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Simulado Oab 1°

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1 
 
 
 
4º Simulado OAB – 1ª Fase 
 
1. O advogado Carlos dirigiu-se a uma Delegacia de Polícia para tentar obter cópia 
de autos de inquérito no âmbito do qual seu cliente havia sido intimado para 
prestar esclarecimentos. No entanto, a vista dos autos foi negada pela autoridade 
policial, ao fundamento de que os autos estavam sob segredo de Justiça. Mesmo 
após Carlos ter apresentado procuração de seu cliente, afirmou o Delegado que, 
uma vez que o juiz havia decretado sigilo nos autos, a vista somente seria 
permitida com autorização judicial. 
Nos termos do Estatuto da Advocacia, é correto afirmar que: 
a) Carlos pode ter acesso aos autos de qualquer inquérito, mesmo sem procuração. 
b) Carlos pode ter acesso aos autos de inquéritos sob segredo de Justiça, desde que 
esteja munido de procuração do investigado. 
c) em caso de inquérito sob segredo de Justiça, apenas o magistrado que decretou o 
sigilo poderá afastar parcialmente o sigilo, autorizando o acesso aos autos pelo advogado 
Carlos. 
d) o segredo de Justiça de inquéritos em andamento é oponível ao advogado Carlos, 
mesmo munido de procuração. 
 
2. Tício, presidente de determinada Subseção da OAB, valendo-se da disciplina do 
Art. 50 da Lei Federal nº 8.906/94 (Estatuto da OAB), pretende requisitar, ao 
cartório de certa Vara de Fazenda Pública, cópias de peças dos autos de um 
processo judicial que não estão cobertas pelo sigilo. Assim, analisou o 
entendimento jurisprudencial consolidado no Supremo Tribunal Federal sobre o 
tema, a fim de apurar a possibilidade da requisição, bem como, caso positivo, a 
necessidade de motivação e pagamento dos custos respectivos. 
Diante da situação narrada, Tício estará correto ao concluir que: 
 
 
 
 
 
 
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a) não dispõe de tal prerrogativa, pois o citado dispositivo legal foi declarado 
inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, uma vez que compete privativamente 
aos tribunais organizar as secretarias e cartórios judiciais, não se sujeitando a requisições 
da OAB, por expressa disciplina constitucional. 
b) pode realizar tal requisição, pois o citado dispositivo legal foi declarado constitucional 
pelo Supremo Tribunal Federal, independentemente de motivação e pagamento dos 
respectivos custos. 
c) pode realizar tal requisição, pois o Supremo Tribunal Federal, em sede de controle de 
constitucionalidade, assegurou-a, desde que acompanhada de motivação compatível 
com as finalidades da Lei nº 8.906/94 e o pagamento dos respectivos custos. 
d) não dispõe de tal prerrogativa, pois ao citado dispositivo legal foi conferida, pelo 
Supremo Tribunal Federal, interpretação conforme a Constituição Federal para excluir os 
presidentes de Subseções, garantindo a requisição apenas aos Presidentes do Conselho 
Federal da OAB e dos Conselhos Seccionais, desde que motivada. 
 
3. Formaram-se em uma Faculdade de Direito, na mesma turma, Luana, Leonardo e 
Bruno. Luana, 35 anos, já exercia função de gerência em um banco quando se 
graduou. Leonardo, 30 anos, é prefeito do município de Pontal. Bruno, 28 anos, é 
policial militar no mesmo município. Os três pretendem praticar atividades 
privativas de advocacia. 
Considerando as incompatibilidades e impedimentos ao exercício da advocacia, 
assinale a opção correta. 
a) Luana não está proibida de exercer a advocacia, pois é empregada de instituição 
privada, inexistindo impedimentos ou incompatibilidades. 
b) Bruno, como os servidores públicos, apenas é impedido de exercer a advocacia contra 
a Fazenda Pública que o remunera. 
c) Os três graduados, Luana, Leonardo e Bruno, exercem funções incompatíveis com a 
advocacia, sendo determinada a proibição total de exercício das atividades privativas de 
advogado. 
 
 
 
 
 
 
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d) Leonardo é impedido de exercer a advocacia apenas contra ou em favor de pessoas 
jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, 
fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou 
permissionárias de serviço público. 
 
4. Daniel contratou a advogada Beatriz para ajuizar ação em face de seu vizinho 
Théo, buscando o ressarcimento de danos causados em razão de uma obra 
indevida no condomínio. No curso do processo, Beatriz substabeleceu o mandato a 
Ana, com reserva de poderes. Sentenciado o feito e julgado procedente o pedido 
de Daniel, o juiz condenou Théo ao pagamento de honorários sucumbenciais. 
Com base na hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. 
a) Ana poderá promover a execução dos honorários sucumbenciais nos mesmos autos 
judiciais, se assim lhe convier, independentemente da intervenção de Beatriz. 
b) Ana e Beatriz poderão promover a execução dos honorários sucumbenciais, 
isoladamente ou em conjunto, mas devem fazê-lo em processo autônomo. 
c) Ana poderá promover a execução dos honorários sucumbenciais nos mesmos autos, 
se assim lhe convier, mas dependerá da intervenção de Beatriz. 
d) Ana não terá direito ao recebimento de honorários sucumbenciais, cabendo-lhe 
executar Beatriz pelos valores que lhe sejam devidos, caso não haja o adimplemento 
voluntário. 
 
5. Victor nasceu no Estado do Rio de Janeiro e formou-se em Direito no Estado de 
São Paulo. Posteriormente, passou a residir, e pretende atuar profissionalmente 
como advogado, em Fortaleza, Ceará. Porém, em razão de seus contatos no Rio de 
Janeiro, foi convidado a intervir também em feitos judiciais em favor de clientes 
nesse Estado, cabendo-lhe patrocinar seis causas no ano de 2015. 
Diante do exposto, assinale a opção correta. 
a) A inscrição principal de Victor deve ser realizada no Conselho Seccional de São Paulo, 
já que a inscrição principal do advogado é feita no Conselho Seccional em cujo território 
 
 
 
 
 
 
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se localize seu curso jurídico. Além da principal, Victor terá a faculdade de promover sua 
inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais do Ceará e do Rio de Janeiro, onde 
pretende exercer a profissão. 
b) A inscrição principal de Victor deve ser realizada no Conselho Seccional do Rio de 
Janeiro, pois o Estatuto da OAB determina que esta seja promovida no Conselho 
Seccional em cujo território o advogado exercer intervenção judicial que exceda três 
causas por ano. Além da principal, Victor poderá promover sua inscrição suplementar 
nos Conselhos Seccionais do Ceará e de São Paulo. 
c) A inscrição principal de Victor deve ser realizada no Conselho Seccional do Ceará. Isso 
porque a inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo 
território pretende estabelecer o seu domicílio profissional. A promoção de inscrição 
suplementar no Conselho Seccional do Rio de Janeiro será facultativa, pois as 
intervenções judiciais pontuais, como as causas em que Victor atuará, não configuram 
habitualidade no exercício da profissão. 
d) A inscrição principal de Victor deve ser realizada no Conselho Seccional do Ceará. 
Afinal, a inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo 
território ele pretende estabelecer o seu domicílio profissional. Além da principal, Victor 
deverá promover a inscrição suplementar no Conselho Seccional do Rio de Janeiro, já 
que esta é exigida diante de intervenção judicial que exceda cinco causas por ano. 
 
6. Os jovens Rodrigo, 30 anos, e Bibiana, 35 anos, devidamente inscritos em certa 
seccional da OAB, desejam candidatar-se, pela primeira vez, a cargos de diretoria 
do Conselho Seccional respectivo. Rodrigo está regularmente inscrito na referida 
seccional da OABhá seis anos, sendo dois anos como estagiário. Bibiana, por sua 
vez, exerceu regularmente a profissão por três anos, após a conclusão do curso de 
Direito. Contudo, afastou-se por dois anos e retornou à advocacia há um ano. 
Ambos não exercem funções incompatíveis com a advocacia, ou cargos exoneráveis 
ad nutum. Tampouco integram listas para provimento de cargos em tribunais ou 
 
 
 
 
 
 
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ostentam condenação por infração disciplinar. Bibiana e Rodrigo estão em dia com 
suas anuidades. 
Considerando a situação narrada, assinale a afirmativa correta. 
a) Apenas Bibiana preenche as condições de elegibilidade para os cargos. 
b) Apenas Rodrigo preenche as condições de elegibilidade para os cargos. 
c) Bibiana e Rodrigo preenchem as condições de elegibilidade para os cargos. 
d) Nenhum dos dois advogados preenche as condições de elegibilidade para os cargos. 
 
7. Os advogados Ivan e Dimitri foram nomeados, por determinado magistrado, 
para prestarem assistência jurídica a certo jurisdicionado, em razão da 
impossibilidade da Defensoria Pública. As questões jurídicas debatidas no processo 
relacionavam-se à interpretação dada a um dispositivo legal. Ivan recusou-se ao 
patrocínio da causa, alegando que a norma discutida também lhe é aplicável, não 
sendo, por isso, possível que ele sustente em juízo a interpretação legal benéfica à 
parte assistida e prejudicial aos seus próprios interesses. Dimitri também se 
recusou ao patrocínio, pois já defendeu interpretação diversa da mesma norma em 
outro processo. 
Sobre a hipótese apresentada, é correto afirmar que: 
a) Ivan e Dimitri cometeram infração disciplinar, pois é vedado ao advogado recusar-se a 
prestar assistência jurídica, sem justo motivo, quando nomeado em virtude de 
impossibilidade da Defensoria Pública. 
b) apenas Dimitri cometeu infração disciplinar, pois não se configura legítima a recusa 
por ele apresentada ao patrocínio da causa, sendo vedado ao advogado, sem justo 
motivo, recusar-se a prestar assistência jurídica, quando nomeado em virtude de 
impossibilidade da Defensoria Pública. 
c) apenas Ivan cometeu infração disciplinar, pois não se configura legítima a recusa por 
ele apresentada ao patrocínio da causa, sendo vedado ao advogado, sem justo motivo, 
recusar-se a prestar assistência jurídica, quando nomeado. 
 
