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ANÁLISE E DETECÇÃO DE DEFEITOS 1 Demaser Novembro/2007 1) COMPRESSORES Trata-se de um dispositivo eletromecânico, cujo objetivo é succionar, comprimir e circular o fluído num determinado sistema. Tipos de compressores existentes para climatização - Compressores Alternativo (Recíproco) - Compressores Rotativos - Compressores Scroll - Compressores Centrífugos - Compressores Parafusos Os compressores rotativos realizam a sucção e a descarga do fluido refrigerante por meio de um movimento do rolete no interior do cilindro, que se movimenta através de um eixo excêntrico e com o auxílio da lâmina divisória, a qual cria regiões de baixa e alta pressão. Compressor Rotativo ANÁLISE E DETECÇÃO DE DEFEITOS 2 1.2) ANÁLISE DA BOBINAS DO COMPRESSOR Para realização da análise das bobinas, o compressor deverá estar desligado pelo menos 01 hora para que não ocorra variação nas resistências Ôhmicas, em razão da alta temperatura do compressor. A primeira coisa que deve-se entender é que o compressor possui um enrolamento principal, também conhecido como marcha (trabalho) e um enrolamento auxiliar, conhecido como ARRANQUE. A ilustração ao lado demonstra como o enrolamento está montado internamento no compressor; Para analisar as bobinas, primeiro deve-se identificar os bornes (fusite) Comum ( C ) Auxiliar (A) e Marcha (M). Com um multímetro na escala de Ohms, colocando-a na escala mais baixa. O ideal é utilizar um multímetro digital. Identificação dos bornes (EXEMPLO): 1) Comum – O borne comum é o oposto ao maior valor obtido (10 Ohms). 2) Marcha – O borne marcha será a menor resistência encontrada entre comum e determinado ponto (2 Ohms). 3) Auxiliar – O borne auxiliar será aquela maior resistência encontrada entre comum e determinado ponto (8 Ohms). 1.3) ANÁLISE DA ISOLAÇÃO DA BOBINAS DO COMPRESSOR Com vimos anteriormente, o compressor possui uma bobina interna, costituída por enrolamento de fios, por isso, deve haver uma isolação entre esta bobina e a carcaça do compressor para evitar curtos-circuitos, choques e descargas elétricas. Para medir a isolação das bobinas, deve-se utilizar um Megômetro (analógico ou digital) de 500 volts e seguir a sugestão abaixo. a) Coloque a ponta de prova (vermelha) nos bornes de arranque (Auxiliar), Marcha, e Comum e a outra ponta de prova (preta) num terra, de preferência numa superfície metálica do equipamento não pintada. Os valores obtidos devem ser inferiores a 10MÔhms (mega Ohms). Se forem, recomenda-se fazer um vácuo no sistema e refazer o teste. Caso o valor continue baixo, o compressor deve ser substituído. b) Neste outro tipo de teste, deve-se medir a resistência Ôhmica dos enrolamentos, em relação aos diâmetros e ao número de espiras. Para realização deste teste o compressor deve estar frio (desligado a pelo menos 2 horas), a temperatura ambiente deve estar entorno de 25ºC e ter um multímetro digital. Com o multímetro mede-se a resistência entre os bornes C – A – M (conforme já foi feito na identificação dos bornes). Os valores medidos devem agora ser comparados com os constantes com os dados de placa do compressor, podendo estes ter uma variação máxima de + ou – 5%. O compressor deverá ser trocado se as medidas estiverem fora da faixa de tolerância ou se durante as medições o multímetro marcar infinito, que significa que a bobina está aberta. ANÁLISE E DETECÇÃO DE DEFEITOS 3 2) ANÁLISE DE PROBLEMAS, PROVÁVEIS CAUSAS E AÇÕES ANÁLISE E DETECÇÃO DE DEFEITOS 4 ANÁLISE E DETECÇÃO DE DEFEITOS 5 ANÁLISE E DETECÇÃO DE DEFEITOS 6 ANÁLISE E DETECÇÃO DE DEFEITOS 7 ANÁLISE E DETECÇÃO DE DEFEITOS 8 ANÁLISE E DETECÇÃO DE DEFEITOS 9 ANÁLISE E DETECÇÃO DE DEFEITOS 10 ANÁLISE E DETECÇÃO DE DEFEITOS 11 3) CONTATORA Contator é um dispositivo eletromagnético que liga e desliga o circuito do motor. Usado de preferência para comandos elétricos automáticos à distância. É constituído de uma bobina que quando alimenta, cria um campo magnético no núcleo fixo, que por sua vez, atrai o núcleo móvel que fecha o circuito. Cessando alimentação da bobina, desaparece o campo magnético, provocando o retorno do núcleo através de molas, conforme abaixo. 