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Introdução à Filosofia (FL010) PROFESSOR: DIEGO ANDRES SALCEDO MONITOR: MARCÍLIO BEZERRA CRUZ Φ O que discutimos até então? Os diferentes modos de compreender “Filosofia” Apenas um olhar dentre a infinidade de olhares O amor desinteressado ao conhecimento (philos+sophia) O instrumento do conhecimento humano que compreende a realidade por meio da razão e da construção lógica e sistemática (ordenada) dos elementos. ”o estudo das questões gerais e fundamentais relacionadas com a natureza da existência humana; do conhecimento; da verdade; dos valores morais e estéticos; da mente; da linguagem, bem como do universo em sua totalidade” (WIKIPÉDIA, verbete Filosofia). Os demais instrumentos do conhecimento humano Arte (estética e comunicativa) Mito (simbólica e imagética) Filosofia (lógica e sistemática) Religião (crença e fé) Ciência (observação e experimentação) Distintos, mas intercambiáveis (analogia com os 5 sentidos humanos). O surgimento da Filosofia Uma longa discussão sobre a origem da Filosofia Orientalismo: aspectos da sabedoria oriental e técnicas orientas que se aproximam da Filosofia e da Ciência Grega. Ocidentalismo (milagre grego): exclusiva do pensamento ocidental e, em particular, da Grécia. Por que na Grécia? Uma série de elementos qualitativos que favoreceram o nascimento da Filosofia. Os elementos da Grécia Concepção imanente da natureza “é um conceito filosófico que designa o caráter daquilo que tem em si o próprio princípio e fim” (WIKIPÉDIA, Verbete Imanência). Religiões Gregas Politeísmo: “crença e subsequente adoração a mais do que uma divindade de gênero masculino, feminino ou indefinido (personificação humana)” (WIKIPÉDIA, Verbete Politeísmo) Orfismo (culto órfico): “crença associada com a literatura atribuída ao poeta mítico Orfeu, que desceu ao Hades e voltou” (WIKIPÉDIA, verbete Orfismo). Os elementos da Grécia Posição geográfica e sincretismo cultural Cidades litorâneas (Troca e venda de mercadorias e conhecimento) Sabedoria oriental (cálculo matemático, técnicas agropecuárias, leituras do céu) Google imagens Os elementos da Grécia O MITO GREGO “Um mito (do grego antigo μυθος, translit. "mithós") é uma narrativa de caráter simbólico-imagético (mágico-fantástica), relacionada a uma dada cultura, que procura explicar e demonstrar, por meio da ação e do modo de ser das personagens, a origem de todas as coisas (do mundo; dos homens; dos animais; das doenças; dos objetos; das práticas de caça, pesca, medicina entre outros; do amor; do ódio; da mentira e das relações, seja entre homens e homens, homens e mulheres e mulheres e mulheres, humanos e animais; enfim, de qualquer coisa fantasiosa que seja) (WIKIPÉDIA, verbete Mito). O que é Mito? Relata os aspectos primordiais que não podem ser acessados nem pela Filosofia, Ciência, Religião ou a Arte Todas as culturas produzem seus MITOS (orientais e ocidentais) As religiões possuem seus mitos, assim como as ciências também Mito de Adão e Eva; Mito do Big Bang; Mito da Teogonia dos deuses Mito x Mentira O Mito na Grécia Mas em que o Mito Grego se difere dos demais? Ordenação, sistematização, Harmonia Conta-se que, certa vez, Narciso passeava nos bosques. Perto dali, a ninfa ECO, que era uma tagarela incorrigível, acompanhava-o, admirando sua beleza, mas sem deixar que a notasse. Eco, em virtude de sua tagarelice, foi punida por Hera, esposa de Zeus, para que sempre repetisse os últimos sons que ouvisse (por isso, na física, chamamos de eco a reverberação do som). Por sua vez, Narciso, suspeitando de que estava sendo seguido, perguntou: “quem está aí?”. E ouviu: “Alguém aí?” Então, ele gritou novamente: “Por que foges de mim?”