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A ORLA COSTEIRA DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO

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A ORLA COSTEIRA DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO:
IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS SOBRE O MEIO
CLIMATOLOGIA – PROF: PAULA
MÁRCIO PETISCO VIEIRA; 2017190375.
THIAGO ANDRADE NETTO; 2017182158.
DOUGLAS PIRES DOS SANTOS; 2017115050.
MAURÍCIO CARDOSO DE ANDRADE; 2017111855.
	
RIO DE JANEIRO, RJ.
2017.1
A ORLA COSTEIRA DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO:
IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS SOBRE O MEIO
Características:
As cidades brasileiras situadas em zonas costeiras são mais vulneráveis às mudanças climáticas, em especial ao aumento do nível do mar, mas também a eventos como fortes chuvas, tempestades, inundações e erosão costeira, que causa destruição e impactos à infraestrutura desses municípios.
No relatório especial, foram avaliados os cenários de mudanças climáticas para o Brasil e como essas cidades poderão ser impactadas pelo aquecimento global. De acordo com o estudo, 18 das 42 regiões metropolitanas brasileiras se encontram na zona costeira ou sofrem influência dela. O documento abordou municípios costeiros das regiões Nordeste, Sudeste e Sul.
Nível do Mar
A elevação do nível do mar e das temperaturas têm impacto muito maior no Brasil, porque grande parte das regiões está localizada nas áreas litorâneas. “Não há como evitar os danos, mas sim implantar soluções, no sentido de que possamos nos adaptar a uma nova realidade”
Suzana Kahn (presidente do comitê científico do PBMC)
Além do nível do mar, os eventos extremos de chuvas também são citados como causas dos problemas ambientais nas regiões costeiras, acarretando riscos de deslizamento de terras, enxurradas e enchentes. Também foi constatada nas cidades litorâneas a forte emissão de gases poluentes. 
O Rio de Janeiro se destaca com a maior emissão de gás carbônico (CO2) por habitante, da ordem de 3,47 toneladas.
Mapeamento
Entre as cidades mais vulneráveis estão o Rio de Janeiro, Santos, Fortaleza, Recife, Salvador e, no Sul do Brasil, o Vale do Itajaí. A costa de Santa Catarina, apresenta risco não só o aumento do nível do mar, mas também a possibilidade de se tornar rota de furacões. As fortes tempestades na região, com ventos superiores a 80 quilômetros por hora, já são indicativo da tendência.
Andrea Santos (Secretária executiva do comitê científico do Painel).
O Rio de Janeiro e Santos são os únicos municípios que já estão investindo em relação às mudanças do clima, aponta o estudo. “São duas cidades que estão atuando em política pública no sentido de promover ações de adaptação” (Andrea Santos). 
“A gente não tem visto o acompanhamento dessas políticas, tanto de mitigação, para redução das emissões de gases de efeito estufa, tanto das políticas e ações integradas no âmbito de medidas de adaptação” (Andrea Santos).
Medidas
O documento faz recomendações de políticas públicas que sejam construídas pela União, estados e municípios para atenuar esses impactos.
Barreiras de proteção contra a elevação do nível do mar recomendou que as cidades costeiras preservem seus ecossistemas, o mangue tem um papel fundamental ao conter o avanço da água salina. 
O transporte rodoviário é o mais afetado em inundações e sistemas integrados podem diminuir o impacto das chuvas no dia a dia de usuários.
Outra medida simples, em que a população tem um papel a cumprir, diz respeito à destinação de resíduos.
O fim da Barra da Tijuca?
As praias do Rio de Janeiro e da maioria das cidades do planeta correm o risco de serem “varridas do mapa”, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, que é a maior e mais complexa aglomeração urbana da zona costeira brasileira, com mais de 12 milhões de habitantes a área mais vulnerável ao avanço do nível do mar e às inundações provocadas por ressacas, chuvas e tempestades é a Barra da Tijuca.
As intervenções humanas nas áreas costeiras, junto com a elevação do nível do mar e as tempestades e furacões por conta das mudanças climáticas, estão provocando vasta erosão de areia em direção ao fundo dos oceanos, promovendo a “varredura” do solo costeiro. (Orrin Pilkey - Universidade de Duke – USA; Andrew Cooper - da Universidade de Ulster - UK; no livro “The Last Beach”)
Nas praias naturais, sem a intervenção humana, as amplas faixas de areia funcionam como uma defesa natural contra as forças do oceano, mas a ocupação e as barreiras colocadas pelo ser humano fornecem o cenário para as destruições daquilo que foi construído em áreas de baixa altitude. A subida dos oceanos será impiedosa com as construções antrópicas.