3.1) TESTE EM CONTATORA Para efetuar os testes em uma contatora, se faz necessário o uso de um Multímetro aferido. CONTATORA DESENERGISADA a) Munido do multimetro coloque uma ponta NC21 e a outra em NC22 e marque o resultado. b) coloque uma ponta em NO entrada e NO saída e marque o resultado. c) Coloque uma ponta em A1 e a outra em A2 e marque o resultado. d) CONTATORA ENERGISADA a) Munido do multimetro coloque uma ponta NC21 e a outra em NC22 e marque o resultado. b) Coloque uma ponta em NO entrada e NO saída e marque o resultado. c) Coloque uma ponta em A1 e a outra em A2 e marque o resultado. ANÁLISE E DETECÇÃO DE DEFEITOS 12 EXEMPLO NC = NORMALMENTE ABERTA NO = NORMALMENTE FECHADA TESTE POSIÇÃO VALOR OBTIDO RESULTADO SITUAÇÃO DEFEITO NC1/NC2 ~ 0,02 a 0,08 Ω Contatora OK A1/A2 ~ 530Ω ± 20%. Contatora OK VALOR ABAIXO BOBINA QUEIMADA DESENERGIZADA NO/NO "Infinito" Contatora OK NC1/NC2 "Infinito" Contatora OK A1/A2 530Ω ± 20%. Contatora OK VALOR ABAIXO BOBINA QUEIMADA ENERGIZADA NO/NO 0,02 a 0,08 Ω Contatora OK Principais defeitos em contatoras Provável causa Falta de terminais Corrente elétrica alta Baixa tensão Mau contato dos cabos Má fixação dos cabos Bitola má dimansionada Alto número de partidas Contato colado Baixa tensão na rede Curto circuito, contatos internos colados, baixa resistência da Bobina Defeito da bobina Contato interno colado (imperceptível Nesta imagem, observa-se o teste da resistência das bobinas com a contatora desenergizada. Nesta imagem, observa-se o teste da inversão de contatos, com a contatora energizada. ANÁLISE E DETECÇÃO DE DEFEITOS 13 4) CAPACITOR Trata-se de um componente que tem a função de corrigir o fator de potência, filtras ruídos e auxiliar na partida do moto compressor. É ligado entre o enrolamento principal e o enrolamento secundário. Sua capacidade em mF (micro faraday) é de acordo com o tipo do compressor, previamente determinado pelo Fabricante. 4.1) Principais testes no Capacitor a) Análise visual na intenção de se identificar vazamento de óleo, se há alguma deformação ou contatos danificados b) Verificação de capacitância Com o uso preferencialmente de um Capacímetro meça a capacitância do capacitor colocando uma ponta de provano comum, e a outra no ponto desejado. Exemplo: Quando se tratar de capacitor duplo, para medir a capacitância do capacitor do compressor conecte uma das pontas no terminal Comum ( C ) e outra no terminal Hemetic (H). Também e capacitor duplo, para medir a capacitância do capacitor do ventilador, conecte uma das pontas no terminal Comum ( C ) e outra no terminal Fan (F) . 4.2) Principais defeitos a) Capacitor estourado b) Perda de capacitância c) Vazamento de óleo d) Capacitor aberto 5) PRINCIPAIS COMPONENTES ELETRÔNICOS 5.1) Placa de controle eletrônico No condicionador de ar tipo split, os controles de temperatura e de vazão do ar insuflado, não são feitos por controles eletromecânicos (chave seletora e termostato) como no aparelho de ar condicionado de janela, são feitos por uma placa eletrônica. Comum H H Comum ANÁLISE E DETECÇÃO DE DEFEITOS 14 Esta placa comanda todas as funções do split que podem ser controladas pelo usuário, tais como: a) Ligar e desligar o aparelho; b) Controlar a temperatura do ambiente; c) Controlar a velocidade do ventilador; d) Movimentar as aletas de direcionamento do ar insuflado; e) Controlar o tempo de funcionamento do aparelho etc. Cada fabricante desenvolve seu tipo particular de placa de acordo com o nível de sofisticação tecnológica do aparelho, mas todas elas sempre estão localiza na unidade evaporadora. Quando apresentam defeito, essas placas não devem ser reparadas, mas sim substituídas por outra semelhante. Para que o usuário tenha acesso efetivo aos controles proporcionados pela placa de controle eletrônico, ele deverá fazer uso do aparelho de controle remoto que acompanha todo aparelho de ar condicionado do tipo split. 4.2) Controle remoto Todas as operações de comando do aparelho tipo split são realizadas através de um controle remoto. A quantidade de comandos disponíveis varia de fabricante para fabricante e mesmo entre modelos do mesmo fabricante. Geralmente, os controles remotos comandam as seguintes operações: • Liga-desliga • Funcionamento do ventilador • Velocidade do ventilador • Operação do sistema: resfriamento, aquecimento • Ajuste de temperatura (entre 16 e 30o C) • Relógio para programação (“timer”): ligar/ desligar automaticamente. • Direcionamento do fluxo de ar (Swing) • Controle “sleep”: quando acionado, eleva automaticamente a temperatura ambiente para conforto de quem está dormindo, já que a temperatura do corpo tende a cair durante