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Forno Elétrico Para Aciaria (1)

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METALURGIA DOS METAIS FERROSOS II
Professor Bruno Ferraz de Oliveira, 
Engenheiro metalurgista Dr.
1
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Seções
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Elementos gráficos, tabelas e gráficos
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Rotule todos os gráficos e tabelas.
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CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
HISTÓRIA
Fábricação do aço no Século XX:
1900 Processos Bessemer e Siemens Martin;
Processo Bessemer tem seu apogeu em 1906;
Incapacidade de tratar gusas fosforosos.
Máximo de 10% de Sucata;
1905 - 06: Remscheid, Alemanha e Syracuse, USA: primeiras corridas em Forno Elétrico.
1975: 1x108 t / ano de aço produzidos pelo processo elétrico
Processo Siemens Martin:
1908 ultrapassa a produção do aço Bessemer.
Muito Caro em relação ao demais processos.
1956: Primeira corrida do conversor LD que virá a substituir o processo SM.
Forneça uma breve visão geral da apresentação. Descreva o foco principal da apresentação e por que ela é importante.
Introduza cada um dos principais tópicos.
Para fornecer um roteiro para o público, você pode repita este slide de Visão Geral por toda a apresentação, realçando o tópico específico que você discutirá em seguida.
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Fabricação de aço no Século XXI:
Forno a Arco;
Conversor LD (BOF);
Outros;
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Processo Forno a Arco
Boas perspectivas de crescimento no Brasil devido:
Abundância de Sucata:
Os LD aquecem o mercado de sucata o que beneficia os F.E já que os LD não podem operar com 100% de sucata e nem com sucata de grandes dimensões. 
Abundância “potencial” de energia elétrica de origem hidroelétrica:
 Com um custo de geração mais baixo que qualquer outra fonte de energia;
Alto Controle operacional.
FE são imprescindíveis na fabricação de aços especiais tipo inox e os fortemente ligados. 
Pespectiva:
Se em 2025 o Brasil produzir 78 milhões de toneladas, os FEAs, teriam uma participação de 16% , segundo http://www.abmbrasil.com.br/epss/arquivos/documentos/2011_4_19_11_23_38_65375.pdf
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CAPÍTULO 2. 
Utilização da Potência Elétrica
Esta é outra opção para um slide de Visão Geral usando transições.
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O ARCO ELÉTRICO COMO FONTE DE CALOR
FEA: Concentração de potência 30 a 50 kw.cm-3;
Arco: 
Coluna de potência radiante;
Flexibilidade Física;
Diâmetro e comprimentos de arco são funções fixadas pelos parâmetros elétricos da alimentação (V e I) por sua vez ditados pelo mecanismo regulador dos eletrodos e pela natureza dos materiais envolvidos.
8
Comparação com outros fornos:
REGULAGEM DO ARCO ELÉTRICO
P = V.I;
A tensão no arco determina seu comprimento; Comprimento do Arco é diferente de distância anodo / carga.
A corrente determina sua seção;
3 tipos de Arco:
Arco baixo:
R baixa, I alta, V baixa. Reostato na posição máxima. Alto desvio. Distribuição mais vertical, concentrada do calor.
Arco Médio
Arco Alto:
R alta, I baixa, V alta. Baixo desvio; Distribuição mais horizontal do calor.
Desde que P do arco = V.I é possível controlar e dirigir a potência de um arco através destes dois parâmetros. O arc exige um elemento estabilizador no circuito elétrico: Resistência e Reatância do Sistema Elétrico: Condutores, transformadores, rEatores, linha de alta tensão entre outros; A função do lastro é limitar a corrente do arco, fixando suas dimensões geométricas. Se este lastro fosse removido I atingiria valores inadimissíveis para qualquer sistema elétrico na prática; A potência do arco é controlada pelo controle da tensão fornecida pelos transformadores (tap) e pelo posicionamento dos eletrodos a alturas varíaveis entre a ponta e o banho ou sucata;
De forma que para cada tap, a corrente e a tensão dependem do da distância do eletrodo da superfície. 