 
 
 
 
 
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d) nenhum dos advogados cometeu infração disciplinar, pois se afiguram legítimas as 
recusas apresentadas ao patrocínio da causa. 
 
8. As Subseções X e Y da OAB, ambas criadas pelo Conselho Seccional Z, 
reivindicam a competência para desempenhar certa atribuição. Não obstante, o 
Conselho Seccional Z defende que tal atribuição é de sua competência. 
Caso instaurado um conflito de competência envolvendo as Subseções X e Y e 
outro envolvendo a Subseção X e o Conselho Seccional Z, assinale a opção que 
relaciona, respectivamente, os órgãos competentes para decidir os conflitos. 
a) O conflito de competência entre as subseções deve ser decidido pelo Conselho 
Seccional Z, cabendo recurso ao Conselho Federal da OAB. Do mesmo modo, o conflito 
entre a Subseção X e o Conselho Seccional Z será decidido pelo Conselho Seccional Z, 
cabendo recurso ao Conselho Federal da OAB. 
b) O conflito de competência entre as subseções deve ser decidido pelo Conselho 
Seccional Z, cabendo recurso ao Conselho Federal da OAB. Já o conflito entre a Subseção 
X e o Conselho Seccional Z será decidido, em única instância, pelo Conselho Federal da 
OAB. 
c) Ambos os conflitos de competência serão decididos, em única instância, pelo Conselho 
Federal da OAB. 
d) O conflito de competência entre as subseções deve ser decidido, em única instância, 
pelo Conselho Seccional Z. O conflito entre a Subseção X e o Conselho Seccional Z será 
decidido, em única instância, pelo Conselho Federal da OAB. 
 
9. Carlos integrou a chapa de candidatos ao Conselho Seccional que obteve a 
maioria dos votos válidos e tomou posse em 1º de janeiro do ano seguinte ao de 
sua eleição. Um ano após o início do mandato, Carlos passou a ocupar um cargo de 
direção no Conselho de Administração de uma empresa, controlada pela 
Administração Pública, sediada em outro estado da Federação. 
Nesse caso, de acordo com o Estatuto da OAB, assinale a afirmativa correta. 
 
 
 
 
 
 
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a) Não se extingue o mandato de Carlos, pois a ocupação de cargo de direção em 
empresa controlada pela Administração Pública, em estado da Federação distinto do 
abrangido pelo Conselho Seccional, não configura incompatibilidade a ensejar o 
cancelamento de sua inscrição. 
b) Extingue-se automaticamente o mandato de Carlos, pois a ocupação de cargo de 
direção em empresa controlada pela Administração Pública, em qualquer circunstância, 
configura incompatibilidade a ensejar o cancelamento de sua inscrição. 
c) Extingue-se o mandato de Carlos mediante deliberação de dois terços dos membros 
do Conselho Seccional, pois a ocupação de cargo de direção em empresa controlada pela 
Administração Pública pode configurar incompatibilidade a ensejar o cancelamento de 
sua inscrição. 
d) Não se extingue o mandato de Carlos, pois a ocupação de cargo de direção em 
empresa controlada pela Administração Pública, em qualquer circunstância, não 
configura incompatibilidade a ensejar o cancelamento de sua inscrição. 
 
10. Paulo é contratado por Pedro para promover ação com pedido condenatório em 
face de Alexandre, por danos causados ao animal de sua propriedade. Em decorrência 
do processo, houve condenação do réu ao pagamento de indenização ao autor, fixados 
honorários de sucumbência correspondentes a dez por cento do apurado em 
cumprimento de sentença. O réu ofertou apelação contra a sentença proferida na fase 
cognitiva. Ainda pendente o julgamento do recurso, Pedro decide revogar o mandato 
judicial conferido a Paulo, desobrigando-se de pagar os honorários contratualmente 
ajustados. 
Nos termos do Código de Ética da OAB, a revogação do mandato judicial, por 
vontade de Pedro, 
a) não o desobriga do pagamento das verbas honorárias contratadas. 
b) desobriga-o do pagamento das verbas honorárias contratadas. 
c) desobriga-o do pagamento das verbas honorárias contratadas e da verba 
sucumbencial. 
 
 
 
 
 
 
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d) não o desobriga do pagamento das verbas honorárias sucumbenciais, mas o desobriga 
das verbas contratadas. 
 
11. Segundo o Art. 1.723 do Código Civil, “É reconhecida como entidade familiar a 
união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, 
contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família”. 
Contudo, no ano de 2011, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ao 
julgarem a Ação Direta de Inconstitucionalidade 4.277 e a Arguição de 
Descumprimento de Preceito Fundamental 132, reconheceram a união estável para 
casais do mesmo sexo. 
A situação acima descrita pode ser compreendida, à luz da Teoria Tridimendional 
do Direito de Miguel Reale, nos seguintes termos: 
a) uma norma jurídica, uma vez emanada, sofre alterações semânticas pela 
superveniência de mudanças no plano dos fatos e valores. 
b) toda norma jurídica é interpretada pelo poder discricionário de magistrados, no 
momento em que estes transformam a vontade abstrata da lei em norma para o caso 
concreto. 
c) o fato social é que determina a correta compreensão do que é a experiência jurídica e, 
por isso, os costumes devem ter precedência sobre a letra fria da lei. 
d) o ativismo judicial não pode ser confundidocom o direito mesmo. Juízes não podem 
impor suas próprias ideologias ao julgarem os casos concretos. 
 
12. Segundo o filósofo Immanuel Kant, em sua obra Fundamentação da Metafísica 
dos Costumes, a ideia de dignidade humana é entendida: 
a) como qualidade própria de todo ser vivo que é capaz de sentir dor e prazer, isto é, 
característica de todo ser senciente. 
b) quando membros de uma mesma espécie podem ser considerados como equivalentes 
e, portanto, iguais e plenamente cooperantes se eles possuem dignidade. 
 
 
 
 
 
 
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c) como valor jurídico que se atribui às pessoas como característica de sua condição de 
sujeitos de direitos. 
d) como algo que está acima de todo o preço, pois quando uma coisa tem um preço 
pode-se pôr em vez dela qualquer outra como equivalente; mas quando uma coisa está 
acima de todo o preço, e portanto não permite equivalência, então ela tem dignidade. 
 
13. Determinado administrador público solicitou à sua assessoria que elaborasse 
um edital para a realização de concurso público com o objetivo de prover os cargos 
que estavam vagos. Ao receber a minuta do edital, o administrador teve dúvidas 
em relação ao teor de três cláusulas que não estavam previstas em lei. 
De acordo com a primeira, somente os candidatos aprovados no exame 
psicotécnico poderiam ser nomeados para os cargos; a segunda fixou um limite 
máximo de idade para o acesso aos cargos, o qual se mostrava nitidamente 
razoável; e a terceira dispôs que os cargos não providos por intermédio do 
concurso seriam oferecidos a servidores de outras carreiras da Administração 
Pública e providos por meio de transposição funcional. 
À luz da sistemática estabelecida pela Constituição da República Federativa do 
Brasil e da interpretação que lhe vem sendo dispensada pelo Supremo Tribunal 
Federal, é correto afirmar que: 
a) as três cláusulas são constitucionais. 
b) somente a primeira e a segunda cláusulas são constitucionais. 
c) as três cláusulas são inconstitucionais. 
d) somente a terceira cláusula é constitucional. 
 
14. Determinada Constituição Estadual, com o objetivo de disciplinar os sistemas 
de controle do Poder Executivo a cargo da Assembleia Legislativa, veicula três 
comandos a esse respeito: o Art. 101 dispõe que a persecução penal do 
Governador, no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, deve ser previamente 
autorizada pela Assembleia Legislativa; o Art. 102, que é vedada a convocação do 
 
 
 
 
 
 
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Governador do Estado para prestar depoimento perante Comissão Parlamentar de 
Inquérito instaurada no âmbito da Assembleia Legislativa; e o Art. 103, que o 
Governador não pode se ausentar do território do Estado por período superior a 
quinze dias sem autorização da Assembleia Legislativa. 
Considerando a funcionalidade do princípio da simetria e o disposto na CRFB/88, 
assinale a afirmativa correta. 
a) Somente o Art. 102 é constitucional. 
b) Todos os artigos são constitucionais. 
c) Somente os artigos 101 e 102 são constitucionais. 
d) Somente os artigos 101 e 103 são constitucionais. 
 