Relatório do IPCC: aumento do nível do mar entre 1901-1990 foi de 1,5 mm ao ano; entre 1993-2010 e passou para 3,2 mm ao ano. Mas em 2016, o aumento já estava próximo de 4 mm ao ano, segundo a NASA.
O aumento médio do nível do mar poderá chegar a 1,8 metro (seis pés) ou 2,1 metros (7 pés) até 2100. Isto seria terrível para a cidade do Rio de Janeiro e, particularmente, para a Barra da Tijuca. (Artigo de Justin Gilles, no NYT).
Artigo de Dieter Muehe e Paulo Rosman (2011), sobre a capital fluminense, mostra que a orla exposta e voltada para o oceano aberto se apresenta extremamente vulnerável considerando sua orientação diretamente voltada para a incidência de ondas de tempestade e seu déficit potencial de sedimentos. Eles dizem: “Em suma, para os diversos cenários de elevação do nível do mar as praias oceânicas urbanas, devido à sua ‘fixação’ com muros, ficam impedidas de se ajustar por meio de retrogradação e tenderão a perder areia, efeito acelerado pelo refluxo das ondas nos obstáculos impermeáveis representados pelos mesmos muros” (p. 78). Eles ainda mostram (p. 81) que as principais consequências da elevação do nível do mar são:
1) Tendência de translação das praias e cordões de dunas em direção a terra.
2) Onde houver ruas e avenidas no retro praia haverá diminuição das faixas de areia e potencial risco de ataque de ondas diretamente nas benfeitorias públicas.
3) Recuo das linhas de orla em regiões de baixadas de lagoas costeiras e baías, em função da subida do nível médio relativo da água.
4) Problemas de macrodrenagem em águas interiores, especialmente em zonas urbanas situadas em baixadas de baías e lagoas costeiras aumentando a tendência de alagamentos.
5) Aumento da profundidade média de lagoas costeiras e baías.
6) Aumento da intrusão salina em zonas estuarinas levando a causar aumento ou diminuição de manguezais, em função da disponibilidade de áreas de expansão, e, mais para montante, potencial problema de captação de água salobra em locais que hoje captam água doce.
Gabriela da Costa Silva (2007): “Contemporaneamente, a maioria das cidades privilegia as metas econômicas em detrimento dos valores sociais, prejudicando o meio ambiente, pois que raramente é compreendido como um sistema atuante e vital no processo de urbanização. À medida que a cidade se torna mais complexa, graças ao desenvolvimento das atividades humanas, tendem a se acentuar os impactos sobre o meio ambiente. Esses impactos ambientais revelam o processo de degradação ambiental, que se refere ”à destruição e à ruptura do equilíbrio de ecossistemas naturais”, sendo entendida como a ruína da qualidade de vida de uma coletividade na esteira dos impactos negativos sobre o ambiente – tanto o “ambiente natural” quanto o ‘ambiente construído’ – por fenômenos ligados à dinâmica e à ‘lógica’ do modelo civilizatório e do modo de produção capitalistas” (p. 91).
Segundo Mambrini (2005), a ocupação da Barra da Tijuca não seguiu plenamente o Plano original de Lúcio Costa, pois as lagoas, os mangues e as restingas deram lugar a um agressivo uso da terra. Por exemplo, as empresas privadas – interessadas em aproveitar ao máximo o solo para construção e sua transformação em lucro – aumentaram as disputas no entorno das Lagoas da Tijuca; o poder público foi inoperante na fiscalização; foram aprovadas obras que causaram impactos ambientais negativos; ocupações impróprias e irregulares, etc.
Um aumento de cerca de 2 metros pode se tornar uma calamidade e inviabilizaras atividades econômicas na região. Dezenas de milhares de pessoas podem ter que ser deslocadas e o prejuízo material e patrimonial poderá ultrapassar mais de uma centena de bilhões de reais, toda a cidade do Rio de Janeiro seria afetada por este processo. Se o aquecimento global não for interrompido e se o consequente aumento do nível dos oceanos não for abrandado, então pode ser o começo do fim da viabilidade econômica da Barra da Tijuca e arredores.