Em outras Palavras, uma posi~]ao baixa do eletrodo próxima da superfície do banho resulta em uma corrente elevado do arco, com tensão relativamente baixa. Levantando0se legieramente o eletrodo na mesma tensão do tap reduzir-se a a corrente do arco e aumentar-se á a tensão 
10
Oscilogramas de tensão e corrente Típicos do Arco
Arco alto: 
Distorção alta;
Arco Baixo:
Distorção baixa;
Atraso de ignição:
Atraso na ignição é o tempo entre o Início do pOtencial disponIvel na ponta do eletrodo e o momento em que a corrente comeÇA a circular. Durante este intervalo nenhum calor é gerado. É importante minimizar o atraso de ignição de forma a maximizar o potencial elétrico. 
11
MECANISMOS DE DESGASTE DOS ELETRODOS
12
Forças de Desvio do Arco
O desvio do arco é dirigido na direção da parede lateral do forno.
Uma condição turbulenta é criada em torno do arco devido a estas forças magnéticas que tendem a agitar o banho;
A agitação tende a causar variações na distância entre o arco e o banho, no comprimento do arco, afetando sua potência. 
Resumindo, na fase de fusão ocorrem flutuações na potência do arco à medida que ondas de metal-escória passam sob os eletrodos.
Ajustes na posição dos eletrodos podem controlar parcialmente este efeito.
13
Perfis Típicos de Desgastes 
Esquerda: Diâmetro inicial de 20” decresce para 14”. 
Oxidação + Interação Química c/ Atmosfera do forno 
Chanfro é causado pelo desvio do arco
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Causas de Desgaste
L =Desgaste longitudinal na ponta consistindo de vaporização pelo arco, oxidação e erosão mecânica entre banho e eletrodo;
S = Oxidação lateral: Composição, temperatura e velocidade dos gases que se deslocam ao longo da superfície do eletrodo.
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Avaliação (2pt)
Quais seriam as grandes vantagens que o processo da produção de aço em fornos elétricos apresenta em relação ao processo a oxigênio?
Elabore uma tese explicando o seguinte fato: “A substituição de fornos Siemens Martin por conversores a oxigênio favoreceu o desenvolvimento da produção de aço pelo processo elétrico”.
No caso brasileiro, como você avalia o potencial desenvolvimento da produção de aço no que se refere à evolução por cada processo.
A OPERAÇÃO DO FORNO ELÉTRICO A ARCO PARA ACIARIA
Esta é outra opção para um slide de Visão Geral usando transições.
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Circuito Elétrico Do Forno Elétrico
Calor útil. Esta resistência (Ru ) se compõe da resistência do arco ou do arco e carga no forno.
Resistência Equivalente do Forno:
	Re = Ra + Rb + Rc + Rf + Ru ;
Resistências Passivas do Forno Rp = Ra + Rb + Rc + Rf;
Logo a Resistência Equivalente Re = Rp + Ru ;
Reatância Equivalente Xe = Xa + Xb + Xc + Xf ;
 
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CIRCUITO SIMPLIFICADO
Xe e Rp, nos fornos modernos são os menores possíveis e são determinados pela sua construção.
Ru é uma variável que depende da operação;
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DIAGRAMA DE RESISTÊNCIAS, IMPEDÂNCIA, CORRENTE E CORRENTE DE CURTO CIRCUITO
20
21
Exemplo:
Um forno elétrico apresenta os seguintes parâmetros construtivos: Xe = 3 mΩ, Rp = 0,4mΩ. Calcular a impedância e a corrente de curto circuito para cada um dos taps do transformador, conforme tabela de tensões secundárias abaixo abaixo:
Tap
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Tensão (V)
80
120
160
200
240
280
320
360
400
440
Z (mΩ)
Icc(A)
Fator de Potência e Resistências
O DIAGRAMA DE TENSÕES E FATOR DE POTÊNCIA.
24
O DIAGRAMA
DE TENSÕES E FATOR DE POTÊNCIA.
Conclusão da conclusão o negócio é trabalhar com baixa carga e alto tensão. 
25
Conclusão: Para uma dada tensão (TAP) se I aumenta, o fator de potência diminui;
Para uma dada corrente, se V aumenta, (comprimento do arco aumenta), o fator de potência aumenta. 
O DIAGRAMA DE TENSÕES E FATOR DE POTÊNCIA.
26
DIAGRAMA DE POTÊNCIAS E POTÊNCIAS OPERACIONAIS. 