o sono. Alguns controles remotos apresentam um visor (“display”) digital no qual são mostradas/identificadas as funções que estão sendo realizadas na unidade evaporadora no momento. ANÁLISE E DETECÇÃO DE DEFEITOS 15 4.3) Sensores de Temperatura Nos circuitos eletrônicos, para controlar a temperatura não se utiliza o bulbo sensor, cheio de gás, como nos termostatos eletromecânicos, mas sensores eletrônicos de temperatura denominados termistores. O termistor é um semicondutor no estado sólido que tem o valor de sua resistência elétrica modificado de acordo com a temperatura a que está submetido. Quando o termistor é percorrido por uma corrente elétrica, a variação da resistência causa uma variação dessa corrente que é lida pela placa eletrônica como uma variação da temperatura e processa os ajustes de acordo com a programação do condicionador de ar. Existem diversos sensores no mercado que apesar de parecerem semelhantes, possuem características diferentes. Por causa disso, sempre que for necessário substituir um sensor, deve-se adquirir um que tenha as mesmas especificações técnicas, para que possa ocorrer o perfeito funcionamento com a placa eletrônica. Os sensores de temperatura são ligados diretamente na placa eletrônica e inseridos em orifícios da serpentina do evaporador. O sensor da serpentina sempre está fixado dentro de um pequeno tubo de cobre, que é conhecido como “poço”, e é soldado à tubulação da serpentina. Deve-se tomar o cuidado de que este poço esteja sempre limpo, isento de sujeira, graxa ou óleo, pois este poderia dar uma falsa leitura da temperatura pelo sensor. 4.3.1) Teste de resistência do sensor de temperatura Com o uso de um multímetro na escala de resistência Ôhmica (Ω), verifica-se a resistência deste componente. Com o resultado em mãos, acesse a tabela de valores de resistência X temperatura. De acordo com o valor obtido, pode-se definir que o sensor está com sua resistência alterada ou não, como se observa no exemplo abaixo: Teste com o sensor desconectado da placa eletrônica Temperatura ambiente Resistência padrão Resistência obtida Resultado 25ºC 5KΩ 10,39Ω Danificado Teste com o sensor conectado na placa eletrônica Temperatura ambiente Resistência padrão Resistência obtida Resultado 25ºC 2,5KΩ 2,64Ω S/ defeito ANÁLISE E DETECÇÃO DE DEFEITOS 16 5) TABELA DE RESISTÊNCIA ÔHMICA – SENSORES DE TEMPERATURA ANÁLISE E DETECÇÃO DE DEFEITOS 17 6) AUTO DIAGNÓSTICO DE DEFEITOS – LINHA HI-WALL OCORRÊNCIAS POSSÍVEIS TESTES Evidências encontradas Causas Ações/Solução Led verde pisca 1 vez com intervalos de 8 segundos, Led Timer aceso Problema no sensor de temper. da serpentina (unidade interna) Led verde pisca 2 vezes com intervalos de 8 segundos, led timer aceso Problema com sensor de temperatura ambiente (unidade interna) Com o uso do Multímetro na escala Ôhmica, checar a resistência do conjunto dos sensores. Led timer Pisca 5 vezes com intervalos de 8 segundos, led verde aceso Problema na unidade externa Avaliar desempenho da unidade condensadora. Checar pressão de sucção, tensão e corrente elétrica (Amperagem) Led timer pisca 3 vezes com intervalos de 8 segundos, led verde aceso led verde pisca 6 vezes com intervalos de 8 segundos, led timer aceso Problema no motor ventilador da unidade interna Testar inicialmente o aparelho somente na ventilação. Verificar manualmente se o motor ventilador não está travado, se não está sobreaquecido. Checar conectores. Compressor pára de funcionar após ~10 minutos e o motor ventilador da unidade interna continua funcionando Congelamento na serpentina (evaporador). Filtros de ar/evaporador sujos. Baixa pressão do sistema. Bulbo do sensor mal posicionado/conectores mal encaixados. Verificar se não há retorno de ar insuflado devido a obstáculos. Verificar se o sensor não está mal posicionado ou terminais mal encaixados Aparelho pára de funcionar após 20 minutos e ambiente com temperatura superior a 25 °C – led do temporizador pisca 5 vezes com intervalos de 5 segundos Problema com funcionamento da unidade externa. problemas relacionados à carga de Fluído refrigerante. Checar a pressão de sucção, corrente elétrica. Ajustar o superaquecimento. Medir a resistência do conjunto dos sensores de temperatura. Verifique o funcionamento da válvula de reversão e do compressor O ventilador da unidade interna é interrompido durante o funcionamento em aquecimento e o led de operação fica