Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
OBJETIVOS DA MUSCULAÇÃO Aula 3 Prof. Mestre Marcus Vinícius Patente Alves Saúde Habilidade Funcional Qualidade de Vida Performance 2 RECOMENDADO American College of Sports Medicine American Heart Association Adolescentes Adultos Idosos Doentes Escolha do “Melhor” Programa? INDIVÍDUO Genótipo Fenótipo 6 Princípio da Individualidade Biológica 6 Cada indivíduo traz consigo uma informação genética denominada Genótipo. Ao mesmo tempo, uma série de experiências vão sendo acrescidas ao mesmo indivíduo desde a sua geração, determinando outras características Genótipo Carga Genética Diversos Fatores Composição Corporal Biotipo Altura Max. Esperada Tipo de Fibra VO2max Esperado 7 Princípio da Individualidade Biológica Carga Ambiente Diversos Fatores Fenótipo Habilidade % dos Tipos de Fibras Força Máx. Atingida VO2máx Apresentado 8 Princípio da Individualidade Biológica Genótipo O que não pode ser modificado pelo exercício Altura max esperada; somatotipo Fenótipo Características modificáveis Consumo max de O2 Habilidades desportivas SUCESSO DO TREINAMENTO RESISTIDO Desenho de um programa apropriado Instruções adequadas Objetivos definidos Métodos de avaliação da evolução do aluno Prescrição correta das variáveis agudas Inclusão de métodos específicos de progressão (Kraemer & Ratamess, 2004) Progressão: ato de mover adiante ou avançar para um objetivo específico. Hipertrofia PROGRESSÃO Sobrecarga Especificidade Variação Periodização Clássica ou Linear Periodização Ondulada ou Não-Linear NECESSIDADE DE PROGRESSÃO Menos massa muscular recrutada para mesma intensidade. Necessidade de progressão. CARACTERÍSTICAS TREINÁVEIS Força Resistência Muscular Localizada Potência Velocidade Equilíbrio Coordenação Habilidade de Saltar Flexibilidade Treinamento Resistido e Benefícios Terapêuticos Reduz fatores de risco associados: Doenças cardiovasculares. Diabetes não insulino-dependente. Câncer de cólon Previne osteoporose. Promove manutenção e perda de peso. Melhora estabilidade dinâmica. Preserva capacidade funcional. Nutre o estado psicológico de bem-estar. Início do Treinamento Resistido Existe alguma preocupação (ex: doença, lesão) que pode limitar a realização do exercício ou a intensidade do exercício? Qual tipo de equipamento (máquinas,pesos livres, elásticos, medicine balls) é disponível e preferido? Qual é a frequência do treinamento e existe algum constrangimento que pode afetar a duração da sessão? Quais os grupos musculares precisam ser treinados? Início do Treinamento Resistido Qual é o objetivo em relação ao sistema energético? Qual tipo de ação muscular? Se o indivíduo treina para algum esporte específico, quais são os locais mais comuns de lesão? É um programa recreacional ou a performance máxima precisa ser melhorada? Identificar e combater objetivos ilusórios. AÇÃO MUSCULAR CARGA VOLUME SELEÇÃO DO EXERCÍCIO ESTRUTURA DO TREINO ORDEM INTERVALOS NÚMERO DE REPETIÇÕES VELOCIDADE FREQUÊNCIA DURAÇÃO ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? As 5 leis básicas do Treinamento de Força 1º - ANTES DE DESENVOLVER FORÇA MUSCULAR, DESENVOLVA FLEXIBILIDADE Amplitude de movimento Ênfase na pelve e articulações por onde passam músculos bi articulares 2º - ANTES DE DESENVOLVER FORÇA MUSCULAR, DESENVOLVA A FORÇA DOS TECIDOS DE CONECÇÃO Progressão Brusca X Linear Tendões = suportar tensão/tração Ligamentos = preservar integridade/estabilidade articular Interpretação incorreta do princípio da adaptação 3º - ANTES DE DESENVOLVER OS MEMBROS, DESENVOLVA A ÁREA CENTRAL DO CORPO Os membros são usados para os movimentos O tronco é o transmissor das sobrecargas Desenvolvimento precário do tronco = Fraco suporte e estabilidade para os membros 4º - QUANDO FOR DESENVOLVER OS MOTORES PRIMÁRIOS, DESENVOLVA TAMBÉM OS ESTABILIZADORES Os músculos estabilizadores se contraem isometricamente para imobilizar uma alavanca óssea para que outra alavanca óssea possa executar o movimento desejado. 