27
SIGNIFICADO DE CADA POTÊNCIA. 
28
Potência ativa ou útil?
Ambas ocorrem dentro do equipamento.
Qual deveria ser objetivo da operação?
Potência Ativa Máxima ( Pw, max):
Conclusão: 
1. Construtivamente, só se obtém a Pw, max quando Xe = Re. 
2. O fator de Potência máximo recomendado é 0,71
Potência Útil (Pu)
Se
 Xe = Re e 
Re = Ru + Rp, 
Então Ru = Xe – Rp. 
Pu = Ru.I2 = (Xe – Rp ).I2 =
Pw – Pp ;
31
Obtendo a Potência útil maxima
POTÊNCIA DE PERDAS, REATIVA e RENDIMENTO ELÉTRICO ( η )
33
EROSÃO DOS REFRATÁRIOS
34
0BSERVAÇÕES IMPORTANTES
35
Exemplo	
Um forno elétrico tem as seguintes características:
	U= 346,4V;
	Xop= 4,0mΩ;
	Rp = 0,7 mΩ;
	a = 120 cm. 
Para o ponto de máxima Pu calcular:
Cosφ;
I;
Pw;
Pu ;
Pp;
η; 
RF;
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Ex. 2
Para um forno elétrico trifásico com Corrente no primário é 355,5 A. A Voltagem no Primário é 21 KV; A Potência ativa é 9,73Mw; A Potência Reativa = 8,53 Mwr. Neste Tap, a voltagem secundária é 270 V para 20kv no primário. Calcular:
Xe = 
Re =
Pa = 
Cos φ =
Exercícios Propostos 
Qual a relação existente entre potência aparente e potência ativa?
Qual a relação ente potência ativa e potência útil em termos das resistências de perdas e Resistência útil?
Deduza uma expressão para que eu possa trabalhar com a potência ativa máxima.
Diagrama de Círculos
 
39
Diagrama de Círculos
P = I.V Logo podemos montar um diagrama de Potências em função V2 / Xe, Potência Reativa ou 3 x V2 / Xe no circuito trifásico. 
Tudo que se precisa é, para uma determinado Tap baixo, determinar-se Icc, Pp, e Pw. 
Traçando uma reta R2 // R1, tangenciando o círculo no Ponto “M”, Obtêm se a Pumax neste Tap. Basta medir a distância que vai de R1 a R2;
Uma reta que liga a origem a M, o ângulo entre esta reta e eixo das ordenadas mostra o cos Φ, fator de potência, para Pumax; 
Traçando um círculo com centro na origem e raio em M a Potência ativa necessária para obter a esta Pumax ;
40
41
Prática 
Construir um diagrama de círculos para um forno elétrico a arco trifásico cujas tensões Fase - Fase secundárias estão na tabela abaixo. Assinalar sobre este diagrama a trajetória a ser descrita pelas potências ativa – reativa, durante a elaboração de uma corrida compreendendo fusão –refino de tal forma a se operar sempre no máximo valor de Pu. São admitidos como constantes, Xe = 3,0 mΩ , Rp = 0,4 mΩ.
Tap
Tensão U (V)
Tap
Tensão U (V)
1
80
6
280
2
120
7
320
3
160
8
360
4
200
9
400
5
240
10
440
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Solução
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Verificação de Aprendizagem.
Usando régua, compasso e o diagrama do slide anterior, para o ponto 10, no tap 10, 254V, determine:
Potência aparente, Pa (No caso, Pa de P u,max );
Potência Ativa, Pw;
Potência ùtil, Pu (No caso, P u, max);
Potência de Perdas, Pp;
Potência Reativa, Pr;
O fator de potência para o P u, max;
Problema inverso: O medidor de potência aparente indica 24Mw. Determine:
Potência Ativa, Pw;
Potência útil, Pu; 
Potência de Perdas, Pp;
Potência Reativa, Pr;
O fator de potência de operação;
Diagrama de círculos
CURVAS CARACTERÍSTICAS DOS FORNOS ELÉTRICOS
Partindo das expressões (11), (12), (13), (22), e (24) estabelece-se para um dado forno, suas curvas características para diferentes tensões ou Tap do transformador.
Por exemplo, para um forno com as seguintes características operacionais. 
