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Modelo Global de Dados - MGD Guia Metodológico para Integração de Dados e ProcessosGuia Metodológico para Integração de Dados e Processos Versão 1.0Versão 1.0 Dezembro 2010Dezembro 2010 Guia Metodológico para Integração de Dados e Processos 2 Guia Metodológico para Integração de Dados e Processos Sumário 1 Apresentação....................................................................................................................................4 2 Contextualização...............................................................................................................................5 3 Objetivos............................................................................................................................................ 6 4 Modelagem Essencial de Dados e Processos..................................................................................7 5 Modelagem de Dados.......................................................................................................................8 5.1 Etapa 1 - Definição do Escopo da Modelagem..........................................................................8 5.2 Etapa 2 - Identificação das Interações com os demais Sistemas..............................................8 5.3 Etapa 3 - Levantamento das Entidades de Dados e seus Relacionamentos..........................10 5.4 Etapa 4 - Convergência do Modelo com as Tabelas Físicas dos Sistemas............................14 5.5 Etapa 5 - Identificação dos Pontos de Integração...................................................................15 5.6 Etapa 6 - Validação do Modelo com o Usuário Gestor............................................................17 6 Refinamento do Modelo Global de Dados ......................................................................................18 7 Atualização do Modelo Global de Dados com visão de Negócio....................................................19 7.1 Etapa 1 – Definição do Escopo da Modelagem de Negócio...................................................19 7.2 Etapa 2 – Modelagem dos Processos de Negócio..................................................................19 7.3 Etapa 3 – Identificação da Relação entre os Processos e o MGD..........................................22 7.4 Etapa 4 – Identificação da Relação entre os Gestores de Informação e o MGD....................24 7.5 Etapa 5 – Validação com o Usuário Gestor.............................................................................24 7.6 Etapa 6 – Atualização do MGD e Publicação dos resultados..................................................25 3 Guia Metodológico para Integração de Dados e Processos 1 Apresentação O propósito deste documento é descrever as principais fases a serem percorridas na elaboração de um Modelo Global de Dados (MGD), os métodos utilizados para o levantamento de informações junto às partes envolvidas – Órgãos do Governo, Unidades de Relacionamento com o Cliente (URC) e desenvolvedores (Serpro) – as etapas, os artefatos gerados e a dinâmica de trabalho utilizada pela equipe, e servirá como guia de referência para mapeamentos de futuros macroprocessos. 4 Guia Metodológico para Integração de Dados e Processos 2 Contextualização No final de 2008, foi criado no Serpro o Projeto de Integração (PRINT), com o objetivo de construir um Modelo Global de Dados (MGD) que viabilize e garanta a integrabilidade das informações geradas no âmbito do Macroprocesso de Planejamento, Orçamento e Finanças - MPOF, visando a suportar adequadamente as necessidades de informações inerentes ao processo decisório da Administração Pública Federal1. Para a execução desse trabalho foi criada uma metodologia que está descrita neste guia em sua última versão, permitirá a expensão do uso do Modelo Global de Dados por todos os orgãos pertencentes ao SISP(Sistema de Administração dos Recursos de Informação e Informática). A evolução das versões evidencia o compromisso com a objetividade e compartilhamento, visto que se mantém simplificada. 