5º - TREINE MOVIMENTOS AO INVÉS DE MÚSCULOS INDIVIDUAIS Performance atlética / Movimentos da vida diária = tipo de cadeia cinemática (aberta X fechada) Musculação para estética X Musculação para Saúde) Princípio da especificidade Coordenação Intermuscular E S C O L H A D O P R O G R A M A “A chave para um programa de planejamento bem sucedido é a identificação de variáveis específicas que precisam ser controladas a fim de melhor predizer os resultados.” Fleck & Kramer (2007 Qual o objetivo? Tempo disponível Capacidade genética Idade Sexo Controle, manutenção e variações Progressão Análise das necessidades Dados do teste Assimilação Base de conhecimento científico para o treinamento de força Escolhas Planejamento total do programa Variáveis agudas do programa Individualização Monitoração, testagem Manipulações crônicas do programa Análises das Necessidades Execuções de exercícios Músculos específicos Ângulos articulares Tipos de contração Necessidades de carga Metabolismo utilizado: % estimada de contribuição a partir de : Fonte ATP-CP Fonte Glicolítica Fonte Aeróbia Prevenção de lesões Locais mais comuns de possíveis lesões Locais de lesões prévias Variáveis agudas do treinamento Escolha do exercício Estrutural Parte do corpo Tipo de ação muscular Velocidade da ação muscular Ordem dos exercícios Grandes grupamentos primeiro Pequenos grupamentos primeiro (pré-exaustão) braços para pernas, braços para braços ou pernas para pernas Número de séries Período de recuperação Curto: < 1 minuto Moderado: 1 a 3 minutos Longo: > 3 minutos 28 Prescrição dos Exercícios Resistidos Desenho de um Programa Próprio Variáveis Agudas Princípios Chave do Treinamento Ação Muscular Frequência Seleção e Ordem dos Exercícios Carga e Volume Duração da Repetição Intervalo Adaptação Progressão Sobrecarga Especificidade Individualização Manutenção Resultado Específico do Treinamento Resistência Muscular Hipertrofia Força Máxima Potência Prescrição do Treinamento de força. Adaptado de Fleck e Kraemer (2006) Sem equipamento? Variáveis Agudas - Equipamento x Equipamento: Peso Livre Peso Livre, como o nome já diz, é a utilização de um implemento como carga e o seu movimento é livre no espaço. Pode se trabalhar um grupamento ou um conjunto de grupamentos musculares. A direção e o sentido do movimento podem variar. Geralmente, utiliza-se como implemento, halteres, anilhas, caneleiras, barras , etc. Um dos recursos materiais mais antigos. Classificação quanto ao tipo de resistência: RESISTENCIA EXTERNA CONSTANTE – a resistência oferecida pelo recurso é sempre a mesma. As variações no esforço exercido decorrem de fatores internos (alterações de fatores que promovem vantagens/desvantagens biomecânicas) Vantagens Permitem movimentos similares aos normalmente encontrados nas atividades esportivas Grande possibilidade de exercícios Necessitam de equilíbrio e coordenação - estabilizadores Podem ser utilizados em movimentos explosivos Incrementos pequenos na carga de treinamento Baixo custo Desvantagens Maior risco Necessidade de ajuda - segurança Maior concentração e habilidade na execução Maior trabalho no ponto fraco da articulação Tempo gasto na arrumação Dificuldade para realização de treinamento em circuito Equipamento: Máquinas Aparelho ou máquina é um equipamento destinado a desenvolver o trabalho muscular de um grupamento, ou um conjunto de grupamentos. Geralmente atua em um único sentido, porém em direções diferentes. Não permite uma grande variedade de movimentos Também são recursos relativamente modernos, desenvolvidos com auxílio da engenharia e da biomecânica. Classificação quanto ao tipo de resistência: RESISTÊNCIA EXTERNA CONSTANTE – a resistência oferecida pelo recurso é sempre a mesma. As variações no esforço exercido decorrem de fatores internos (alterações de fatores que promovem vantagens/desvantagens biomecânicas) RESISTÊNCIA EXTERNA VARIÁVEL – a resistência oferecida pelo recurso é alterada através de mecanismos do próprio equipamento, visando acentuar ou reduzir o esforço exercido em porções distintas do arco do movimento articular, conforme as vantagens / desvantagens biomecânicas encontradas na realização do exercício. Exemplos: AGLOMERADOS (Residenciais, Apolos – UNIVERSAL GYM) MÁQUINAS MÓDULOS Resistências: 1) placas pinadas (cabos, polias, correntes, correias) 2) anilhas 3) amortecedores (pneumáticos e hidráulicos) 4) mecanismos eletro-eletrônicos-magnéticos (isocinéticas) Vantagens Fornece resistência ao movimento em várias direções Economia de tempo - montagem e alteração da carga Não necessita de ajuda - segurança Necessita de pouca habilidade na execução dos exercícios Facilidade para o treinamento em circuito Desvantagens Dificuldade no treinamento com movimentos explosivos Má acomodação de indivíduos com proporções corporais extremas Na maioria das vezes não específico a modalidade esportiva Não treinamento dos músculos estabilizadores Alto custo Necessitam de