48
CURVAS CARACTERÍSTICAS DE UM DADO FORNO A UMA DADA TENSÃO NO SECUNDÁRIO
49
PRÁTICA
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Problema 1
Em um forno elétrico a arco trifásico foram feitas as seguintes medições, estando o banho calmo:
Ip = 355,5 A;
Up= 21 KV;
Pw = 9,73 MW;
Pr = 8,53 MWr;
A tensão secundária nominal do tap em conexão é de 270V para uma tensão primária de 20 KV.
Calcular os valores:
Xop = reatância de operação ( Valor da reatância obtido com o banho calmo, sem curto – circuito);
Re = Resistência equivalente ou resistência total;
Cos φ = Fator de Potência;
Potência aparente. 
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Problema 2
O teste de curto-circuito realizado em um forno elétrico a arco trifásico para uma tensão nominal secundária de 117V e primária e 20 KV indicou: 
Ip = 143A, Up = 21,34 KV, Pw =1,32 MW, Pr=5,05 MWr; 
Calcule os seguintes parâmetros:
Xsen = reatância senoidal ( valor da reatância obtido com banho plano, com curto-circuito); Comparar com o resultado do problema 1;
Re = resistência equivalente;
Cos φ = Fator de potência;
Pa = Potência aparente;
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Exercício 3
Construir as curvas de variação dos valores de Pa, Pw, Pu, Pp, η, cosφ e RF como uma função da intensidade de corrente, para um forno elétrico a arco trifásico com as seguintes características admitidas como constantes:
Xe = 4,0mΩ; Rp = 0,6mΩ; V = 440V; a=2,2m;
53
Exercício 4
De acordo com diagrama de círculos abaixo, determine, para o ponto 5 (cinco), relativo à máxima Potência útil no Tap 5:
A potência reativa; Pr; 		=
A Potência útil Máxima, P u, max. 	= 
A Potência Passiva, Pp 		=
A Potência Ativa, Pw; 		=
A Potência Ativa para se obter a Máxima Potência útil. R: 
O fator de Potência Médio Para Pu, max no Tap 9: R: 
Se meu Medidor de Potência Aparente registra 10 MVA no momento em que estou no Tap seis. 
Qual o Fator de Potência neste instante?
R:
Qual o Valor da Potência Útil?
R: =
Qual o Valor da Potência Reativa?
R:. =
Qual o Valor da Potência Passiva?
R: =			Mw 
=
Resumo
56
Verificação de aprendizagem
Faça o manual de operação do forno do exercício 3:
Xe = 3,0mΩ; Rp = 0,4mΩ; V = 440V; a=1,2m;
 que apresenta a seguinte relação de Tap. (V)
1		110	6	180
2		120	7	220
3		140	8	240
4		150	9	254
5		160	10	310
Considere do Tap 10 ao 3 como constantes os valores de X e R equivalentes.
Tap2, Reatância operacional.
Tap 1, Reatância senoidal. 
Objetivo é máxima produção.
Microsoft Excelência em Engenharia
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Desbalanceamento da Corrente
As distâncias que a corrente deve percorrer até chegar aos eletrodos são diferentes.
3 Resistências, 3 Reatâncias e 3 potências ativas, Pw max = V2/2Xe; 
Fase Forte.
Fase Selvagem.
Fase Fria.
Efeitos:
Pontos quentes;
Desgaste irregular dos eletrodos e refratários. 
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Efeito do Desbalanceamento
Soluções para o desbalanceamento
Importantes só acima de 20MVA.
03 transformadores monofásicos.
Engrossar os condutores mais compridos. 
Variar o diâmetro dos eletrodos.
Colocar o transformador em cima do forno.
Substituir condutores resfriados a ar por condutores resfriados a água. 
Elevar o tubo condutor da fase quente para se aproximar de um espaçamento equilateral.
Adicionar núcleos magnéticos às fases sobrecarregadas e a fim de corrigir a reatância e mudar a ordem de fase no transformador;
Mudança de ordem nas fases
Erosão dos refratários
2.7 Índice de desgaste dos refratários
No final da fusão ainda se precisa de Potências elevadas para terminar o processo. 
Tensão elevada e corrente reduzida, dá origem um arco longo.
Quando o eletrodo não está cercado pela sucata o revestimento recebe toda esta energia. 
