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Literatura Brasileira

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Literatura Brasileira
Sistema literário: composto por autor-público-obra, toma forma a partir do arcadismo
Características da Lit Colonial: 
visão religiosa: diretriz ideológica e fundamento estético
visão transfiguradora: espanto ante as novidades da terra, ineditismo 
Sentimento nativista
Ex: lit de informação e lit Barroca
Estatura de lenda e contornos de maravilha: autos de Pe. Anchieta, carta de Caminha, Bento Teixeira: prosopopéia
Barroco: conflito entre corpo e alma, prazeres renascentistas e o fervor religioso
Gregório de Matos (espírito barroco): lit sacra, amorosa, satírica, tendências conceptistas (conceito chave) e cultistas (forma literária)
Características barrocas: metáforas, metonímias, símiles, antíteses, paradoxos, hipérbatos, contornos alegorizantes, 
Formação da Lit Brasileira:
Academia Brasílica dos acadêmicos renascidos, Bahia, 1759: homens de letras articulam-se para formar um grupo coeso e em comunicação entre si.
Auto-público: obra circulava entre os homens de letras que se liam mutualmente.
Arcadismo
Também conhecido como neoclassicismo, iniciou em 1768 com as obras de Cláudio Manuel da Costa, ano da fundação da Arcádia Ultramarina
Características: reação à religiosidade barroca, adesão à razão. Bucolismo, valorização da natureza, amor tranqüilo, presença de entidades mitológicas. Imitação e verossimilhança, simplicidade de linguagem e naturalidade de expressão, recuperando até mesmo uma forte musicalidade. Primazia da razão e a volta dos clássicos: neoclassicismo. 
Ex. poema épico, soneto, madrigal, sondo, écloga, lira, ode, etc.
Formas importantes do período: poema didático, a sátira e a epístola.
Principais poemas épicos: O Uraguai, de Basílio da Gama; Caramuru, de Santa Rita Durão.
Importância da estética árcade: forneceu uma tonalidade universal à expressão literária local.
Dialética do localismo e do cosmopolitismo: de um lado a realidade local a ser incorporada e de outro as formas literárias dos países centrais.
Adequação da tradição clássica com os dados do mundo natural brasileiro: nativismo – nacionalismo.
Cláudio Manuel da Costa (1729-1789): Primeiro poeta árcade do Brasil colônia. Seu livro Obras é o marco inaugural do arcadismo. Concilia estética neoclássica + tendências barrocas. Poesia calcada nos moldes árcades, mas com uso de antíteses, metáforas, hipérbatos, etc, imprimindo traços maneiristas. Tbm influência camoniana.
Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810): obra satírica (política): Cartas Chilenas, Liras amorosas: Marília de Dirceu, as liras são paradigmáticas do equilíbrio e contenção da expressão lírica. Sentimentalidade e individualismo, forte subjetividade, antecipando a estética romântica. Naturalidade de expressão e espontaneidade de sentimento. São situações-tipo, como previsto pela estética neoclássica.
Romantismo (1836-1881)
Processo de consolidação das condições necessárias para a articulação do sistema literário: vinda da família real em 1808 e a Proclamação da independência em 1822.
O sentimento patriótico foi a diretriz ideológica que uniu todos na aspiração de uma pátria e uma literatura.
Marco do romantismo: Publicação de Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães.
Revista Niterói: é com a publicação da revista em Paris no ano de 1836 que se expõe o programa nacionalista dos românticos brasileiros. Participavam: Gonçalves de Magalhães, Araújo Porto Alegre, Pereira da Silva e outros intelectuais. Epígrafe da revista: Tudo pelo Brasil, e para o Brasil. O ensaio de Gonçalves de Magalhães sobre a história da lit no Brasil é o principal texto que expõe a perspectiva ideológica e estética dessa geração.
Ferdinand Denis: resumo da história literária do Brasil sugere a adesão à natureza.
Nacionalismo Literário: a natureza, o indígena, o sertanejo, os costumes locais, etc.
Indianismo: alegoria do Brasil, mito do herói nacional e de um passado lendário.
Primeira geração romântica: 
Gonçalves de Magalhães, líder intelectual do grupo. 
Obras: Suspiros poéticos e saudades, A confederação de Tamoios.
Primeiros romancistas brasileiros: Gonçalves Dias, obra I-Juca Pirama, Teixeira e Souza, obra Filho de pescador; Joaquim Manuel de Macedo, obra A moreninha.
Segunda geração romântica: poetas do mal do século, ultrarromantismo, modo de vida byroniano, desregrado
Figura central: Álvares de Azevedo
linha dramática: Macário, Idéias íntimas, Noites na taverna
lírica sentimental: Seu morresse amanhã, Lembrança de morrer, Lira dos 20 anos
lírica satírica: O poeta moribundo, É ela! É ela!
Características: sentimentalismo exarcebado, difuso, tom melancólico, dilaceramento dos sentimentos.
Exemplos: Casimiro de Abreu: A valsa; As primaveras; Belo, doce e meigo; Amor e medo; Segredos; Na rede; Meus 8 anos.
