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Técnicas digitais I e Circuitos Digitais

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Centro Tecnológico 
Escola de Engenharia 
Departamento de Engenharia de Telecomunicações 
Técnicas Digitais I / Circuitos Digitais 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE 
CENTRO TECNOLÓGICO - ESCOLA DE ENGENHARIA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE TELECOMUNICAÇÕES 
 
 
APOSTILA PARA 
DISCIPLINAS DE 
 
TÉCNICAS DIGITAIS I 
(CURSO DE ENGENHARIA DE TELECOMUNICAÇÕES DA UFF) 
& 
CIRCUITOS DIGITAIS 
(CURSO DE BACHARELADO EM INFORMÁTICA DA UFF) 
 
 
 
2º PARTE ( Versão 0 ) 
 
Prof ª Carmen Maria Costa de Carvalho 
Agosto,2002 
 
Centro Tecnológico 
Escola de Engenharia 
Departamento de Engenharia de Telecomunicações 
Técnicas Digitais I / Circuitos Digitais 
 
Parte 2 – Circuitos Combinacionais 
 
1-Sistemas Digitais 
1.1- Histórico - Circuito Integrado 
1.2- Escala de Integração 
1.3- Famílias lógicas - Principais características das famílias lógicas 
1.4- Encapsulamento 
2- Circuitos Combinacionais Básicos 
2.1- Padrão de Circuitos Combinacionais 
 
 2.2- Somadores e Subtratores 
 2.2.1- Meio somador (Half-Adder) 
 2.2.2- Somador Inteiro (Full-Adder) 
 2.2.3- Somador Inteiro a partir de Meio somador 
 2.2.4- Somador de 4 bits 
 2.2.5- Complementador a 2 
 2.2.6- Subtrator de 4 bits em C2 
 2.2.7- Subtrator de 4 bits em C1 
 2.2.8- ULA – Unidade Lógica e Aritmética 
 
 2.3- Circuitos Conversores de Código 
 2.3.1- Apresentação de alguns códigos 
 2.3.2- Exemplo de Conversores de código 
 
 2.4- Codificadores / Decodificadores 
 2.4.1- Decodificadores 
 2.4.2- Codificadores 
 2.4.3- Conversor de Código a partir de Decodificador/Codificador 
 
 2.5- Multiplexadores / Demultiplexadores 
 2.5.1- Multiplexadores 
 2.5.1.1- Mux como Seletor de Canal 
 2.5.1.2- Mux como Gerador de Função 
 2.5.2- Demultiplexadores 
 
Centro Tecnológico 
Escola de Engenharia 
Departamento de Engenharia de Telecomunicações 
Técnicas Digitais I / Circuitos Digitais 
 
1-Sistemas Digitais 
1.1- Histórico - Circuito Integrado 
 
Em um Sistema Digital um componente eletrônico sozinho faz muito pouco. São 
necessários milhares, centenas de milhares, milhões, para compor as portas e as funções 
lógicas mais complexas desse sistema. Sendo assim, a velocidade do sistema como um 
todo, depende da velocidade de operação das portas. 
- Diferentemente dos sistemas analógicos, nos digitais, o valor real da corrente não é 
o que importa. Os dispositivos eletrônicos do sistema devem conduzir uma 
quantidade substancial de corrente ou muito pouca ou nenhuma corrente. 
 
Histórico: Dos componentes eletrônicos aos Sistemas Digitais 
· Até 1955 – os sistemas eram baseados em diodos semicondutores e válvulas 
a vácuo, apresentando as seguintes características: 
- diodos: relativamente pequenos (milímetros), dissipando 
relativamente pouca potência; 
- válvulas: grandes (vários centímetros), dissipando grandes potências 
(W). 
A maioria dos componentes compunha portas a base de diodos e resistores, mas 
também eram necessárias válvulas em grandes quantidades. 
- Conseqüência – sistemas digitais enormes, caros, consumindo muita 
potência. 
· Por volta de 1955 – foi inventado o transistor que veio substituir as válvulas. 
 - Vantagem - muito menos potência (mW), dimensões da ordem de 
poucos centímetros. 
· Até 1965 – os semicondutores eram encapsulados individualmente. 
- Fabricados através da aplicação repetida de certos processos físicos e 
químicos à superfície de uma pastilha de silício extremamente puro. 
- Dispositivo na superfície do silício – da ordem de mícrons 
 
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Escola de Engenharia 
Departamento de Engenharia de Telecomunicações 
Técnicas Digitais I / Circuitos Digitais 
 
- A maior parte da dimensão de um dispositivo encapsulado 
individualmente envolve e próprio encapsulamento e o suporte 
mecânico para as conexões elétricas. 
· Por volta de 1965 – iniciou-se uma série de progressos tecnológicos que 
levaram à fabricação do circuito integrado (CI). Em um CI, muitos 
transistores e diodos são fabricados, isto é, integrados, sobre a mesma 
pastilha de silício; na mesma estrutura são também integrados resistores e 
até mesmo as interligações para fabricar uma porta completa, muitas portas e 
até mesmo um sistema digital completo. 
· No início da década de 80 – os chips já atingem o ponto de se obter um 
circuito que coubesse na palma da mão, dissipando em torno de 1W e 
superando sistemas existentes há 30 anos que envolviam uma sala cheia de 
equipamento e consumiam milhares de watts. 
· Nos dias de hoje, os C.I.’s tornaram-se indispensáveis, pois com sua 
utilização os sistemas tiveram seus custos extremamente reduzidos e bem 
mais confiáveis. 
 