A mesma quantidade de potência pode e deve ser obtida usando-se intensidade de corrente elevada e tensões menores, levando a um arco mais curto e maior preservação dos refratários;
Ilustração Quantitativa.
Comprimento do arco em função da tensão e corrente no arco. 
Índice de Erosão dos Refratários RF.
Interpretação de RF:
Plota-se o RF(%) que é RF(I)/RF máximo e observa-se que trabalhar com altos fatores de potência maximizam o índice de erosão. 
A Figura 2.16 mostra que uma durabilidade mais elevada será obtida trabalhando com uma intensidade de corrente mais elevada, um pouco
superior à máxima potência do arco. 
O domínio de trabalho recomendado está à direita do domínio normal. 
Fig. 2.16 TFAL, pg. 49.
Velocidade de Desgaste de Refratários
5. DIMENSIONAMENTO DE FORNOS ELÉTRICOS
Introdução
Um forno trabalha por volta de 320 – 330 dias / ano. 
Determinar:
Quantidade de aço a ser produzida:
Laminado e acabado.
Considere as perdas:
Oxidação (≈7,5%);
Lingotamento:
Convencional ≈ 12%; (Vazios, Cortes, Perdas nos canais)
Contínuo ≈ 3% ou 4%;
O tipo de aço:
Aço efervescente não desoxida. Logo a produção tende a ser um pouco maior.
Exemplo Prático
Dimensione um forno para produzir 290.000 t/ano, com os seguintes tempos por corrida:
Carregamento = 6’;
Retirada de escória = 3’;
Amostra e análise = 6’;
Vazamento = 3’;
Reparos na bica = 3’;
Ajuste de Eletrodos = 6’;
Fusão = 1h;
Oxidação 30’; 
Refino: 0 (Refino na Panela; Aço carbono comum com menos de 2% de adição);
Tempo de corrida = 117 min. ≈ 120’ = 2h; => 12 corridas / dia;
320 dias x 12 corridas/dia = 3840 corridas / ano;
1. Dimensionando a Produção/corrida:
2. Dimensionando o Diâmetro do Cadinho:
3. Dimensionando o Transformador
Verificação 
2.8 - previsão do consumo de energia para uma fase determinada do processo
TEMPO DE CORRIDA tc:
 tc = tp + tf + to + tr + tv;
Tp = tempo de preparação:
Observação, reparação da linha de escória, da bica, alongamento de eletrodos;
 carregamento: Levar cesto, abrir abóboda, descarregar cesto, fechar abóboda. 
Na SAMAG este tempo era 10’;
Este tempo só depende da organização da empresa. 
Densidade da Carga
A densidade ótima é obtida pela correlação estatística entre Produção x Densidade. 
A sucata deve ser arranjada da seguinte forma:
Sucata leve no fundo.
Sucata leve nas laterais. 
Sucata pesada em cima. 
Tempo de Fusão t f , Oxidação to
Deve-se utilizar o máximo tap evitando-se a instabilidade do arco.
Tempo de Oxidação:
Injeção de O2;
A sucata já esta fundida. O calor deve ser mantido para suprir perdas térmicas e promoção das reações endotérmicas;
Queda do rendimento térmico: 
Quando se passa do tempo de fusão para o tempo de refino e/ou oxidação há uma queda no rendimento térmico do forno, conforme se observa pelos estudos de correlação entre Pw e Pu. 
Por isto estas etapas devem ser feitas fora do forno ou reduzidas ao mínimo. 
Oxidação com O2 x Fe2O3;
São opções para se oxidar um banho de aço.
O tempo de oxidação com sopro de O2 é pelo menos 10x menor que com Fe2O3. 
O rendimento elétrico cai nas fases de oxidação dai a importância de se conduzi-la no mínimo tempo. 
Conclui-se que é desperdício proceder a um refino e fusão prolongados dentro do forno. 
Tempo de Refino Tre :
Retirada do P, O2, H2, etc..
A desoxidação é feita com FeMn, Al, FeSi, etc.
Grande parte do P já foi removida na fase de oxidação através da adição de cal. 
Nesta fase há o perigo do retorno deste P.
Logo deve-se remover a escória ou jogar FeSi, Al, pó de carvão na escória para que o P2O5 não volte ao banho onde seria reduzido pelo Fe (l). 