15. Determinado Prefeito Municipal encaminhou projeto de lei à Câmara de 
Vereadores concedendo reajuste remuneratório a determinada categoria de 
servidores públicos. Ao analisarem o projeto, os Vereadores inseriram uma 
emenda aditiva estendendo o aumento a outra categoria, que, no seu entender, 
mereceria tratamento similar. O projeto foi aprovado pelo Legislativo e, por fim, 
sancionado pelo Prefeito Municipal, daí resultando a promulgação e consequente 
publicação da lei municipal X. 
Considerando a sistemática constitucional, é correto afirmar que a lei municipal X 
é: 
a) constitucional, já que os vereadores têm a prerrogativa de apresentar as emendas que 
entenderem adequadas aos projetos e lei submetidos à sua apreciação. 
b) inconstitucional, pois os vereadores não podem apresentar emendas aos projetos de 
lei de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo. 
c) constitucional, já que o vício surgido com a inserção da emenda aditiva foi sanado com 
sanção do projeto pelo Prefeito Municipal, agente que detém iniciativa privativa na 
matéria. 
d) inconstitucional, pois a apresentação de emendas pelos vereadores não poderia ter 
acarretado o aumento da despesa pública. 
 
 
 
 
 
 
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16. Preocupados com a perda de competitividade do país no comércio exterior, um 
grupo de vinte e cinco senadores apresenta uma proposta de emenda 
constitucional estabelecendo alíquotas máximas para o imposto de exportação, de 
competência da União. Durante a discussão da proposta, o povo vai às ruas e 
ocorre uma grande onda de violência em diversas capitais do país. Apesar da 
grande instabilidade, a proposta continua a ser discutida. 
 É aprovado um substitutivo na Comissão de Constituição e Justiça do Senado 
Federal, que termina por ser rejeitado pelo Plenário. Ato contínuo à rejeição, o 
Senado Federal, na mesma sessão legislativa, aprova a proposta original, em dois 
turnos de votação, pelo voto de três quintos dos respectivos membros, o mesmo 
ocorrendo na Câmara dos Deputados. Por fim, é promulgada a emenda 
constitucional. 
À luz dos limites e dos requisitos a serem observados durante o processo de 
reforma constitucional, conforme disciplina estabelecida pela Constituição da 
República Federativa do Brasil, é correto afirmar que a emenda assim promulgada 
é inconstitucional, na medida em que: 
a) foram violados os limites materiais para a reforma da Constituição. 
b) não foram observados o quórum exigido e o número adequado de turnos de votação. 
c) foram violados os limites circunstanciais para a emenda da Constituição. 
d) a proposta não foi apresentada por nenhum dos legitimados previstos na ordem 
constitucional. 
 
17. A Constituição de determinado Estado dispôs sobre a competência originária do 
Tribunal de Justiça para processar e julgar os mandados de segurança impetrados 
contra atos de certas autoridades. Em um caso concreto, o Tribunal de Justiça 
julgou improcedente o pedido formulado em sede de mandado de segurança. 
 
 
 
 
 
 
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À luz da sistemática instituída pela Constituição da República Federativa do Brasil, 
é correto afirmar que o acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça, no exercício 
dessa competência originária, é suscetível de ser impugnado via: 
a) recurso extraordinário endereçado ao Supremo Tribunal Federal. 
b) recurso ordinário endereçado ao Supremo Tribunal Federal. 
c) recurso especial endereçado ao Superior Tribunal de Justiça. 
d) recurso ordinário endereçado ao Superior Tribunal de Justiça. 
 
18. Na Federação brasileira, a União exerce certas competências legislativas 
concorrentes com outros entes federativos, o que exige um nível mínimo de 
harmonização entre as distintas esferas de governo. Considerando a sistemática 
constitucional, é correto afirmar que, nessa esfera de competências: 
a) a União possui competência plena, enquanto não editadas as normas específicas dos 
Estados; 
b) a União e os Estados devem observar as normas gerais constantes da Constituição 
Federal; 
c) a superveniência da legislação estadual revoga a norma editada pela União que se 
mostre incompatível; 
d) os Estados possuem competência plena, enquanto a União não editar as normas 
gerais. 
 
19. Considerando os referenciais de estabilidade e permanência da ordem 
constitucional, bem como os limites ao exercício do poder de reforma, é correto 
afirmar, em relação às emendas à Constituição da República Federativa doBrasil, 
que: 
a) a Constituição somente pode ser emendada por iniciativa de dois quintos dos 
membros do Congresso Nacional; 
b) não é possível a aprovação de emendas à ordem constitucional na vigência de estado 
de defesa; 
 
 
 
 
 
 
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c) as emendas somente podem ser promulgadas após terem sido aprovadas em três 
turnos de votação; 
d) cabe ao Congresso Nacional manter ou rejeitar o veto aposto pelo Presidente da 
República às propostas de emenda. 
 
20. Você, na condição de advogado (a) comprometido com os Direitos Humanos, foi 
procurado por José, que é paraplégico e candidato a vereador. A partir de denúncia 
feita por ele, você constatou que um outro candidato e desafeto de José, tem 
afirmado, em programa de rádio local, que não obstante José ser boa pessoa, o 
fato de ser deficiente o impede de exercer o mandato de forma plena, razão pela 
qual ele nem deveria ter a candidatura homologada pelo TRE. 
Com base na hipótese apresentada, assinale a opção que apresenta a resposta que, 
juridicamente, melhor caracteriza a situação. 
a) O problema é político e não jurídico. José deve ser aconselhado a reforçar sua 
campanha, a apresentar suas propostas aos eleitores e mostrar que sempre foi um 
cidadão ativo, de maneira a demonstrar que tem plena condição para o exercício de um 
eventual mandato, apesar de sua deficiência. 
b) A análise jurídica revela um problema restrito ao campo do Direito Civil. O fato é que o 
desafeto de José não o impediu de candidatar-se, assim não houve discriminação. O 
procedimento deve ser caracterizado apenas como dano moral, uma vez que José teve 
sua dignidade atacada. 
c) O fato evidencia crime de incitação à discriminação de pessoa em razão de deficiência, 
com o agravante de ter sido cometido em meio de comunicação, independentemente da 
caracterização ou não de dano moral. 
d) O caso é típico de colisão de princípios em que, de um lado, está o princípio da 
dignidade da pessoa humana e, do outro, o princípio da liberdade de expressão. Mas não 
há caracterização de ilícito civil nem de ilícito penal. 
 
 
 
 
 
 
 
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21. Maria deu entrada em uma maternidade pública já em trabalho de parto. 
Contudo, a falta de pronto atendimento levou a óbito tanto Maria quanto o bebê. 
Você foi contratado (a) pela família de Maria para advogar neste caso de grave 
violação de Direitos Humanos. Após algumas rápidas pesquisas na Internet, o pai e 
a mãe de Maria pedem que o caso seja imediatamente encaminhado para 
julgamento na Corte Interamericana de Direitos Humanos. 
Você, como advogado (a) da família, deve esclarecer que: 
a) é uma ótima ideia e vai peticionar para que o caso seja submetido à decisão da Corte, 
bem como tomar todas as providências para que o caso seja julgado o mais cedo 
possível. 
b) apesar de ser uma boa ideia, é necessário aguardar que hajam sido interpostos e 
esgotados os recursos de jurisdição interna para que a família possa submeter o caso à 
decisão da Corte. 
c) não é possível a família encaminhar o caso à Corte, pois somente os Estados Partes da 
Convenção Americana de Direitos Humanos e a Comissão Interamericana de Direitos 
Humanos têm direito de submeter um caso à decisão da Corte. 
d) não é possível que o caso seja encaminhado para decisão da Corte porque, embora o 
Brasil seja signatário da Convenção Americana dos Direitos Humanos, o país não 
reconheceu a jurisdição da Corte. 
 
22. Maria é aluna do sexto período do curso de Direito. Por convicção filosófica e 
política se afirma feminista e é reconhecida como militante de movimentos que 
denunciam o machismo e afirmam o feminismo como ideologia de gênero. Após 
um confronto de ideias com um professor em sala de aula e de chamá-lo de 
machista, Maria é colocada pelo professor para fora de sala e, posteriormente, o 
mesmo não lhe dá a oportunidade de fazer a vista de sua prova para um eventual 
pedido de revisão da correção, o que é um direito previsto no regimento da 
instituição de ensino. 
 
 
 
 
 
 
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Em função do exposto, e com base na Constituição da República, assinale a 
afirmativa correta. 
a) Maria foi privada de um direito por motivo de convicção filosófica ou política e, 
portanto, as autoridades competentes da instituição de ensino devem assegurar a ela o 
direito de ter vista de prova e, se for o caso, de pedir a revisão da correção. 
b) Houve um debate livre e legítimo em sala de aula e a postura do professor pode ser 
considerada "dura", mas não implicou nenhum tipo de violação de direito de Maria. 
c) Embora tenha havido um debate acerca de uma questão que envolve convicção 
filosófica ou política, não houve privação de direito já que a vista de prova e o eventual 
pedido de revisão da correção está contido apenas no regimento da instituição de ensino 
e não na legislação pátria. 
d) A solução do impasse instaurado entre a aluna e o professor somente pode acontecer 
mediante o diálogo entre as duas partes, em que cada um considere seus eventuais 
excessos, uma vez que o que houve foi um mero desentendimento e não uma violação 
de direito por convicção filosófica ou política. 
 
