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Os três movimentos da modernidade resenha

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Os três movimentos da modernidade.
	Para entender-se a crise da modernidade, necessariamente devemos entender o caráter da modernidade, que é basicamente a busca ao poder. A crise da modernidade se revela no fato, ou consiste precisamente no fato, de que o homem moderno ocidental não sabe mais o que ele procura/quer, que ele não acredita no saber que é bom ou mau, ou ainda certo ou errado. Antigamente, o homem achava saber o que era bom ou ruim, justo e injusto etc; acreditava que a filosofia política explicaria esses fenômenos de polarização do que é bem ou mal, no entanto, essa fé nesse discurso racional, reflexivo/valorativo perde força, essa perda de força que dá-se para alguns devido a filosofia política estar fundamentada em um erro primordial, pois ela pressupõe que “os julgamentos de valor podem ser racionalmente validados”. 
Então percebemos a profunda crise do Estado Moderno, que não busca mais justiça e da Ciência Moderna, que não busca mais a verdade, pois a modernidade caracteriza-se pela busca do Poder.
Portanto, podemos dizer que a crise da modernidade é primeiramente a§ crise da filosofia política moderna, pois a cultura moderna é racionalista, de modo que esta entra em crise devido a descrença na razão. Pois a modernidade é a secularização da fé, ou ainda, processo através do qual a religião perde a sua influência sobre as variadas esferas da vida social, ou seja, um desencantamento racional, causando assim uma ruptura com o passado clássico. Ruptura esta que podemos exemplificar na diferença de ciência política moderna, positivista dos fatos e filosofia política clássica, que busca o entendimento do que seria a “vida boa” 
Então podemos dizer que modernidade é uma transformação da filosofia política pré-moderna, que rejeita a sua ideia predecessora, assim estabelecendo-se o início da modernidade, no século XVI. Que logo entra em crise pela civilização ocidental estar desorientada moralmente, politicamente, historicamente e socialmente; crise que funda-se na desmistificação do que política, direito, cultura, educação e enfim ciência na modernidade.
Os pensadores a partir de que impusesse essa ruptura, tinham total consciência do que faziam, cujo o primeiro filósofo político a fazer esta foi Thomas Hobbes, mas este que foi fundamentalmente influenciado por Nicolau Maquiavel, que rompe com as ideias de seus antecessores de como um “príncipe” deve ser/agir com seus interesses e amigos, filósofo este que estava em um período de instabilidade político, social e econômico. Que este príncipe deveria ser oportunista, astuto, esperto e manipulador, em busca de assegurar o poder, seja por bem, ou ainda por mal, mas mantendo a ordem e o poder nas mãos, características que podem reduzir-se a Maquiavélico. 
Pois Maquiavel defendia que a política deveria servir para gerar ordem e poder, pois o príncipe deveria ter Virtu (força/virilidade) em busca da fortuna, pois a ética cristã (amar e servir) é diferente da política real (governar em busca do poder, que caso necessário é permitido, matar ,trair , mentir para obter-se ordem), pois esta política real é a nova ética de poder, nova ética da política, que é cínica, e nada tem a ver com religião, apenas modo de governar, adquirir e manter o poder, pois na política o “bom” para Maquiavel é ser eficaz.
Anos após, Hobbes, que pode ser considerado o Pai da Ciência Política Moderna, assim como Galileu e Newton, buscam métodos físico-científicos- matemáticos para explicar fenômenos naturais, físicos e sociais. Chegando à conclusão que no ramo social o homem é individualista, um animal passional e individual, que busca seus próprios interesses, que este é antissocial, que busca vantagem (devida ou ainda indevida) sobre outros homens, pois o homem é o lobo do próprio homem, portanto é necessário a ascensão de algo maior, devido a descrença no homem, portanto é necessário a criação de um contrato social que fizesse o homens constituíssem um Estado, que englobasse como uma divindade cristã (Deus) a onipotência e onipresença social comum, de tal forma que este estivesse presente em todas as relações institucionais científicas e sociais de uma determinada sociedade, pois o homem sem estado viveria em meio ao caos e a barbárie, viveria em uma espécie de anarquia e desordem. Surgindo assim a teoria do que seria uma democracia liberal. 