1 Artigo “A integração de Dados no Âmbito do Macroprocesso de Planejamento, Orçamento e Finanças“ a ser lançado no livro de interoperabilidade da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação. 5 Guia Metodológico para Integração de Dados e Processos 3 Objetivos Este documento guia tem o objetivo de apresentar: •As fases que compõem a elaboração do Modelo Global de Dados (MGD); •As etapas executadas em cada fase; •A dinâmica de trabalho adotada pela equipe; •Os artefatos produzidos; 6 Guia Metodológico para Integração de Dados e Processos 4 Modelagem Essencial de Dados e Processos A Modelagem Essencial de Dados e Processos é uma metodologia elaborada pela Superintendência de Integração de Dados e Processos com o objetivo de realizar um levantamento em alto nível das informações e dos processos de um escopo abrangente de negócios do governo num curto espaço de tempo. Essa modelagem se chama Essencial porque considera apenas as informações relevantes para o entendimento do negócio, não se atendo aos detalhes operacionais ou tecnológicos. Como resultado dessa modelagem, tem-se um conjunto de artefatos que descreve uma visão geral e integrada, sob o ponto de vista de dados e processos, dos vários negócios mapeados. Ela é composta por três fases: modelagem de dados, para geração do Modelo Global de Dados; refinamento do Modelo Global de Dados; atualização do Modelo Global de Dados com visão de negócio. Essas duas ultimas etapas podem acontecer em paralelo ou separadamente. Essas fases são detalhadas nos próximos tópicos. 7 Guia Metodológico para Integração de Dados e Processos 5 Modelagem de Dados Esta é a primeira fase para a criação do Modelo Global de Dados - MGD. Nela, o escopo da modelagem é definido e, como ele é abrangente, deve ser dividido em áreas de negócio, que representem os diversos assuntos que serão estudados. Essa divisão deve refletir a forma como o órgão estudado trata o assunto, para facilitar a comunicação e o levantamento do negócio. Nessa fase, são identificados e documentados os sistemas e as entidades que participam do negócio. A modelagem de dados segue as seguintes etapas: Etapa 1 - Definição do Escopo Abrangido pela Modelagem; Etapa 2 - Identificação das Interações com os demais Sistemas; Etapa 3 - Levantamento das Entidades de Dados e seus Relacionamentos; Etapa 4 - Convergência do Modelo com as principais Tabelas Físicas dos Sistemas; Etapa 5 - Identificação dos Pontos de Integração; Etapa 6 - Validação do Modelo com o Usuário Gestor; 5.1 Etapa 1 - Definição do Escopo da Modelagem O objetivo dessa etapa é identificar as áreas de negócio que serão objeto do estudo. É necessário definir quais informações são pertinentes ao macroprocesso e as fronteiras do que será modelado. Essa etapa consiste em: 1.Identificar na organização, os sistemas de TI relacionados ao macroprocesso; 2.Segmentar o escopo, definindo as famílias de sistemas ou áreas de negócio. 5.2 Etapa 2 - Identificação das Interações com os demais Sistemas O objetivo dessa etapa é ter uma visão dos dados que fluem de/para o sistema que está sendo modelado. Essa etapa consiste em: 1.Identificar as informações que fluem entre o sistema que está sendo modelado e os demais sistemas que fazem parte do macroprocesso; 2.Desenhar o Diagrama de Contexto. O produto gerado por essa etapa é o Diagrama de Contexto. Diagrama de Contexto O Diagrama de Contexto apresenta as interações existentes entre o sistema em análise e as entidades externas. Uma entidade externa atua como gerador ou como consumidor de informações e reside fora dos limites do sistema a ser modelado. Ao evidenciaro escopo do sistema e propiciar uma visão geral dos principais dados tratados no negócio, o Diagrama de Contexto apoia a criação do próximo artefato de dados, o Diagrama Entidade-Relacionamento, e lança as bases de 8 Guia Metodológico para Integração de Dados e Processos conhecimento para a posterior criação dos artefatos de processos. Exemplo de Diagrama de Contexto Notação: No Diagrama de Contexto os sistemas são representados por meio de retângulos e os fluxos de dados são representados por meio de setas entre os retângulos. Se a seta for contínua, trata-se de um fluxo de dado automático; se pontilhada, trata-se de um fluxo de dado manual. Sobre as setas do diagrama de contexto é colocado um nome para o fluxo, normalmente uma descrição sucinta, composta de siglas e abreviações. Algumas vezes o nome do fluxo é suficiente para o seu entendimento. No entanto, o que se tem observado é que muita riqueza de informação pode ser perdida por conta da escassez de espaço físico para contar um pouco mais da história do fluxo. Nesses casos, para enriquecer o diagrama de contexto constrói-se uma planilha com uma linha para cada fluxo de dados. Nessa planilha são registradas todas as explicações obtidas junto aos Analistas de Negócio a respeito de cada Fluxo de Dados. O retângulo na cor azul representa o sistema em análise, já na cor verde representa as entidades externas. Esses retângulos recebem o nome do sistema que recebe/envia o dado. Quando não se conhece o nome do sistema externo, o nome colocado no retângulo vai ser o próprio nome da organização, entendendo por isso que se está referindo aos sistemas 9 Guia Metodológico para Integração de Dados e Processos informatizados dessa organização. 