Uma operação desta fase é o ajuste de temperatura.
Trabalhar com arco curto. 
Perda Térmica Total nos Fornos a Arco.
Fator αlpha (α)
Perda Total = PT.
Pw – P’u = PT , Onde P’u é a potência útil empregada na fusão da sucata. 
PT:
P1 = Perdas que independem da potência;
P2 = 3RpI2 ;
Perdas Elétricas que dependem da regulagem elétrica e portanto da potência ativa aplicada e do rendimento elétrico η. 
 P2 = Pw(1 - η);
P3 = Perdas devido a irradiação. Dependem da regulagem elétrica, estando relacionadas com Cos Φ, RF e da fração de energia efetivamente usada para fundir a sucata, “α”: 
P3 = η Pw (1- α).
Logo P’u = α η Pw - P1 ; 
Graficamente, Pu X Pw -> Pu’ = ax –b;
Exemplo:
Um forno tem as seguintes características:
 (tensão Fase-Fase ) U=346,4 V; X op = 4,0 x 10-3Ω; Rp= 0,7x10-3 Ω; 
Taxa de produção = 10 t/h;
Perdas térmicas independentes da potência = 240 kcal/t;
Necessidades térmicas teóricas para produzir 1 t de aço = 400 kWh/t;
Calcular o rendimento térmico da potência no ponto de máximo valor da Pu,max.
Obs.: 1kWh = 860 kcal;
85
SOLUÇÃO
Passo 2: Cálculo de P w no Ponto de Máxima P u :
Determinação de Re
88
Determinação da Impedância “Z”:
DETERMINAÇÃO DA CORRENTE “I”
DETERMINAÇÃO DE Pw no Pu, max:
Determinção de Pu, max
Determinação de η e α
93
Definição de α
Conclusão
O índice de erosão dos refratários RF é inversamente proporcional ao quadrado do rendimento térmico da potência útil “α”.
Logo durante a fusão, quando os valores de α são relativamente altos , a erosão dos refratários é minimizada. 
Porém, durante a oxidação e refino, α cresce acarretando erosão dos refratários, principalmente em altos fatores de potência. 
Influência do Fator de Potência
Cosφ = 0,85:
RF elevado;
Pu inferior ao seu ponto de máximo;
Arco Longo;
Menor estabilidade do arco;
Cosφ = 0,707
Tensão no arco menor;
 η menor;
 α maior;
RF menor;
Receita para obter máximo α
Cálculo da potência útil teórica P’u;
Levantamento dos gráficos P’u x I e RF x I para diversos taps. 
Procure trabalhar então em taps que nos forneçam a P’u necessária com intensidades de corrente que nos garantam o mais baixo RF ;
Trajetória Elétrica de Uma Corrida de Aço
Tap baixo para furar a sucata sem danificar a abóboda;
Tap para fusão e Pu máximo;
 4, 5 6 término de fusão diminuição sucessiva da potência até finalmente manter o suficiente para suprir as perdas térmicas. 
3 Utilização do tempo
Capítulo 3 Utilização do Tempo
Para se obter taxas elevadas de produção a potência do forno deve ser aplicada ao maior tempo possível durante a operação. 
tu = Fração do Tempo Sob Potência
tu = tempo sob potência/ Tempo Total;
Tempo total é o tempo entre dois vazamentos.
Para aumentar o tu:
DISCIPLINA;
PRÉ AQUECIMENTO DA CARGA;
REFINO NA CAÇAMBA.
Influência da Potência e da Taxa de Utilização sobre a produtividade 
101
TEMPO MÍNIMO TOTAL DE CORRIDA
Exemplo
Um forno opera com as seguintes características: 
Produção horária 7 t/h;
Rendimento elétrico, η =0,836;
Potência ativa média Pw = 4,9MW;
Taxa de utilização do tempo tu = 0,857;
Sabendo-se que o consumo específico teórico de energia para produzir uma tonelada de aço é 390 kWh, calcule as perdas térmicas do forno em kcal/h. 
103
Exercícios de avaliação 
3.1
Calcular as perdas térmicas de um forno elétrico a arco sabendo-se que uma produção de 43 t/h foi alcançada com uma potência ativa média de 29,3MW, a uma taxa de utilização de 79,5% e com um rendimento elétrico de 85%. Admite-se que sejam necessários, teoricamente, 0,378 MWh para colocar 1t de aço à temperatura de corrida. 