maior espaço Hierarquia da escolha (iniciante): Treinabilidade Segurança Fator coordenativo Máquina Smith Machine Barra Longa Para iniciante exercícios complexos c/peso livre... CUIDADO! PEÇAS LASTRADAS Recursos relativamente antigos e simples, atualmente mais explorados Classificação quanto ao tipo de resistência: RESISTENCIA EXTERNA CONSTANTE – a resistência oferecida pelo recurso é sempre a mesma. As variações no esforço exercido decorrem de fatores internos (alterações de fatores que promovem vantagens/desvantagens biomecânicas) Exemplos: MEDICINE BALL CANELEIRA COLETE SANDBAG BARRAS (ferro, metal) e BASTÕES (pvc com areia) ALTERNATIVOS: garrafas pet, galões, baldes, sacos com lastro (água, areia, terra, cimento, cascalho), pneus, toras de madeira, pedregulhos, ferro-velho. PEÇAS ELÁSTICAS Também são recursos relativamente antigos, mas só recentemente tem sido mais utilizados e explorados. Classificação quanto ao tipo de resistência: RESISTÊNCIA EXTERNA VARIÁVEL – a resistência oferecida pelo recurso é alterada em função do potencial de energia elástica do recurso empregado. Exemplos: a) Theraball b) Theratube c) Theraband d) Extendores e) Tubo/elástico cirúrgico ou garrote f) Alternativos (câmara de ar de pneu, molas) COMPLEMENTARES Não são os recursos essenciais, mas contribuem na realização de um treinamento mais adequado, confortável e eficiente. Exemplos: Colchonetes b) Step, plinto c) Espaldar d) Aparelhos “cárdio” (esteira, bike, remo) COMPARAÇÃO ENTRE OS DIVERSOS RECURSOS MATERIAIS Grau de eficiência do tipo de recurso material conforme o objetivo (escala de 1-10) PL REC REV REV REA REA Ganho de massa muscular 10 8 7 7 5 5 Ganho de força muscular 10 5 6 6 8 7 Ganho de potência/explosão 9 5 5 5 10 10 Adaptação ao movimento esportivo 9 5 5 5 5 8 Adaptação àveloc/ aceleração do mov. Esportivo 9 5 3 5 7 7 Qualidade da sobrecarga ao longo do movimento 6 6 7 7 9 8 Qualidade do isolamento muscular 10 8 8 8 8 9 Versatilidade 10 6 5 6 5 9 Total 73 48 46 49 57 63 Resistência Constante Resistência Variável Resistênciaacomodativa fonte: EVERSON apud HATFIELD (1984) PL: pesos livres (halteres, barras, anilhas) REC: recursos de resistência externa constante (Paramount) REV: recursos de resistência externa variável (Nautilus - cam) REV: recursos de resistência externa variável (Universal - alavancas) REA: recursos de resistência externa acomodativa (Hydra-fitness - hidráulica) REA: recursos de resistência externa acomodativa (Mini-Gym - frenos, etc) Recomendações Gerais Utilização de pesos livres para os exercícios que envolvam movimentos específicos à modalidade esportiva Utilização de pesos livres para movimentos realizados de forma explosiva Utilização de máquinas para o treinamento dos músculos onde os pesos livres não são adequados: Flexão e extensão do joelho Leg-press PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE Cada indivíduo apresenta características, necessidades e potencialidades próprias, resultantes da carga genética (GENÓTIPO) e da estimulação recebida (FENÓTIPO). PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO O organismo reage ao estímulos fortes recebidos de forma suportar estes estímulos obtendo uma homeostase em nível mais elevado. PRINCÍPIO DA SOBRECARGA Quando o organismo atinge um novo nível de homeostase, ou seja, quando se adapta ao estímulo, este não é mais capaz de produzir adaptações, necessitando então ser aplicada uma carga maior (SOBRECARGA) deste estímulo, para que as adaptações continuem a se processar. Esta sobrecarga pode ser de VOLUME (quantidade), INTENSIDADE (qualidade)e DENSIDADE (relação de quantidade de trabalho pelo tempo necessário para completar). (BOMPA, 2002; DANTAS, 2003, GODOY, 1994, KRAEMER & FLECK, 1999, HATFIELD, 1984, WEINECK, 1999) PRINCÍPIO DA DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS Também denominado como PRINCÍPIO DE INTERDEPENDÊNCIA VOLUME X INTENSIDADE, determina que as sobrecargas devem ocorrer em apenas uma das variáveis, volume, intensidade ou densidade. Aplicar sobrecarga simultaneamente nas três variáveis pode provocar a aplicação de um estímulo muito forte que acarretará danos ao organismo. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA Determina que o treinamento aplicado não deve expor o indivíduo treinado a riscos relativos a sua integridade. A observação aos demais princípios científicos do treinamento promove esta segurança. PRINCÍPIO DA ESPECIFICIDADE/ESPECIALIZAÇÃO Os estímulos aplicados devem ser específicos quanto ao grupo muscular, exigência motora e necessidades. (BOMPA, 2002; DANTAS, 2003, GODOY, 1994, KRAEMER & FLECK, 1999, HATFIELD, 1984, WEINECK, 1999) PRINCÍPIO DA ESTRUTURAÇÃO Determina que na montagem de um programa de treinamento, os grandes grupos musculares (membros inferiores, anterossuperiores de tronco, póstero-superiores de tronco e lombares) sejam treinados antes dos pequenos grupos musculares. PRINCÍPIO DA PRIORIDADE Determina que na montagem de um programa de treinamento, os grupamentos musculares menos desenvolvidos estruturalmente e/ou funcionalmente, sejam treinados antes dos demais grupamentos. Por vezes este princípio de choca com o princípio da estruturação e na montagem do programa devem ser buscadas alternativas viáveis para solucionar esta situação. PRINCÍPIO DA VARIABILIDADE / VARIAÇÃO Determina que periodicamente os estímulos sejam trocados, para impedir que haja uma acomodação do organismo resultando em progressos insignificantes ou mesmo na ausência de melhora. (BOMPA, 2002; DANTAS, 2003, GODOY, 1994, KRAEMER & FLECK, 1999, HATFIELD, 1984, WEINECK, 1999) PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO MULTILATERAL O treinamento deve visar o desenvolvimento harmônico de todo o corpo. PRINCÍPIO DA DESINIBIÇÃO As inibições psicológicas e fisiológicas devem ser retardadas e/ou anuladas com o treinamento., como, por exemplo a inibição reflexa à contração muscular provocada pela ação dos órgãos tendinosos de Golgi. PRINCÍPIO DA SIMULAÇÃO O treinamento deve simular ao máximo a exigência motora e funcional. Muito relacionado ao princípio da especificidade, mas não deve se restringir apenas ao grupo muscular e /ou movimento articular. (BOMPA, 2002; DANTAS, 2003, GODOY, 1994, KRAEMER & FLECK, 1999, HATFIELD, 1984, WEINECK, 1999) PRINCÍPIO DA ACOMODAÇÃO O organismo tende a se acomodar ao estímulos. Por isso periodicamente estes devem ser variados, pois apenas a aplicação de sobrecargas já não produzirão respostas significativas, pois o nível de adaptação é muito elevado. Tem relação com a necessidade de periodizar o treinamento. PRINCÍPIO DA CONSCIENTIZAÇÃO Preconiza que quanto mais consciente o indivíduo treinado estiver sobre o processo de treinamento a que está submetido, mais rápido e adequadamente surgem as respostas de adaptação esperadas. É o princípio relacionado ao desenvolvimento da parte cognitiva. (BOMPA, 2002; DANTAS, 2003, GODOY, 1994, KRAEMER & FLECK, 1999, HATFIELD, 1984, WEINECK, 1999) INTENSIDADE DE TREINAMENTO A carga representa a quantidade de peso levantado ou a resistência utilizada durante o exercício: A intensidade máxima a ser utilizada depende muito de outras variáveis do programa, como volume, a ordem dos exercícios, a ação muscular e o tempo de intervalo entre as séries e os exercícios. No treinamento de força tradicional, é intrínseca a relação entre intensidade e volume, ou seja, com o aumento da intensidade, diminui o número de repetições que podem ser realizadas. Ao longo dos anos, muitos profissionais de Educação Física, incluindo os pesquisadores e os professores de academias, indicaram a prescrição da intensidade por porcentual de uma repetição máxima (de 1RM). Entretanto, essa metodologia de prescrição apresenta algumas limitações, em especial quando o programa é composto por vários exercícios. Em uma sala de musculação com três instrutores e 40 alunos, por exemplo, torna-se inviável realizar o teste de 1RM em todos os exercícios do programa de cada pessoa que estiver mudando a carga e/ou o sistema de treino. A prescrição do treinamento de força passou a ser realizada por meio de repetições máximas (RM). Essa metodologia, que surgiu do empirismo e, por isso, foi muito criticada, agora tem sido utilizada por muitos profissionais e recentemente foi reconhecida pelo ACSM. Treinar por RM representa utilizar a carga máxima para um determinado número de repetições. Como é difícil determinar a carga exata para um certo número de repetições, sugere-se utilizar uma zona de treinamento de acordo com a intensidade. EXEMPLO DE AJUSTE DA CARGA POR REPETIÇÕES MÁXIMAS (RM) Um indivíduo utiliza um peso de 50 kg no exercício supino máquina. Pede-se para que ele execute de 10 a 12RM (zona de Treinamento). Caso ele consiga executar mais de 12RM, realizando movimentos completos e sem ajuda, adiciona-se de 2 a 10% do peso utilizado, porém, caso não consiga chegar à zona de treinamento, ou seja, não for capaz de