. E ouviu “foges de mim”. Até dizer “Juntemo-nos aqui” e ter como resposta “juntemo-nos aqui”. Toda essa repetição acabou deixando Narciso angustiado por desejar amar algo que não poderia ver. Dessa forma, Narciso entristeceu-se e foi à beira de um lago, onde, de modo surpreendente, deparou-se com sua imagem nos reflexos da água. Como nunca antes havia se olhado (pois sua mãe foi recomendada a não permitir que isso ocorresse), enamorou-se perdidamente, acreditando ser a pessoa com quem estava “dialogando”. Por isso, tentou buscar incessantemente o seu reflexo, imergindo nas águas nesse intento, mas acabou morrendo afogado. A ninfa Eco sentiu-se culpada se refugiou numa caverna, vivendo a emitir os últimos daqueles que ouve. Do fundo da lagoa, surgiu a flor que recebeu o nome de Narciso e tem as suas características. Mito de Eco e Narciso, fonte: O livro da Mitologia Grega, Thomas Bulfinch. Homero e Hesíodo Os mitos gregos formam a base cultural da Grécia e são passados por meio de poemas cantados (aiodé) Homero (poemas épicos) Ilíada (guerra de Tróia): gregos e troianos. Cavalo de Tróia. Odisseia (a aventura de Ulisses) Hesíodo (poemas líricos) Teogonia (a árvore genealógica dos deuses) Trabalhos e os dias (os homens e seus dias na terra) A Teogonia de Hesíodo: a origem do universo Como os deuses são representações antropomórficas da natureza, a arvore genealógica dos deuses (Teogonia) é um relato sobre a origem do universo (cosmogonia). No inicio havia o vazio (khaos) e o chão desse vazio, isto é, a terra (gaia). O khaos representava a desordem e a terra a ordem do universo, revelando que para os gregos, desde a origem, a terra é o lugar da ordem, da harmonia. Entre eles havia o elemento que permitia a existência dos dois em comunhão (o eros) Da união entre Vazio e Terra surgiu os céus (uranos) e as águas (pontos). A Teogonia de Hesíodo: a origem do universo Mas Uranos, deitado sobre a mãe (gaia), também a engravidou. Os filhos desse ato, entretanto, ficaram enjaulados no ventre da mãe e não podiam sair, pois uranos, estendido sobre toda a gaia, não lhe dava brechas para parir. Crono (tempo), um dos filhos de Urano com Gaia, castra o pai, abrindo-lhe uma brecha para que todos os filhos preso com ele possam sair. Ceus e terras agora são separados, isto é, há uma abertura entre os dois onde os deuses homens passam a transitar. A partir desse evento o cenário do mundo está produzido: abre um espaço na terra, o tempo (crono) saiu, gerações vão suceder até o nascimento de Zeus. A Teogonia de Hesíodo: a guerra dos deuses Crono, agora casado com Reia (fertilidade) gera 9 filhos. Mas, com medo de que acontece o mesmo que ele fez com seu pai, pediu para que Reia os engolisse. Mas Reia não engole seu filho caçula (zeus, dia) e o esconde de Crono. Quando Zeus finalmente cresce e torna-se forte, luta contra seu pai e o vence, livrando seus irmãos do ventre de sua mãe. Com Crono derrotado, os males começam a surgir. Cabe a Zeus (agora soberano) e os seus irmãos confrontá-los para trazer a harmonia de volta ao universo. A Teogonia de Hesíodo: a guerra dos deuses Zeus reparte os domínios da terra para cada um dos seus irmão de tal modo que Poseídon fique com os Mares, Hades com o submundo, Deméter com os campos e assim por diante. Dentre outros deuses importantes que surgiram após a coroamento de Zeus como o soberano dos deuses se destacam Apolo (verdade), Atena (Sabedoria), e Dionísio (festas e vinho). O ceticismo do homem grego A onda de sincretismo provocou também profunda ondas de ceticismo as religiões politeístas A forma humana dos deuses (Xenofonte) Os erros e suas imperfeições A natureza (nela mesma) como as respostas para os princípios de todas as coisas. O surgimento da filosofia antiga com Tales de Mileto. Restou dúvidas? Slide 1 O que discutimos até então? Os demais instrumentosdo conhecimento humano O surgimento da Filosofia Os elementos da Grécia Os elementos da Grécia Os elementos da Grécia O que é Mito? O Mito na Grécia Homero e Hesíodo A Teogonia de Hesíodo: a origem do universo A Teogonia de Hesíodo: a origem do universo A Teogonia de Hesíodo: a guerra dos deuses A Teogonia de Hesíodo: a guerra dos deuses O ceticismo do homem grego Restou dúvidas?
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