106
3.2 
Calcular a potência útil de um forno elétrico a arco sabendo-se que uma variação de 10% no valor da taxa de utilização do tempo (tu) provocou uma variação de 10 t/h em sua produção. O consumo de energia calculada foi de 390 kWh /t .
107
3.3 
Um forno elétrico a arco opera com potência ativa média de 40 MW e rendimento elétrico de 85%. Admitindo-se consumir, teoricamente, 400 kWh por tonelada de aço, qual seria o aumento de produção alcançado, para cada 1% de melhoria na taxa de utilização do tempo?
108
3.4
Foi pedido a um estagiário que determinasse uma expressão que fizessem todos verem as consequências de uma parada do forno, determinando o rendimento elétrico η, o valor das perdas térmicas e o efeito do tempo de utilização num forno que operou ao longo de 170 corridas com potencia ativa média de 30 MW e consumo teórico de 400 kwh/t aço. Foi lhe passado o seguinte levantamento:
Qual foi o rendimento elétrico médio e as perdas elétricas médias ao longo desta campanha?
Qual a expressão que correlaciona Produção horária, perdas térmicas e rendimento elétrico.
Que defeitos você vê na expressão que você obteve?
corrida
1
10
120
130
140
150
160
170
Ph(t/h)
31,8
35,7
34,4
30,5
29,8
38,3
33,8
35,7
Tu
0,8
0,86
0,84
0,78
0,77
0,9
0,83
0,86
109
3.5 
Um forno elétrico
a arco possuindo as seguintes características supostas constantes: Xe = 3,6 mΩ e Rp = 0,6 mΩ, operando com fator de potência 0,707; Potência ativa média de 8MW e uma taxa de utilização de tempo média de 0,9 produz 14 t/h de aço. Pede-se determinar o valor das perdas totais Pt sabendo-se que a demanda específica é 390 kwh/t aço. 
Produção de aço inoxidável
Equilíbrio Cr x C
Descarburação em aços inoxidáveis.
C + ½ O2 -> CO(g);
2Cr + 3CO(g) -> Cr2O3 + 2C
Quando o conteúdo de carbono do banho decresce, a quantidade de cromo que pode ficar retida no banho também decresce;
Esta relação determina então em qual extensão poderia o banho ser descarburizado sem oxidar o cromo;
Opções
Aumentar a temperatura;
 Caro e prejudicial ao revestimento. 
Injeção de gás Argônio com o oxigênio p/ diluir o CO reduzindo sua pressão parcial; favorecendo as reações carbono-oxigênio e aumentando a quantidade de cromo retida no banho para uma dada temperatura;
Vácuo; 
Equilíbrio Cr X C
Fabricação de Aço Inox no FEA
Funde-se no forno elétrico uma carga inicial com 4% de cromo máximo.
Oxida-se o banho através da insuflação de oxigênio puro até atingir 1800°C e aproximadamente 0,02%C.. Com 0,02% de C a quantidade de Cr retida é de 2% determi­nada pela figura 6.11. Então a perda de Cr para a escoria =2%.
Parte do cromo oxidado pode ser recuperado da escoria pelo uso de ligas redutoras ou desoxidantes, como por exemplo FeCrSi. Metade deste Cr (1%) será recuperado. 
Adicionar 15 a 17% de Cr sob a forma de FeCr BC para atingir a especificação final de 18 -20% de Cr e 0,02% de C. 
Fabricação A.I no FEA - AOD
FEA, fundir banho com 18% Cr. 
Remover a escória e -> AOD. 
Injetar Ar+O2 até 1700oC; 0,03%C; 0,1 atm. de CO  16,5% Cr;
Adicionar FeCrSi recuperar metade (0,75%) do Cr na escória.
Adicionar FeCr + Argônio até 18,5% Cr e C=0,01%; A diminuição de %C é feita com O residual.
A.I em FEA + VOR
FEA, fundir banho com 18% Cr até 1800oC. 
Oxidar com O2 puro até 0,10 – 0,25% C. 
Reduzir escória com FeSi ou FeCrSi para recuperar Cr. 