1.2- Escala de Integração 
 De acordo com a quantidade de portas ou componentes encapsulados em um 
mesmo chip os C.I.’s comercialmente disponíveis são classificados em: 
- SSI – small scale integration (baixa escala de integração) 
- MSI – medium scale integration (integração em média escala) 
- LSI – large scale integration (integração em larga escala) 
- VLSI – very large scale integration (integração em muita larga escala) 
- ULSI – ultra large scale integration (integração em ultra larga escala) 
 
A convenção adotada para a composição de cada uma dessas escalas é a seguinte: 
- SSI – até 12 portas ou até 99 componentes. 
- MSI – de 13 a 99 portas ou de 100 a 9999 componentes. 
- LSI – de 100 a 9999 portas ou de 10.000 a 99.999 componentes. 
 
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Técnicas Digitais I / Circuitos Digitais 
 
- VLSI –de 10.000 a 99.999 portas ou de 100.000 a 999.999 componentes. 
- ULSI – acima de 100.000 portas 
 
1.3- Famílias lógicas - Principais características das famílias lógicas 
 
 Existe um número de famílias de C.I. que se distinguem umas das outras pelo tipo 
de dispositivo semicondutor que incorporam e pela maneira como os dispositivos 
semicondutores (e resistores, quando usados) são interligados para formar portas. 
 Dentre as famílias, podemos citar: 
 DTL (diode-transistor logic) 
 RTL (resistor transistor logic) 
 RCTL (resistor-capacitor transistor logic) 
 HTL (high-thershold logic) 
 TTL (transistor-transistor logic) 
 ECL (emitter-compled logic) 
 MOS logic (metal oxide semicondutor logic) 
 C MOS (complementary MOS) 
 
Algumas das famílias acima citadas já estão obsoletas. As mais comumente encontradas 
são TTL, CMOS e ECL. 
OBS: A família encontrada no laboratório de Eletrônica do Departamento de 
Telecomunicações é a TTL. 
 
Principais características das famílias lógicas 
 
 Uma família lógica é caracterizada por vários parâmetros, dos quais quatro se 
destacam: 
a) atraso de propagação e tempo de comutação 
b) dissipação de potência 
c) capacidade de saída 
 
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d) margens de ruído 
 
a) Atraso de propagação e tempo de comutação 
Atraso de propagação é o tempo requerido pela saída de uma porta para responder a 
uma mudança no nível lógico da entrada da porta (microssegundos e 
nanosegundos). 
Tempo de comutação é o tempo que uma porta leva para passar do estado 1 para o 
estado 0 ou vice-versa. 
b) Dissipação de potência 
Geralmente é possível melhorar a velocidade de operação (isto é, reduzir os tempos 
de a), sacrificando a potência. 
Como mais potência envolve mais correntes, as capacitâncias “parasitas” podem ser 
carregadas e descarregadas mais rapidamente. Estas capacitâncias parasitas não são 
introduzidas deliberadamente no circuito, mas são oresultado inevitável das 
dimensões e geometria do circuito. 
A disponibilidade de correntes maiores torna possível ligar e desligar as transistores 
mais rapidamente. 
Resta saber se o aumento de viabilidade compensa o sacrifício de potência. 
Produto velocidade X potência – produto do atraso de propagação pela dissipação 
de potência de uma porta. 
 
c) Capacidade de saída 
 
Fan-in – é o número total de entradas da porta lógica 
Fan-out – é o número que expressa a quantidade máxima de portas da 
mesma família que poderá ser conectada à saída de uma porta lógica. 
Uma fonte de um sinal digital aplicado à entrada de uma porta deve ser 
capaz de estabelecer naquela entrada uma ou outra tensão correspondente a um ou 
outro nível lógico. 
 
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Em qualquer um dos níveis a fonte deve satisfazer os requisitos de corrente 
da porta acionada. Como a saída de uma porta freqüentemente é usada como fonte 
para a entrada de outra porta é necessário conhecer o FAN-OUT desta porta. 
Portas lógicas apresentam uma impedância de saída. Ao conectar outras 
portas a esta, iremos diminuir cada vez mais a impedância de carga do bloco e, por 
conseguinte, drenaremos uma maior corrente do circuito, alterando assim mais 
características de limites de tensão de saída. 
 
d) Margem de ruído 
 
Níveis lógicos ¹ níveis de tensão 
Os níveis 1 e 0 não correspondem a 1V e 0V e sim a faixas de tensão 
específicas para cada família. 
O nível zero corresponde a uma faixa de tensão pequena, abaixo de um certo 
valor máximo. 
O nível um corresponde a uma faixa de tensão acima de um valor mínimo e 
abaixo de um valor máximo. 
Dentro deste conceito, os fabricantes especificam as seguintes tensões (de 
entrada e de saída): 
VOH – tensão de saída mínima que uma porta fornece quando na saída estiver 
em nível lógico 1. 
VOL – tensão de saída máxima que uma porta fornece quando na saída 
estiver um nível lógico 0. 
VIH – tensão mínima que pode ser aplicada à entrada de uma porta e 
reconhecida como nível 1. 
VIL – tensão máxima que pode ser aplicada à entrada de uma porta e 
reconhecida como nível 0. 
 
 
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1.4 - Encapsulamento 
Os C.I. consistem fisicamente de uma pastilha (chip) sobre a qual os 
elementos lógicos reais são localizados, encapsulado num pacote com somente os 
pinos de conexão (leads) extendendo-se através da embalagem. 
 
Até uma determinada época, os C.I. eram encapsulados de um dos 2 modos 
abaixo: 
- flat pack 
- dual in lim package - DIP 
 
Flat pack – é o mais compacto e é destinado a ser permanentemente soldado 
no circuito impresso, geralmente de cerâmica. 
DIP – é mais resistente e pode ser encaixado em um soquete. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Hoje existem outras formas de encapsulamento. Este é um assunto para pesquisa dos 
alunos. 
 