executar no mínimo 10RM, retira-se o mesmo valor de peso. O ajuste da intensidade será inversamente proporcional à dificuldade relatada. Foschini et al, 2009 As características de desempenho muscular são determinadas com maior precisão quando é utilizado o treinamento com RM, porém, observa-se, em academias, que esse procedimento não é comum entre a maioria das pessoas que praticam TF. Então, para potencializar o princípio da sobrecarga, o profissional deve conscientizar seu cliente da necessidade de se treinar em RM ou próximo delas, quando o objetivo do programa for condizente. DE MODO GERAL cargas que permitem 1-6RM, 8-12RM e 15-25RM são recomendadas para maximizar a força, a hipertrofia e a resistência muscular, % 1 RM Número de repetições 100 1 95 2 93 3 90 4 87 5 85 6 83 7 80 8 77 9 75 10 70 11 67 12 65 15 TABELA 15.7 Porcentual de 1 RM e repetições permitidas (relação 1 RM-Repetição)do livroFundamentos Treinamento dos de Força e do Condicionamento (Earle, 2010) TABELA15.8 Estimando1RM e as cargas de treinamentodo livroFundamentos Treinamento dos de Força e do Condicionamento (Earle, 2010) Seu novo aluno fez um teste de percentual de 1RM e conseguiu executar 8 repetições no supino com carga 55 Kg e 10 no agachamento com carga de 160 Kg. Como ele quer um trabalho de força, qual a carga que ele terá que utilizar para executar de 4 a 6 rep tanto no supino quanto no agachamento? Campos et al(2002) Confirmaram essas suposições avaliando as adaptações neuromusculares após oito semanas de treinamento de força progressivo em grupos que utilizaram cargas para 3-5RM (poucas repetições), 9-11RM (repetições intermediárias) e 20-28RM (muitas Repetições).. A investigação revelou: aumentos na força máxima (poucas > intermediárias > muitas repetições); aumentos na resistência muscular (altas> intermediárias > poucas repetições); aumento na área de secção transversa do músculo apenas nos grupos de poucas e intermediárias RM, sem diferença entre os dois grupos; Aumento na potência aeróbia máxima apenas para o grupo de muitas repetições Comparação dos dois Métodos SELEÇÃO E ORDEM DOS EXERCÍCIOS A escolha dos exercícios é determinada pelos grupos musculares ativados, e a ordem destes (sequência específica dos exercícios em cada sessão) afeta significativamente o rendimento, a produção de força e a razão de fadiga muscular durante uma sessão de TF. Ordem dos Exercícios Processo de escolha: Fadiga Circuito Alternado p/segmento Localizado p/articulação Distribuição Maior p/ menor Menor p/maior Métodos e sistemas Prioridade muscular Pré-exaustão Agonista-antagonista Ordem: Complexo - Simples Ordem: Simples - Complexo Agachamento Extensora Flexora Sforzo et al., 1996. Manipulating Exercise Order Affects Muscular Performance During a Resistance Exercise Training Session. J Strength and Cond Res 10(1) 20-24 74 Sforzo et al., 1996. Manipulating Exercise Order Affects Muscular Performance During a Resistance Exercise Training Session. J Strength and Cond Res 10(1) 20-24 Ordem: Complexo - Simples Ordem: Simples - Complexo Supino Desenvolvimento Tríceps pulley O R D E M D O S EXERCÍCIOS Exercícios que estão sendo aprendidos ou aperfeiçoados primeiro; Grandes grupos musculares antes dos pequenos grupos musculares para trabalhos de força. Pequenos grupos musculares antes dos grandes grupos musculares (pré-exaustão) para desenvolver a resistência. Alternância dos exercícios de puxar e de empurrar em sessões em que todo o corpo é treinado; Alternância de exercícios para os membros superiores e para os inferiores em sessões em que todo o corpo é treinado; Exercícios para os pontos fracos antes dos exercícios para os pontos fortes; Exercícios multiarticulares antes dos exercícios monoarticulares; Exercícios de potencia muscular antes de outros tipos de exercícios ; Exercícios mais intensos para os menos intensos Não ser muito estressante para alunos iniciantes. Por exemplo, ao comparar a execução do agachamento como primeiro ou último movimento de uma sequência de exercícios, observa-se uma redução significativa do número de repetições realizadas quando esse exercício é o último a ser executado. A ativação muscular reduzida (mensurada via eletromiografia - EMG) e a fadiga metabólica (redução do glicogênio muscular e/ou das concentrações de fosfocreatina) podem explicar a queda no rendimento". A magnitude de como a ordem dos exercícios altera as respostas de sinalização intracelular ao treinamento de força depende