23. Uma agricultora japonesa residente no Brasil ingressou com ação perante a 
autoridade judiciária do Japão para cobrar indenização de seu principal fornecedor 
de pesticidas, a brasileira Ervas Daninhas S.A., alegando descumprimento dos 
termos de um contrato de fornecimento celebrado entre as partes. A agricultora 
recentemente obteve uma decisão interlocutória a seu favor, reconhecendo a 
Ervas Daninhas S.A. como devedora. 
Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta. 
a) A decisão da autoridade judiciária japonesa poderá ser executada no Brasil por meio 
de carta rogatória. 
b) A decisão interlocutória da autoridade judiciária japonesa poderá ser executada no 
Brasil, depois de homologada pelo Superior Tribunal de Justiça. 
 
 
 
 
 
 
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c) A decisão proferida pela autoridade judiciária japonesa não poderá produzir efeitos no 
Brasil, visto que apenas a autoridade brasileira poderá conhecer de ações relativas a 
bens situados no Brasil. 
d) A agricultora deverá aguardar o trânsito em julgado da decisão final da autoridade 
judiciária japonesa, para então proceder à sua homologação no Superior Tribunal de 
Justiça e execução na Justiça Federal. 
 
24. Thomas, nacional dos Estados Unidos, deseja passar as férias com a esposa 
Mary, canadense, no Brasil. Para tanto, o casal obteve visto de turista, na forma da 
legislação brasileira aplicável. Após meses de expectativa, é chegado o tempo de 
embarcar para o Brasil. 
A respeito da entrada e estada do casal no Brasil, assinale a afirmativa correta. 
a) Caso desejem fixar residência no Brasil, Thomas e Mary poderão pleitear a conversão 
de seu visto para permanente. 
b) Caso ultrapassem o prazo de estada no Brasil previsto em seus vistos, Thomas e Mary 
poderão ser expulsos do Brasil. 
c) Thomas e Mary poderão solicitar ao Ministério da Justiça a prorrogação de sua estada 
no Brasil por até 1 ano. 
d) Os vistos de turista concedidos a Thomas e a Mary configuram mera expectativa de 
direito, podendo sua entrada no território nacional ser obstada. 
 
25. Em relação ao ICMS incidente sobre o consumo de energia elétrica, a 
concessionária distribuidora de energia figura na relação jurídica tributária como: 
a) sujeito ativo; 
b) contribuinte de fato; 
c) substituto tributário; 
d) ente de colaboração. 
 
 
 
 
 
 
 
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26. NÃO integra (m) a base de cálculo do ICMS nas operações de importação de 
mercadorias: 
a) o imposto de importação e o imposto sobre produtos industrializados; 
b) a taxa de armazenagem e capatazia; 
c) a contribuição ao PIS e a COFINS incidente na importação; 
d) a Taxa de Utilização do SISCOMEX. 
 
27. De acordo com o Código Tributário Nacional, é correto afirmar que: 
a) o parcelamento do crédito tributário garante a expedição da certidão negativa de 
débitos fiscais; 
b) o pagamento do tributo não pode ser efetuado em cheque; 
c) a redução de base de cálculo configura isenção parcial; 
d) a anistia pode ser concedida limitadamente. 
 
28. São tributos classificados como indiretos, de competência da União, Estados e 
Municípios, respectivamente: 
a) Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de 
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação – ICMS, Imposto 
sobre serviços de qualquer natureza – ISS e Imposto sobre Propriedade Territorial Rural – 
ITR, quando cobrado pelos Municípios; 
b) Contribuições de intervenção no domínio econômico - CIDE, Imposto sobre operações 
relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação – ICMS e Imposto sobre serviços de 
qualquer natureza – ISS; 
c) Imposto sobre produtos industrializados – IPI, Imposto sobre a propriedade de 
veículos automotores – IPVA e Contribuição para o custeio da iluminação pública – 
COSIP, quando cobrada na conta de energia elétrica; 
d) Imposto sobre produtos industrializados – IPI, Imposto sobre operações relativas à 
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e 
 
 
 
 
 
 
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intermunicipal e de comunicação – ICMS e Imposto sobre serviços de qualquer natureza 
– ISS. 
 
29. A ocorrência de superfaturamento nas obras públicas brasileiras tem sido 
constantemente relatada na mídia, com consequências penais, cíveis e 
administrativas para todos os envolvidos. Em parte, isso ocorre porque os entes 
públicos cometem equívocos no momento do planejamento da obra, da elaboração 
dos projetos básico e executivo, do edital e do contrato. 
Para que as obras públicas sejam licitadas e executadas com eficiência, é 
necessário que: 
a) o projeto executivo seja considerado um encargo do contratado na licitação realizada 
sob a modalidade concorrência; 
b) haja disponibilidade de recursos financeiros que assegurem o pagamento das 
obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem executados; 
c) o edital preveja a obtenção de financiamentos pelos licitantes como condição 
obrigatória para a viabilidade da competição; 
d) o orçamento da obra seja detalhado em planilhas e expresse a composição de todos 
os seus custos unitários. 
 
30. Contrato administrativo celebrado com uma sociedade empresária do ramo da 
construção civil para a execução de obra pública foi objeto de dois termos aditivos. 
O primeiro promoveu acréscimo de 60% (sessenta por cento) e supressão de 45% 
(quarenta e cinco por cento) do valor atualizado do contrato. O segundo 
estabeleceu, a pedido do contratado, a modificação da garantia do contrato, com a 
substituição de títulos da dívida pública por uma garantia hipotecária. 
Sobre os referidos temas, a jurisprudência do Tribunal de Contas da União já se 
consolidou no sentido de que: 
 
 
 
 
 
 
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a) em relação ao primeiro termo aditivo, não haveria óbice jurídico, já que a alteração 
final foi de 15% (quinze por cento), não tendo ocorrido a superação do limite legal de 
25% (vinte e cinco por cento); 
b) em relação ao primeiro termo aditivo, haveria óbice jurídico em razão da supressão 
resultante de acordo entre as partes ultrapassar o limite de 25% (vinte e cinco por 
cento); 
c) em relação ao primeiro termo aditivo, haveria óbice jurídico porque acréscimos e 
supressões devem ser contabilizados isoladamente, sem qualquer compensação, tendo 
sido ultrapassado o limite de 25% (vinte e cinco por cento); 
d) em relação ao segundo termo aditivo, haveria óbice jurídico em razão da 
impossibilidade legal de substituição da garantia durante a execução do contrato. 
 
31. No julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 16, o Supremo 
Tribunal Federal declarou a constitucionalidade do § 1°, do artigo 71, da Lei nº 
8.666/93, cujo teor é o seguinte: A inadimplência do contratado com referência aos 
encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a 
responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou 
restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o 
registro de imóveis. Considerando a orientação fixada na decisão do Supremo 
Tribunal Federal e a sua repercussão no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho, 
deve a Administração Pública em relação aos encargos trabalhistas dos 
empregados das empresas terceirizadas: 
a) responder subsidiariamente pelos encargos trabalhistas resultantes da execução do 
contrato, independentemente do cumprimento da sua obrigação legal e contratual de 
fiscalização; 
b) responder solidariamente pelos encargos trabalhistas dos contratados, a fim de evitar 
prejuízos aos seus empregados; 
c) responder subsidiariamente pelos encargos trabalhistas do contratado, ainda que não 
tenha participado da relação processual ou constado do título executivo; 
 
 
 
 
 
 
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d) responder subsidiariamente pelos encargos trabalhistas do contratado, caso 
evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento da sua obrigação legal e contratual 
de fiscalização. 
 
32. Um agricultor mantém, durante mais de 20 (vinte) anos, a utilização de bem 
público sem destinação específica, sendo surpreendido com a invasão do bem por 
outro particular. Ajuíza, então, ação de reintegração de posse em face do invasor. 
Para o desfecho do caso, é correto afirmar que: 
a) o ocupante de bem público deve ser considerado mero detentor do imóvel, sem 
legitimidade para pleitear proteção possessória, embora deva ser indenizado por 
benfeitorias realizadas; 
b) não pode haver posse de particular sobre bem público, devendo ser julgada 
improcedente a ação, sem prejuízo de posterior demanda da Administração Pública em 
face do particular que explorou o bem indevidamente, fundada na vedação ao 
enriquecimento sem causa; 
c) o pedido de reintegração de posse deve ser considerado juridicamente impossível, 
tendo em vista que, como a área objeto da disputa se encontra situada em terra pública, 
não há direito de posse a ser disputado entre os particulares; 
d) deve ser reconhecida a possibilidade de tutela possessória sobre terras públicas sem 
destinação específica, sendo certo que tal proteção, condicionada à promoção da função 
social da posse pelo possuidor, não altera a titularidade dominial do bem. 
 
33. Com objetivo de desenvolver e expandir o fornecimento de energia elétrica em 
determinado município, a Administração Pública verifica ser necessária a passagem 
de fios de eletricidade por determinada propriedade privada, impondo ao 
particular o dever de suportar a conduta de instalação e utilização de parte de seu 
bem imóvel. 
Sobre a hipótese, assinale a opção que indica a modalidade correta de intervenção 
do Estado na propriedade privada. 
 
 
 
 
 
 
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a) Tombamento 
b) Limitação administrativa 
c) Ocupação temporária 
d) Servidão administrativa 
 
34. Força-tarefacomposta pelo Ministério Público Estadual, Polícia Civil e 
Secretaria Estadual da Fazenda realizou operação para coibir sonegação fiscal. Com 
o cumprimento de mandados judiciais de busca e apreensão, de condução 
coercitiva e de prisão, os agentes públicos apreenderam diversos produtos por 
falta de pagamento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). 
Após autorização judicial, o Governo Estadual decidiu alienar esses produtos que 
foram legalmente apreendidos. Cumpridas as formalidades legais, a venda de tais 
produtos deverá ocorrer mediante: 
a) licitação, na modalidade concorrência; 
b) licitação, na modalidade convite; 
c) licitação, na modalidade leilão; 
d) prévia autorização legislativa, por concurso. 
 