5.3 Etapa 3 - Levantamento das Entidades de Dados e seus Relacionamentos Essa etapa consiste em elaborar o modelo de dados, utilizando-se os conceitos da Modelagem Entidade-Relacionamento (MER). Instruções práticas O levantamento das entidades, conforme preconiza a Modelagem Essencial, deve ser feito em alto nível. Entende-se que “alto nível” é o mapeamento das principais informações que permite compreender o negócio sobre o ponto de vista dos dados utilizados. Este mapeamento deve contemplar as entidades que são relevantes para a execução dos objetivos finalísticos da área estudada, proporcionando insumos para facilitar a tomada de decisão. O produto final dessa etapa é o diagrama de Entidade-Relacionamento ou Modelo de Entidade-Relacionamento em “alto nível”, acompanhado do Dicionário Único de Dados. Existem diversos métodos para o levantamento de dados. Para este guia iremos apontar dois, os quais não são mutuamente excludentes. Levantamento de Dados com as Unidades de Relacionamento com o Cliente Existem sistemas que não possuem modelo de dados (Modelo de Entidade Relacionamento – MER), como por exemplo os sistemas feitos em plataformas antigas – cobol, natural ou outros. Existem aqueles cujas regras de negócios não estão documentadas, ou que as regras de negócios estão nos próprios programas. Outros são sistemas muito antigos e, se formos estudá-los a partir de sua documentação ou seu programa, há o risco de mapearmos dados obsoletos, dados que foram necessários em determinada época e, com o passar do tempo, tornaram-se desnecessários, mas continuam a existir nas tabelas ou files. Nesses casos, convém realizar o mapeamento dos dados a partir de entrevistas com os analistas de negócio e/ou desenvolvedores, com os produtos e experiências mais atuais. A coleta de dados deve seguir alguns passos, a saber: 1.Solicitar aos analistas de negócios a documentação a respeito do sistema a ser mapeado para que a equipe possa ter os primeiros conhecimentos acerca dos sistemas em questão; 2.Agendar sequencias de entrevistas e reuniões, com os analistas disponibilizados pelas Unidades de Relacionamento com o Cliente, para o desenho do Modelo de Entidade- relacionamento (MER). Este desenho pode ser realizado em conjunto com os analistas de negócio ou pela equipe e, posteriormente, aprovado pelos analistas de negócios. Todas as reuniões devem produzir Atas de Reunião dos assuntos tratados, para que possam servir como documento de consulta; 3.O Dicionário Único de Dados deve ser feito junto com o Modelo Entidade-Relacionamento. Cada entidade do modelo deve ter um descritivo que contenha a definição desta entidade. O dicionário também deve ser aprovado pelos analistas de negócios; 4.Todos os artefatos produzidos no MGD devem ser validados pelo Superintendente responsável pela Unidade de Relacionamento com o Cliente, para posteriormente serem validados pelo Usuário Gestor (Órgão de Governo). Todas as correções devem ser registradas em Ata de Reunião com as respectivas justificativas; Levantamento de Dados a partir de Modelo Físico de Dados 10 Guia Metodológico para Integração de Dados e Processos Quando analisamos sistemas mais recentes ou em plataforma de banco de dados relacionais, que possua o Modelo de Entidade-Relacionamento (MER) atualizado, podemos, a partir desse modelo, levá-lo ao “Alto Nível”, para criar o Modelo de Global de Dados. A vantagem desta abordagem é a rapidez com que criaremos o MGD e entenderemos o negócio do Órgão de Governo através do modelo de dados, além de facilitar a criação da matriz de convergência de tabelas. Os passos são semelhantes ao anterior, com a vantagem de levar para a reunião com os analistas de negócios um modelo feito previamente. A coleta de dados deve seguir alguns passos, a saber: 1.Solicitar ao Administrador de Banco de Dados da área de desenvolvimento a documentação a respeito do sistema a ser mapeado, juntamente com o Modelo de Entidade-Relacionamento (MER), com antecedência, para que a equipe possa ter os primeiros conhecimentos acerca do sistema em questão; 2.Criar uma versão do modelo de dados em “Alto Nível” contemplando as entidades que sejam relevantes para o