Embora o Rousseau no século XVIII, inicia o segundo movimento da modernidade, que criticava os políticos que visam, discutem e articulam sobre os “contratos e dinheiros”, com os interesses burgueses, portanto Rousseau buscou estudar a epigênese do problema social moderno, então buscando o assentamento fundamental da sociedade civil, ou seja a base do estado, logo concluindo que o estado que impõe, dita de forma imperativa a lei positiva tem o dever de fazer isso para a “Vontade Geral” e esta é boa pois é racional, sendo deste modo porque é coletiva.
 Lei serve para garantir uma liberdade semelhante ao que os homens gozavam quando viviam no estado de natureza (quando os indivíduos viviam isolados nas florestas, sobrevivendo com o que a Natureza lhes dá, desconhecendo lutas e comunicando-se em uma língua benevolente), onde os seres humanos não tinham a necessidade de se relacionarem e não havia desigualdade, existia sob a forma do bom selvagem, logo para Rousseau, “o homem é bom por natureza, a sociedade o corrompe”. 
Portanto para Rousseau, a meta de um estado legislando pela Vontade Geral é buscar uma liberdade relativamente próxima da verdadeira liberdade que existia apenas no estado natural, logo ele entende que a lei é o caminho para a liberdade, e que o estado, quando segue a “Vontade Geral” é infalível. Logo Rousseau sendo base do pensamento de um pensamento autoritário, devido acreditar que o estado é uno e infalível, onde as leis servem para serem seguidas, como ocorreu na história da revolução francesa com os Jacobinistas, que fora um período autoritário, sangrento e sem chance para defesas de pessoas que estivessem “fora da lei”, sem o devido processo legal e a razoabilidade legal. 
 Já o terceiro movimento da modernidade dá-se a partir da ótica de Nietzsche, que possui uma nova compreensão de existência, onde percebe-se que historicamente que a existência é trágica por natureza, que grandiosidade humana nada tem a ver com natureza e sim com a forma de o homem de ser melhor, heraclitanamente pensava que “A guerra é mãe de todas as coisas, pois de uns faz senhores e de outros escravos”.
No entanto, Nietzsche no século XIX vê na modernidade a contradição metafísica insolúvel do homem, devido a secularização das coisas, inclusive a religiosa (cristianismo), que é um processo de perda da sua influência sobre as variadas esferas da vida social, que foi o que houve com a religião católica, mas não só religiosa, mas também no estado, em direito e na própria história, surgindo um sentimento novo, o Nilismo, processo este que está ligado intrinsicamente ao relativismo que é muito mais forte que o ateísmo, ceticismo e agnosticismo, onde o indivíduo possui um ponto de vista que considera que as crenças e os valores tradicionais são infundados e que não há qualquer sentido ou utilidade na existência. Coexistindo de duas formas distintas, o niilismo passivo, aquele que podia ser considerado uma evolução do indivíduo, de forma incompleta, mas jamais uma transvaloração ou mudança nos valores; e o niilismo ativo, ou ainda o niilismo completo, aquele que propõe uma atitude mais ativa, negando os valores metafísicos, redirecionando a sua força vital para a destruição da já antiquada moral.
Assim transvalorando todos os valores, principalmente o religioso, mas não só ele, mas secularizando a religião, a ponto de dizer “Deus está Morto”, o que antes era visto como todos/tudo, que seria uma metonímia dos valores morais de uma sociedade. Esta que pode ser feita apenas por Sobre-Humanos (Over Man), que são seres de domínio, são vetores para o poder, pois este tem vontade, logo sendo poder, pois estão além da humanidade média,se distanciando cada vez mais do que pode-se dizer mediocridade, que irão dominar o inverso dos Sobre-Humanos, dominarão os Últimos-Homens, aqueles homens massificados, que são mera massas, que reproduzem e não transvaloram valores, que apenas estão de acordo com a Onda. 
Pois historicamente o homem é genuinamente hierárquico e Aristocrata, onde sempre existirão melhores e piores, mas nunca iguais, pois isto para Nietzsche vai em desacordo a sua própria natureza. Porque existe a doutrina do \eterno retorno ao passado para que o Sobre-Humano possa existir, pois a vontade humana é poder, porque o homem é tenaz e cruel. 
Pode-se dizer que Nietzsche inspirou o fascismo, mesmo não tendo sido objetivo, já que seu plano de estudos era a metafísica e a arte, ainda assim influenciou a política do século, logo o fascismo.
Então podemos dizer que a primeira onda da modernidade (Hobbes) fez surgir a teoria de um estado na forma de democracia liberal, enquanto a segunda onda (Rousseau) inspirou um estado autoritário, como o Socialismo, já a terceira onda (Nietzsche) inspirou o fascismo.

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