35. Com o objetivo de instalar Unidade de Pronto Atendimento - UPA, o Estado do 
Rio de Janeiro desapropria imóvel rural que pertencia a Fabio. Apesar de o imóvel 
estar localizado em área de Reserva Legal, Fabio nunca registrou essa limitação no 
Cartório de Registro de Imóveis ou no órgão ambiental responsável pelo Cadastro 
Ambiental Rural - CAR. 
Diante da situação, o Ministério Público Estadual propõe Ação Civil Pública em face 
do Estado do Rio de Janeiro, para que esse seja condenado a registrar a Reserva 
Legal localizada na área desapropriada, tendo em vista que a propriedade abriga 
importantes exemplares da fauna e flora atlânticas. Sobre a hipótese, é correto 
afirmar que o Estado: 
 
 
 
 
 
 
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a) tem o dever de registrar a área de Reserva Legal, uma vez que a limitação imposta se 
caracteriza como propter rem, podendo o Estado, nos percentuais mínimos exigidos por 
Lei, livremente definir a sua área de localização dentro da área desapropriada; 
b) tem o dever de registrar a área de Reserva Legal, porém, após o registro no órgão 
ambiental responsável, a UPA não poderá ser instalada na propriedade, uma vez que não 
se admite intervenção humana atípica dentro de Reserva Legal; 
c) tem o dever de registrar a área de Reserva Legal, sendo admitido o cômputo das Áreas 
de Preservação Permanente no cálculo do percentual da Reserva Legal do Imóvel; 
d) não está legalmente obrigado a registrar a área de Reserva Legal, uma vez que a área 
foi desapropriada com o objetivo de implantação de serviço de saúde essencial para a 
população. 
 
36. Um projeto de lei é apresentado na Câmara de Vereadores do Município XYZ, 
delegando ao Estado competência para promover licenciamento ambiental das 
atividades ou empreendimentos localizados em unidades de conservação 
instituídas pelo Município XYZ, inclusive em áreas de preservação ambiental. 
É correto afirmar que esse projeto de lei: 
a) não é válido, uma vez que a atividade de licenciamento ambiental de competência do 
Município XYZ somente pode ser delegada ao Estado mediante convênio; 
b) não é válido, uma vez que o Município XYZ não tem competência para promover 
licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos localizados em unidades 
de conservação, mesmo que instituídas pelo próprio Município XYZ e, 
consequentemente, não pode delegar tal competência; 
c) não é válido, uma vez que o Município XYZ não pode delegar competência para 
promover licenciamento ambiental, atividade típica de poder de polícia 
constitucionalmente atribuída, sob pena de violação ao princípio federativo; 
d) é válido, desde que mantida a competência do Município XYZ para promover atos de 
fiscalização ambiental, bem como haja a limitação temporal de 2 (dois) anos na 
delegação de competência ao Estado. 
 
 
 
 
 
 
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37. Adriano, 15 anos de idade, modelo de grande sucesso, com vários contratos 
com grifes internacionais, fotografado em capas de revistas de moda nacionais e 
internacionais, com evidente independência financeira, sai para passear na orla da 
cidade do Rio de Janeiro com seu cachorro da raça pitbull. Acontece que o animal, 
irritado com o barulho causado por um grupo de crianças que estavam em 
excursão escolar, consegue se soltar da coleira e morde três meninos, causando-
lhes sérias lesões físicas e estéticas. 
Considerando que os pais de Adriano são pessoas de origem humilde e não 
dispõem de meios para arcar com a indenização, é correto afirmar que Adriano: 
a) apesar de menor absolutamente incapaz, responde civilmente pelos danos causados, 
da mesma forma que uma pessoa plenamente capaz; 
b) apesar de menor absolutamente incapaz, responde civilmente pelos danos causados, 
devendo ser arbitrado valor equitativo de indenização; 
c) não tem responsabilidade civil, por se tratar de menor absolutamente incapaz; 
d) somente poderá ser responsabilizado por ser emancipado, já que tem economia 
própria em decorrência de sua atividade profissional, respondendo da mesma forma que 
uma pessoa plenamente capaz. 
 
38. João e Pedro celebram contrato no qual João se obriga a fornecer a Pedro, 
mensalmente, 30 (trinta) quilos em fios de lã, mediante remuneração de R$ 
6.000,00 (seis mil reais). Fixam as partes cláusula penal moratória no valor de R$ 
1.000,00 (mil reais), a incidir sempre que houver mora na prestação mensal. 
Ajustam, ainda, cláusula penal compensatória no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil 
reais). Em agosto, segundo mês de execução do contrato, João não realiza a 
entrega do material, o que leva Pedro a cobrar a prestação juntamente com a 
cláusula penal moratória. Em setembro, João, ainda inadimplente, deixa, 
novamente, de realizar a entrega, e Pedro reitera a cobrança. Antes que fosse 
 
 
 
 
 
 
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devida a prestação de outubro, Pedro, buscando evitar o agravamento dos 
prejuízos já suportados, notifica João e resolve o contrato. 
Em seguida, propõe ação de cobrança, na qual poderá apenas contemplar: 
a) o valor da cláusula penal compensatória, de R$ 5.000,00 (cinco mil reais); 
b) o valor da cláusula penal compensatória, de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), mais perdas 
e danos, desde que comprove que os prejuízos superam o valor da multa compensatória; 
c) o valor da cláusula penal compensatória, de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), e a entrega 
dos 60 (sessenta) quilos em fios de lã, correspondentes às últimas duas prestações 
(vencidas e pagas); 
d) o valor da cláusula penal compensatória, de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), além da 
entrega dos 60 (sessenta) quilos em fios de lã, correspondentes às últimas duas 
prestações (vencidas e pagas), e, ainda, R$ 2.000,00 (dois mil reais) em razão das multas 
moratórias relativas às prestações dos meses de agosto e setembro. 
 
39. Em condomínio edilício, verificou-se o uso exclusivo de área comum, durante 
mais de 30 (trinta) anos, por condôminos proprietários de duas unidades 
autônomas, sendo estes os únicos com acesso ao local, contando também com 
autorização do condomínio por deliberação em assembleia e tendo realizado 
diversas benfeitorias no local. 
Diante da pretensão do condomínio de retomar a área comum, alegando interesse 
na construção de estacionamento, a solução adequada, de acordo com a 
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, consiste em: 
a) declarar a aquisição da propriedade da área comum pelos condôminos em razão da 
usucapião, tendo em vista o período superior a 30 (trinta) anos em que exerceram a 
posse sobre o bem; 
b) garantir a retomada da área comum pelo condomínio, vez que posse exercida por 
coproprietários de unidades autônomas sobre área comum não é dotada de animus 
domini e, portanto, não pode gerar a aquisição por usucapião; 
 
 
 
 
 
 
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c) garantir a retomada da área comum pelo condomínio,com a indenização de 
benfeitorias realizadas pelos proprietários que a utilizaram com exclusividade; 
d) manter a situação dos proprietários das unidades autônomas sobre a área comum, 
por aplicação do princípio da boa-fé objetiva, que incide para tutelar a legítima 
expectativa dos proprietários que, por mais de 30 (trinta) anos, utilizaram com 
exclusividade a área com autorização da assembleia. 
 
40. Joana, comerciante, celebra verbalmente com Sapatos e Acessórios Ltda. 
contrato de compra e venda de lote contendo 105 (cento e cinco) pares de sapatos, 
no valor total de R$ 4.000,00. Recebidos os sapatos, Joana começa a revendê-los 
em sua loja, mas percebe que os 6 (seis) primeiros pares vendidos apresentaram 
defeito (quebra do salto), sendo devolvidos pelos consumidores. 
Diante desse cenário, é correto afirmar que: 
a) se trata de vício do produto, regulado pelo Código de Defesa do Consumidor, sendo 
garantido a Joana pleitear, à sua escolha, a substituição do produto por outro da mesma 
espécie, a restituição imediata da quantia paga, sem prejuízo de eventuais perdas e 
danos, ou o abatimento proporcional do preço; 
b) se trata de vício redibitório, regulado pelo Código Civil, podendo Joana redibir todo o 
lote, não se sujeitando ao mero abatimento no preço dos sapatos que, 
comprovadamente, apresentaram vício oculto; 
c) o contrato encontra-se maculado por erro substancial quanto à qualidade essencial do 
objeto, podendo Joana postular sua anulação, com o retorno à situação original; 
d) se trata de vício redibitório, regulado pelo Código Civil, e Joana poderá devolver os 6 
(seis) pares de sapatos defeituosos, com o abatimento proporcional do preço, mas não 
poderá redibir todo o lote, considerando o baixo percentual de pares de sapatos que 
apresentaram defeito, a atrair a incidência do art. 503 do Código Civil, segundo o qual, 
“nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma não autoriza a rejeição de 
todas”. 
 