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2- Circuitos Combinacionais Básicos 
 
2.1- Padrão de Circuitos Combinacionais 
 
Qualquer circuito combinacional pode ser construído a partir dos seguintes passos: 
Þ identificação do problema (entradas e saídas) 
Þ construção da tabela verdade 
Þ obtenção da função (preferencialmente de forma minimizada) 
Þ representação por diagrama de portas 
 
Exemplo de padrão de circuitos combinacionais 
Ex: Construa um circuito capaz de produzir um nível alto na saída S, sempre que for 
aplicado à uma entrada uma combinação de bits – com 2 bits adjacentes iguais a zero 
(entrada de 4 bits). 
Þidentificação do problema (entradas e saídas) 
 
 
 
Þconstrução da tabela verdade Þobtenção da função simplificada 
A B C D S 
0 0 0 0 1 
0 0 0 1 1 
0 0 1 0 1 
0 0 1 1 1 
0 1 0 0 1 
0 1 0 1 0 
0 1 1 0 0 
0 1 1 1 0 
1 0 0 0 1 
1 0 0 1 1 
1 0 1 0 0 
1 0 1 1 0 
1 1 0 0 1 
1 1 0 1 0 
1 1 1 0 0 
1 1 1 1 0 
 00 01 11 10 
00 1 1 1 1 
01 1 1 
11 1 
10 1 
Entradas S (saída) 
S = A B + C D + B C 
Apenas com portas NOR: 
 
 
S = A B + C D + B C = A+B + C+D + B+C 
 
 
S = A+B + C+D + B+C 
A 
B 
C 
D 
 
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Þrepresentação por diagrama de portas 
O diagrama de portas da função simplificada é obtido com 3 ANDs, 4 Inversores e 1 OR. 
Abaixo está desenhada a opção que monta o circuito usando apenas portas nor. 
 
 
2.2- Somadores e Subtratores 
Os circuitos de somadores são bastante genéricos, podendo-se a partir deles obter a 
construção de subtratores e também multiplicadores. 
 
2.2.1- Meio somador (Half-Adder) 
O primeiro circuito aritmético mais básico é o do meio somador (H.A.), pelo fato de poder 
realizar apenas a soma de dois bits. 
Neste caso, numa operação como a abaixo, o Meio Somador é o circuito que pode realizar 
apenas a soma de A0 com B0. 
 
 C2 C1 C0 
 A = .......A3 A2 A1 A0 + 
 B = .......B3 B2 B1 B0 
 C3 S3 S2 S1 S0 
 
Partindo do padrão de circuitos combinacionais, os passos para a geração do Meio Somador 
são os seguintes: 
 
 
 
 
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Þidentificação do problema Þ construção da tabela verdade 
 
Þobtenção da função 
S0 = A0B0 + A0B0 = A0 Å B0 
C0 = A0B0 
Þrepresentação por diagrama de portas 
 
 
ÞOutra forma possí vel de representação por portas: 
 
 
A0 B0 S0 C0 
0 0 0 0 
0 1 1 0 
1 0 1 0 
1 1 0 1 
H.A. 
A0 
 
B0 
S0 
 
C0 
(carry) 
 
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 2.2.2- Somador Inteiro (Full-Adder) 
Este circuito já é mais genérico, podendo realizar a soma de três bits quaisquer. 
C n-1 
 A n 
 B n 
 C n S n 
 
Seguindo todos os passos do padrão de circuitos combinacionais, tem-se: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A n B n C n-1 S n C n 
0 0 0 0 0 
0 0 1 1 0 
0 1 0 1 0 
0 1 1 0 1 
1 0 0 1 0 
1 0 1 0 1 
1 1 0 0 1 
1 1 1 1 1 
 00 01 11 10 
0 1 1 
1 1 1 
F.A. 
C n-1 
 
A n 
 
B n 
S n 
 
C n 
AnBn 
Cn-1 
Geração de S n 
S n = A nB nC n-1 + A nB nC n-1 + A nB nC n-1 + A nB nC n-1 
 
S n = A n (B nC n-1 + B nC n-1) + A n (B nC n-1 + B nC n-1) 
 
S n = A n (B n Å C n-1) + A n (B n Å C n-1) 
 
S n = A n Å (B n Å C n-1) 
 
S n = A n Å B n Å C n-1 
OU EXCLUSIVO sempre gera a soma 
das variáveis 
 
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OBS: Toda vez que no Mapa de Karnaugh todas e somente as mesmas posições do Mapa, 
de nº ímpar de variáveis verdadeiras estiverem assinaladas tem-se uma EX-OR de todas as 
variáveis. 
Quando estiverem assinaladas todas as posições de nº par de variáveis verdadeiras tem-se 
uma EX-NOR de todas as variáveis. 
 
 AB AB AB AB 
C 1 1 
C 1 1 
 
 
 AB AB AB AB 
C 1 1 
C 1 1 
 
Geração de Cn: 
 
 
 
 
Cn-1 CnSnU1B
U1A
BnAn
 00 01 11 10 
0 1 
1 1 1 1 
ABC + ABC + ABC + ABC 
 
 1 1 3 1 EX-OR 
ABC + ABC + ABC + ABC 
 
 0 2 2 2 EX-NOR 
 
C n = A nB n + A nC n-1 + B nC n-1 
AnBn 
Cn-1 
 
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 2.2.3- Somador Inteiro a partir de Meio somador 
 
Pelo circuito acima, verifica-se que ele é obtido através de 2 H.A. e mais algumas portas. 
Assim: 
 
Entretanto, observando mais detalhadamente, percebe-se que para se ter estouro (carry), 
pelo menos duas variáveis precisam ser 1 e isto acontece quando An e Bn são 1 ou quando 
o carry de entrada e o resultado da soma de An e Bn também são 1. Logo: 
 