piscando Sistema de proteção contra insuflamento de ar frio para o ambiente aguarde reiniciar o funcionamento, observe se o fluído refrigerante aquece a serpentinas (evaporador) Compressor e válvula reversora interrompe o funcionamento, e sem período determinado volta a funcionar Temperatura na serpentina interna acima de60 °C ANÁLISE E DETECÇÃO DE DEFEITOS 18 Sem energia Verifique o circuito de alimentação (disjuntores, fusíveis,cabos elétricos interrompidos Baixa tensão Restabeleça ou use um estabilizador de tensão Erros na interligação elétrica Verifique as ligações com o diagrama elétrico Condicionador não funciona Motor ventilador queimado Substitua o motor ventilador Operação irregular do controle remoto Ajuste o funcionamento através do controle remoto Aparelho insuficiente Verifique a carga térmica do ambiente comparando com a capacidade térmica do aparelho. Substitua ou acrescente outro(s) aparelho(s) Excesso ou falta de fluído refrigerante Ajuste a carga de fluído refrigerante através da medição do superaquecimento Evaporador e ou condensador bloqueado por gelo ou sujeira Desligue o aparelho para descongelamento ou efetue limpeza na serpentinas Compressor ou Motor ventilador da unidade externa travado ou queimado Ajuste ou substitua o compressor ou motor ventilador do condensador Válvula reversora não atua ( travada ou bobina queimada) Substitua a válvula reversora ou a bobina solenoide Relé do compressor ou ventilador não alimenta a unidade externa Substitua a placa eletrônica de comando Ventilador funciona mas não refrigera ou aquece o ambiente ou baixo rendimento Temperatura externa muito alta ou muito baixa Operação irregular do controle remoto Ajuste o funcionamento através do controle remoto Falta de manutenção preventiva Execute limpeza dos filtros de ar, aletas do evaporador e do blower (turbina) O aparelho funciona, porém insulflando pouco ar no ambiente Obstrução por obstáculos Remova os obstáculos ou reposicione o aparelho ou redirecione o insuflamento desviando do obstáculo Bateria descarregada (pilha) Substitua as pilhas Controle remoto não funciona Interferência de sinais eletrônico, (televisores etc), Afaste os equipamentos eletrônicos ou reinstale o aparelho em outro local ANÁLISE E DETECÇÃO DE DEFEITOS 19 Luz intensa incidindo no receptor de sinais Teste o equipamento com menor intensidade de iluminação– solucione o problema apresentado Problema no controle remoto Substitua o controle remoto Receptor de sinais defeituoso Se possível teste com outro controle remoto ou substitua a placa eletrônica do receptor de sinais Problema mecânico ou elétrico no compressor Substitua o compressor Protetor térmico ou Capacitor defeituoso Substitua o componente defeituoso Compressor para após iniciar o funcionamento Problema eletrônico Verifique a tabela de auto diagnóstico do aparelho Folga nos mancais do ventilador Substitua o componente defeituoso Blower desbalanceado (turbina) Substitua o blower Sujeira no blower (turbina) Execute a limpeza do blower (cuidado para não remover o balanceamento) Vibração excessiva na unidade interna Instalação incorreta ou parede/suporte irregular Ajuste a instalação e o suporte Amortecedores de vibração danificados (coxim de borracha) Substitua os amortecedores Instalação incorreta ou parede/suporte irregular Ajuste a instalação e o suporte Parafusos com pouco aperto Ajuste os parafusos de forma adequada Vibração excessiva na unidade externa Tubulações incindido no gabinete ou outras partes da unidade Ajuste as tubulações e componentes irregulares na unidade Unidade condensadora ciclando (liga / desliga ) Falta ou excesso de fluído refrigerante Ajuste a carga de fluído refrigerante através da medição do superaquecimento Bloqueio na circulação de ar nas serpentinas do condensador ou evaporador No caso de obstrução por obstáculos, remova-os ou efetue limpeza das serpentinas Falta ou excesso de fluído refrigerante Medir pressões de baixa, e alta (desrosqueando o pressostato). Checar componentes. Unidade condensadora ciclando (liga/desliga) somente para unidades com pressostato Filtro de gás e ou tubo capilar obstruído Nivelamento da unidade interna incorreto Vazamento de água pela unidade interna Vedação do dreno incorreto Recolha o fluído refrigerante, substitua o conjunto filtro e capilar , reprocesse o sistema DEMASER – NOVEMBRO/07
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