 
 
 
 
 
 
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41. Semprônio morre sem deixar herdeiros legitimários. Em seu testamento, deixa 
seu único bem, um imóvel rural de 40 (quarenta) hectares, para Túlio, que renuncia 
à herança. Duas semanas após o falecimento de Semprônio, Caio invade o imóvel e 
nele passa a residir com sua família, cultivando a terra para seu sustento. Oito 
anos após o falecimento de Semprônio, depois de praticadas as diligências de 
arrecadação, ultimado o inventário e realizadas as formalidades exigidas, a 
herança é declarada vacante. O Estado, então, pretende obter a posse do bem 
imóvel que teria adquirido. 
Sobre a questão, é correto afirmar que: 
a) a partir da renúncia de Túlio, a administração do patrimônio passa a um curador que 
representa os interesses do Estado, inviabilizando, portanto, a posse ad usucapionem, de 
modo que o Estado, tornando-se proprietário do bem, poderá ser imitido na posse; 
b) o Estado não poderá obter a posse do bem, pois, embora a posse exercida por Caio 
não seja, efetivamente, ad usucapionem, a função social da posse permite reconhecer a 
Caio e sua família o direito de permanecer no imóvel enquanto este lhes sirva de 
residência e fonte de subsistência; 
c) o bem foi adquirido por Caio, tendo em vista que o bem integrante de herança jacente 
só é devolvido ao Estado com a sentença de declaração da vacância, sujeitando-se, até 
aquele momento, à aquisição por usucapião; 
d) jamais exerceu-se posse sobre o bem após o falecimento de Semprônio, considerando 
que, sendo o bem público na hipótese de falecimento sem herdeiros legitimários, Caio 
exerceu mera detenção, podendo o Estado, com a declaração de vacância, imitir-se na 
posse. 
 
42. Tício, costureiro renomado, celebra, em dezembro de 1998, contrato de compra 
e venda para a aquisição de equipamento importado, de alta tecnologia, destinado 
à confecção. O valor avençado com o vendedor do equipamento foi de US$ 
50.000,00 (cinquenta mil dólares americanos), parcelado em 5 (cinco) prestações 
de US$ 10.000,00 (dez mil dólares americanos) cada uma. A primeira, com 
 
 
 
 
 
 
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vencimento 2 (dois) meses após a assinatura do contrato, e a última, a 10 (dez) 
meses desta. Diante da maxidesvalorização do real em face do dólar, ocorrida a 
partir de janeiro de 1999, Tício paga apenas a primeira parcela, ingressando em 
seguida com ação judicial pleiteando a revisão do contrato mediante a aplicação da 
teoria da imprevisão, para a alteração das cláusulas de modo a converter as 
parcelas para moeda nacional, com observância do Índice Nacional de Preços ao 
Consumidor - INPC. 
Seguindo a orientação consolidada no Superior Tribunal de Justiça, quanto à 
pretensão de Tício, é correto afirmar que: 
a) deve ser privilegiado o conteúdo originalmente ajustado, negando-se a revisão 
contratual, já que, não obstante o fato imprevisível que alterou a base do contrato de 
compra e venda, a função social do contrato impõe a manutenção dos contratos 
firmados em moeda estrangeira, privilegiando o interesse coletivo de garantir eficiência 
máxima às trocas econômicas; 
b) deve ser aplicado o princípio do equilíbrio contratual, de modo que a superveniência 
de fato, imprevisível ou não, que determine desequilíbrio na relação contratual diferida 
ou continuada, afigura-se suficiente para que se reconheça a possibilidade de revisão do 
contrato; 
c) embora inaplicável o Código de Defesa do Consumidor, deve ser aplicada a teoria da 
imprevisão, conforme previsto no artigo 317 do Código Civil, tendo em vista a ocorrência 
de mudança superveniente das circunstâncias iniciais vigentes à época da realização do 
negócio, oriunda de evento imprevisível, que comprometeu o valor da prestação; 
d) a teoria da imprevisão não deve ser aplicada ao caso, já que a variação cambial 
integra, nos contratos firmados com base na cotação da moeda norte-americana, o risco 
objetivo da contratação, especialmente ao se considerar o histórico inflacionário do país 
na década de 1990. 
 
43. Fábio comprometeu-se a doar uma casa aos noivos Roberto e Carla, desde que 
viessem a contrair matrimônio. 
 
 
 
 
 
 
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Um mês antes do casamento, Carla descobriu que o vizinho do imóvel vem 
danificando o bem de Fábio, podendo a continuação destruir o imóvel. 
Diante do ocorrido, assinale a afirmativa correta. 
a) Roberto e Carla nada poderão fazer, visto que só possuem uma mera expectativa de 
direito, sendo de Fábio a legitimidade para a propositura de qualquer ação. 
b) Roberto e Carla poderão promover ação judicial que impeça o ato do vizinho, visto 
que o termo inicial gera a aquisição do direito. 
c) Fábio, Roberto e Carla não poderão promover ação judicial, pois será preciso aguardar 
a realização do casamento para a propositura da ação. 
d) Roberto e Carla poderão agir, inclusive judicialmente, pois ao titular do direito 
eventual, nos casos de condição suspensiva, é permitido praticar os atos destinados a 
conservá-lo. 
 
44. Pedro, com 11 anos de idade, e Paulo, com 12, foram encontrados no banheiro 
de uma escola pública, quebrando os espelhos e as tampas dos vasos sanitários. 
À luz do ordenamento jurídico vigente, assinale a opção que indica a medida a ser 
adotada pela Direção Escolar. 
a) Os alunos praticaram ato infracional. Assim, deverão ser encaminhados para a 
Delegacia Especializada, para a apuração de suas responsabilidades. 
b) Os alunos praticaram ato infracional. Pedro deverá ser encaminhado ao Conselho 
Tutelar e Paulo, para a Delegacia Especializada. 
c) Os alunos não praticaram ato infracional. Assim, deverão ser encaminhados ao 
ConselhoTutelar, para a aplicação de medidas de proteção. 
d) Os alunos não praticaram ato infracional. Assim, a Direção Escolar deverá resolver 
internamente o problema, convocando os pais ou responsáveis, para que a conduta não 
se repita. 
 
45. A fim de garantir a proteção integral à criança e ao adolescente, o Estatuto da 
Criança e do Adolescente (ECA) cria o Conselho Tutelar, ao qual compete: 
 
 
 
 
 
 
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a) estabelecer políticas de atendimento e acompanhamento psicossocial às famílias de 
crianças e adolescentes em conflito com a lei; 
b) substituir os pais na presença do juiz, particularmente no que diz respeito à 
administração da vida da criança ou do adolescente; 
c) zelar pelo cumprimento, avaliação e formulação de projetos constantes nas medidas 
socioeducativas em caráter permanente; 
d) assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para 
planos e programas de atendimento aos direitos da criança e do adolescente. 
 
46. Eduardo adquiriu um automóvel zero km, com prazo de garantia de dois anos. 
Dois meses após a compra, Eduardo seguia com o veículo em velocidade 
moderada, dirigindo com a devida cautela, quando a barra de direção quebrou em 
virtude de um defeito de fabricação, causando um acidente que vitimou apenas o 
próprio Eduardo, que sofreu fraturas no braço direito e na perna esquerda, além 
de uma série de escoriações. Constatado o problema, Eduardo somente ajuizou a 
ação perante a montadora do automóvel dois anos após o ocorrido. 
Sobre o caso, é correto afirmar que: 
a) tratando-se de hipótese de vício do produto, não há como responsabilizar o fabricante 
do veículo, já que a ação somente foi ajuizada após o decurso do prazo de garantia legal 
do bem; 
b) tratando-se de hipótese de vício do produto, há como responsabilizar o fabricante do 
veículo, já que a ação foi ajuizada dentro da soma dos prazos de garantia legal e de 
garantia convencional do bem; 
c) tratando-se de hipótese de fato do produto, há como responsabilizar o fabricante do 
veículo, já que a ação foi ajuizada dentro da soma dos prazos de garantia legal e de 
garantia convencional do bem; 
d) tratando-se de hipótese de fato do produto, há como responsabilizar o fabricante do 
veículo, já que a ação foi ajuizada dentro do prazo prescricional. 
 
 
 
 
 
 
 
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47. Foi veiculada publicidade de determinado fabricante de automóveis afirmando 
que, na compra de certo modelo, o comprador ganharia uma viagem para Nova 
Iorque, com acompanhante, incluindo passagem aérea, estadia em Hotel quatro 
estrelas e traslado. 
Ferdinaldo, motivado pela propaganda, foi até a concessionária e, após negociar o 
preço e as condições de pagamento, adquiriu o veículo. Nada foi mencionado a 
respeito da viagem. Alguns dias depois Ferdinaldo retornou à concessionária para 
agendar sua viagem em companhia de sua esposa, quando foi informado de que 
não teria direito ao benefício por não ter sido pactuado no momento da compra do 
carro. 
Sobre o caso, é correto afirmar que Ferdinaldo: 
a) tem direito à viagem, já que a publicidade obriga o fornecedor e integra o contrato, 
independentemente de ter constado dos seus termos; 
b) não tem direito à viagem, já que não houve inclusão expressa da mesma no momento 
do contrato, devendo prevalecer o princípio da relatividade dos contratos; 
c) não tem direito à viagem, já que não houve inclusão expressa da mesma no momento 
do contrato, devendo prevalecer o princípio da obrigatoriedade dos contratos; 
d) tem direito à viagem, desde que pague pelo seu custo, funcionando a fabricante tão 
somente como agente de turismo. 
 
