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Reformas na Educação durante a Era Vargas

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Aula 08 – A Era Vargas e as Reformas na Educação
Ao final da Primeira República, pouca coisa havia mudado em termos educacionais, nosso país continuava sem um “sistema de ensino” coerente e eficiente. Com o golpe de 1930, alguns nomes de projeção na educação (desde os anos 20) ocuparam posições de destaque no cenário educacional. Vários “reformadores” da década de vinte foram convidados a ocupar cargos de relevância no interior do novo governo. Assim, pela primeira vez em nossa história da educação, se inicia um movimento em direção a criação de um sistema organizado de ensino. Uma das primeiras iniciativas do governo, na área da educação, foi a criação do Ministério da Educação e das Secretarias Estaduais de Educação. O primeiro nome a ocupar o Ministério da Educação foi Francisco Campos (Conhecido como Chico Ciências).
A Constituição de 1934 foi a primeira Carta Magna brasileira a incluir em seu texto um capítulo inteiro sobre a educação. Pela primeira vez foram apontadas questões importantes em relação ao ensino no Brasil. É necessário saber que o movimento de centralização dos poderes também fazia parte do sistema educacional em criação acompanhando as orientações e determinações do Governo Federal. A autonomia dos Estados, por exemplo, era bastante limitada e regulada. As “autoridades superiores” eram as novas mandatárias também na educação e o sistema de ensino foi criado sob tais moldes autoritários.
Para limitar as ações escolares foram criados uma série de instrumentos normatizadores e reguladores. Neste período, surgiram os primeiros cursos superiores com as “habilitações” de “supervisão escolar”, “administração escolar” e “orientação educacional” nos cursos de Pedagogia. No mesmo sentido, a burocratização na área educacional também foi ampliada, muitas vezes superando os ideais elementares da educação em nome da “papelada”, dos “carimbos”, das “autorizações”, etc. A formação humana era suplantada pelos aspectos legais e normativos.
No ano de 1932, um grupo de educadores apresentou ao Governo um documento que ficou conhecido posteriormente como o “Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova”. O documento apresentava várias propostas e defendia algumas posições que, a partir de então, ou foram colocadas em prática (embora moderadamente) ou foram combatidas e perseguidas como “ideias subversivas da ordem estabelecida” (entenda-se “status quo”). A Educação:
Ser compreendida como principal instrumento de construção da democracia no Brasil;
Necessitaria ser um instrumento de integração social;
Precisaria ser essencialmente pública, obrigatória, gratuita e leiga;
Tinha que ser um veículo de vinculação com as comunidades nas quais estavam inseridas;
Deveria ser “uma só”, articulando os vários graus e atendendo os diferentes níveis do desenvolvimento humano;
Necessitaria ser funcional e ativa;
Todos os professores deveriam possuir formação em nível superior;
Etc.
Os Ministros da Educação Francisco Campos e Gustavo Capanema foram responsáveis por reformas no sistema de ensino em seus respectivos mandatos. Como mero exemplo das semelhanças entre as duas reformas, vale ressaltar que para ambos as principais funções do ensino secundário eram a “formação geral” e a “preparação para o curso superior”. Alguns acontecimentos importantes ocorreram no campo da educação no período de 1931 a 1946:
1931 ( Promulgaram os Estatutos das Universidades Brasileiras e em 1934 foi fundada a Universidade de São Paulo.
1937 ( O artigo 129 da Constituição de 1937 destinava o ensino técnico-comercial às “classes menos favorecidas”.
1942 ( Foi regulamentado o Ensino Industrial, nesse mesmo ano o SENAI foi criado.
1943 ( Foi regulamentado o Ensino Comercial.
1946 ( o SENAC foi criado e o Ensino Normal foi regulamentado sob os mesmo padrões, ou seja, todos direcionados às camadas mais pobres da sociedade brasileira. Nesse mesmo ano o Governo Federal passou a regulamentar também o ensino primário.

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