Vazar em panela de vácuo com insuflação de O2 até C=0,02%.
Corrigir com FeCr BC. 
Comparação AOD / VOR
Técnica UHP: Ultra High Power. 
Uso de arcos curtos com intensidade e potência elevada no final da fusão quando as paredes já estão expostas = Ultra High Productivity.
3 tipos de operação: UHP, HP, RP;
Critérios para classificação da operação 
Critério do nível específico de potência.
Saliente que não existem limites precisos e que não há um limite superior para UHP
120
É uma relação entre a potência média aplicada e a potência máxima disponível. 
Critério da Utilização do Tempo Tu:
Tempo total sob tensão / tempo decorrido entre o início de uma corrida e o início da próxima “tap to tap”;
Critério do Fator de Carga do Forno “F1”:
Exemplo
Os níveis de potência e os tempos relativos a cada etapa de uma corrida em um forno elétrico foram:
F1 = 6MW 	t1 = 60 min;
F2 = 8MW 	t2 = 40 min;
F3 = 1 MW	t3 = 10 min;
Sabendo-se que o nível máximo de potência durante o período de fusão é de 8MW, calcular a relação entre a potência média e a potência máxima de fusão, C2.
Sabendo-se que o tempo tap to tap foi de 130 min, calcular a taxa de utilização do tempo TU.
Calcular o Fator de Carga, F1 e informar se este forno se enquadra na técnica UHP. 
UHP Conclusão
A UHP requer a utilização de um arco de um comprimento médio durante o tempo de descida dos eletrodos e uma diminuição progressiva de seu comprimento quando a operação de fusão aproxima-se do ponto em que o banho esta plano.
O fator de potência seria um indicador do comprimento do arco, porém, em razão da condição de ligação do circuito do forno à rede ser uma variável, torna-se difícil indicar para ele números exatamente validos para limites UHP.
Pespectivas e Evolução do FEA
Melhorias tecnológicas
FEA com eletrodos inclinados
Inclinação de 8%;
Permite variar a distância arco parede.
Diminui da reatância no início de fusão;
Melhorias no circuito com a inserção de capacitores para regular tensão, impedir ressonância = thyristors. 
Proteção magnética das paredes por sucata.
Paineis de refrigeração nas paredes do forno.
6.3 - Elaboração do aço no forno elétrico a arco com a utilização de ferro-esponja
Características do FeE.
O ferro-esponja mantém a forma original e a ganga do minério;
Porosidade: baixa condutividade térmica;
O forno elétrico a arco, sendo um aparelho que permite obter-se altas concentrações de energia-> Equipamento ideal para fusão e elaboração do ferro-esponja, contrabalanceando a sua baixa condutividade térmica.
Inconveniências
Nos processos de redução direta que utilizam redutores gaso­sos, existe uma deposição de carbono nos poros do ferro-esponja, devido a reação:
2CO(g) ---> C(s) + C02(g);
Existe também uma certa quantidade de óxidos de ferro não totalmente reduzidos;
Durante a fu­são o carbono depositado reage com este oxigênio provocando um borbulhamentos do banho, devido ao desprendimento de bolhas de monóxidos de carbono.
Baixa densidade-> Flutuação sobre a escórias. 
Possibilidade de se reoxidar no interior do forno, liberando calor, fundindo os óxidos provocando aglomeração de partículas dentro do forno. 
Melhorias
A melhor maneira de se compensar a baixa condutividade térmica é o carregamen­to contínuo do ferro-esponja sobre o metal líquido;
 Carregamento contínuo: Aumento de produtividade devido às reduções do tempo de carregamento através de cestas.
Briquetagem de FeE, aumentando a densidade, diminui o problema de flutuação sobre escória.
Comparação entre os tempos de corrida.
Qualidade do FeE
Grau de metalização >=90% mas não 100% para não se perder o efeito de borbulhamento que auxilia na remoção de H e N do banho. 
Teor de SiO2 mínimo possível. 
Conclusão
134
Recursos
<Texto de material para leitura adicional >
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAABZ-8AF/tipos-aco>
Este conjunto de slides e recursos relacionados:
http://www.abmbrasil.com.br/epss/arquivos/documentos/2011_4_19_11_23_38_65375.pdf
Microsoft Excelência em Engenharia
Confidencial da Microsoft
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