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Por que a economia brasileira foi para o buraco?

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRADE DO SUL
INSTITUTO FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
BACHARELADO EM AGRONOMIA
VACARIA - RS
	
COMPONENTE CURRICULAR: ECONOMIA E CONTABILIDADE RURAL
DOCENTE: CARLA WEISS 
DISCENTE: LUANE VIEIRA FIGUEIREDO MATRÍCULA: 14050014
RESENHA/RESUMO 
MENDES, Marcos. Por que a economia brasileira foi para o buraco? Brasil, Economia e Governo. 2015. 
	O artigo “Por que a economia brasileira foi para o buraco?” de autoria de Marcos Mendes discorre sobre a trajetória econômica do Brasil, dando grande ênfase no período pós-ditatorial até o atual andamento econômico brasileiro. Em 1985, o país avançou de um regime militar para o democrático. Essa mudança, devido a variados fatores, originou desde então um déficit público e aumentos nas cargas tributárias. Os votos na época eram restritos e por conta disso os governantes não se sentiam obrigados a atender as necessidades vindas do povo. Com a chegada da redemocratização e as entidades eleitorais direcionadas para todos os níveis, a carreira de um político passou a depender do voto. Os pobres por serem a maioria do eleitorado ganharam a visibilidade que anteriormente não se tinham. Para conquistar o voto deste público, os políticos passaram a oferecer diversas campanhas de assistencialismo, garantindo assim o apoio desta parcela da população.
A classe média também se beneficiou, passou a ter poder para reinvidicar as políticas públicas ao seu favor. Com o sucesso do atendimento aos pobres e da classe média, já era de se esperar que os mais ricos fossem competir por um espaço no orçamento público. 
O governo, procurando atender desde pobres a ricos, acabou gastando muito mais do que arrecadava. Isso gerou um enorme endividamento. Foi neste período que o governo passou a emitir moeda para pagar a dívida, o que resultou em uma hiperinflação. A inflação corroia o valor real do governo e por consequência a renda das pessoas. 
O Plano Real, na tentativa de equilibrar as contas públicas, não obteve sucesso. Por conta disso, houve a criação do DRU (Desvinculação de Receitas da União), que teve como propósito tornar limitado o ajuste fiscal. Entre 1997 e 1998, ficou claro que o Brasil necessitava de uma reforma rígida do regime fiscal.
O Brasil ocasionou-se em um país sem inovação, ganho e produtividade devido às crises externas que associava o equilíbrio das contas públicas. Por conta de uma infra-estrutura deficiente e uma economia ineficiente, o crescimento do país se mantinha parado, sem espaço. O processo de elaboração do orçamento era frágil, a dificuldade e a falta de investimento afetaram diretamente o potencial de crescimento do PIB e da receita pública. E as despesas? Só cresciam. 
Em 2002 com a eleição de Lula para a Presidência da República o regime fiscal estava insustentável, gerando dúvidas de quais seriam as providências tomadas pelo PT. Em conta disso houve perca de dinheiro e mais uma crise econômica surgiu. 
Ao tomar posse o Presidente Lula, surpreendeu adotando um conjunto de medidas de adequação fiscal. Foi em seu governo que ocorreu reformas que obtiveram melhorias com os gastos públicos, reformando programas sociais e outras com o intuito de aumentar a eficiência econômica. Em 2005 o escândalo do Mensalão veio à tona e o Brasil foi socorrido pela economia chinesa que elevaram a demanda aumentando as receitas de exportações. As reservas internacionais cresceram e a chance de crise cambial foi superada. 
O governo Lula decidiu estimular a economia, criando em 2007 o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que tinha como interesse desarquivar os projetos de investimento do setor público e de empresas estatais, passando a priorizar e não contabilizar as despesas em favor do déficit público. Mesmo com a crise que atingia o país, por conta da quebra do banco Lehman Brothers a China se manteve a maior compradora no mercado internacional, atribuindo o boom de commodities. 
Surge em 2011 a “Nova Matriz Econômica”, que visava estimular o investimento privado e o consumo. Tinha-se como idéia que havendo maior consumo as empresas teriam mais interesse em investir e produziriam mais. Assim protegeria e subsidiaria as empresas nacionais com visão em torná-las multinacionais de sucesso. Pensando grande deixaria o Brasil de ser um simples exportador de mercadoria e agregaria valores com a produção nacional. 
Infelizmente o que se tinha em vista eram apenas erros e erros, pois produzir no país era caro, arriscado, burocrático o que acabava resultando em produtos sem qualidades. Sempre que o governo tenta proteger um lado da cadeia produtiva ele desprotege o outro que passa a sofrer com as conseqüências. Foi isso que ocorreu de fato. O Brasil por suas escolhas erradas como, proteção a empresas ineficientes, interferência na estratégia de investimento das grandes empresas, congelamentos de preços de insumos básicos e relaxamento da política monetária, prejudicaram o bom funcionamento da economia e da capacidade de crescimento do país. 
Em 2013 a atividade econômica do Brasil sentiu o contratempo oriundo dos problemas e erros causados pela nova matriz, as commodities esfriaram e os crescimentos da economia chinesa diminuíram. A inflação gerou o negativo, acabando com o dinheiro que estava bancando o crescimento precário, a queda do preço do petróleo gerou escândalos corruptos e fracasso dos produtores, colocando a Petrobrás na berlinda. Como consequência diversos programas públicos importantes ao povo como Fies, Pronatec, Minha Casa Minha Vida, estão sofrendo reduções, e outros já foram extintos por falta de dinheiro.
Segundo o autor da obra o Brasil sofre há anos com problemas estruturais que interligam a política econômica. Como se pode ver, o país teve a oportunidade de utilizar um período ao seu favor para regularizar a economia e o crescimento do país. O boom de commodities era a chance que se tinha para fazer as reformas fiscais e regulatórias, mas infelizmente o Brasil não soube aproveitar e permanece em condições indagáveis.

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