do ajuste das outras variáveis do treinamento, como a redução da intensidade e/ou volume e aumento do intervalo, realizadas para compensar as alterações no rendimento neuromuscular. Os exercícios com ativação de grandes grupos musculares promovem respostas hormonais e metabólicas mais pronunciadas do que os exercícios que trabalham grupos musculares pequenos SELEÇÃO DOS EXERCÍCIOS Tipo de exercício – simples vs complexo Complexo Simples TIPO DE EXERCÍCIO: uni articular vs pluriarticular TIPO DE EXERCÍCIO: uni articular vs pluriarticular Seleção Exercícios - Recomendações Fortalecimento geral exercícios gerais com finalidade terapêutica Fortalecimento Específico Força geral – exercícios gerais Força máxima – exercícios gerais e específicos Potência muscular – exercícios específicos Efeito da adição de exercício monoarticular a um programa de treinamento de resistência exercício multi-articular em força e hipertrofia em indivíduos não treinados Effect of adding single-joint exercises to a multijoint exercise resistance-training program on strength and hypertrophy in untrained subjects ARTICLE in APPLIED PHYSIOLOGY NUTRITION AND METABOLISM · MARCH 2013 Paulo Gentil, Saulo Rodrigo Sampaio Soares, Maria Claudia Pereira, Rafael Rodrigues da Cunha, Saulo Santos Martorelli, Andre Santos Martorelli, and Martim Bottaro Diferença significativa entre pré e pós, sem diferença entre grupos. A suplementação de exercícios uni articulares não promoveu benefícios adicionais. espessura do músculo flexor do cotovelo pico de torque flexor do cotovelo 85 Modelo de parcelamento do treino de acordo com os grupos musculares priorizados Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Parcelamento do treino Treino A 4a 6RM Treino B 4a6RM Treino C 4a6RM Treino A 12a 15RM Treino B 12a 15RM Treino C 12a 15RM Grupos musculares priorizados Peitoralmaior e bíceps braquial Dorsais, tríceps braquial e abdome MMlle deltoide Peitoral maior, bícepsbraquiale abdome Dorsais e tríceps braquial MMlle deltoide Apesar de o ACSM corroborar com esses resultados, é importante que sejam feitas algumas ponderações Supondo que uma pessoa tenha como principal objetivo hipertrofiar o bíceps e o tríceps braquiais (considerados grupos musculares pequenos) com um treino parcelado em A, B e C realizado seis vezes por semana? TIPO DE AÇÃO MUSCULAR De uma forma geral, os programas de treinamento de força incluem ações musculares concêntricas (CON) e ações musculares excêntricas (ECC), sendo que as ações musculares isométricas (ISOM) exercem papel secundário nesses tipos de programas. Maiores níveis de força são encontrados durante ações musculares concêntricas, que também resultam em uma menor ativação de unidades motoras por nível de tensão específica, necessitando de menor quantidade de energia para um determinado nível de força. As ações excêntricas são consideradas ótimas para promover hipertrofia muscular e apresentam resultados mais significativos no dano muscular (microlesão) e na dor muscular de início tardio (DMIT), quando comparadas às ações concêntricas. Em geral, a elaboração de programas de treinamento de força envolve ações musculares CON e ECC. Entretanto, em certos programas, podem ser incluídas algumas formas de ações ISOM (p. ex., treinamento funcional), com o uso de diferentes formas de resistência, como as terabands. O tipo de ação muscular também tem impacto sobre as respostas e as adaptações ao treinamento de força. Ações excêntricas máximas aumentam a fosforilação de p70 S6K (proteína quinase S6 ribossomal), enquanto ações concêntricas máximas e ações excêntricas submáximas produzem efeitos menores nessa fosforílação". Adicionalmente, ações excêntricas promovem um potente estímulo sobre as MAPKs (mitogênio ativado por proteínas quinases). É importante lembrar que tanto a via da p70 S6K como a das MAPKs participam da hipertrofia muscular. No entanto, estudos com animais demonstram que ações concêntricas, excêntricas e isométricas induzem a respostas de sinalização similares quando a força é equalizada. Todavia, o músculo esquelético pode gerar ~30 mais tensão durante a ação excêntrica, quando comparada à concêntrica, o que explica por que a ação excêntrica máxima promove respostas mais pronunciadas em humanos e em animais. Esses resultados indicam que a ação excêntrica pode ser incluída para otimizar as adaptações ao treinamento de força. Vale ressaltar que volumes desproporcionais de ações excêntricas podem ser