48. Acerca do direito a voto nas sociedades anônimas, é correto afirmar que: 
a) o direito de voto da ação gravada com o direito real de usufruto, se não for regulado 
no ato do gravame, somente poderá ser exercido se acordado previamente entre o 
proprietário e o usufrutuário; 
b) o credor que é garantido por alienação fiduciária de ação poderá exercer o direito de 
voto; 
c) o acionista só pode ser responsabilizado por danos causados pelo exercício abusivo do 
direito de voto, quando esse voto houver prevalecido em detrimento dos demais; 
 
 
 
 
 
 
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d) não é necessária a apresentação de laudo de avaliação de um bem que formará o 
capital social, quando os subscritores das ações forem condôminos comuns desse bem. 
 
49. Gilberto é eleito para ocupar cargo de administrador da Gilbs Livros Juntos 
Ltda. Todavia, após um ano, Gilberto descobre severa doença, que o leva a 
renunciar ao cargo. 
Sobre a renúncia de Gilberto, é correto afirmar que, em relação à sociedade, ela 
torna-se eficaz quando: 
a) a renúncia é publicada duas vezes em jornais de grande circulação distintos; 
b) novo administrador é designado para ocupar o cargo de Gilberto; 
c) os sócios ratificam o ato de renúncia de Gilberto; 
d) a sociedade toma conhecimento da comunicação escrita do renunciante. 
 
50. Alimentos Alcobaça Ltda. ME sacou duplicata de venda no valor de R$ 3.700,00 
(três mil e setecentos reais) em face de S. de Toledo EIRELI. A duplicata não foi 
remetida ao aceite do sacado e, após o vencimento, o sacador pretendeu cobrá-la 
judicialmente apresentando tão somente o comprovante de entrega do produto 
vendido. 
Sobre a duplicata, nas condições descritas, é correto afirmar que: 
a) é título executivo extrajudicial, porque o credor comprovou o vínculo obrigacional que 
motivou o saque; 
b) não é título executivo extrajudicial, porque não foi levada a protesto por falta de 
pagamento, apesar de existir documento comprovando a entrega da mercadoria; 
c) não é título executivo extrajudicial, porque o vendedor não a remeteu ao sacado para 
aceite, apesar de existir documento comprovando a entrega da mercadoria; 
d) é título executivo extrajudicial, porque se trata de título de crédito formal e abstrato, 
bastando para sua validade e executividade a assinatura do sacador. 
 
 
 
 
 
 
 
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51. Salto Frigorífico Ltda. EPP requereu sua recuperação judicial perante o juízo da 
comarca de Vera, tendo o pedido sido processado por deferimento do juiz. 
Com o processamento, em relação às ações de execução fiscal ajuizadas pela 
Fazenda Pública em face da sociedade empresária, assinale a afirmativa correta. 
a) As execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo deferimento do 
processamento da recuperação judicial, ressalvada a concessão de parcelamento nos 
termos do Código Tributário Nacional e da legislação ordinária específica. 
b) As execuções fiscais, diante do juízo universal na recuperação judicial no lugar do 
principal estabelecimento da sociedade empresária, ficam suspensas com o deferimento 
do processamento, cabendo à Fazenda Pública pleitear a reserva do crédito tributário 
c) As execuções fiscais ficarão suspensas por, no máximo, 180 dias, contados do 
processamento da recuperação, restabelecendo-se, após o decurso do prazo, o direito 
de a Fazenda Pública continuar suas ações e execuções, independentemente de 
pronunciamento judicial. 
d) As execuções de natureza fiscal referentes a tributos cujos fatos geradores são 
anteriores ao pedido de recuperação judicial ficarão suspensas até a concessão da 
recuperação; as ações referentes a tributos cujos fatos geradores ocorram após o pedido 
de recuperação poderão ser normalmente ajuizadas. 
 
52. Carlinda, domiciliada em Acorizal, emitiu um cheque nominal em favor de 
Denise para pagamento na praça de Pontes, mesmo lugar de emissão. Antes da 
apresentação a pagamentoe no prazo legal, o cheque foi endossado para Cláudia. 
Essa o apresentou ao sacado para pagamento. 
Com base nessas informações, sobre o protesto de cheque, assinale a afirmativa 
correta. 
a) O cheque deve ser apresentado a protesto até o primeiro dia útil seguinte ao da 
apresentação a pagamento, sob pena de perder o portador a pretensão à execução do 
cheque em face dos endossantes e seus avalistas. 
 
 
 
 
 
 
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b) O protesto de cheque poderá ser lavrado em Pontes ou em Acorizal, devendo constar 
do cheque a prova de apresentação ao sacado, salvo se o protesto tiver por finalidade 
instruir medidas pleiteadas contra o estabelecimento de crédito. 
c) A não apresentação do cheque a protesto ensejará a perda do direito de ação em face 
de Carlinda, se esta tinha fundos disponíveis durante o prazo de apresentação, e os 
deixou de ter em razão de fato que não lhe seja imputável. 
d) A declaração do sacado, escrita e datada sobre o cheque, com indicação do dia de 
apresentação, ou, ainda, por declaração escrita e datada por câmara de compensação, 
dispensa o protesto em relação à cobrança do obrigado principal, mas não em face dos 
coobrigados. 
 
53. No que se refere ao mandado de segurança, é correto afirmar que: 
a) a sentença concessiva da ordem está sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório, 
podendo ser impugnada por recurso de apelação, interponível, inclusive, pela autoridade 
impetrada; 
b) a inobservância do prazo de cento e vinte dias para a sua impetração importa na 
decadência, e a sentença que a reconhece, após transitar em julgado, impede a 
formulação do mesmo pedido, amparado na mesma causa petendi, ainda que venha a 
ser adotado o rito comum; 
c) a execução da sentença concessiva da ordem pode abarcar vantagens pecuniárias 
vencidas no curso da demanda, a contar da data da edição do ato impugnado; 
d) o procedimento do “writ”, diante de seu status constitucional, admite a inspeção 
judicial, desde que imprescindível à comprovação das alegações autorais. 
 
54. Determinada empresa propõe execução de título extrajudicial em face da 
Fazenda Pública estadual, afirmando-se credora da quantia representada no 
contrato de fornecimento de produtos, exibindo a prova de sua entrega. 
Nesse caso, é correto afirmar que: 
 
 
 
 
 
 
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a) a execução não pode estar aparelhada com contrato que preveja obrigações 
sinalagmáticas, pois a exigibilidade do crédito exequendo depende da prova do 
cumprimento da obrigação correspondente, o que exige atividade de conhecimento; 
b) o credor que dispõe de título executivo extrajudicial não pode se valer da ação de 
conhecimento para cobrança do crédito, por falta de interesse, vez que já tem o título 
que lhe permite requerer diretamente a atividade jurisdicional executiva; 
c) uma vez oferecidos os embargos à execução pela Fazenda Pública e julgados 
improcedentes pelo Juízo de origem, já será possível dar início à expedição de precatório 
ou do ofício requisitório, tendo em vista que o recurso cabível contra a sentença não tem 
efeito suspensivo; 
d) tendo a Fazenda Pública alegado a nulidade do título executivo nos embargos à 
execução, fica a parte exequente impedida de desistir unilateralmente da execução, não 
obstante manifeste expressamente a sua concordância com o pagamento de todas as 
verbas de sucumbência. 
 
55. Em sede de ação indenizatória movida em face do Estado do Rio de Janeiro, no 
âmbito de suas fases de saneamento e de instrução, é correto afirmar que: 
a) a revelia do ente público não induz à presunção de veracidade das alegações 
formuladas pelo autor e, assim, incumbirá naturalmente ao autor o ônus da prova de 
todas as questões fáticas que se tornarem controvertidas no processo; 
b) a resposta apresentada pelo Estado do Rio de Janeiro, tornando controvertida a 
fundamentação da pretensão deduzida pelo autor, afasta a possibilidade de julgamento 
antecipado parcial do mérito; 
c) havendo a necessidade de solução de questões técnicas que demandam perícia, e 
tendo o Juízo de origem invertido o ônus da prova em desfavor do Estado do Rio de 
Janeiro, a decisão somente poderá ser impugnada na apelação, notadamente porque 
não haveria interesse na imediata apreciação da matéria pelo Tribunal, pois a Fazenda 
Pública é isenta do ônus de adiantar as despesas com a perícia; 
 
 
 
 
 
 
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d) se a questão controvertida envolver a falsidade de assinatura lançada em documento 
apresentado pelo autor, conforme alegação veiculada pela Fazenda Pública em sua 
defesa, o ônus da prova da autenticidade recairá sobre o autor. 
 
56. Diante da disciplina recursal estabelecida na Lei nº 13.105/2015, é correto 
afirmar que: 
a) foi mantida a possibilidade de sustentação oral na sessão de julgamento do recurso de 
apelação, apenas aumentando o prazo de quinze para vinte minutos para cada expositor; 
b) é cabível a sustentação oral no julgamento de agravo interno interposto contra a 
decisão monocrática do relator que indefere a petição inicial de ação rescisória; 
c) para o prosseguimento no julgamento da apelação, consoante a técnica prevista no 
artigo 942, é necessário que o voto majoritário na divergência esteja em sentido oposto 
à tese adotada na sentença; 
d) a sentença proferida na primeira fase da ação de exigir contas produz efeitos logo 
após a sua publicação, pois a respectiva apelação não tem efeito suspensivo. 
 