negócio, a partir do Modelo de Entidade-Relacionamento (MER) recebido do DBA; 3.Agendar entrevistas e reuniões com os analistas disponibilizados pela Unidade de Relacionamento com o Cliente, pela Superintendência de Desenvolvimento para a aprovação e validação do modelo gerado. Todas as reuniões devem produzir Atas de Reunião dos assuntos tratados, para que possam servir como documento de consulta; 4.O Dicionário Único de Dados deve ser feito junto com o Modelo Entidade-Relacionamento. Cada entidade do modelo deve ter um descritivo que contenha a definição desta entidade. O dicionário também deve ser aprovado pelos analistas de negócios; 5.Todos os artefatos produzidos no MGD devem ser validados pelo Superintendente responsável pela Unidade de Relacionamento com o Cliente, para posteriormente serem validados pelo Usuário Gestor (Órgão de Governo). Todas as correções devem ser registradas em Ata de Reunião com as respectivas justificativas. Diagrama Entidade-Relacionamento O Diagrama Entidade-Relacionamento é um diagrama MER1 referente ao modelo conceitual, sendo o artefato com maior visibilidade do Modelo Global de Dados2. Para que o Modelo de Dados possa abranger todo o Macroprocesso e ser desenhado em tempo hábil, adota-se a disciplina de representar apenas as entidades mais relevantes. O Diagrama E-R contém as principais entidades que compõem o sistema, que são identificadas tendo como foco a integração. Várias entidades da vida real podem ser agrupadas em apenas uma entidade do modelo, se isso for suficiente para o objetivo principal. As diferenças do diagrama entidade-relacionamento (E-R) do MGDpara um diagrama E-R convencional são: •No diagrama E-R do MGD não são guardados dados e sim o significado dos dados utilizados em outros sistemas; 1 MER - Modelo Entidade-Relacionamento, proposto por Peter Chen. 2 Essa visibilidade é reforçada pelo hábito desenvolvido no Projeto PRINT de se imprimir cada nova versão do Diagrama Entidade-Relacionamento e colar o mapa impresso nas paredes das salas de reunião. 11 Guia Metodológico para Integração de Dados e Processos •Por ser um modelo que permite a visão do todo, são mapeadas somente as informações essenciais ao negócio. Entidades criadas para dar suporte a aplicação não são incluídas no modelo; Não há prejuízo em se levantar apenas as principais entidades, porque não se pretende derivar o modelo físico diretamente do modelo conceitual. Tipos de Entidades do Diagrama E-R As entidades desse diagrama são classificadas em entidades de domínio, entidades de negócio, entidades externas e entidades de integração. •As entidades de domínio representam um conteúdo relativamente estável, geralmente composto de código e descrição. Exemplos de entidades de domínio: Município, Situação Cadastral, Atividade Econômica; •As entidades de negócio representam um conteúdo mais dinâmico, trazendo para o modelo o dia-a-dia do negócio. Exemplos de entidades de negócio: Programa de Trabalho, Saldo Contábil, Viagem. •Entidades externas são entidades que pertencem a outras áreas que não aquela representada no diagrama, sendo apresentadas na cor branca; •As entidades de integração são entidades que de fato não estão presentes nas soluções modeladas, porém, cuja inclusão, viabiliza a comunicação com outros sistemas. O diagrama com as entidades e seus relacionamentos, é complementado pelo Dicionário Único de Dados em que todas as entidades são registradas e definidas. Exemplo de diagrama E-R 12 Guia Metodológico para Integração de Dados e Processos Notação Regras para a nomeação de entidades: •O nome das entidades deve estar sempre no singular, exceção para locuções que exigem o plural como: Centro de Custos, Suprimento de Fundos, Fonte de Recursos etc; •Usar preposições e concordância verbal e nominal; •Não usar acentuação; •Regras para a utilização de cores para identificar o tipo de entidade: •Entidade de Domínio utilizar a cor amarela; •Entidade de Negócio utilizar a cor cinza; •Entidade Externa utilizar a cor branca; •Entidade Integradora utilizar a cor roxa. •Regras para o relacionamento entre as entidades: •O relacionamento representado por linha contínua significa que o relacionamento é obrigatório; •O relacionamento representado por linha pontilhada, significa que o relacionamento é opcional. •O “pé de galinha” representa um relacionamento “N”. •O arco é utilizado para representar “ou” exclusivo, quando uma entidade pode se relacionar apenas com umas das entidades que está ligado por vez. Dicionário Único de Dados O Dicionário