contra produtivos, podendo gerar dano muscular excessivo Amplitude Dois grupos: Parcial e Completo 12 semanas 3 x semana efeito da amplitude de movimento da carga pesada no agachamento sobre adaptações músculos e tendões efeito da amplitude de movimento da carga pesada no agachamento sobre adaptações músculos e tendões 95 Dois grupos: Parcial e Completo 12 semanas 3 x semana Agachamento completo foi superior: * Área de secção transversa anterior da coxa Massa magra das pernas Força isométrica de extensão de joelhos Salto vertical VELOCIDADE DE EXECUÇÃO DO MOVIMENTO A velocidade do movimento é diferente para os três níveis de treinamento, por esse motivo, esse tópico será mais bem detalhado nas sessões de prescrição de treinamento de força para iniciantes, intermediários e avançados. A seguir, são conceituadas as características das contrações lenta, moderada e rápida. Lenta: duração superior a 4 segundos (concêntrica + excêntrica). Moderada: duração > 2 e < 4 segundos (concêntrica + excêntrica). Rápida: duração inferior a dois segundos (concêntrica + excêntrica). VOLUME DO TREINAMENTO o volume total do treinamento de força é tipicamente expresso como volume = séries X repetições X resistência (kg). Assim, pode-se manipular o volume do treinamento alterando o número de exercícios realizados por sessão, o número de séries realizadas por exercício, o número de repetições realizadas por série ou a resistência utilizada. Mudanças no volume de treinamento influenciam as respostas hormonais, moleculares, neurais e metabólicas ao treinamento de força. Um treinamento de força com múltiplas séries promove maiores respostas do hormônio do crescimento (GH) e da testosterona que programas com apenas uma série. Além disso, treinamentos crônicos que utilizam múltiplas séries promovem adaptações superiores quando comparados aos programas de série única. FREQUÊNCIA SEMANAL A frequência de treinamento refere-se ao número de vezes que um músculo ou grupo muscular é exercitado na semana. Para Zatsiorsky e Kraemer, a frequência ideal depende de algumas variáveis do treinamento, como: Volume Intensidade Seleção dos exercícios Nível de aptidão física Capacidade de recuperação de um grupo muscular Não se deve esquecer que o jargão "quanto mais melhor" na maioria das vezes não é saudável e nem eficaz, porque pode gerar prejuízos ao praticante como, por exemplo, o overtraining (excesso de treinamento que causa diminuição do desempenho). Os detalhes sobre a frequência semanal a ser aplicada para iniciantes, intermediários e avançados, de acordo com os objetivos específicos, INTERVALO ENTRE AS SÉRIES O período de intervalo entre as séries tem significante influência sobre as respostas e as adaptações ao treinamento de força. Períodos de intervalo reduzidos são tipicamente recomendados em programas de treinamento de força para maximizar a hipertrofia muscular, em função do aumento de GH, quando comparados com longos períodos de recuperação Entretanto, curtos períodos de intervalo prejudicam o rendimento físico durante as séries subsequentes e, durante várias semanas, atenuam o aumento de força muscular, em comparação aos intervalos longos. Portanto, intervalos de curta duração não são recomendados para otimizar ganhos na força muscular. A influência direta do tempo de intervalo nas respostas de sinalização induzidas pelo treinamento de força foi pouco explorada. Portanto, curtos períodos de intervalo estimulam a hipertrofia, e longos períodos de intervalo maximizam os ganhos de força. Nesse sentido, Salles et al. ressaltam que intervalos de descanso mais longos (p. ex., 2 a 3 minutos) resultam em aumentos significativamente superiores de força muscular em comparação com intervalos mais curtos (p. ex., 30 a 90 segundos). Salles et all (2009) Em resumo, se o objetivo do TF com múltiplas séries for o desenvolvimento de força máxima, com cargas superiores a 90 de 1RM ou 1 a 3RM, intervalos de 3 a 5 minutos são necessários para manter o número de repetições por série, sem grandes reduções na carga do treinamento. Em contrapartida, intervalos mais curtos entre as séries (p. ex., < 1 minuto) produzem melhores resultados para a resistência de força", porém, esses intervalos podem inviabilizar a manutenção do número de repetições por série. No caso da hipertrofia, a combinação de intensidades moderadas com intervalos de 30 a 60 segundos pode ser a melhor alternativa para a maior parte do ano. No entanto, quando maiores