos). 
CTRL+SHIFT+C Abrir o Casebook do projeto. 
CTRL+SHIFT+I Importar uma nova fonte de informação tipo Internal. 
CTRL+1 Abrir o grupo de Sources. 
CTRL+2 Abrir o grupo de Nodes. 
CTRL+3 Abrir o grupo de Sets. 
CTRL+4 Abrir o grupo de Queries. 
CTRL+5 Abrir o grupo de Models. 
CTRL+6 Abrir o grupo de Links. 
CTRL+7 Abrir o grupo de Classifications. 
CTRL+8 Mostrar todas as pastas e ficheiros do projeto. 
CTRL+ENTER Inserir uma quebra de página num documento, External ou memorandum. 
F1 Abrir a ajuda online. 
F5 Atualizar 
 
 
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Atalhos para trabalhar com e transcrever documentos áudio e vídeo. 
Atalho Descrição 
F4 Play / Pausa. 
F8 Parar. 
F9 Voltar para trás 
F10 Ir para a frente. 
F11 Começar selecção. 
F12 Acabar selecção.

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