Único de Dados é um complemento essencial do Diagrama de Entidade- Relacionamento. Apenas o desenho do diagrama com as entidades e seus relacionamentos não captura toda a informação que foi “revolvida” no processo de modelagem. O Dicionário de Dados é único, permitindo a centralização das informações diversificadas sobre um mesmo objeto e, com isso, estabelecendo uma semântica precisa para as informações do Macroprocesso. Além da descrição e conceitos das entidades, o dicionário pode conter também, definições acerca de algumas regras de negócios e exemplos de valores possíveis, identificadas no momento de sua modelagem, que tragam informações que venha a facilitar o entendimento da função da entidade mapeada. 13 Guia Metodológico para Integração de Dados e Processos Exemplo do Dicionário Único de Dados 5.4 Etapa 4 - Convergência do Modelo com as Tabelas Físicas dos Sistemas O objetivo desta etapa é estabelecer a relação entre as entidades do MGD e aquelas do modelo físico dos sistemas, com vistas a criar um lastro para o modelo, garantindo que o MGD não se constitua de uma simples abstração do negócio. Essa etapa consiste em: 1.Identificar quais tabelas físicas ou files correspondem a cada entidade de dado; 2.Gerar a matriz de convergência. Essa etapa produz o produto Matriz de Convergência das Principais Entidades. Matriz de Convergência das Principais Entidades A Matriz de Convergência das Principais Entidades apresenta as estruturas físicas (tables ou files) correspondentes a cada entidade de dado. O objetivo de se fazer esse artefato é trazer o MGD para mais próximo da realidade e proporcionar maior credibilidade ao modelo, pois fica demonstrado que as entidades não foram criadas ao acaso, mas são a contrapartida dos dados residentes na base de dados. Essa matriz também é útil para rastrear as alterações físicas efetuadas nas bases de dados no sentido inverso, da estrutura física para o modelo conceitual. 14 Guia Metodológico para Integração de Dados e Processos Exemplo de Matriz de Convergência 5.5 Etapa 5 - Identificação dos Pontos de Integração O objetivo da etapa 5 é demonstrar, por ordem de importância, quais são as entidades mais utilizadas nas diferentes áreas de negócios mapeadas de forma a melhorar a visualização e a análise dos pontos de integração. No modelo E-R gerado na etapa 3, as integrações são destacadas pelas linhas vermelhas e verdes. Essa etapa consiste em: 1.Identificar o reuso das entidades pelas diferentes áreas mapeadas; 2.Gerar a Matriz de Entidades x Área de Negócio. Essa etapa produz a Matriz de Entidade versus Área de Negócio. Matriz de Entidade versus Área de Negócio A Matriz de Entidade versus Área de Negócio também chamada de Mapa de Integração é o instrumento que registra os pontos de integração evidenciados pela modelagem e atribui os pesos correspondentes ao potencial de integração desses pontos. O potencial de integração de cada entidade é registrado na Matriz de Entidade versus Área de Negócio por meio do Índice de Reuso, que contabiliza o número de Áreas de Negócio em que determinada entidade está presente. Pontos de integração correspondem as integrações que já existem de fato ou as propostas de integração para os futuros sistemas. 15 Guia Metodológico para Integração de Dados e Processos Dessa forma, a matriz aponta as entidades onde se deve exercer esforço de integração, para as quais poderão ser desenvolvidos serviços web que promovam a atualização e consulta integrada por todos os sistemas que compõem o macroprocesso. As linhas da matriz contêm as entidades do MGD e as colunas listam as áreas de negócio. Registra-se 'owner' em cada célula da matriz que represente o uso de uma entidade por uma determinada área, quando essa área for a “dona do dado” e registra-se 'shared' em cada célula que represente uma área de negócio usando a entidade de outra área de negócio. Contando-se a quantidade de células marcadas ao longo das áreas, chega-se ao indicador de reuso, que representa o potencial de integração de cada entidade. Exemplo de Mapa de Integração 5.6 Etapa 6 - Validação do Modelo com o Usuário Gestor Depois de realizadas as cinco primeiras etapas da modelagem iterativamente para cada área de negócio, a etapa 6 consiste em submeter o modelo à apreciação do Órgão do Governo, mais especificamente à validação dos usuários gestores dos sistemas considerados. Nessa etapa de validação não cabe incluir no MGD características desejadas e que não estejam implementadas nos sistemas atuais. O objetivo é validar o modelo quanto à efetiva existência das entidadese relacionamentos ali registrados e quanto a eventuais ausências de entidades que não chegaram a ser identificadas pela equipe. 