C n = (A n Å B n) C n-1 + A nB n 
A n B n C n-1 A n Å B n (A n Å B n) C n-1 C n 
0 0 0 0 0 0 
0 0 1 0 0 0 
0 1 0 1 0 0 
0 1 1 1 1 1 
1 0 0 1 0 0 
1 0 1 1 1 1 
1 1 0 0 0 1 
1 1 1 0 0 1 
 
E o circuito do F.A. pode ser construído da forma mais reduzida abaixo. 
A n Å B n 
A nB n 
 
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 2.2.4- Somador de 4 bits 
 
Utilizando blocos somadores inteiros, um somador para 2 nos binários de 4 bits, 
corresponde a: 
 
 C2 C1 C0 
 A3 A2 A1 A0 + 
 B3 B2 B1 B0 
 C3 S3 S2 S1 S0 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Este somador de 4 bits é encontrado em 
 forma de CI, de número 7483. 
 7483 
 
 
A n Å B n 
A nB n 
(A n Å B n) C n-1 
A0 B0 A1 B1 A2 B2 A3 B3 
F.A. F.A. F.A. F.A. 
C0 C1 C2 C3
S0 S1 S2 S3 
7483 
A B 
S 
 
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Se forem utilizados 2 CI´s 7483, pode-se obter um somador para 2 nos binários de 8 bits 
cada um. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2.5- Complementador a 2 
 
 
De acordo com a análise feita na Parte 1 da Apostila, item 2.2, a subtração pode ser gerada 
a partir da soma do minuendo com o complemento do subtraendo. Para tal, já que o 
somador já está definido, resta gerar o circuito que realiza o complemento. 
Se a subtração for realizada com a técnica de complemento a 2, o circuito a ser gerado é o 
do Complementador a 2 que é um circuito combinacional e, como tal, pode ser construído 
da forma padrão abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7483 
B3 B2 B1 B0 A3 A2 A1 A0 
7483 
A7 A6 A5 A4 B7 B6 B5 B4 
S3 S2 S1 S0 S7 S6 S5 S4 
S8 
B3 
B2 
B1 
B0 
C3 
C2 
C1 
C0 
 
Comple- 
mentador 
a 2 
 
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B3 B2 B1 B0 C3 C2 C1 C0 
0 0 0 0 0 0 0 0 
0 0 0 1 1 1 1 1 
0 0 1 0 1 1 1 0 
0 0 1 1 1 1 0 1 
0 1 0 0 1 1 0 0 
0 1 0 1 1 0 1 1 
0 1 1 0 1 0 1 0 
0 1 1 1 1 0 0 1 
1 0 0 0 1 0 0 0 
1 0 0 1 0 1 1 1 
1 0 1 0 0 1 1 0 
1 0 1 1 0 1 0 1 
1 1 0 0 0 1 0 0 
1 1 0 1 0 0 1 1 
1 1 1 0 0 0 1 0 
1 1 1 1 0 0 0 1 
 
 
 00 01 11 10 
00 1 1 
01 1 1 
11 1 1 
10 1 1 
 
 
 
 
 00 01 11 10 
00 
01 1 1 1 1 
11 
10 1 1 1 1 
 
 
 
 00 01 11 10 
00 
01 1 1 1 1 
11 1 1 1 1 
10 
 
 00 01 11 10 
00 1 1 
01 1 1 
11 1 1 
10 1 1 
B3B2 
B1B0 
C3 = B3B2 + B3B0 + B3B1 + B3B2B1B0 
C3 = B3 (B0 + B1 + B2) + B3 (B0 + B1 + B2) 
C3 = B3 Å (B0 + B1 + B2) 
B3B2 
B1B0 
C2 = B2B1B0 + B2B0 + B2B1 
C2 = B2 (B1 + B0) + B2 (B1 + B0) 
C2 = B2 Å (B1 + B0) 
B3B2 
B1B0 C1 = B1B0 + B1B0 
C1 = B1 Å B0 
B3B2 
B1B0 
C0 = B0 
Nem precisava ter feito, era só olhar para a 
tabela. 
 
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Técnicas Digitais I / Circuitos Digitais 
 
C3 = B3 Å (B0 + B1 + B2) 
C2 = B2 Å (B0 + B1) 
C1 = B1 Å B0 
C0 = B0 
 
Outro modo possível de viabilizar o complemento a 2 é aplicando a regra prática de 
complemento a 2. 
 B3 B2 B1 B0 
 
 C3 C2 C1 C0 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C3 
C2 
C1 
C0 
B3 
B2 
B1 
B0 
B3 Å (B0 + B1 + B2) 
 
B0 + B1 
B2 Å (B0 + B1) 
B1 Å B0 
B0 + B1 + B2 
C0 = B0 
C1 = B1B0 + B1B0 
C1 = B1 Å B0 
Se B0 for 1, C1 = B1 e se B0 = 0 C1 = B1 
C2 = B2B1B0 + B2B0 + B2B1 
 Se B0 = B1 = 0 então C2 = B2 
Se B0 = 1, C2 vai ser igual a B2 
Se B1 = 1, C2 vai ser igual a B2 
 
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Solução para o complemento de um número de n bits: 
 C n = B n Å (B n-1 + B n-2 + ... + B1 + B0) 
 
Uma terceira solução é utilizando o postulado matemático que diz: 
 Cb = Cb-1 + 1 
Logo: 
 C2 = C1 + 1 
 C2 = inversor e soma com 1 
 
 
 
2.2.6- Subtrator de 4 bits em C2 
 
 Considerando Minuendo ³³ Subtraendo 
 Conforme já visto anteriormente, sempre vai ocorrer estouro quando for feita a 
soma do minuendo com o complemento a 2 do subtraendo, estouro este que poderá ser 
desprezado para representação do resultado da subtração. 
 