		Bernardo Guimarães: O elixir do pajé, A escrava Isaura
		Junqueira Freire: Inspirações do Claustro; Contradições poéticas
Manuel Antônio de Almeida: Memórias de um sargento de milícias (romance de costumes: malandragem).
José de Alencar: figura central no romance oitocentista, é com ele que o romance se consolida como o principal gênero literário do séc. XIX. Aprofundamento psicológico dos personagens
Obras regionalistas: O troco do ipê, Til, O sertanejo, O gaúcho.
Romance histórico: As minas de prata, Alfarrábios, Guerra dos mascates
Indianismo: Iracema, Ubirajara, O Guarani
Romance urbano e de costumes: Lucíola, Diva e Senhora.
Terceira geração romântica: o escravo presente nas obras, republicanismo
Castro Alves: maior nome da última geração, eloquência verbal, visão transfiguradora
Obras: Navio negreiro 
Fagundes Varela (poeta central) Mauro, o escravo. Cântico dos calvários, Noturnas
Bernardo Guimarães: Rosaura, a injeitada
Franklin Távora: O cabeleira, O matuto, Lourenço
Visconde de Taunay: A retirada da laguna, Inocência
Machado de Assis: 
Consolidação definitiva da literatura
Fase romântica: Ressurreição, A mão e a luva, Helena, Iaiá Garcia
Fase realista do Machado: Memórias póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro, Memorial de Aires
Mais obras: O espelho, O alienista, Singular ocorrência, Esaú e Jacó
A virada do século XIX para séc. XX: desejo de impessoalização da obra de arte em seus modos de representar a realidade.
Realismo – Naturalismo (1881-1922)
O escritor realista-naturalista mobiliza certas concepções da ciência de modo a dar conta da realidade a ser representada. Estética inaugurada pela obra O mulato
Aluízio de Azevedo: principal nome do gênero, narração de costumes contemporâneos
Romances folhetinescos: Girândola de amores, A mortalha de Alzira
Romances realistas: o Mulato, Casa de pensão, O cortiço, O homem
Oliveira Paiva: temática rural, obra: D. Guidinha do poço
Temática da denúncia social: Adolfo caminha, com Bom crioulo e Domingos Olímpio: Luzia-Homem.
Parnasianismo
Surge com a publicação de “Sonetos e rimas” em 1880, de Luís Guimarães Jr.
Características: imposição contra o verbalismo e a sonoridade, recuperação da poesia árcade, objetividade, descompromisso com a realidade, arte pela arte (impessoalização da expressão poética), ex: Vaso Chinês, de Alberto Oliveira
Consolidação com a publicação das obras:
Alberto de Oliveira: Meridionais
Raimundo Correia: Versos e Versões
Olavo Bilac: Poesias
Simbolismo
Marco inicial: Missal, Broqueis, ambos de Cruz e Souza.
Características: espírito decadentista, reação contra a objetividade, contra o racionalismo e o cientificismo, retomada da subjetividade. Recursos típicos do simbolismo: aliteração, sinestesia, iniciais maiúsculas Ex. Antífona, de Cruz e Souza
Pré-modernismo
Antecipa as mudanças provocadas pela semana da arte moderna 1922
Características: ruptura com o passado, denúncia da realidade brasileira, tipos humanos marginalizados, fatos políticos, econômicos e sociais contemporâneos.
Monteiro Lobato: Cidades Mortas e Urupês = linguagem próxima da coloquial,presença do caipira paulista (Jeca Tatu)
Lima Barreto: Triste fim de Policarpo Quaresma = Retrato do gov. de Floriano Peixoto, linguagem próxima a falada na época, personagens marginalizados, ignorantes e oprimidos.
Euclides da Cunha: Os Sertões = guerra dos canudos, linguagem cientificista, teorias deterministas (o homem é fruto do meio em que vive) – sociologia e literatura
Modernismo
Semana da arte moderna marco inicial do modernismo brasileiro.
1ª fase: revista Klaxon lançada para dar continuidade a divulgação das idéias modernistas.
Movimentos culturais: manifesto pau brasil, antropofagia, etc.
*Objetivo dessa nova literatura: descolonizar o Brasil, frase síntese do manifesto: tupy or not tupy, taht is the question.
*Na poesia procurou-se fixar uma nova linguagem literária, inspirada na fala do povo, linguajar cotidiano. Sintetizar a poesia, reduzir ao máximo seu texto para atingir o essencial: poema-minuto, poema-pílula.
2ª fase: 
Marco inicial: na prosa A bagaceira, de José Américo de Almeida e na lírica: Alguma poesia de Carlos Drumond de Andrade.
A poesia vai assumindo uma produção anárquica – ainda sob a influência heróica. Retorno ao tom sério, verso livre, sentido de projeto pessoal, subjetividade, espiritualidade, responsabilidade do poeta diante de questões sociais.
Jorge Lima: Poemas negros, Invenção de Orfeu, Essa negra Fulô
Cecília Meireles: Romanceiro da Inconfidência
Vinícius de Morais: Antologia Poética
Carlos Drumond de Andrade: Rosa do povo, Claro enigma, Poema de sete fases, etc.