CRITÉRIOS MORFODINÂMICOS PARA O ESTABELECIMENTO DE LIMITES DA ORLA COSTEIRA PARA FINS DE GERENCIAMENTO - Dieter Muehe
A ocupação do litoral brasileiro, principalmente nas proximidades das grandes cidades, vem se caracterizando por profunda alteração e deterioração da paisagem. Casas e edifícios são construídos nas proximidades imediatas da orla a ponto de estarem sujeitos a risco potencialmente elevado de perda por erosão. A análise das características geomorfológicas e morfodinâmicas do litoral indicam que o baixo gradiente do fundo marinho, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, representa uma vulnerabilidade extremamente elevada a uma elevação do nível do mar que, entretanto, é localmente absorvida pela ocorrência de falésias de sedimentos consolidados e por recifes de arenito de praia. Os impactos de uma elevação do nível do mar são considerados para diferentes feições geomorfológicas induzindo respostas de translação, erosão e inundação. Limites mínimos para o estabelecimento de uma faixa de proteção englobando a zona marinha e terrestre são apresentados e comparados com limites estabelecidos em outros países. O presente artigo resulta de consultoria prestada ao Ministério do Meio Ambiente, por intermédio do Projeto de Gestão Integrada dos Ambientes Costeiro e Marinho (GERCOM), do Programa de Proteção e Melhoria da Qualidade Ambiental, da Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos, no âmbito do Projeto BRA/94-016 – PNUD.
The Coastline Between Rio De Janeiro and Cabo Frio - Dieter Muehe
O relatório é composto de uma primeira parte que contempla uma revisão histórica da questão em pauta no âmbito nacional. A segunda parte é dedicada às características do Estado do Rio de Janeiro onde é apresentada uma descrição morfológica do litoral respeitando sua compartimentação fisiografia. Em seguida discute-se, em caráter geral, intervenções de engenharia objetivando prevenir, mitigar e remediar consequências dos possíveis efeitos das mudanças climáticas na zona costeira em costa aberta e em áreas marginais de baixadas de sistemas lagunares e de baías. Finalmente, recomendações são feitas especificamente para cada compartimento do litoral do Estado do Rio de Janeiro.
O litoral entre o Rio de Janeiro e Cabo Frio caracteriza-se por sucessivos arcos de longas praias, orientados na direção Leste-Oeste. As praias são separadas por promontórios rochosos resultantes do recuo erosional da região frontal da faixa costeira. A ocupação da zona costeira aumentou acentuadamente desde 1974, como consequência de uma melhor acessibilidade proporcionada pela construção de uma ponte entre o Rio de Janeiro e Niterói, bem como o crescimento da área metropolitana. Este trabalho apresenta uma visão preliminar de alguns dos problemas que ocorrem ao longo da costa entre Niterói e Cabo Frio. Esses problemas se tornam mais sérios dentro dos próximos 50 a 150 anos, fazendo com que a propriedade altamente valorizada seja perdida como consequência de um aumento já esperado do nível relativo do mar. O artigo discute metodologia de estudo, características do litoral e outros aspectos do assunto.
Referencias:
GANDRA, Alana. Agência Brasil. 05/06/2017 06h. http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-06/cidades-costeiras-sao-mais-vulneraveis-mudancas-do-clima
ALVES, José Eustáquio Diniz. O fim da Barra da Tijuca?. Data: 6 de janeiro de 2017. http://www.ufjf.br/ladem/2017/01/06/o-fim-da-barra-da-tijuca-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/
Muehe, D. (2001). Critérios morfodinâmicas para o estabelecimento de limites da orla costeira para fins de gerenciamento. Revista Brasileira de Geomorfologia, 2(1):35‐44. http://www.ugb.org.br/final/normal/artigos/SEPARATAS_RBG_Ano_2001/Revista2_Artigo03_2001.pdf  
Muehe, D. & Corrêa, C.H.T. (1989). The coastline between Rio de Janeiro and Cabo Frio. In: Claudio Neves (ed.) Coastline of Brazil. ASCE ‐ American Society of Civil Engineers. Pp. 110‐123

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