Ex: 5 – 3 = 5 + C23 = R 
 M - S = M + C2S=R 
 
C3 = B3B2 + B3B0 + B3B1 + B3B2B1B0 
 
 
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Circuito este que obviamente pode ser simplificado para: 
 
 
 
 
 
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 Considerando Minuendo < Subtraendo 
Neste caso, jamais vai haver estouro e o resultado da soma do minuendo com o 
complemento a 2 do subtraendo deve passar por novo complemento, se o objetivo for o de 
se obter a real magnitude da subtração. (OBS: Em uma operação de subtração realizada 
internamente no computador, o resultado é apresentado em SMC2, logo se o resultado é 
negativo, ele vai permanecer complementado a 2). 
* A figura abaixo tem um erro. Qual será ? 
 
 Considerando o caso geral 
Observa-se que a diferença entre os circuitos acima, que tratam separadamente das 
subtrações para M > S e M £ S, está na necessidade de efetuar o segundo complemento a 2 
ou não. Esta situação é identificada a partir do fato de ter ou não ocorrido estouro.Um 
circuito combinacional que atende a esta idéia de efetuar o complemento a 2 ou não a partir 
de um determinado comando é o circuito True / Complement, onde a saída corresponde à 
própria entrada ou ao complemento a 2 da mesma. 
 
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Aplicando a proposta do circuito True / Complement para o caso do subtrator genérico de 4 
bits, chega-se ao seguinte circuito: 
 
 
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Ampliando esta idéia, pode-se construir o circuito de um somador / subtrator genérico, para 
4 bits, operando em C2, com uma variável de controle para selecionar qual a operação que 
se deseja realizar. 
 
 
Pequenas lógicas internas: 
 
C C4 Cx Y 
0 0 0 0 
0 1 0 1 
1 0 0 1 
1 1 1 0 
 
Cx = C. C4 (Controle do segundo True / Complement) 
Y = C Å C4 
Y = 5º bit da soma ousinal da 
subtração 
 
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 2.2.7- Subtrator de 4 bits em C1 
 
Seguindo a mesma linha de raciocínio adotada para a construção das diversas etapas do 
subtrator em C2 e analisando a teoria de subtração com a técnica em C1, os diversos 
circuitos de subtrator de 4 bits em C1 e somador / subtrator em C1 são os abaixo 
apresentados. 
Subtrator binário para 2 números de 4 bits, operando em C1 e considerando M > S. 
(sempre vai ocorrer estouro, que deverá ser somado ao resultado) 
 
Subtrator acima, considerando M ££ S 
 * O Circuito abaixo tem um erro. Qual será ? 
 
 
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Subtrator geral de 4 bits em C1 
 
Somador / subtrator genérico em C1. 
 
 
 
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 2.2.8- ULA – Unidade Lógica e Aritmética 
 
 A ULA é um circuito lógico inteiramente combinacional (isto é, consiste em portas 
sem realimentação e sem flip-flops) 
Ela torna disponível em um único chip a realização de diferentes operações lógicas e 
aritméticas, como soma, subtração, incremento, ou, e, ou-exclusivo, etc... 
 A operação de uma ULA típica (de 4 bits) é a seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
 Quando a unidade é utilizada para soma e a velocidade é importante, pode-se ligar 
na unidade (ULA) a VUA (vai-um antecipado), normalmente aplicada em computadores de 
grande porte. Esta adaptação com a VUA visa reduzir a séria limitação de velocidade que 
resulta no fato de o vai-um ter que se propagar, em seqüência, através de um somador após 
o outro. Para aumentar a velocidade dos somadores, aplica-se o princípio do vai-um 
antecipado. Neste método, antecipa-se quando e onde um vai-um seria gerado e circuitos 
adicionais são usados para gerar o vai-um mais diretamente do que através da propagação 
do vai-um vindo de estágios anteriores. 
 
 
2.3- Circuitos Conversores de Código 
 
 Freqüentemente, informação disponível em forma codificada deve ser traduzida 
para um código diferente. 
 O circuito lógico que realiza esta tradução é chamado de conversor de código. 
 
 
A0, A1, A2, A3 e B0, B1, B2, B3 -> entradas 
Cn -> carry de entrada (indica vai-um no nível 0) 
M -> função lógica (1) ou aritmética (0) 
F0, F1, F2, F3 -> saídas 
Cn+4 -> carry de saída (indica se vai-um no nível 0) 
S0, S1, S2, S3 -> seleção de função 
 
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2.3.1- Apresentação de alguns códigos 
 
De modo geral, os códigos podem ser classificados em: 
 Ponderados -> Peso 
 Ordenados 
 
ÞÞ Códigos Ponderados: 
a) Binário Natural ou código 8421 
B3 B2 B1 B0 
0 0 0 0 0 
0 0 0 1 
0 0 1 0 
0 0 1 1 
0 1 0 0 
0 1 0 1 
0 1 1 0 
0 1 1 1 
1 0 0 0 
1 0 0 1 
1 0 1 0 
1 0 1 1 
1 1 0 0 
1 1 0 1 
1 1 1 0 
1 1 1 1 15 
 
OBS: Existe a possibilidade de fazer a representação da um dígito decimal usando sempre 
4 bits. Nesse caso, o código gerado é um caso específico do binário natural, já que com 4 
bits não é possível representar os correspondentes decimais de 10 a 15, nem qualquer outro 
acima destes. Este código é chamado BCD ou NBCD. 
 