intensidades (p. ex., 3 a 6RM) forem inseridas no processo da periodização para hipertrofia, serão necessários intervalos superiores a 1 minuto e/ou auxílio concomitante de um colega de treino. TREINAMENTO DE FORÇA PARA INICIANTES Intensidade Número de séries (porexercício) Intervalo/séries (minutos) Velocidade Movimento Frequência semanal (dias/sem) Força máxima 8 a 12 SFC (60 a 70%FM) 1 a 3 1 a 2 Lenta para moderada 2 a3xp/ todo o corpo Força hipertrófica 8 a 12RM (70 a 85%FM) 1a 3 1a 2 Moderada 2 a 3xp/ todo o corpo Força explosiva 3 a 6 SFC 30 a60%FM (MMSS) 0a 60FM (MMII) 1a 3 2a 3(IA) 1a 2(IL) Moderada para rápida 2a3x p/ todo o corpo Resistência de força 10 a15%RM 1a 3 <1 Lenta 2 a 3xp/ todo o corpo SFC = sem falha concêntrica RM = repetições máximas FM= Força Máxima IA = Intensidade alta IL = intensidade leve/moderada Segundo CHARRO, 2010 De modo geral, quando um indivíduo inicia um programa de TF em academias, independentemente do seu objetivo, o profissional de Educação Física prescreve um treinamento de resistência de força (> 15 repetições). O novo parecer do ACSM apresenta uma sugestão interessante para que o objetivo em questão seja alcançado mais rapidamente, contudo, isso não quer dizer que a conduta mais frequente dos profissionais do TF seja incoerente ou que a recomendação do ACSM seja uma regra. Ao prescrever o treinamento de força para um indivíduo inexperiente nesta prática ou que não treinava há vários meses, não se pode esquecer de dois fatores cruciais: Esse indivíduo é mais suscetível à dor muscular de início tardio (DMIT) que indivíduos treinados. Isso é importante deve se evitar a falha concêntrica A força muscular aumenta entre as 10 e 12 primeiras semanas do TF predominantemente em função das adaptações neurais, sugerindo que não serão obtidos resultados tão expressivos de hipertrofia muscular nessas primeiras semanas. carga Resultado específico Ação muscular período de descanso grande massa muscular pequena massa muscular Recomendações para variáveis agudas do programa INTERVALO Cargas entre 50 e 90%: 3-5 min permitem executar mais repetições nas séries subsequentes 3-5 min: proporcionam maiores aumentos crônicos de força, pois permitem manter intensidades maiores no treino. Potência: 3 a 5 min promovem melhores resultados Hipertrofia: 30-60seg mostra-se mais efetivo, devido às maiores concentrações agudas de GH. Resistência: 20 a 60 seg. estão associados a melhores resultados Intervalo de descanso entre as séries no treinamento de força Séries Em sujeitos treinados, um volume baixo de 3 séries por grupo muscular por semana é tão efetivo quanto 6 ou 12 séries para aumentar a força, potência e hipertrofia de membros superiores após 10 semanas de treino. Tendência de diminuição da T/C O efeito do volume de treinamento do peso na produção hormonal e tamanho muscular e função Quadríceps Bíceps 3 séries = 0,09% 3 3,5 séries = 0,17% 4 séries = 0,13% 5-6 séries = 0,13% 4-6 séries = 0,24% 7-9 séries = 0,09% ≥ 10 séries = 0,14% ≥ 9 séries = 0,18% Aumento diário da área de secção transversa Recomendações para a prescrição Treino de hipertrofia convencional Séries 1 -3 por exercício Progressão para 1-2 ou 3-6 séries no total por grupo muscular A influência da frequência, intensidade, o volume e o modo de formação em força muscular toda a área da secção transversal em humanos 116 As revisões anteriores se basearam em respostas hormonais agudas Há carência de investigações de longa duração comparando os intervalos distintos A literatura não suporta a hipótese de que intervalos curtos são preferidos sobre intervalos longos ou autos sugeridos para a hipertrofia Estudos são necessários comparando intervalos curtos, médios, longos e autos sugeridos. O Efeito de intervalos inter-set de descanso sobre a resistência à hipertrofia muscular induzida pelo exercício Exemplos Músculos: peitoral + tríceps + abdominal Estímulo: metabólico Sessão: Tempo total: 11,5’ 1 série = 40”/10 séries = 400” = 7’ 1 intervalo = 30” / 9 intervalos = 270” = 4,5’ Exercício Série Repetições Velocidade Intervalo Supino reto 3 20RM 1:1 30” Supino inclinado 3 20RM 1:1 30” abdominal 4 20RM 1:1 30” Exemplos Músculos: Membros inferiores Estímulo: Tensional Sessão: Tempo total: 16,5’ 1 série = 32”/12 séries = 384” = 6,5’ 1 intervalo = 120” / 5 intervalos = 600” = 10’ Exercício Série Repetições Velocidade Intervalo Agachamento + panturrilhas 3 8RM 2:2 120” Legpress+ flexora 3 8RM 2:2 120” OBRIGADO
Compartilhar