16 Guia Metodológico para Integração de Dados e Processos Essa também é a ocasião para serem feitos ajustes quanto à nomenclatura dos dados, buscando-se as denominações do negócio preferencialmente usadas pelos usuários. 17 Guia Metodológico para Integração de Dados e Processos 6 Refinamento do Modelo Global de Dados Essa etapa consiste em rever o Diagrama de Entidade-Relacionamento. Cada entidade existente no diagrama deve ser detalhada, incluindo atributos pertinentes à atividade ou função mapeada. Cada atributo incluído deve ser dicionarizado, descrevendo sua definição ou conceito. Devem ser registradas no decorrer desta atividade todas as informações que venham a enriquecer o entendimento dos atributos como: regra de negócio, lista de valores válidos, lista de valores possíveis ou exemplos. Essa etapa de refinamento pode ser realizada em três tempos distintos:. 1.Juntamente com a etapa da Modelagem do Macroprocesso, realizando esta atividade valendo-se do estudo para o mapeamento; 2.Como uma atividade isolada, ocorrendo após a etapa da Modelagem do Macroprocesso, permitindo rever o diagrama de Entidade-Relacionamento e atualiza-lo com esta etapa; 3.Juntamente com a atualização do MGD com a visão de Negócio, ou seja, no momento em que se realizar o mapeamento do negócio do Órgão do Governo, identifica os atributos necessários para cada processo. 18 Guia Metodológico para Integração de Dados e Processos 7 Atualização do Modelo Global de Dados com visão de Negócio Após validada a modelagem de dados, é realizada a modelagem da visão de negócio com o objetivo de conhecer os principais processos que manipulam as informações constantes do MGD, em uma área de negócio. Essa fase complementa as anteriores porque traz o conhecimento sobre quando as informações são utilizadas e quem é o responsável por elas. Permite um melhor entendimento sobre o negócio e, portanto, aprimora as informações do modelo. Os produtos gerados nessa fase são: o diagrama e o detalhamento dos processos, que explicam os processos de negócio; e a matriz Entidade x Processo, que relaciona as fases dos processos com as entidades do MGD. Além disso, o próprio MGD pode ser atualizado, passando a considerar entidades que não foram incorporadas nas fases anteriores, mas que são necessárias para a nova fase. A modelagem da visão de negócio é divida nas seguintes etapas: Etapa 1 – Definição do Escopo da Modelagem de Negócio Etapa 2 – Modelagem dos Processos de Negócio Etapa 3 – Identificação da Relação entre os Processos e o MGD Etapa 4 – Identificação da Relação entre os Gestores de Informação e o MGD Etapa 5 – Validação com o Usuário Gestor Etapa 6 – Atualização do MGD e Publicação dos resultados 7.1 Etapa 1 – Definição do Escopo da Modelagem de Negócio O objetivo dessa etapa é identificar quais são os processos de negócio que possuem relação com o MGD e, portanto será objeto de estudo. Instruções práticas Os processos de negócio representam o nível mais abrangente de atividades que geram resultados para o Governo Federal. Como exemplo, pode-se citar o processo “Elaboração da Lei Orçamentária Anual - LOA”, que ocorre anualmente, perpassa por vários órgãos da Administração e tem como resultado o orçamento do governo. Nesse momento, o interesse é apenas em identificar os processos e a relação entre eles, construindo um diagrama de processo em alto nível para ter uma visão abrangente de todos os processos que permeiam o macroprocesso. Não há a intenção em detalhar esses processos, pois isso ocorrerá na próxima etapa. A definição do escopo é aprovada pelo Usuário Gestor. 7.2 Etapa 2 – Modelagem dos Processos de Negócio O objetivo desta etapa é estudar cada processo identificado na etapa anterior e documentá-lo em diagramas e textos explicativos. Instruções práticas Como os processos são de propriedade dos diversos Órgãos do Governo da Administração Pública, eles devem fazer parte desta etapa, porém, como nem sempre é fácil conseguir espaço em 19 Guia Metodológico para Integração de Dados e Processos sua agenda, devemos realizar esse levantamento mediante consultas na legislação vigente que regulamenta as atividades a serem mapeadas, documentos dos sistemas, manuais ou qualquer artefato que trate dos assuntos, para que possamos realizar o primeiro desenho do processo. As primeiras dúvidas devem ser tratadas com os analistas