BCD – Decimal Codificado em Binário 
1985 
 
 0001 1001 1000 0101 
é a contagem natural em 
binário 
 
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BCD em 8421 ou NBCD 
 8 4 2 1 
 0 0 0 0 0 
 0 0 0 1 
 0 0 1 0 
 0 0 1 1 
 0 1 0 0 
 0 1 0 1 
 0 1 1 0 
 0 1 1 1 
 1 0 0 0 
 1 0 0 1 9 
0 0 0 1 0 0 0 0 10 
 
b) Outros códigos ponderados: 7421, 2421, 5211, etc... 
- o código 8421 é o único que não apresenta multiplicidade de solução para 
um mesmo número. 
Ex: 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÞÞ Códigos Ordenados: 
c) Códigos Gray 
- a principal característica é que de um nº a outro (anterior ou posterior) 
apenas varia um bit. 
 
No código Gray, os 2 primeiros correspondentes decimais a zero e um são 
representados normalmente. Os dois nos seguintes, são expressos do seguinte 
4 3 2 1 
0 0 0 0 
0 0 0 1 
0 0 1 0 
0 1 0 0 
0 0 1 1 
1 0 0 0 
0 1 0 1 
1 0 0 1 
0 1 1 0 
Igual ao binário 
natural 
3 
4 
5 
 
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modo: um “espelho” representado por uma linha tracejada é colocada debaixo 
dos primeiros 2 bits, gerando uma reflexão destes. Depois o dígito 0 é 
acrescentado acima do espelho e o dígito 1 é acrescentado abaixo do espelho e 
assim sucessivamente. 
 
Gray Natural Gray BCD 
0 0 0 0 0 0 0 0 0 
0 0 0 1 1 0 0 0 1 
0 0 1 1 2 0 0 1 1 
0 0 1 0 3 0 0 1 0 
0 1 1 0 4 0 1 1 0 
0 1 1 1 5 0 1 1 1 
0 1 0 1 6 0 1 0 1 
0 1 0 0 7 0 1 0 0 
1 1 0 0 8 1 1 0 0 
1 1 0 1 9 1 1 0 1 
1 1 1 1 10 
1 1 1 0 11 
1 0 1 0 12 
1 0 1 1 13 
1 0 0 1 14 
1 0 0 0 15 
 
Mapa de Karnaugh para Gray Natural 
O código Gray é o código utilizado para construção do Mapa de Karnaugh e é 
por este motivo que quando a numeração dos quadrículos no Mapa, é feita 
através do código binário, ela não segue uma seqüência correta. Já, se a 
numeração fosse realizada utilizando o código Gray, os quadrículos seriam 
numerados seqüencialmente, conforme pode ser observado abaixo: 
 
 00 01 11 10 
00 0 7 8 15 
01 1 6 9 14 
11 2 5 10 13 
10 3 4 11 12 
 
 
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d) Código excesso 3 – Ex-3 NBCD 
- é a transformação do nº decimal no binário correspondente, somando-se a 
este três unidades. 
 
N B C D Ex-3 NBCD 
0 0 0 0 0 0 0 1 1 
0 0 0 1 1 0 1 0 0 
0 0 1 0 2 0 1 0 1 
0 0 1 1 3 0 1 1 0 
0 1 0 0 4 0 1 1 1 
0 1 0 1 5 1 0 0 0 
0 1 1 0 6 1 0 0 1 
0 1 1 1 7 1 0 1 0 
1 0 0 0 8 1 0 1 1 
1 0 0 1 9 1 1 0 0 
 
É interessante por 2 motivos: 
- Porque não aparece 0000 e 1111, que podem ser confundidos com linha aberta, 
ou curto-circuito. 
- é auto-complementar a 9. 
 
 
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2.3.2- Exemplo de Conversores de código 
 
Ex: 1) Projete um conversor de NBCD -> Gray BCD 
 
NBCD Gray BCD 
B3 B2 B1 B0 G3 G2 G1 G0 
0 0 0 0 0 0 0 0 
0 0 0 1 0 0 0 1 
0 0 1 0 0 0 1 1 
0 0 1 1 0 0 1 0 
0 1 0 0 0 1 1 0 
0 1 0 1 0 1 1 1 
0 1 1 0 0 1 0 1 
0 1 1 1 0 1 0 0 
1 0 0 0 1 1 0 0 
1 0 0 1 1 1 0 1 
1 0 1 0 
1 0 1 1 
1 1 0 0 
1 1 0 1 
1 1 1 0 
1 1 1 1 
 
 
 
2) Projetar um conversor de Gray BCD para NBCD 
 
Gray BCD NBCD 
G3 G2 G1 G0 B3 B2 B1 B0 
0 0 0 0 0 0 0 0 
0 0 0 1 0 0 0 1 
0 0 1 1 0 0 1 0 
0 0 1 0 0 0 1 1 
0 1 1 0 0 1 0 0 
0 1 1 1 0 1 0 1 
0 1 0 1 0 1 1 0 
0 1 0 0 0 1 1 1 
1 1 0 0 1 0 0 0 
1 1 0 1 1 0 0 1 
 
 
irrelevantes 
G3 = B3 
G2 = B3 + B2 
G1 = B2 Å B1 
G0 = B1 Å B0 
G3 00 01 11 10 
00 X 1 
01 X 1 
11 X X 
10 X X 
 
G2 00 01 11 10 
00 1 X 1 
01 1 X 1 
11 1 X X 
10 1 X X 
 
G1 00 01 11 10 
00 1 X 
01 1 X 
11 1 X X 
10 1 X X 
 
G0 00 01 11 10 
00 X 
01 1 1 X 1 
11 X X 
10 1 1 X X 
 
B3 = G3 
 B2 = G3 ÅG2 
B2 = G3 G2 -> sem usar 
o irrelevante
ou 
B2 00 01 11 10 
00 1 X 
01 1 X 
11 1 X X 
10 1 X X 
 
 
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3) Projetar um conversor GRAY Û NBCD selecionável. 
Arbitrar que C = 0 -> converte de GRAY para BCD 
 C = 1 -> converte de BCD para GRAY 
 