57. A respeito do processo de execução, assinale a afirmativa incorreta. 
a) A escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor, o documento 
particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas e o contrato de seguro de 
vida em caso de morte são títulos executivos extrajudiciais. 
b) O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos 
diferentes, quando o executado for o mesmo e desde que, para todas elas, seja 
competente o mesmo juízo e idêntico o procedimento. 
c) A necessidade de simples operações aritméticas para apurar o crédito exequendo 
retira a liquidez da obrigação constante do título. 
d) A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo 
processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial. 
 
 
 
 
 
 
 
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58. A sociedade Palavras Cruzadas Ltda. ajuizou ação de responsabilidade civil em 
face de Helena e requereu o benefício da gratuidade de justiça, na petição inicial. 
O juiz deferiu o requerimento de gratuidade e ordenou a citação da ré. 
Como a autora não juntou qualquer documento comprobatório de sua 
hipossuficiência econômica, a ré pretende atacar o benefício deferido. 
Com base na situação apresentada, assinale a afirmativa correta. 
a) O instrumento processual adequado para atacar a decisão judicial é o incidente de 
impugnação ao benefício de gratuidade, que será processado em autos apartados. 
b) A ré alegará na contestação que não estão presentes os requisitos para o deferimento 
do benefício de gratuidade. 
c) A ré alegará na contestação que o benefício deve ser indeferido, mas terá que 
apresentar documentos comprobatórios, pois a lei presume verdadeira a alegação de 
insuficiência deduzida. 
d) O instrumento processual previsto para atacar a decisão judicial de deferimento do 
benefício é o agravo de instrumento. 
 
59. Após constatar a subtração de grande quantia em dinheiro do seu escritório 
profissional, João Carlos promoveu o devido registro na Delegacia própria, 
apontando como autor do fato o empregado Lúcio, já que possuía razões para 
desconfiardele, por ser o único que sabia da existência do dinheiro no cofre do 
qual foi subtraído. Instaurado o respectivo inquérito policial, Lúcio foi ouvido e 
comprovou não ter sido ele o autor da subtração, reclamando do constrangimento 
que passou com o seu indevido indiciamento. Por falta de justa causa, o inquérito 
foi arquivado a requerimento do Ministério Público. 
Diante da situação narrada, é correto afirmar que a conduta de João Carlos 
configura: 
a) fato típico, mas lícito; 
b) crime de denunciação caluniosa; 
c) crime de comunicação falsa de crime; 
 
 
 
 
 
 
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d) fato criminal atípico. 
 
60. O Código Penal, em seu artigo 107, prevê uma relação de causas de extinção de 
punibilidade, dentre as quais se destaca a prescrição. A doutrina tradicionalmente 
define prescrição como a perda pelo Estado do direito de aplicar sanção penal 
adequada ou de executá-la em razão do decurso do tempo. 
Sobre o tema, de acordo com as previsões do Código Penal e a jurisprudência 
majoritária do Superior Tribunal de Justiça, é correto afirmar que: 
a) o oferecimento da denúncia é causa interruptiva da prescrição; 
b) o maior de 60 anos terá o prazo prescricional computado pela metade; 
c) o início do cumprimento da pena interrompe o prazo da prescrição da pretensão 
punitiva; 
d) a pronúncia é causa interruptiva da prescrição, ainda que o Tribunal do Júri venha a 
desclassificar o crime em sessão plenária. 
 
61. Matheus, funcionário público, recebe em razão do exercício de sua função junto 
ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, diariamente, uma grande 
quantidade de dinheiro em espécie. Verificando que a vigilância não era 
significativa, decide se apropriar de parte dos valores, e, para tanto, solicita a 
ajuda de seu amigo Bruno, que não era funcionário público, mas tinha 
conhecimento de todo o plano delitivo de Matheus. Considerando a situação 
narrada e as características do delito de peculato, é correto afirmar que: 
a) o crime de peculato somente pode ser praticado em sua modalidade dolosa; 
b) por ser crime próprio, somente Matheus poderá ser denunciado pelo mesmo, já que 
funcionário público, enquanto Bruno não responderá por qualquer crime; 
c) apesar de ser crime praticado contra a Administração Pública, no crime de peculato os 
valores ou bens apropriados podem ser públicos ou particulares; 
 
 
 
 
 
 
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d) se a apropriação for de dinheiro recebido, no exercício do cargo, por erro de outrem, 
o crime será comum e não especial de funcionário contra a Administração, já que o 
particular é quem foi lesado. 
 
62. Em uma embarcação pública estrangeira, em mar localizado no território do 
Uruguai, o presidente do Brasil sofre um atentado contra sua vida pela conduta de 
João, argentino residente no Brasil, que conseguiu se infiltrar no navio passando-se 
por funcionário da cozinha, já planejando o cometimento do delito. O presidente 
do Brasil, porém, é socorrido e se recupera, enquanto João é identificado e preso 
na Bahia, um mês após os fatos. 
Considerando a situação narrada, sobre a aplicação da lei penal no espaço, é 
correto afirmar que a João: 
a) não pode ser aplicada a lei brasileira, já que o crime foi cometido no estrangeiro. 
b) poderá ser aplicada a lei brasileira, com base no princípio da territorialidade. 
c) poderá ser aplicada a lei brasileira, ainda que o autor do crime tenha sido absolvido ou 
condenado no estrangeiro. 
d) poderá ser aplicada a lei brasileira, desde que o autor do crime não seja julgado no 
estrangeiro. 
 
63. Diego e Júlio César, que exercem a mesma função, estão trabalhando dentro de 
um armazém localizado no Porto de Salvador, quando se inicia um incêndio no 
local em razão de problemas na fiação elétrica. Existe apenas uma pequena porta 
que permite a saída dos trabalhadores do armazém, mas em razão da rapidez com 
que o fogo se espalha, apenas dá tempo para que um dos trabalhadores saia sem 
se queimar. Quando Diego, que estava mais próximo da porta, vai sair, Júlio César, 
desesperado por ver que se queimaria se esperasse a saída do companheiro, dá um 
soco na cabeça do colega de trabalho e passa à sua frente, deixando o armazém. 
Diego sofre uma queda, tem parte do corpo queimada, mas também consegue sair 
 
 
 
 
 
 
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vivo do local. Em razão do ocorrido, Diego ficou com debilidade permanente de 
membro. 
Considerando apenas os fatos narrados na situação hipotética, é correto afirmar 
que a conduta de Júlio César: 
a) configura crime de lesão corporal grave, sendo o fato típico, ilícito e culpável. 
b) está amparada pelo instituto da legítima defesa, causa de exclusão da ilicitude. 
c) configura crime de lesão corporal gravíssima, sendo o fato típico, ilícito e culpável. 
d) está amparada pelo instituto do estado de necessidade, causa de exclusão da 
ilicitude. 
 
64. No dia 11/01/2010, Jean, nascido em 11/01/1992, praticou um crime de furto 
simples, razão pela qual foi denunciado como incurso nas sanções do Art. 
155, caput, do Código Penal. Em 25/01/2010, foi a inicial acusatória recebida, não 
sendo cabível a suspensão condicional do processo. Após o regular processamento 
do feito, diante da confissão de Jean, foi o mesmo condenado à pena mínima de 
um ano de reclusão, sendo a sentença condenatória publicada em 01/03/2012 e 
transitando em julgado. Jean dá início ao cumprimento da pena em 02/01/2014. 
Considerando a situação exposta, assinale a afirmativa correta. 
a) Ocorreu a prescrição da pretensão punitiva do Estado, devendo ser reconhecida a 
extinção da punibilidade. 
b) A condenação foi indevida, pois Jean não era imputável na data dos fatos. 
c) Ocorreu a prescrição da pretensão executória do Estado, devendo ser reconhecida a 
extinção da punibilidade. 
d) Não ocorreu a extinção da punibilidade, pois não foi ultrapassado o prazo de quatro 
anos entre os marcos interruptivos da prescrição. 
 
65. Paulo praticou determinada conduta prevista como crime, prevendo a 
legislação então vigente que a ação respectiva ostenta a natureza privada. Três 
meses depois do ocorrido, em razão de mudança legislativa, o crime praticado por 
 
 
 
 
 
 
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Paulo passou a ser de ação penal pública incondicionada. Um ano após os fatos 
criminosos, o Ministério Público ofereceu denúncia contra Paulo em razão daquele 
comportamento, tendo em vista que o ofendido não havia proposto queixa em 
momento anterior. 
De acordo com a situação acima exposta, é correto afirmar que o juiz deve: 
a) receber a denúncia, sendo o Ministério Público parte legítima, eis que a nova lei deve 
ser imediatamente aplicada; 
b) rejeitar a denúncia, eis que o Ministério Público não deflagrou a ação penal no prazo 
de seis meses; 
c) rejeitar a denúncia, porque especificamente o delito praticado por Paulo, apesar da 
alteração legislativa, continua sendo de ação penal privada, reconhecendo a prescrição; 
d) rejeitar a denúncia, porque especificamente o delito praticado por Paulo, apesar da 
alteração legislativa, continua sendo de ação penal privada, reconhecendo a decadência. 
 
66. No ano de 2013, a Constituição de determinado Estado brasileiro passa a prever 
que Procuradores do Estado e Procuradores da Assembleia Legislativa sejam 
julgados perante o Tribunal de Justiça pela prática de crimes comuns. Em 2016, no 
território dessa unidade federativa, Jorge, Procurador da Assembleia Legislativa 
Estadual, vem a cometer um crime de homicídio doloso contra a esposa. Já Tício, 
juiz de direito, no mesmo ano e local, foi autor

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