de negócios da Unidade de Relacionamento com o Cliente, caso alguma dúvida ainda persista, devem ser registradas para saná-las com os representantes dos Órgãos de Governo em reuniões futuras. A coleta de informações para o mapeamento do processo deve seguir os seguintes passos: 1.Consultar a legislação vigente que regulamenta a atividade a ser mapeada; 2.Consultar documentação, manuais, artigos ou outros artefatos oficiais que tratam o assunto; 3.Elaborar esboço dos artefatos e questionários de dúvidas para guiar as discussões com os especialistas no negócio; 4.Agendar entrevistas e reuniões com os especialistas, tanto aqueles disponibilizados pela Unidade de Relacionamento com o Cliente juntamente com aqueles disponibilizados pelo próprio Órgão do Governo, para entender o processo que está sendo mapeado. As conversas também podem ocorrer por telefone ou e-mail, canais que facilitam o contato com pessoas com pouca disponibilidade. Todas as conversas devem produzir atas para que possam servir como documento de consulta. Os produtos gerados por essa etapa é o Diagrama de Processo. Diagrama de Processo Esse diagrama é o principal objeto deste trabalho. Trata-se do desenho do processo, ele deve ser feito em BPMN1, na ferramenta Corporativa Oryx que foi a ferramenta corporativa selecionada pelo Serpro por seguir recomendações e diretrizes de governo, pois, é uma ferramenta em software livre, desenvolvida em Java na Plataforma Web, e adota os padrões preconizados pelo e-Ping. As regras de confecção deste diagrama encontra-se no documento Metodologia de Modelagem de Processos que será disponibilizado via Governo Eletrônico. 1 BPMN - Business Process Modeling Notation 20 Guia Metodológico para Integração de Dados e Processos Exemplo do Diagrama de Processo - “Elaboração da LOA” Documento de Descrição das Atividades Este documento visa detalhar de forma clara e objetiva, todas as atividades e informações envolvidas no processo. Informações como objetivo da atividade, proprietário (dono do processo), insumos (entradas), Produtos (saídas), referências e o detalhamento da atividade executada. Abaixo há uma pequena figura para ilustrar esse documento, porém, em anexo segue o template do documento na íntegra.’ 21 Guia Metodológico para Integração de Dados e Processos Exemplo do documento de Descrição das Atividades: “Realizar a Captação Qualitativa” do processo de “Execução da LOA“ 7.3 Etapa 3 – Identificação da Relação entre os Processos e o MGD Após o entendimento de um processo de negócio específico, verifica-se a relação entre suas atividades e as entidades do MGD. Essa relação permite identificar em qual fase do processo a entidade é utilizada, seja como insumo para a execução da fase, seja como resultado dela. Essa etapa deve acontecer simultaneamente a etapa 2. O objetivo é verificar se as entidades já mapeadas no MGD estão sendo utilizadas pelos processos de negócio e em quais processos estão sendo consumidos ou produzidos. Além disso, essa etapa permite identificar alterações no MGD,quando: •Verifica-se que há entidades sendo produzidas ou consumidas por algum processo de negócio que não estejam mapeadas no MGD. Caso isso ocorra deve-se identificar se essa entidade está em algum sistema ou em planilhas, textos ou outros documentos. •Verifica-se também se há entidades mapeadas no MGD que não está sendo utilizada por nenhum processo, cabendo nesse momento uma revisita ao MGD para verificar a necessidade da permanência dessa entidade no MGD ou da sua retirada. •Identificar se houve alteração nos processos, nas regras de negócios ou nos sistemas entre a fase de modelagem e a de atualização que causem impacto no MGD. Deve-se capturar e documentar essas mudanças. 22 Guia Metodológico para Integração de Dados e Processos Essas alterações devem ser documentadas no artefato Registro de Alterações no MGD. Os produtos gerado por essa etapa são a Matriz de Entidade x Processo e o Registro de Alterações no MGD Matriz Entidade x Processo Este artefato apresenta a relação direta entre os processos de negócios mapeados e as entidades do MGD, permitindo identificar quais informações são insumos (entradas) para o processo e quais entidades do MGD são produtos (saídas) do processo. Enfim, faz o cruzamento de quais informações do MGD são consumidas ou ofertadas pelo processo mapeado. Ao criar este artefato deve-se colocar as fases de um processo exibidas nas colunas, e as entidades do MGD, listadas nas linhas. A relação pode se dar de duas formas: •A primeira, chamada de “entrada”, quando a entidade é utilizada como insumo necessário para a execução da atividade; •A segunda, nomeada de “saída”, quando a informação é um resultado da fase. A matriz permite visualizar, facilmente, em que momento, a informação é criada, e quando ela é utilizada durante a execução do processo de negócio. Exemplo da Matriz Entidade x Processo, do processo “Elaboração da LOA” Registro de Alterações no MGD Esse artefato armazena todas as alterações que se farão necessárias no MGD. Essas alterações são identificadas ao longo das etapas 2 e 3, mas o MGD somente será atualizado na etapa 6, quando todos os processo já foram mapeados. Isso evita que, para cada processo, haja uma solicitação de atualização do MGD. Além disso, existem entidades que são 23 Guia Metodológico para Integração de Dados e Processos consumidas ou produzidas por mais de um processo. Assim, é necessário concluir o levantamento de todos os processos para ter certeza daquela alteração. Esse artefato deve conter as seguintes informações: •Nome da alteração; •Tipo de alteração; •Detalhe da alteração; •Justificativa da alteração; 7.4 Etapa 4 – Identificação da Relação entre os Gestores de Informação e o MGD Com o conhecimento do negócio, é possível identificar as unidades organizacionais que são responsáveis por cada entidade do MGD. Esses responsáveis são chamados de Gestores de Informação. São eles que detém o controle sobre a informação e somente eles poderão alterar sua estrutura. O produto gerado por essa etapa é a Matriz Entidade x Gestor de Informação. Matriz Entidade x Gestor de Informação Este artefato apresenta a relação entre a unidade organizacional responsável pela gestão da informação e as entidades de dados do MGD. Identifica quais gestores são responsáveis por quais entidades do MGD. Ao criar essa matriz deve-se colocar nas colunas os Gestores da Informação e nas linhas as entidades. Exemplo da Matriz Entidade x Gestores de Informação 7.5 Etapa 5 – Validação com o Usuário Gestor Após o levantamento realizado a partir de documentação, os produtos são apresentados ao 24 Guia Metodológico para Integração de Dados e Processos Usuário Gestor para sua validação. Ademais, durante as reuniões, são identificadas informações necessárias aos processos de negócio que ainda não constam nas soluções de TI, nem, consequentemente, no MGD. Elas são registradas no modelo de forma diferenciada e representam a visão de futuro do MGD. 7.6 Etapa 6 – Atualização do MGD e Publicação dos resultados O objetivo desta etapa é atualizar o MGD com as informações provenientes do estudo realizado na fase da visão de negócio e publicar os resultados para todos os envolvidos. Solicitação de atualização do MGD O artefato Registro de Alterações no MGD, elaborado durante as etapas 2 e 3 e aprovado na etapa 5, é enviado à equipe de Gestão do MGD, que fará o versionamento e a publicação das alterações conforme o processo de Governança e Gestão do MGD. 25 Guia Metodológico para Integração de Dados e Processos Ficha Técnica Marcos Vinicius Ferreira Mazoni Diretor-Presidente Gilberto Paganotto Diretor-Superintendente Antonio Sérgio Borba Cangiano José Antônio Borba Soares Jorge Luiz Guimarães Barnasque Nivaldo Venâncio da Cunha Vera Lucia de Moraes Diretores Marcus Vinicius da Costa Superintendente Danielle Eulalia Lelis dos Santos Marcello Alexandre Kill Raul Coelho Soares Renan Mendes Gaya Lopes dos Santos Rosemberg Augusto Pereira Rodrigues Sergio Peixoto Mendes Xênia Soares Bezerra Elaboradores e Revisores Brasília, julho de 2010 26 1 Apresentação 2 Contextualização 3 Objetivos 4 Modelagem Essencial de Dados e Processos 5 Modelagem de Dados 5.1 Etapa 1 - Definição do Escopo da Modelagem 5.2 Etapa 2 - Identificação das Interações com os demais Sistemas 5.3 Etapa 3 - Levantamento das Entidades de Dados e seus Relacionamentos 5.4 Etapa 4 - Convergência do Modelo com as Tabelas Físicas dos Sistemas 5.5 Etapa 5 - Identificação dos Pontos de Integração 5.6 Etapa 6 - Validação do Modelo com o Usuário Gestor 6 Refinamento do Modelo Global de Dados 7 Atualização do Modelo Global de Dados com visão de Negócio 7.1 Etapa 1 – Definição do Escopo da Modelagem de Negócio 7.2 Etapa 2 – Modelagem dos Processos de Negócio 7.3 Etapa 3 – Identificação da Relação entre os Processos e o MGD 7.4 Etapa 4 – Identificação da Relação entre os Gestores de Informação e o MGD 7.5 Etapa 5 – Validação com o Usuário Gestor 7.6 Etapa 6 – Atualização do MGD e Publicação dos resultados
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