 
 
 
 
B3 = G3 \ X3 = Y3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
B1 00 01 11 10 
00 1 X 
01 1 X 
11 1 X X 
10 1 X X 
 
B1 = G2 G1 + G3 G2 G1 
B1 = G3 G2 G1 + G3 G2 G1 = G3 (G2 Å G1) 
 
 Sem usar o irrelevante 
Os irrelevantes agora são a continuação da tabela GRAY 
B0 00 01 11 10 
00 1 X 
01 1 1 X 
11 1 X X 
10 1 X X 
 
B0 = G3 Å G2 Å G1 Å G0 
(todas as posições com nº ímpar de variáveis _______ ) 
C 
X3 
X2 
X1 
X0 
Y3 
Y2 
Y1 
Y0 
B2 00 01 11 10 
00 1 X 
01 1 X 
11 1 X X 
10 1 X X 
 
G2 00 01 11 10 
00 1 X 1 
01 1 X 1 
11 1 X X 
10 1 X X 
 
B1 00 01 11 10 
00 1 X 
01 1 X 
11 1 X X 
10 1 X X 
 
G1 00 01 11 10 
00 1 X 
01 1 X 
11 1 X X 
10 1 X X 
 
B0 00 01 11 10 
00 1 X 
01 1 1 X 
11 1 X X 
10 1 X X 
 
G0 00 01 11 10 
00 X 
01 1 1 X 1 
11 X X 
10 1 1 X X 
 
 
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Outra solução mais simples para X0: 
 
 
X2 = Y3Y2 + Y3Y2 
X2 = Y2 Å Y3 
X1 = Y3Y2Y1 + Y3Y2Y1 
X1 = Y3 (Y1 Å Y2) 
B0 = G3 Å G2 Å G1 Å G0 
G0 = B1 Å B0 
X0 = (Y1 Å Y0)C + (Y3 Å Y2 
Å Y1 Å Y0)C 
X0 = Y1 Å Y0 Å (Y3 Å Y2)C 
Y3 
Y2 
Y1 
Y0 
X3 
X2 
X1 
X0 
C 
C Y3 Y2 Y1 Y0 
X0 
 
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4) Conversor BCD para 7 segmentos 
Utilização do Decoder/Driver – 9368 e do Display de 7 segmentos FND 500 
 FND 560 
 
Display de 7 segmentos: 
 
 
 
 
- Geralmente cada filamento é um LED. 
 
 
 
 
O projeto do conversor BCD para 7 segmentos é objeto de exercício para o aluno. 
 
A 
B 
C 
D 
F 
E 
G 
Só conduz quando polarizado diretamente 
Conversor BCD/7 segmentos 
Cada segmento do display 
 
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 2.4- Codificadores / Decodificadores 
 
 
São circuitos que efetuam a passagem de um determinado código para outro assim como os 
conversores de código, porém eles possuem características específicas. 
 
 2.4.1- Decodificadores 
 
Os decodificadores constituem um tipo de conversor de código que apresentam a 
característica de que para cada entrada, somente uma saída é ativada. Isto significa que uma 
das saídas sempre será diferenciada das outras. (Ex.: uma saída estará em nível lógico 1 e as 
outras estarão em 0, ou vice-versa). 
O decodificador é composto apenas por portas AND, se cada saída for ativada através de 
nível lógico 1. 
 
Decodificador 1 alto de N (endereçados) 
 
Este circuito possui N saídas, das quais uma (a selecionada) sempre em 1 (nível lógico alto) 
e as demais em 0 (nível lógico baixo). 
Ex.: 1 alto de 2 
 
 
Ex.: 1 alto de 4 
 
Para facilitar, o endereçamento é feito para a variável de número igual ao valor de controle. 
C X1 X0 
0 0 1 
1 1 0 
 
C
C
x
x
=
=
0
1 
C1 C0 X3 X2 X1 X0 
0 0 0 0 0 1 
0 1 0 0 1 0 
1 0 0 1 0 0 
1 1 1 0 0 0 
 
 
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Ex.: C1C0 à 10 (=2) — endereça a saída X2. 
 
 
 
Decoder 7442 — trabalha de forma análoga porém inversa. Trata-se de um 
decodificador 1 baixo de 10, a saída é endereçada através de um zero. 
 
 
 
 
 
ccx
ccx
ccx
ccx
013
012
011
010
.
.
.
.
=
=
=
=
 
0 
1 
10 
 
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 2.4.2- Codificadores 
 
Os codificadores executam a função inversa em relação aos decodificadores; isto é, operam 
com códigos de entrada que têm a característica de, em qualquer momento, apresentar uma 
entrada com nível lógico diferente de todas as demais. 
Muitas vezes as entradas de um codificador são as saídas de um decodificador. 
 
Ex.: (arbitrariamente) 
 
I0 I1 I2 A3 A2 A1 A0 
1 1 1 0 1 
 1 0 1 0 1 
 1 1 0 1 1 
 
Considerando que o código de entrada acima, só tem cada variável verdadeira em uma 
única situação e todas as demais combinações em que esta variável pudesse ser verdadeira 
são irrelevantes (já que não existem), as funções de saída poderão ser constituídas apenas 
por portas OU, como apresentado abaixo: 
 
A3c = I0c + I2C 
A2c = I0c + I1c 
A1c = I2c 
A0c = I0c + I1c + I2c 
 
2.4.3- Conversor de Código a partir de Decodificador/Codificador 
 
Uma outra maneira de se gerar um conversor de código, sem seguir os passos de um 
circuito combinacional padrão, é fazendo uma associação de decodificador com 
codificador. 
Neste caso, em uma conversão de um código A para um outro código B, escolhe-se um 
código intermediário C, onde apenas uma variável seja diferenciada das demais, a cada 
instante, que fará o papel de decodificador, de A para C e de codificador de C para B. 
 