Angústia diante da atividade de composição do poema, temas: o mundo (problemas sociais) e o ser (problemas individuais).
Mário de Andrade: Macunaíma, herói sem nenhum caráter, indígena negro, representa a diversidade de forma crítica, livro síntese do desrecalque localista , modernismo heróico
Romance de 30:
Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Jorge Amado, Rachel de Queiroz, Érico Veríssimo
Características: interpretações do Brasil: diálogo com a sociologia, cena regional ou realidade urbana, mudanças políticas, realista naturalista, forma linear, código culto urbano, cena rural nas raízes dos protagonistas mesmo no cenário urbano.
José Lins do Rego, 5 romances do ciclo da cana de açúcar.
Fogo morto: caráter político, interpretação sociológica, tensão psicológica e social.
Personagens: José Amaro, o artesão. Seu Lula, o senhor do engenho. Vitorino Carneiro: figura quixotesca, em parte cômica, em parte trágica.
Jorge Amado, Terras do sem-fim
Reflexão sobre o nordeste brasileiro, cronista das relações sociais, à busca por uma alegoria histórica para as disputas territoriais na Bahia.
Érico Veríssimo: O tempo e o vento, relata o passado mítico da formação de uma oligarquia gaúcha.
Graciliano Ramos: Angústia, romance urbano de força existencialista.
Memórias do cárcere: ensaísmo autobiográfico experiência na prisão
Vidas secas: interdição lingüística do sertanejo retirante.
São bernardo: título da súmula do romance de 30, história de Paulo Honório, no tempo da narração, em 1ª pessoa, já proprietário solitário da fazenda São Bernardo. Temática transformação do homem em coisa, sentimento de propriedade, ciúme, ambição. Contradições do capitalismo subdesenvolvido e dependente.
Consolidação do paradigma moderno
Consolidação da experiência modernista, com João Guimarães Rosa (modo rural, cultura brasileira) e Clarice Lispector (Modo urbano, aspectos psicológicos). Na poesia, João Cabral de Melo Neto, nova narrativa: a estética é tão importante quanto o tema. 
Clarice Lispector: primeiro livro = Perto do coração selvagem, temas: seres socialmente marginalizados por diferentes razões. Monólogo interior, linguagem próxima da poesia.
Obras: A paixão segundo G.H., O lustre, A cidade sitiada, Água Viva, Felicidade Clandestina, Laços de Família, A hora da estrela (Macabéa) = paradoxo da existência miserável.
João Guimarães Rosa: Ficção regionalista, síntese entre o padrão letrado e pela fala popular, realismo poético. Aplicação constante de recursos provindos da poesia, neologismos, o ambiente é o sertão, e os personagens rústicos e singelos. A indagação existencial é o grande tema de sua obra. Caráter universalista.
Grande Sertão Veredas: Riobaldo, amor por Diamorim, possível pacto com o diabo.
João Cabral de Melo Neto: estilo seco, incisivo, controle formal, impessoalidade. Composição construtiva racional.
Cunho social, miséria nordestina: O rio, Morte e vida Severina.
Obras de relevo formal: Fábula de Anfion, Antiode
Metáfora para o rio capibaribe: O cão sem plumas
Concretismo
Grupo: Noigandres, valoriza a forma e a comunicação visual, sobrepondo ao conteúdo, recusa a poesia tradicional, leitura espacial. Poema produto: não se espera um tema.
Precursores: João Cabral (poemas reflexivo-construtivo) e Oswald de Andrade (cubismo)
Ex. Poema Sujo, de Ferreira Gullar, desabafo de um exilado (lit experimental + socialmente engajada).
Literatura Contemporânea 1970
Poesia> aparecimento da poesia marginal.
“Geração do mimeógrafo”: copiados, distribuídos ou vendidos por conta, vínculo com o banal e o cotidiano, recusa do classicismo e experimentalismo. Reaparecem: lirismo melancólico e cotidiano exaltado em sua potência humorística e crítica.
Ex. Caprichos e relaxos, de Paulo Leminski
Autores da época: Ana Cristina César, Torquato Neto, Cacaso e Chacal.
Prosa: Romance paradigmático Quarup de Antônio Callado, geração do golpe militar.
Características: forte diálogo entre literatura e jornalismo: neorrealismo ou neonaturalismo.
2 tipos de literatura no período militar:
Depoimentos e memórias: O que é isso companheiro? De Fernando Gabeira, Pedras de Calcutá, de Caio Fernando de Abreu, O cego e a Dançarina, de João Gilberto Noll, Confissões de Ralfo, de Sérgio Sant’Anna.
Narrativas de cunho fantástico: Incidente em Antares, de Érico Veríssimo, Contos de Murilo Rubião, Narrativas de J.J. Veiga
Vertentes do Ultrarrealismo ou Realismo Feroz
Temática das desigualdades sociais e violência nos centros urbanos.
Ex. Dalton Trevisan, com os contos: Uma vela para Dário, Com o facão dói, Canção do Exílio, Lamentações da rua Ubaldino.
João Antônio, com o conto: Paulinho perna-torta.
Rubem Fonseca: A grande arte, O cobrador.

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