Se o código C escolhido tiver apenas uma variável verdadeira, a cada instante, o circuito 
será constituído de um conjunto de and’s (decodificador) associado a um conjunto de or’s 
(codificador). 
 
 
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 2.5- Multiplexadores / Demultiplexadores 
 
 2.5.1- Multiplexadores 
 
Os multiplexadores são circuitos que podem ser aplicados de duas maneiras distintas: 
· Como seletores de canal 
· Como geradores de função 
 
 2.5.1.1- Mux como Seletor de Canal 
 
 
O multiplexador, como seletor de canal, é utilizado para selecionar dentre várias 
entradas uma para ser ligada à saída. 
Uma chave de n posições controlável que permite a passagem de somente uma entrada 
para a saída representa bem a função do multiplexador: (Ex.: seletor de canal de 
televisões antigas). 
 
 
 
 
 Estrutura lógica de um MUX de 2 canais por 1 linha: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 0 è X=A0 
Ch 
 1 è X=A1 
A1 A0 Ch X 
0 0 0 0 
0 0 1 0 
0 1 0 1 
0 1 1 0 
1 0 0 0 
1 0 1 1 
1 1 0 1 
1 1 1 1 
 
 
 A1 A0 
 
 00 01 10 11 
Ch 0 1 1 
 1 1 1 
 
ChAChAX .. 10 += 
I
I
8 
. 
. 
.
SELEÇÃO 
 
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Estrutura lógica de um MUX 4 canais por 1 linha. 
 
 
 
Estrutura lógica de um MUX 4 canais por 2 linhas – MUX 4 x 2 
 
(utilizado para um endereçamento de palavras com n bits — no caso a seguir, 
n=2 —, palavra esta situada em um único endereço). 
 
 
4 entradas 
requerem 2 
bits para 
selecionar 
S1S0 
0 0 B0 A0 
0 1 B1 A1 
1 0 B2 A2 
1 1 B3 A3 
 
 
Centro Tecnológico 
Escola de Engenharia 
Departamento de Engenharia de Telecomunicações 
Técnicas Digitais I / Circuitos Digitais 
 
Estrutura lógica de um MUX 16 canais por 1 linha (a partir de MUX’s 4x1) 
 
 
Y= A0 à S3S2S1S0 = 0000 
Y= X2 à S3S2S1S0 = 1000 (canal8) 
Servirão como entradas de seleção 
mais significativas (S3 S2) 
678 
 
Canais 
0 a 3 
Canais 
4 a 7 
Canais 
8 a 11 
Canais 
12 a 15
 
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MUX 4x1 (74153 do laboratório) 
 
(efetivamente sua construção é de um MUX 4x2) 
 
 
· terminais de controle — 
ENABLE (habilita). 
· Ativas quando em baixa. 
· Permite saída tri-state. 
G1 e G2 
 
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 2.5.1.2- Mux como Gerador de Função 
 
O Multiplexador pode ser usado não só para selecionar uma linha dentre um número de 
linhas, mas também para gerar uma função lógica arbitrária de “variáveis 
selecionáveis”. 
Ou seja, pode ser utilizado para montar qualquer circuito combinacional. Para isto, 
basta gerar a tabela verdade do circuito que se deseja. 
Voltando ao MUX original 4x1 
 
 
 
Supondo que não existissem as linhas de entrada I0 – I3. neste caso as linhas de 
entrada de seleção das portas AND seriam exatamente as necessárias para gerar 
todos os mintermos das variáveis S1S0. 
A porta G0 gera m0 ( SS 0.1 ), a porta G1 gera m1 ( SS 0.1 ), etc. Pensando agora nas 
entradas I0,... , I3 como entradas habilitadoras. 
Se I0=0 a saída de G0 será 0 independente de S0 e S1, no entanto se I0=1, a saída G0 será 
igual a SS 0.1 e assim sucessivamente. 
Assim, as quatro portas AND habilitadas pelas entradas correspondentes I0, ..., I3 geram 
os quatro mintermos das variáveis de seleção e a saída lógica é a soma lógica dos 
mintermos selecionados. 
 
 
 
G0 
G1 
G2 
G3 
 
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Ex: Gerar com um MUX 8x1, a função 
 
CBACBACBW ...... ++= 
 
 CBACBAAACBW ....).(. +++= 
 
CBACBABCACABW ...... +++= 
 { { { { 
 m7 m3 m2 m4 
 
 
 
Com um MUX 8x1 (formado a partir de 4x1’s) 
 
 
 
W = 
 
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Pensando nas variáveis B e C como entradas de seleção e A como uma variável livre, é 
possível gerar a mesma função W a partir de um MUX 4 x 1. 
 
 
 
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2.5.2- Demultiplexadores 
 
 
O DEMUX proporciona o direcionamento de um dado de entrada para a entre n linhas 
de saída. 
 
Demux 1x4 
 
 
A estrutura é similar a de um decodificador com a modificação que cada porta tem uma 
entrada adicional, que é a mesma para todas as portas. 
Dependendo do endereço requerido pelos bits de endereço S1S0, o dado de entrada será 
dirigido a um ou outro destino. 
 
Filosoficamente, o decodificador e o DEMUX são bem diferentes, já que o primeiro 
tem como objetivo principal distinguir uma saída das demais, enquanto que o último, 
objetiva direcionar o dado de entrada para uma das saídas, permitindo inclusive, que 
todas as saídas tenham o mesmo valor lógico. 
 
Situação que serve como 
exemplo: 
5 linhas telefônicas; de 
acordo com o endereço 
selecionado a origem vai 
se interligar com 1 dos 4 
destinatários.

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